Love And Fire - Brittana escrita por Di Soares


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!
Algué ficou sabendo do spoiler de que algum personagem vai ser assumir gay? Quem vocês acham que é?
Bom, vamos ao capítulo. ENJOY!



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Brittany pov

Estava a caminho de uma boate com Puck, sem a minha namorada. Que por acaso foi deixar a novata em casa. Pessoa essa, que eu tenho suspeitas fortes de que gosta da minha namorada, que por acaso mentiu pra mim dizendo que não tomou café da manhã com a novata, sendo que tomou.

Não entendo por que diabos ela fica de babá da Thompson! Sei que a Sant é desse jeito. Gosta de ajudar. Ela não se importa mesmo, é incrível como pode ser assim. Ela é do tipo da pessoa que faz qualquer coisa por um amigo. Não mede esforços para te ver feliz.

Mas no momento a coisa é o seguinte. A felicidade da Thompson é a minha tristeza. Queria que a Sant estivesse aqui. Sei que ela vai vir, mas é que não sei, não. Estou realmente confusa, não consigo nem pensar direito.

Puck dirigia o carro em silêncio, mas logo notou minha discussão interna e resolveu interrompê-la.

- Britt, você quer falar o que tá te incomodando? Pois eu tenho certeza que existe alguma ciosa pirando essa sua cabecinha, que já não é muito normal. – Falou ele, terminando em tom de brincadeira. Seu rosto transmitia serenidade e conforto. Parecia que tinha escrito na testa dele: ‘’Pode me contar qualquer coisa. Você certamente irá se sentir melhor.’’ E foi isso que eu fiz.

- Eu... Eu acho... Ou melhor, tenho quase certeza que a novata está afim da Sant. – Disse a ele, que olhava a rua, mas dava rápidas olhadas para mim.

- Uhm. E é só isso que tá te incomodando tanto? – Perguntou ele simplesmente.

- Como assim, ‘’e isso só isso que tá te incomodando tanto?’’ – Falei de uma maneira meio revoltada. – Tem alguém que está afim da minha namorada, que por acaso considera essa pessoa como uma grande amiga.

- Baby, estranho seria se ela considerasse mais do que uma grande amiga, não? – Disse ele.

- Ôh se seria! – Falei sarcástica.

- Britt, é melhor você se acostumar com isso. Quer dizer, a Santana é um mulher muito bonita, atraente, sexy, inteligente, engraça... – Falava ele quando resolvi interrompê-lo.

- Eu já entendi que a Sant é tudo de bom. Agora para, porque se não, vou achar que você também tá afim dela.

- Meu Deus como você tá paranoica. – Disse ele tirando seu olhar da pista e fixando em mim por alguns segundos. – Continuando, ela é uma garota incrível, e o que não vai faltar por ai, é gente que reconhece isso. E consequentemente, não vai faltar gente por ai que fique afim da sua garota.

- Ah, valeu Puck. Você já foi melhor para dar conselhos ou levantar a bola de alguém. – Disse sarcasticamente. Ele não estava me ajudando em nada até agora.

- Você e sua mania de não me deixa concluir as coisas. – Reclamou ele. – Se liga, o que não vai faltar por ai, é gente querendo ficar com a Santana. Mas quem ela quer é você, e é só isso que importa. Ninguém vai atrapalhar o relacionamento de vocês se você confiar e demonstra seu amor por ela. – Concluiu ele. - Meu Deus, olha o jeito que eu estou falando. Tô parecendo uma garotinha. – Falou fazendo uma careta engraçada, que me fez rir.

- Se senti melhor? – Perguntou ele.

- Um pouco, mais ainda tem outra coisa relacionada a isso. Mas depois nós conversamos. Agora, tenho que mandar o nome e o endereço da boate. Qual é mesmo? – Perguntei tirando o celular da bolsa.

- O nome da boate é Blind. Rua 10, número 531. – Disse ele.

Então eu escrevi o sms e enviei. Eu queria, na verdade, era ligar pra ela. Mas não fazia nem meia hora da última vez que tínhamos nos falado, então resolvi apenas mandar o sms, além do mais, ela estaria dirigindo.

Chegamos a boate que parecia realmente lotada. Havia uma enorme fila na entrada do local. Saímos do carro e fomos ao encontro do segurança, sem passar pela a fila de pessoas, que não se mostraram muito satisfeitas quando nos viram passando. Puck era amigo do proprietário e apenas disse seu nome e fomos liberados a passar. Pensei se seria bom eu deixasse o nome da Sant com ele, pra que ela não tivesse problemas.

- Você pode anotar ai na sua lista, Santana Lopez? Ela vai nos acompanhar. – Pedi.

- Oh, nem precisa pedi. A senhorita Lopez já se encontra na lista permanente. É uma lista de pessoas fixas. – Explicou ele. – E além do mais, a senhorita Lopez é amiga do chefe. Então, não se preocupe!

- Obrigada. – Falei e seguimos para dentro do estabelecimento.

- Até parece que a Santana teria que pegar aquela fila lá fora. – Disse Puck. – Os Lopez não pegam fila. – Brincou ele.

- Pois é, já devia ter me acostumado. É que sempre esqueço que minha namorada vive sendo paparicada, e não é só por mim. – Falei.

E era verdade. Santana era paparicada por todo mundo, pelo menos pelas pessoas que sabiam seu sobrenome. Mas ela não era uma garota mimada, nem nada. Só que ela sabia que as pessoas fariam o que ela pedisse. E era nessas horas que era aparente nossas diferenças. Eu nunca tive pessoas me paparicando a toda hora, como ela tem, e acho que nem quero. Quer dizer, muitas pessoas são falsas e não se importam realmente com o bem está dela. A Sant sabia lidar com isso, mas eu não conseguiria. Na verdade, se fossemos parar pra pensar em todas as diferenças que tínhamos, veríamos que eram gritantes.

Quando a Sant entrou para a equipe, e ainda estava em estágio de avaliação, eu peguei muito no pé dela. Se ela cometesse alguma falha, mesmo que pequena, eu falava por horas no ouvido dela. Primeiro, foi porque assim que a conheci e soube de quem ela era filha, pensei que deveria ser um garota mimada, que pensava que o trabalho ali era brincadeira. E eu tinha que mostrar que não, pois ali se tratava de salvar vidas, e que muitas vezes envolvia o risco da sua própria vida. Então depois dos primeiro dias, comecei a conhecê-la melhor e ver que eu estava absurdamente enganada. Segundo, eu sempre achei ela uma gata, e era muito engraçado implicar com ela. Ela fazia uma cara de brava, que eu adoro até hoje. É simplesmente apaixonante! Para ser sincera, me senti atraída pela Sant, assim que a vi. Mas eu tinha uma namorada, que suspostamente eu amava. E além do mais, a Sant também era supostamente hétera.

- Vamos pegar uma bebida? – Sugeriu Puck.

- Vamos lá. – Assenti.

Caminhamos para o bar. Algumas meninas me olhavam de um modo na discreto, mas mal sabem elas que minha mente está em outro lugar, com uma latina linda que não está aqui comigo. Estava meio difícil andar, pois havia muitas pessoas. A música era alta. Chegamos no bar e Puck pediu nossas bebidas. E ficamos ali dando uma olhada no ambiente. Mas no caso do meu amigo, ele procurava sua próxima ‘’vítima’’.

Parando pra pensar, alguns meses atrás eu estaria aqui fazendo a mesma coisa. Procurando uma garota, que no outro dia eu nem saberia o nome direito. Sinceramente, pensando hoje, não me orgulho muito desse passado, mas é inegável que as coisas eram mais simples assim. Sem toda essa confusão que está a minha cabeça, sem toda essa vulnerabilidade que eu sinto em relação a Sant. Me sinto um alvo fácil, sem chance de defesa e proteção. Acho que está amando é assim, você se deixar ser. Amar é simplesmente deixar todas as suas defesas irem embora, e torcer para que quem você ama e se entregou, não te machuque. Faz tempo que deixei minhas defesas caírem por causa de uma certa morena ai. É muito louco saber de todas as mudanças que aconteceram em tão pouco tempo.

E aqui estou eu. Em uma boate, sem minha namorada, pois ela deixando uma garota em casa. Ótimo!

Brittany pov off

****************

Santana pov

Eu dirigia, enquanto Lindsay contava algumas coisas sobre a infância dela, e de como ela e Harry, seu irmão casula, eram parecidos. Nós já estávamos chegando quando recebi uma mensagem, provavelmente da Britt, com o endereço da boate.

Pedi para que a Lindsay pegasse meu celular dentro da bolsa e visse a mensagem. Ela fez o que pedi, e confirmou que era mesmo uma mensagem da Britt.

- Você tem certeza que não quer ir? – Perguntei mais uma vez, pois que já tinha perguntado se ela queria ir.

- Não vou poder San. Vou ficar com o Harry, para minha mãe sair com meu pai. Ela não gosta de deixar ele com ninguém estranho, então eu vou ficar de babá. – Explicou ela. – Mas vai ser divertido! Vamos fazer uma zona. Vamos ficar acordados até tarde, comendo besteiras, e assistindo filmes de terror. – Falou ela com certa animação, que me fez sorrir do jeito moleque da dela.

Eu sinceramente não sei quem é mais criança, se é o Harry ou a Lind. Eles realmente tem uma ótima relação, ela faria qualquer coisa por ele e vice-versa. Ele é um menino muito inteligente, e pelo que Lindsay me contou, ele a ajudou muito quando a Megan morreu. Ele é realmente um menino muito doce, esperto, e companheiro.

Que pena que sou filha única, queria saber como e ter um irmão ou uma irmã, e ter aquelas brigas por motivos idiotas. Minha infância foi muito solitária, acho que seu tivesse um irmão teria sido melhor. Muita gente, que tem irmãos, me falam que preferiam ser filhos únicos, mas eles não sabem como é ruim. Lógico que tem suas vantagens, tipo não ter que dividir nada com ninguém, mas pensando bem pra minha família não seria um problema, e eu não me importaria de dividir. Teve muitas coisas que tive que passar sozinha, sendo que se eu tivesse um irmão teria sido diferente.

Mas enfim, acho que se eu tiver um filho, vou dar um irmãozinho pra ele. Acho que dois filhos é um número bom. Será que a Britt vai querer ter um filho um dia? Comigo? Será que ela querer dois? Se ele tiver os olhos dela, iria ser tão lindo. Ia ser realmente incrível ter uma família com a Britt. Não vejo ninguém mais perfeita pra isso do que ela. Ela iria ser uma ótima mãe, tenho certeza. Na verdade, quando ela está com uma criança, parece que volta a ser criança também. Sinto que a Britt seja meio resistente a ideia de ter filho, por conta da relação com a mãe dela. Sei lá, acho que ela pensa que irá ser da mesma forma. Tolice! Bom, até antes de a gente começar a namorar, ela era resistente a essa coisa de se casar e ter filhos. Mas muitas coisas mudaram, espero que esse pensamento seja uma dessas coisas. Pois acho que nada me faria mais feliz do que constituir uma família com a Britt um dia.

- Tudo bem. – Falei estacionando o carro perto da entrada da casa dela, saindo dos meus devaneios. – Espero que seja divertido. Dá um beijo no Harry por mim.

- Acho que você pode dar pessoalmente. – Falou ela olhando para a entrada da casa, onde um menino sorridente segurava a mão da mãe. Mas logo a largou vindo em nossa direção quando viu a irmã sair do carro.

- Thon-Thon! – Exclamou ele, dando um forte abraço na Li. Esse era o apelido que ele deu pra ela, por causa do sobrenome. No começou ela o indagou dizendo que ele também tinha o mesmo sobrenome que ela, então ele também poderia ser chamado de Thon-Thon. Mas ele disse que não valia mais, pois ele já tinha escolhido pra ela, e nada podia mudar isso.

- Eu vou chamar seu pai para irmos! – Gritou a senhora Thompson de longe. – Oi Santana. É muito bom te ver.

- Oi Marie. Igualmente, você está linda. – Falei.

- Obrigada querida. – Agradeceu ela entrando em casa a procura do marido, para poderem sair.

- Oi meu lindo. – Disse Lindsay, e ele logo veio me cumprimentar.

- Oi senhorita Lopez. – Falou ele beijando minha mão. Ele era um Don Juan mirim, e tudo por culpa da irmã, segundo Marie, mãe dos dois. Ela disse que ele pediu pra Li dá umas dica pra ele como conquistar uma garota, já que ela namorava com uma das garotas que ele já tinha visto, palavras dele. Isso começou ainda quando Megan estava viva, parece que eles se davam muito bem. Era engraçado escutar ele falando todas aqueles coisas com um jeitinho de garoto. Era simplesmente fofo.

- Oi Harry. Tudo bem? – Perguntei.

- Bem melhor agora em sua companhia. – Disse ele. – A Thon-Thon disse que você também vai ao zoológico.

- Vou sim. Não poderia faltar. – Falei.

- Vai se muito legal. Vou poder te mostra os animais que eu mais gosto. Vou poder te comprar algodão doce, se você quiser é claro. – Disse ele animado. – Ah, vou te levar a fonte dos desejos que tem lá dentro, e você vai poder fazer um pedido.

- Vai ser incrível! – Falei.

- Agora, a Senhorita Lopez terá que ir Harry, ela tem um compromisso. – Disse Lindsay.

- Mas ela não pode ficar para a nossa festa do pijama? – Perguntou ele. – Nós vamos dormir tarde, por que eu já sou um homem. E vamos assistir filme de terror, e não precisa ficar com medo. Eu protejo as duas. A Thon-Thon sempre fica com medo e vai dormir na minha cama. Ela não é tão grande, mas ainda tem espaço para mais alguém, e essa pessoa sortuda pode ser você. – Falou ele não esquecendo seu charme. E deixando uma Lindsay vermelha pela a revelação.

- Você dorme com ele depois que assistem filme de terror? – Perguntei.

- Não é bem assim. – Desconversou ela.

- É sim Thon-Thon. Você lembra daquele dia que você me pediu para olhar no closet pra ver se tinha alguém. – Falou ele naturalmente, tentando provar seu ponto, e deixando Lindsay ainda mais vermelha.

- Bom Harry, é uma oferta tentadora, mas infelizmente tenho um compromisso. Quem sabe numa próxima. – Disse a ele em tom de desculpa.

- Tudo bem. Eu sou paciente. – Falou ele uma piscada me fazendo rir. Como um menino de dez anos, pode já ser desse jeito.

- Ok galanteador, chegou a hora de se despedir da dama, pois ela tem que ir. – Disse Lindsay.

- Tchau Senhorita. Foi um grande prazer. – Falou ele, mais uma vez dando um beijo em minha mão. – Até amanhã.

- Tchau Harry, até amanhã.

- Thon-Thon vou pegar seu cobertor e colocar em minha cama, já que eu sei que você vai dormir comigo hoje. – Disse ele correndo a caminho da entrada.

Ele então se foi, entrando em casa rapidamente.

- Eu não durmo com ele toda vida. É que eu sei que ele fica com medo, e que irmã eu seria se deixasse dormir sozinho? – Falou ela, tentando me enganar.

- Tudo bem Li. Você finge que me engana, e eu finjo que acredito. – Falei rindo, e acabou rindo também.

- Obrigada San. – Disse Lindsay.

- Não foi nada. – Respondi. – Sempre que precisar, é só pedi.

- Tchau, tenha uma ótima noite. – Disse ela.

- Obrigada Li. Boa noite, tenha uma boa festa do pijama. – Falei entrando no carro. Cuidado com o closet. – Brinquei.

- Muito engraçadinha. – Disse ela fazendo uma careta, e rindo em seguida.

Dei partida no carro e segui. Ouvi meu celular tocar, então peguei e atendi. Era minha mãe.

Santana pov

******************

Brittany pov

A Sant ainda não tinha chagado, e eu estava sentada enquanto Puck conversava com uma menina perto da pista de dança. Eu estava prestes a ligar para a minha namorada, quando alguém tapa meus olhos. Sorri instintivamente com a possibilidade de ser a Sant. Então me levantei, já pronta para lhe dar um beijo, quando vi que não era quem eu esperava que fosse.

- Uou. Não sabia que era tão ruim me ver. – Brincou Clarice ao ver minha expressão depois de eu perceber que tinha cometido um erro.

- Desculpe Clair. É que eu esperava a Sant. – Expliquei.

- E onde está ela? – Perguntou Clair.

- Foi deixar a novata em casa. – Respondi soltando um suspiro de frustração.

- Ohhh, isso não é bom. – Disse Clair.

- Você ainda não sabe o que não é bom. Perguntei a Sant, qual tinha sido a última vez que ela tinha visto a Thompson. E ela disse que foi ontem, sendo assim, negando ter tomado café da manhã com ela. – Desabafei rapidamente.

- Uhm. Ela deve... – Clair parecia pensar em algo para dizer.

- Não tem desculpa pra isso. Não tem nenhum motivo para ela ter mentido pra mim. Na verdade, só tem um, e eu prefiro não pensar nisso. – Falei. – Eu estou um poço de confusão, pois tenho certeza que a Sant não faria algo assim comigo, mas por que ela mentiu? Tá uma loucura!

- Relaxa B. – Disse ela pegando minha mão, e me puxando para a pista de dança. – Deixa que enquanto a Santana não chega, eu cuido de você.

Brittany pov off


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Notas finais do capítulo

Adoraria ler os comentarios dos meus 105 leitores, mas como isso é quase impossóvel, gostaria que oelo menos a metade comentasse. Please!