Love And Fire - Brittana escrita por Di Soares


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!! Não, não é uma miragem. Sou eu atualizando LAF.. haha Sentiram saudade? Bom, semana de prova, falta de tempo e bloqueio criativo foram alguma das razão por todos esses dias sem postar :/ Vamos ao capítulo. ENJOY!



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Brittany pov

Acordei sentindo falta do corpo que eu cobria quando fui dormir. O único rastro de que eu havia passado a noite com a minha morena, era seu perfume, que parecia dominar todo o cômodo, principalmente o travesseiro a que eu me agarrava pela falta de seu corpo.

Após absorver aquele perfume tanto quanto pude, decidi enfim abrir os olhos. E como esperava, ela não estava lá. Levantei ainda meio sonolenta e me dirigi ao banheiro. Lavei o rosto e escovei os dentes. Caminhei para a parte de baixo a procura da minha namorada.

Quando cheguei ao andar de baixo ouvir um barulho vindo da cozinha, então fui até lá, onde a encontrei. Ela ainda estava de camiseta e calcinha, e tentava fazer panquecas com apenas uma mão, já que o outro braço estava fraturado. Fiquei olhando a cena durante alguns minutinhos. Ela conseguiu virar a panqueca de forma desajeitada, mas eu achei simplesmente fofo o esforço que ela estava fazendo para que eu tivesse um café da manhã quando acordasse.

- Como demorei tanto pra notar que o amor da minha vida era você? – Perguntei, ganhando sua atenção. Um sorriso logo apareceu em seu rosto e isso serviu para que eu ficasse com uma cara de boba apaixonada. Até parece! EU SOU UMA BOBA APAIXONADA!!!

- Eu também me pergunto como demorei tanto pra notar isso. – Disse ela me olhando intensamente, mas tendo que voltar sua atenção para a panqueca logo em seguida, ficando de costas para mim. – Por que você acordou? Queria levar o café da manhã na cama. – Comentou ela por ter tido seu plano frustrado.

- Senti sua falta. – Falei naturalmente. E assim, eu me aproximei e abracei suas costas, contornando sua cintura.

- Você é a melhor coisa que poderia ter me acontecido... – Falei ao pé do seu ouvido e percebi que tinha provocado um arrepio. – Posso ter demorado a perceber isso... Mas sei que sempre tive uma queda por você... Sempre tive ciúmes... Sempre te amei... – Falei fazendo algumas pausas onde eu dava pequenas mordidas no lóbulo da sua orelha, o que fez com que ela soltasse um baixo gemido e ficasse de frente pra mim, ainda no abraço.

Ela me olhou alguns segundos antes de se aproximar lentamente dos meus lábios e me beijando, me fazendo retribuir imediatamente. Não tem coisa melhor que beijar a Sant!

Brittany pov off

Santana finalizou o beijo, mas ainda permanecia no abraço.

- Eu também sempre tive ciúme de você. – Revelou a morena. – Antes eu pensava que era só o fato de eu não gostar da Clarice, que fazia eu não querer que você ficasse com ela. Mas hoje vejo que não. Eu não queria que ficasse com ela, porque queria que você ficasse comigo... Queria que fosse minha, só minha... – Disse Santana timidamente, fazendo Brittany abrir um enorme sorriso.

- E eu sou... Única e exclusivamente sua! – Falou a loira. – Eu odiava ver você saindo com alguém. Todos uns idiotas!

- Nem todos Britt. Tinha uns que eram muito legais e me tratavam muito bem. – Defende a latina.

- Ah é? Muito legais? – Perguntava Brittany tentando sair do abraço, fingindo está com raiva. Mas a morena, mesmo com o braço fraturado, não permitiu que a namorada se afastasse.

- Eles eram legais sim, amor. Mas nenhum se compara a você. Ninguém me olha... Me beija... Ou me toca como você. – Disse Santana acariciando o rosto de Brittany, que simplesmente se deixava sentir o toque macio da latina.

- Você não devia ter saído tão cedo da cama. Senti saudade de dormi com você. Nesse tempo que ficamos separadas, umas das piores partes era chegar em casa e ir dormir sem você. Sempre dormia agarrada ao travesseiro que tem seu cheiro. – Revelou a loira.

- Pra mim também era difícil. Mas vamos esquecer isso, amor. Não quero lembrar desses dias. Prefiro ater toda minha atenção ao que estamos vivendo agora. – Disse Santana sinceramente.

Brittany então beijou a morena de forma lenta e apaixonada, como em concordância a tudo o que a latina tinha dito. Mas logo o beijo foi tomando outro significado... De saudade... De carinho... De desejo... De amor...

- Bem que nós poderíamos voltar pra cama, amor... – Sugeriu Brittany interrompendo o beijo, fazendo Santana rir das intenções da namorada.

- Britt, qual foi a parte que você não entendeu de ‘’Não poder fazer esforço’’? – Perguntou Santana divertida.

- A parte que eu estou morrendo de saudade de você. – Respondeu Brittany fazendo biquinho, o que a namorada achou simplesmente adorável.

- Nós teremos tempo, amor. – Falou a latina dando um selinho na loira que ainda tinha uma cara emburrada. – Agora vamos tomar café da manha?

- Ou nós podíamos namorar mais um pouquinho... – Disse Brittany aproximando-se da morena para iniciar outro beijo, quando seu estômago ronca alto e faz a namorada cair na gargalhada.

- Café da manha, amor. – Sentenciou Santana segurando a mão da namorada e a levando para sentar junto ao balcão.

Elas tomaram o café tranquilamente, sem nenhuma pressa e cheio de trocas de gestos e palavras carinhosas. E após o desjejum, voltaram pra cama pelos insistentes pedidos da loira, não que para a latina isso fosse um grande sacrifício. Mas deixou bem claro que Brittany tinha que se comportar. A morena ainda estava preocupada com a saúde da namorada, pois sabia que a mesma passava por um período de recuperação onde era importante que seguisse as recomendações médicas.

Ambas, antes do acidente, já sentiam uma saudade descomunal uma da outra. Mas com o acidente, essa saudade se intensificou. O medo que Santana sentiu ao cogitar na hipótese de perder Brittany, tinha se transformado em saudade, assim como o medo que a loira sentiu ao acordar e não ver a namorada.

Mas agora que estava tudo tentando voltar a seu curso normal, elas queriam matar toda a saudade que guardavam desde o dia do termino.

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Santana acordou com o barulho de seu aparelho celular. Apressou-se para atender antes que Brittany, que ainda dormia agarrada a mesma, acordasse.

- Oi madre. – Disse a latina, pois já sabia quem era. Santana tentava sair do abraço da namorada sem acorda-la.

- Oi hija. Só queria saber se está tudo bem. – Falou Maribel. – É estou um pouco paranoica depois de tudo. E você não ligou pra mim, então resolvi ligar.

- Sim madre, estou bem. Não precisa se preocupar. – Tranquilizou a morena, saindo do quarto e descendo as escadas a caminho da sala.

- Tudo bem. – Assentiu Maribel. – Você não pretende sair hoje, não é Santana Lopez?!

- Mãe, eu estava pensando em ir com a Britt lá no quartel. Tá todo mundo querendo ver com ela está e tenho que falar com o Comandante sobre quem irá ficar no nosso lugar enquanto não voltamos e sobre a Clarice. – Respondeu a latina, que olhava pela janela a vista que dava pra grande cidade. Onde o sol brilhava de forma intensa e o dia parecia lhe chamar para fora de casa.

- Hija, você tem certeza que não quer que eu chame o nosso advogado? – Perguntou a mulher mais velha.

- Tenho madre. O comandante disse que a corporação não deixará que a Clarice saia livre dessa. E além do mais, se chamarmos o advogado, mi padre com certeza vai ficar sabendo. E eu prefiro lidar com o senhor Ruan Lopez apenas quando ele voltar. – Disse Santana.

- Ele vai ficar uma fera com tudo isso. E vai sobrar pra mim, sua linda e jovem madre. – Comentou Maribel fazendo Santana rir. – Você rir, né?! É porque não é você que está morrendo de saudade do seu marido, e quando ele voltar vai está muito chateado com você pra possam... – Dizia Maribel, logo sendo interrompida por Santana, que já sabia onde a conversa chegaria.

- Chega madre! Eu já entendi, ok?! – Falou a morena enquanto fazia cara de nojo. – Não preciso de tais informações assombrando minha mente.

- Não seja criança, Santana. Você é madura o suficiente pra isso. E eu ia dizer ‘’Matar a saudade’’. – Disse Maribel. – Mas enfim, e onde está a Brittany, querida?

- Está dormindo. Os remédios ainda estão fazendo efeito. – Respondeu a morena, que lembrou de algo que queria perguntar para a mãe. – Madre, o que a senhora e a Susan conversaram no refeitório do hospital? – Perguntou a latina, direta.

- Falamos sobre vocês. Eu queria aliviar aquele clima que tinha ficado desde a discussão, pois seria pior ficarmos daquela forma. Falei que o melhor que ela podia fazer no momento, era tentar ter uma relação melhor com você, ou pelo menos não soltarem farpas toda vez que se veem, se ela queria continuar na vida da Brittany. E ela concordou. Ela está fragilizada com o acidente, hija. Sei que ela não foi presente na vida da Brittany, mas ela ainda é mãe e se preocupa com a filha. Por isso, tente conviver em paz, ok?! Sei que você também não ajudava muito a melhorar a relação de vocês. – Contou Maribel.

- Tá certo. Eu duvido que ela tente realmente ter uma relação melhor comigo, mas vamos ver. Eu estou disposta. Faço tudo pela Britt-Britt. – Disse Santana.

- Ela aparentou está sendo sincera, hija. – Revelou Maribel.

- Espero que sim... – Suspirou Santana.

- Bom querida, vou desligar e deixar você voltar pra sua namorada. – Disse a mulher mais velha. – Tchau mi hija.

- Tchau madre. – E assim Santana finalizou a ligação e resolveu ligar para a melhor amiga. Discou seu numero e esperou até que a mesma atendesse.

- Lindsay Gostosa Thompson, quem fala? – Brincou a menina, sabendo que era a latina, que riu.

- Oi Li. Você sabe que não pode beber, né?!– Perguntou a morena rindo.

- Ops... Acho que você deveria ter me dito isso antes. – Brincou a amiga. – Mas e ai, como você tá?

- Estou ótima! – Disse Santana com um amplo sorriso, ao lembrar que no andar de cima, Brittany dormia tranquilamente em sua cama. – A Britt recebeu alta.

- Ai que demais. Fico feliz que ela já esteja fora daquele hospital. Ela parecia bem entediada lá. – Falou Lindsay.

- Sim, ela não gosta muito de ficar presa a um lugar. – Comentou Santana. – Eu acho que vou chamar ela para irmos ao quartel daqui a pouco. Os meninos ainda não a viram depois de tudo. E quero saber como vai ficar tudo com o caso da Clarice.

- Oh, eu posso ir com vocês? – Perguntou Lindsay. – Não aguento ficar sem fazer nada. E minha mãe pensa que voltei aos seis anos de idade.

- Claro que pode. Você quer vir pra cá ou vai direto para o quartel? – Perguntou a morena.

- Eu posso passar ai e pegar vocês duas. Você não pode dirigir, nem eu e a Pierce também não, então eu vou com o motorista, porque com certeza minha mãe não vai querer que eu pegue um taxi. – Sugeriu a menina.

- Então perfeito. Você pode vir daqui a meia hora? Vou só acordar a Britt, para irmos. – Disse Santana.

- Claro. Uhmmm... Lopez, você não deu descanso pra coitada da Pierce, heim! Mesmo ela não podendo fazer esforço, você foi com tudo. – Falou Lindsay rindo, deixando Santana vermelha do outro lado da linha.

- Cala boca, Lindsay! – Exclamou a latina, logo começando a rir. – Olha, até daqui a meia hora, ok?

- Ok. Tchau, sua ninfomaníaca. – Brincou Lindsay.

- Tchau sua chata. – E assim Santana finalizou novamente a ligação.

A morena passou alguns minutos a encarar a grande cidade a sua frente, quando sente braços rodearem sua cintura e um queixo encaixar perfeitamente em seu ombro, lhe trazendo aquele arrepio que já era familiar ao seu corpo.

- Você deveria parar com essa mania de sair da cama, me fazendo acordar sozinha. - Falou Brittany, que tinha a voz ainda rouca por conta do sono, o que Santana achou simplesmente fofo.

- É que minha madre ligou e eu não queria te acordar. Você ainda tá sob o efeito dos remédios e tem que descansar. E eu liguei pra Lind também. – Explicou a morena.

- E você tem que parar de se preocupar comigo. Eu já estou bem... – Disse a loira, virando a namorada para que ficassem frente a frente, e assim lhe deu um beijo.

- Britt, você saiu do hospital ontem. Tem que se cuidar. E eu vou sempre me preocupar com você. – Falou a latina encarando a imensidão azul, que se encontrava há poucos centímetros dela.

A loira não falou nada e deu mais beijo apaixonado na namorada. A sensação de beijar Santana nunca era igual a vez anterior. Era sempre melhor e mais viciante. Sempre mais inesquecível e incrivelmente única.

- Amor, eu estava pensando em irmos lá no quartel hoje. Os meninos ainda estão todos preocupados com você. – Revelou a latina.

- Claro. Vai ser ótimo andar um pouquinho. E depois nós podemos ir... – Dizia a loira quando Santana a interrompe.

- Pra casa. Depois nós podemos voltar pra nossa casa. – Disse a morena naturalmente.

- Primeiro, uma caminhada até o parque com direito a sorvete não vai me matar. E segundo, nossa casa? – Perguntou Brittany, que sorriu com a timidez repentina da namorada quando percebeu o que tinha dito.

- Sim... Minha casa, é sua casa... – Respondeu Santana ainda tímida.

- Sabia que você é a pessoa mais fofa de todo o mundo? – Perguntou a loira guiando a namorada para o sofá, ainda abraçando sua cintura. – Você fica ainda mais linda tímida. Como pode isso? Quando eu penso que não posso te amar ainda mais, você mostra que posso sim...

A cada palavra dita por Brittany, a latina sentia-se mais envergonhada. Mas adorava cada uma delas. Brittany sabia exatamente o que fazer para deixar Santana sem jeito, fazê-la rir, deixa-la irritada...      Ela conhecia muito bem a morena, pelos longos anos de amizade que tiveram, assim como a latina conhecia a loira.

Elas chegaram ao sofá e Brittany deitou a namorada, enquanto a beijava calmamente. Santana apenas deixava-se guiar pelos carinhos da loira, que acariciava a coxa da mesma. Brittany tinha todo cuidado para não machucar o braço da morena. O beijo, que já tinha se tornado mais cheio de paixão, trazia seu efeito as duas mulheres, que se encontravam ofegantes. Santana tinha a mão perdida entre os cabelos loiros. Brittany passou a beijar o pescoço da namorada e começou a fazer carinho na barriga da mesma, por debaixo da camiseta. Antes de voltar a beijar os lábios da latina, que estavam vermelhos e lhe pareciam ainda mais lindos, a loira se permitiu apreciar a beleza da namorada por alguns segundos. Os cabelos um pouco bagunçados, a pele morena livre de maquiagem, a forma como seu corpo subia e descia com sua respiração. E conseguiu ver nas rubis negras que lhe fitavam o tamanho do desejo que já possuía o corpo da mesma, isso só lhe fez querer mais aquela mulher. Santana sabia qual o caminho que aquilo estava tomando, mas quem disse que ela queria ou tinha forças para interromper. Ansiava por Brittany desde o termino e agora, que estavam ali, era muito difícil simplesmente parar.

- Eu te quero tanto, Sant. - A loira sussurrou perto do ouvido da namorada e logo após dando uma pequena mordida no lóbulo da orelha da latina, que não segurou o gemido, fazendo Brittany sorrir brilhantemente. Santana passou a puxar um pouco a blusa da loira a procura de mais contato. E Brittany percebendo isso, se deixou afundar ainda mais no corpo da morena. As coisas pareciam caminhar para o que ambas queriam, quando alguém bate na porta. Santana lembra que deveria ser Lindsay e interrompe o beijo, dando um pedido de desculpa silencioso para a namorada, que bufou ao ver que a morena ia atender a porta, e não ignora-la como era seu plano.

- Você não vai atender a porta só de camiseta e calcinha, vai? – Perguntou Brittany ainda frustrada. Santana se aproximou do da porta e confirmou pelo o olho mágico que era Lindsay.

- É só a Lind. – Disse Santana abrindo a porta. Deixando Brittany nada feliz.

- Como assim ‘’É só a Lindsay’’, Lopez? – Perguntava a menina entrando no apartamento. – Eu sou muita coisa, viu?! E porque você ainda está vestida assim? E porque você parece ter corrido uma maratona? Tá toda ofegante ai... – Lindsay falava e viu Brittany sentada no sofá com uma cara nada feliz e meio vermelha, a fazendo juntar os pontos. – Ah não! Não me diga que vocês estavam se pegando! Sério gente, vamos ter que arrumar algum jeito para que isso pare de acontecer. E Pierce, a culpa não é minha. Sua querida namorada que marcou comigo.

- Desculpa Li. É que perdi a noção do tempo... – Falou Santana ficando do lado da amiga depois de ter fechado a porta.

- E eu sei bem como foi que você perdeu a noção! – Disse Lindsay, recebendo uma pequena tapa no ombro, dado pela a morena.

- Amor, é que eu marquei com a Lind pra irmos ao quartel. – Explicou a latina, para a namorada que ainda estava sentada no sofá.

- Tudo bem. – Assentiu a loira. – Agora, por favor Sant, vai se vestir...  Não é nada legal você está desse jeito na frente da Thompson. – Disse Brittany apontando para o corpo da namorada.

- Não. É legal sim. – Brincou Lindsay recebendo outra tapa da amiga. – Ah, qual é?! Pensei que já tínhamos passado dessa fase, Pierce. Além do mais, já vi essa dai em menos trajes que esses. Pra ser mais especifica, sem nenhum traje. – Disse Lindsay indo sentar. – Vou sentar nesse sofá aqui só por precaução. – Falou a menina sentando longe de Brittany que a fitava incrédula.

- Amor, eu estava bem bêbada e ela me deu um banho. Só isso. Não pensa besteira. – Explicou Santana. – Foi nos dias que estávamos separadas.

- É Pierce, relaxa. – Disse Lindsay. – Agora San, vai logo tomar banho e se trocar. E caso você me escute gritando, saiba que é sua namorada me estrangulando. – Falou Lindsay.

Santana foi até a namorada e deu um selinho, só pra ter certeza que estava tudo bem e subiu para tomar banho e se vestir. Brittany ia até a cozinha beber água, quando Lindsay falou.

- Você sabe que não tem nada haver, né?! Já te disse várias vezes que o que sinto pela San é só amizade. – Falou Lindsay, temendo que Brittany tivesse ficado chateada.

- Tá tudo bem. Eu sei. – Assentiu Brittany lhe enviando um pequeno sorriso.

- Eu acho que são esses remédios pra dor que estou tomando. Estão me deixando meio grogue e me fazendo falar demais. – Brincou a menina. – Mas é sério Pierce, desculpa se você ficou chateada.

- Agora é a vez de você relaxar, Thompson. Tá tudo bem, mas eu só prefiro que a única pessoa que veja aquelas pernas, seja eu. – Disse a loira finalizando um uma piscada e caminhando para a cozinha, e Lindsay riu.

- Você é muito possessiva! – Falou Lindsay um pouco mais alto para que a loira pudesse ouvir.

- Você não sabe o quanto! – Respondeu Brittany na mesma altura.

A loira bebeu água e volta para sala, onde encontrou Lindsay jogando no celular.

- Vamos de taxi? Por que nenhuma de você duas podem dirigir, e tenho certeza que a Sant não vai querer que eu dirija. – Perguntou Brittany sentando ao lado da colega de trabalho.

- O motorista da minha mãe tá esperando lá embaixo. – Respondeu Lindsay.

- Ok. Então eu vou ver se a Sant já terminou, pra eu tomar banho. – Disse Brittany levantando e subindo as escadas a caminho do quarto da morena.

Quando ela chegou ao cômodo, Santana saia do banheiro de toalha.

- Amor, você não tá chateada, né?! – Perguntou a latina.

- Com o quê? Sua amiga ter nos interrompido? Ou por você ter atendido a porta com aqueles trajes e eu ainda ficar sabendo que ela já te viu pelada? – Perguntou a loira com um tom indecifrável.

- Britt, você sabe que não tem n... – Falava Santana, quando foi interrompida pela namorada.

- Eu sei, Sant. Tá tudo bem. Agora, por favor, quero ser a única a ver o seu corpo. – Disse Brittany se aproximando da morena e contornando sua cintura. – E me prometa que quando a Thompson tiver uma namorada, vamos interromper ela também.

- Prometo! – Concordou a latina beijando a namorada, que não se segurou e já tinha o objetivo de tirar a toalha da namorada.

- Você pode me emprestar a sua toalha? – Perguntou a loira, não dando tempo para que Santana respondesse.

- Brittany! – Exclamou a morena, pela atitude da namorada, que apenas riu.

- Mas que bela vista. – Disse Brittany voltando a beijar a morena, que não aceitou.

- Vai tomar banho, amor. – Falou Santana.

- Você não quer ir comigo? – Perguntou a loira com um olhar cafajeste.

- Já tomei, obrigada. – Respondeu a latina se afastando da namorada e caminhando até seu closet.

- Se você viesse não se arrependeria. – Disse Brittany entrando no banheiro, e Santana apenas riu.

(...)

As três mulheres chegaram ao quartel e foram recebidas com muitos abraços, principalmente Brittany. Elas conversaram durante alguns minutos com os colegas, que contavam como estava indo tudo no trabalho e que esperavam que as meninas voltassem logo.

Will apareceu e pediu para que as três o acompanhassem até sua sala, para que pudesse lhes contar como estava andando o caso de Clarice.

- Bom meninas, como eu havia dito a Santana ontem, os pais da Clarice estavam tentando de tudo, para que a filha não fosse presa. E nós jamais permitiríamos que isso acontecesse. – Começou Will. – Ela foi vista por alguns psicólogos e todos constataram que ela está sofrendo de alguns problemas. Foi visto por eles, que ela criou uma obsessão por você Brittany, obsessão essa que causou tais atitudes dela. Ela está sendo mantida isolada de outras pessoas na delegacia, por conta da agressividade que tem apresentado. Uma das policiais foi agredida por ela, e ela a chamava de Santana. Então, por hipótese nenhuma ela pode ser solta e eu prefiro que vocês fiquem distantes daquela delegacia, principalmente você Santana. – Disse o Comandante.

- Mas até quando irão manter ela na delegacia? – Perguntou Brittany.

- Bom, o que estava sendo discutido era onde ela iria cumprir a pena. Numa prisão ou em um sanatório. E pelo que está sendo apresentado, percebemos que o melhor seria um sanatório.

- Por mim tanto faz, contanto que ela fique presa e bem longe da gente. – Disse Santana.

- Os pais dela viram que não podem lutar contra as acusações e já aceitaram. Mas querem que ela cumpra pena em um sanatório na Europa, já que eles estão morando lá atualmente. – Revelou Will.

- E isso pode acontecer? Quer dizer, ela pode ser transferida para outro continente? – Perguntou Lindsay.

- Normalmente não, mas quando se tem muito dinheiro às vezes as coisas mudam um pouco. – Lamentou o Comandante.

- Por mim, quanto mais longe ela estiver, melhor. – Disse Santana.

- Eu só queria saber o posicionamento de vocês quanto a isso, pois o juiz já permitiu, mas caso vocês se oponham, nós podemos recorrer. – Esclareceu Will.

- Eu concordo com a San. O quanto mais longe, melhor. – Falou Lindsay.

- E você, amor? – Perguntou Santana para a namorada.

- Não me perdoaria nunca se algo acontecesse com você por causa da Clair. – Disse a loira olhando para a namorada. – Então Comandante, pode dizer que estamos de acordo.

- Tudo bem. Também acho que essa é a melhor opção. E de qualquer forma, ficaremos de olho caso qualquer coisa aconteça lá na Europa. – Falou Will. – Mas deixando isso de lado, como você se sente?

- Maravilhosamente bem, chefe. – Respondeu Brittany olhando para a namorada.

- Que bom minha querida. Mas como já havia dito para a Santana, as três terão duas semanas para que se recuperem totalmente. E caso precisem de mais dias, por favor, digam. – Disse o homem gentilmente.

- Não chefe. Duas semanas, está perfeito. – Falou Brittany.

- E quem ficará no nosso lugar? – Perguntou Lindsay.

- São duas paramédicas de San Francisco. Elas foram transferidas pra cá há uns dois meses, mas já conhecem bem. E são muito competentes. – Disse Will.

- Vê lá Comandante, se não vai nos trocar por elas. – Brincou Santana.

- Não se preocupe. Isso não irá acontecer. – Assegurou ele.

(...)

Elas então resolveram ir passear pelo parque, como Brittany tinha sugerido mais cedo. Lindsay resistiu, não queria interromper o momento das amigas, pois já tinha feito muito isso nos últimos dias. Mas a própria Brittany queria que a menina fosse. Queria conhecer mais a melhor amiga da namorada. Mas Lindsay só aceitou depois de Brittany dizer que ia pagar o sorvete de morango que estava devendo.

As três andavam pelo parque e conversavam. Decidiram sentar em um dos muitos bancos espalhados pelo grande parque, que se encontrava meio vazio. O dia estava lindo e o sol brilhava cheio de vida, o que só propiciou o momento agradável que estavam passando. Santana viu um vendedor de pipocas, perguntou se as outras duas mulheres queriam, mas disseram que não. E assim, a morena foi comprar pipoca pra ela.

- Você sente saudade de L.A? – Perguntou Brittany para a colega, que olhava paisagem.

- Pensei que sentiria mais. Mas chegando aqui me deparei com pessoas muito legais, então ajudou a não senti tanta saudade. Apesar de às vezes eu ter vontade de ir aos lugares que eu ia quando morava lá. – Respondeu Lindsay.

- Deve ser difícil. – Comentou Brittany.

- É sim. Mas já me adaptei a morar aqui. – Disse Lindsay.

- Mas e ai, o que você faz além do trabalho? Quer dizer, quais são seus hobbies e tal? – Perguntou a loira, que tinha curiosidade em saber mais sobre a colega.

- Ah... Saiu com a minha melhor amiga, com meu irmão... Uhmm, gosto de música. Adoro cinema, teatro. – Respondeu a morena.

- Artes em geral...

- Sim. Minha mãe sempre me incentivou a apreciar as artes. Uma pena ela ter tido uma péssima sorte, tendo uma filha totalmente sem talentos artísticos. – Disse Lindsay lembrando da infância, e Brittany riu do comentário. – É sério, já tentei fazer de tudo. Fiz ballet, jazz, sapateado, contemporâneo. Na dança eu não era tão ruim, mas parei. Tentei fazer esculturas, mas também não deu muito certo. Tentei aprender a tocar todos os instrumentos que você pode imaginar, mas desistir. Tentei atuar, mas percebi que também não tinha talento pra isso quando na minha quinta peça eu continuava interpretando objetos inanimados, como árvore, rocha, arbusto, árvore de novo. – Contava Lindsay, para o divertimento de Brittany que apenas ria. – Ri, pode rir. Na época eu fiquei totalmente frustrada com as minhas tentativas, mas hoje já superei o meu ‘’não talento’’ para as artes. Depois de um tempo percebi que meu talento estava no esporte.

- Então você é do esporte. Já estava pensando que você não tinha talento nenhum. – Brincou a loira.

- Não é querendo me gabar, não. Mas eu era realmente boa em alguns esportes. E sempre estive nesse meio. Com as aulas de dança e de ginastica artística que eu tinha tido, fui líder de torcida. Não ri Pierce! – Disse Lindsay vendo que Brittany já estava pronta pra rir.

- Qual é a piada? – Perguntou Santana chegando e sentando entre as duas mulheres.

- A Thompson foi líder de torcida. – Respondeu Brittany ainda rindo.

- Sério? Eu não sabia disso. Também fui. E do que você está rindo, loira? Eu me lembro muito bem de uma foto sua com uniforme de torcida. – Revelou Santana. E foi a vez se Lindsay rir e Brittany ficar vermelha.

- Só fui por alguns meses, Sant. – Disse Brittany pegando um pouco de pipoca da namorada.

- Qual o problema em ser líder de torcida, amor. Eu te acharia muito quente naquele uniforme. – Falou Santana dando uma piscada para a namorada. – Mas como vocês chegaram a esse assunto?

- A Lindsay estava falando da sua falta de talento para as artes. – Respondeu a loira.

- Falta de talento? Você canta bem pra caramba, Li. – Disse Santana.

- Eu? – Perguntou Lindsay pegando um pouco de pipoca da amiga.

- Sim, você. Eu lembro de ouvir você cantar pro Harry. E olha, foi ótimo. – Elogiou a morena.

- Olha, nem tudo está perdido Thompson. Pois se a Sant tá dizendo, pode confiar. Ela canta muito! – Falou Brittany pegando mais um pouco de pipoca.

- É verdade. Já ouvi ela cantarolando umas musicas, e realmente tem a voz linda. – Concordou a menina. – Nunca fiz aulas de canto. Acho que me dei por vencida cedo demais. Quando chegar em casa hoje, vou falar pra minha mãe! – Brincou Lindsay.

Brittany e Lindsay pegaram mais um pouco de pipoca e Santana se deu conta.

- Mas que lindo isso. Vocês estão acabando coma minha pipoca, sendo que eu perguntei para as duas se iriam querer e disseram que não. – Falou a latina.

- Deixa de ser egoísta, San. – Disse Lindsay, pegando mais um pouco.

- É amor, é só pipoca. Além do mais, é sempre melhor a sua. – Concordou Brittany também pegando mais pipoca, fazendo a morena bufar.

- Não é egoísmo. Agora, coisas que eu não divido: Pipoca, roupas e namorada. – Disse Santana levantando e deixando a pipoca com a namorada.

- Só isso que você não divide? – Perguntou Lindsay.

- Dentre outras coisas, essas são as mais importantes. – Respondeu Santana e logo depois indo comprar outra pipoca, deixando Lindsay e Brittany rindo da criancice da menina.

- Essa é sua namorada, Pierce. – Falou Lindsay.

- É sim, linda não?! – Disse a loira olhando para namorada há alguns metros dali. Linda não era a única coisa que passava na cabeça de Brittany em relação a latina.

Brittany pov

Linda... Inteligente... Doce... Carinhosa... Companheira... Engraçada... Poderia passar a eternidade falando o que amo nela. Amo o grande efeito que ela tem sobre mim. E como os momentos mais simples se tornam especiais, só pelo fato de está ao seu lado. Amo seu toque, sua boca, seu cheiro, sua forma de ser. Amo como sua pele se arrepia quando beijo seu pescoço. E como ela fica sem graça quando a elogio. Amo como sinto sua falta, sendo que não estou nem há um dia longe dela. Amo sua persistência. Amo sua inconstância. Amo seu sorriso e como ele consegue iluminar meus dias. Amo quando ela fala em espanhol por estar irritada. Amo como ela fica relaxada e mexe o nariz enquanto dorme. Amo como ela rir das minhas piadas sem graça. Amo como ela consegue saber exatamente o que está se passando em minha mente. Amo sua forma diferente de ver a vida, mas sem deixar a realidade, pois é nela que vivemos. Amo seu maravilhoso café e de como se gaba por cozinha melhor do que eu. Amo como não consegue fingir gostar de quem não gosta. Amo como ela tenta ser organizada. E amo sua curiosidade eterna. Amo como ela se concentra enquanto dirige. E como ela acredita que tudo vai dar certo. Amo sua alto-confiança. Amo como ela usa seu charme e nem mesmo percebe. Amo como ela morde o lábio inferior quando está pensando. Amo quando ela me deixa ganhar nos jogos, só para que eu me sinta melhor. Amo como sua mão se encaixa perfeitamente na minha. Amo como ela só consegue relaxar quando se certifica de que estou bem. Amo como sinto seu coração bater perto do meu. Amo sua voz rouca pela manhã, e como seu cabelo fica meio bagunçado, mas de forma perfeita. Só dela. Amo seu jeito mulher fatal de ser. E também amo quando a criança dentro dela aparece pedindo por atenção. Amo a forma que ela luta pelo que acredita e odeia injustiça. Amo como seus olhos brilham ao falar de algo que ama. E amei o dia que vi esse mesmo brilho em seus olhos ao falar de mim. A amo muito e a cada dia mais... Sem limites... Infinito, simplesmente.

Brittany pov off


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Notas finais do capítulo

E ai, me descuparam pela demora? Espero que tenham gostado. =)