Sangue de Jogos Vorazes escrita por Ytsay


Capítulo 22
Experimentando uma aliança.


Notas iniciais do capítulo

Não é improvável, mas Maya também não esperava.



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Não podia mais ficar ali, só restavam os carreiristas e os mais espertos já fugiram então me afastei lentamente fazendo o mínimo de barulho possível. Apos algumas metros eles começaram a falar e se gabar entre eles. Dando-me a possibilidade de andar mais rápido e me afastar.

Lamentava não ter conseguido nada e cada vez mais dentro da escuridão da rala floresta de arvores escuras, utilizando de seus troncos para me esconder e sempre evitando qualquer barulho capaz de chamara atenção.

***

Já estava bem afastada e uma lua estranha aparecia no céu dando uma miserável iluminação. Parei girando e forçando a vista para tentar encontrar uma arvore com galhos fortes para sustentar meu peso. Havia encontrado uma de tronco grosso que ia ser perfeita para a primeira noite. Estava totalmente tensa e atenta e a adrenalina no meu sangue não me deixaria sossegar tão facilmente, eu poderia continuar andando, mas na escuridão que fazia qualquer um poderia estar perto. Será melhor andar quando estive claro.

Do nada ouvi um som de lama sendo pisada não muito longe de mim, na verdade a alguns metros, meus olhos vagavam procurando no preto quem seria ou o que era. Me encosto de costas a minha arvore e de repente os canhões começam seus rugidos. O primeiro me assustou já que estava atenta aos sons, afim de saber onde o outro poderia estar, mas não ouvi nada além dos seguidos “boom”. Eles tocaram sete vezes, após o fim da confusão do inicio e todo aquele derramamento de sangue. Os barulhos de passos novamente me fazem encolher, vindo em minha direção e eu sem poder ver nada.

–Você vem comigo. -uma voz sussurrante fala e me puxam pelo braço. Me assustando eu tentei fugir imediatamente e só consegui tropeçar e cair com alguém ainda me segurando. -Não faça barulho!- a voz se irritou- E não tente fugir, sou eu Anne do 10. -ela retirou os óculos noturnos e posicionou no meu rosto para que a visse. É era ela mesma, com lama no rosto e no cabelo dourado, ela tinha conseguido uma mochila onde provavelmente achou os óculos. Pegando o objeto de volta ela me ajudou a levantar.

–Vamos, temos que achar um lugar. -sussurrou ela.

–Não... -disse baixo impedindo que ela me carregasse - Esta arvore vai ser o suficiente por hoje.

Ela encarou e concordou e subimos o mais alto possível, cada uma em um galho para passar a noite. Depois, Anne retirou da sua mochila uma corda e passou envolta do tronco e sobre nossas cinturas assim nos amarando a arvore.

Estavamos perto suficiente para conversamos sussurrando:

–Porque você não me matou?-Perguntei.

–Eu devia e poderia, mas estamos no começo do jogo e tem muitos para apenas um ficar de olho.

Depois ela voltou a mexer na sua mochila e me estendeu um canivete dobrado, a lua na altura que estávamos ajudava dando um pouco mais de luz.

–Fique com isto.

Estendi a mão, mas antes de ela me entregar disse:

– Antes prometa não vai usar contra mim. – e eu prometi- E tente usar só se for extremamente necessário. Sei que é boa com facas, foi um dos motivos que eu te escolhi como uma aliada, para começar.

Ficamos acordadas boa parte da noite. Anne caiu no sono primeiro, depois ela acordou se esticando e me disse para dormir, pois amanhã pretendia andar o dia inteiro.

***

Uma densa neblina cobria tudo a frente, a baixo e em todos os lados, quando acordei com os chamados da garota do dez. As minhas roupas estavam úmidas por cima assim como a casca da arvore.

–Vamos.- disse Anne já no galho de baixo, descendo.

A neblina só se permita ver apenas alguns metros a frente, a temperatura deixava minhas mãos e rostos gelados e que se ouvia era apenas o som de sapos ou rãs espalhados.

Estavamos caminhando há algum tempo, eu seguia os passos de Anne, estávamos de ouvidos atentos e irritada com o constante e infinito mesmo som da canção das rãs e nada além resmunguei:

–Que coisa! Esses bichos são muito irritantes!

Anne se virou para mim com um sorriso estranho escondido.

– Você...por acaso não esta com fome?

Sem esperar que eu respondesse ela seguiu um som, se aproximando de uma dessas criaturinhas. A essa hora do dia a neblina já havia se dispersado e conseguíamos ver melhor e ela parou atenta a algum ponto em meio ao chão lamacento e cheio de poças de agua.

–Ali...- ela apontando para perto de um galho caído. Demorei um pouco para enxergar o anfíbio - Vamos cadê o canivete, acerte-o.

Embora não gostasse muito da ideia era a única coisa que encontramos. Puxei o canivete do bolso, mirei e atirei sem falhar.

–Ótimo. -disse ela partindo rapidamente para recuperar a arma e preparar o animal.

Ela puxou alguns palitos e acendeu uma pequena fogueira, assamos a carne e logo depois apagamos e andando comíamos a agora apenas carne assada.


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Notas finais do capítulo

Isso pode ser mega estranho...mas é uma arena aceitavel(?).Nem eu tenho certeza.
Desculpe qualquer desagrado que os fatos possam ter causado, mais é comum pessoas comer carne de Rãns estou certa?...é mais eu não comeria, com certeza.
Triste... triste, o próximo se chamará o gosto amargo de uma baixa.
Quem sera??? sera Alguem que ela conhece, que conheceu, ou alguem desconhecido.
PS.: As baixas não aconteceram nessa noite pois foi o inicio. A proxima escuridão da noite maracara que o primeiro dia se passou, e então mostrarei as baixas do primeiro dia.
Obrigada aos que me acompanham e comentam.



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