Sangue de Jogos Vorazes escrita por Ytsay


Capítulo 25
Encontro com Shan, do distrito 5


Notas iniciais do capítulo

Se você gosta de filmes de terror, o capitulo é...Não chega a ser um mais é quase...ou sela pode não ser.
Não quero que tenham pesadelos... se estão preparados, ótimo. Se não é melhor vocês se preparem...



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Acordei com sede, mas comum determinação de chegar no topo da colina renovada. Consegui caminhar uma grande distancia. E mais uma noite chegou.

No dia seguinte continuei e estava caminhado. Quando as coisas se agitaram com berros, gritos e sons diversos e assustadores que passavam por mim. Me deixando em alerta e ao mesmo tempo em pânico. Os gritos não pararam, mas os sons de um ataque selvagem sim.

O som oco de galopes pesados estavam vindo na minha direção. Sei que não é possível correr, pois certamente quem estava agora aos berros chamando qualquer um , não conseguiu.

Escolho rapidamente uma arvore alta, enquanto o som apavorante se aproxima. O tronco tem uma casca podre e escorregadia, é difícil de subir, mas vou para o mais alto possível. Seja o que for é melhor ficar longe do chão e longe de vista. Espero imóvel, cansada e em extremo pavor contido.

A criatura marrom surge não muito, passa por debaixo da arvore em que estou, sua aparência é de um urso de unhas compridas e ensanguentadas com olhos extremamente escuro. Ela fareja o chão logo abaixo, em busca de vestígios de uma nova caça. Apos um tempo com o coração palpitando e meu sangue extremamente gelado de medo, a criatura ruge e corre para longe.

Permaneço no meu abrigo, aliviada e retomando o controle do meu corpo até não haver mais som algum da criatura selvagem.

Me viro buscando ver quem foi a vitima que ainda esta gritando. Do alto consigo enxergar, Shan o garoto do distrito 5. Seus gritos são de dor extrema, pedindo clemencia para que alguém acabe com sua agonia. Escondo rosto sem saber o que fazer. Seus gritos me deixam mal, da mesma forma que pensar em ir ajuda-lo acabando com a vida dele.

Engulo em seco diversas vezes até tomar uma decisão que eu não sei se sou capaz de realizar. Mas antes devo verificar o lugar para ver se mais alguém o ouviu. Parece que somos só nós dois. Vou descendo tremula pelo susto e pelo que estou prestes a fazer.

Meu corpo caminha confiante e atento agora, mas meus olhos e minha mente se mostram contrário.

Ele me vê á alguns metros dele, em um momento em que paro para pensar melhor na minha decisão e ele grita para mim:

–ACABA LOGO COM ISSO!!!

Eu travo e reconsidero que minha ação não foi nada boa. Ele esta jogado no chão sobre a cama macia de folhas mortas, suas pernas foram dilaceradas deixando o sangue tingir toda a sua volta de vermelho escuro. Seu rosto esta vermelho e com as veias ressaltadas, suas mão esquerda apoia sem sentido as costas.

–Anda logo garota!!! Eu não tenho mais chances nesse jogo!!! Eu não posso andar! Não esta vendo!!-Ele ainda grita comigo, é o único jeito para ele continuar falando e suportar a dor.

–Eu não posso fazer isso...- digo. Ele não tem nenhuma arma próximo dele ou qualquer item que seja perigoso para mim. Me aproximo lentamente, ainda chocada com o estado dele.

Então me ajoelho perto de sua cabeça.

–Claro que pode!! Uma hora você vai ter que fazer isso mesmo!!

–Não... - choramingo.

Ele tenta se mover para me tocar, mas acaba causando um grito pior que todos. Provavelmente causada por alguma fratura. Depois olho a volta verificando novamente se não existem outros. Vejo que a arvore próxima dele possui ranhuras da criatura até quase três metros de altura e os galhos abaixo estão quebrados, ele deve ter sido arrancado da arvore.

–Por favor, Maya!-Ele sabe meu nome, e sua expressão implorava dramaticamente. Ele não queria agonizar até a morte. Eu tomei folego e coragem.

Ele entendeu e buscou no lado esquerdo do colete que usava uma estaca que ele mesmo fez.

–É tudo que eu tenho.

Eu apenas levantei as mãos vazias mostrando que não tinha armas ou qualquer coisa. Ele acomodou sua cabeça no chão sujo com a mistura de sangue e folhas podres, e estava suportando a dor e os próprios gritos, posicionou a ponta da estaca no seu coração e pediu:

–Vamos... Eu não posso fazer isso sozinho. - Minhas mãos se juntaram a dele segurando a estaca- No três...1...2...-no mesmo segundo fechei meus olhos e joguei meu peso em forma de força sobre a estaca e logo soltei. Horrorizada, tremula e chocada como que eu fiz. Aos poucos a sua face se tranquilizava e sem palavras ele agradeceu, não demorou muito para o canhão soar seu aviso.

Sem perder tempo tomei meu rumo para qualquer direção, e longe do caminho que aquela criatura tinha tomado. Não olhei para trás nenhum momento. Enjoada tremula e as vezes me maldizendo por ter ido até ele. E cada passo meu pra longe daquele lugar me faziam lembrar de cada detalhe, de tudo que senti e do que fiz.

A minha noite foi uma das piores. Depois que a capital tocou seu hino e me relembrou o que houve. Pensei no suposto show que dei a eles. Pesadelos me assombraram durante toda a noite, e um pouco de loucura tentava me tomar. Mas me forcei a ser quem eu era e evitar os pensamentos atormentadores.


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Notas finais do capítulo

Posso ter exagerado...e o que achou?
Muito abraço e obrigadão por ler...



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