Sangue de Jogos Vorazes escrita por Ytsay


Capítulo 20
Boa Sorte- Aeroplano -E uma lembrança


Notas iniciais do capítulo

Um desejo de boa sorte do mentor, um rastreador, um ultimo encontro com alguém que ela não terá que matar ou morrera e um presente/lembrança de Giulen.
Uma historia formada. Um passado bem concreto, tudo esta resolvido e o verdadeiro jogo ira começar.
***
Os corações disparam, pois o sol que ilumina mostra que chegou a hora, a hora se ver sangue e usar seus instintos e habilidades para sobreviver.



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Ao acordar sem sair da cama pensei um pouco e já estava com a minha historia mais organizada na cabeça. Eu era considerada puro fruto dos jogos embora nenhum dos meus pais tenha sobrevivido a ele. E acredito que por causa deles, eu tenho conseguido automaticamente alguns propensos a me patrocinar e muita admiração das pessoas da capital. E por azar ou destino cheguei ao meu inicio.

Era apenas nove da manhã, já estava bem despertada e no meu sangue a adrenalina já corria para o em breve inicio dos jogos. Me preparei começando com um banho quente e demorado, depois vesti uma blusa vermelha e uma calça grossa preta, que esta estranhamente separada sobre minha cama.

Não demorou muito para estar no elevador, subindo até um terraço onde a estranha aeronave nos esperava. Junto comigo estava apenas Giulen, não sei por que ele.

Ele também não parecia estar bem, eu estava tensa demais para falar qualquer coisa ou pensar direito. Na garganta um nó, por dentro um peso de desespero e no estomago uma sensação estranha. Eu sentia nitidamente os meus próprios movimentos, a minha respiração difícil, o meu coração acelerado, o sangue fluido e meus dedos inquietos batucando a minha coxa. Tento manter a minha aparecia de calma sem medo e meus dedos são a única agitação.

O elevador já esta prestes a chegar, tomo um folego demorado e sinto de repente Giulen pegando minha mão agitada, ele me olha com um sorriso simples e volta a encarar a porta sério como eu.

A porta se abre e esta chovendo fino. Vejo a entrada da enorme aeronave pousada e a agitação de alguns responsáveis no pátio. Começo a caminhar para meu destino, mas Giulen não me solta, o encaro curiosa querendo saber o que causa isso.

Ele fica sem dizer nada, até conseguir cuspir as palavras entaladas na sua garganta:

–...Boa sorte.- ele faz uma pausa entristecida- Desculpe se não fiz muito por vocês. E..eu...Acho que esse ano,... os tributos do oito tem grandes chances de voltar para casa.- ele sorri- Espero que esse ano eu consiga um novo vizinho. - então ele me solta e finaliza- Va lá e faça o que tem que fazer.

Apenas sorri agradecendo e fui tremula para a aeronave.

Sentei em uma das cadeiras e percebi que naquele dia não tinha visto Pullker. Procurei e o encontrei em uma das pontas de uma fileira, do lado de uma carreirista. Ele parecia muito pouco a vontade com isso. De repente uma mulher entrou na minha frente, e esperou algo de mim.

–O que foi? -perguntei.

Ela seria disse:

–Olhe para lá. -apontou para algum lugar na direita e eu por reflexo olhei procurando, e rapidamente ela apoiou minha cabeça contra o encosto e deu uma injeção perto da clavícula, tão rápido que eu não pude me esquivar. A encarei zangada e ele nem ligou. Enquanto passava os dedos dobre o local da picada ouvi o próximo perguntar o que era, era o localizador.

Depois de um tempo entendi que o local foi escolhido provavelmente porque em qualquer outro lugar seria mais fácil de perder, então aquele seria o melhor lugar e difícil até de o próprio tributo tentar retirar.

Algumas longas horas se passaram para chegarmos a um misterioso local. Mesmo na grande velocidade que a aeronave desenvolvia.

Ao sair caminhamos em fila sem qualquer separação de distrito por um corredor principal, longo e escuro. Cada um tinha um pacificador ou dois por perto.

Surgiram corredores secundários e os tributos foram sendo distribuídos aleatoriamente para um deles, fazendo a fila ir diminuindo.

Estavamos eu e o pacificador andando por um desses corredores. Até ele parar em uma porta e a abrir indicando que eu deveria entrar.

O ambiente é frio e mal iluminado por cinco luzes no teto. Alim esta lá mexendo em algumas roupas penduradas e em um dos cantos o tubo de vidro elevador.

–Alim?!- digo com uma voz baixa e surpresa, pois pensei que a partir daquele momento não veria mais ninguém, então ela me percebe e sorri pegando um sobretudo cinza escuro do cabide e o deixado sobre uma bancada, me entrega uma segunda blusa de mangas compridas de algodão, que visto sobre a blusa vermelha. Depois uma calça comprida fina de um tecido impermeável que visto por cima da calça grossa e por ultimo o sobretudo, cheio de bolsos e zíperes.

–Vista a bota por cima da calça. -diz ela apontando para meus pés.

Uma voz indica que temos pouco tempo.

–Maya, isto é de Giulen ele pediu para que eu lhe entregasse. -ela estende a mão fechada para mim e deixa cair na minha, aberta logo em baixo um anel com uma única pedra preta e brilhante. -Ele disse que era da sua mãe, e que achava que devia ficar com você.

A voz novamente intima todos a se posicionar para o inicio dos jogos.

–Obrigada. -digo já completamente tomada pelo medo, ela me da um abraço como um adeus definitivo.

Encaro minha porta de entrada para arena, o estranho elevador transparente e caminho a passos lentos.

Não estou pensando, não sei o que estou fazendo e não estou acreditando que já chegamos neste ponto.


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Notas finais do capítulo

Agora não tem fuga, nem esperança que resista. A coragem será o que resta para lutar contra o medo e a morte certa.
Como estou para frases viu, desculpe.
Enfim, meu coração que se aperta para saber o que vão achar.
Minha arena vai começar, fiquem atentos .
**ATENÇÃO:O proximo capitulo é o banho de sangue.