Forever escrita por Miyori


Capítulo 4
Te amarei


Notas iniciais do capítulo

MINNA-SAN GOMEN!!! Eu esqueci minha senha do Nyah e ano passado foi um ano bem complicado para mim então acabei por abandonar essa conta e todas as fics dela, mas um milagre aconteceu e eu achei a senha :DD
E eu me sinto muito mal por não ter terminado essa fic que eu gostei tanto de escrever então decidi por terminá-la, mesmo que ninguém mais acompanhe ou nem se lembrem dela~
Anyway, eu peço desculpas e espero que vocês gostem desse final (não é o último capítulo mas eu acabei por fazer um desfecho aqui nesse mesmo cap ;)
Boa leitura e até as notas finais!
(Aconselho reler a fic para entender este cap haha)



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"Sua maior felicidade virá quando o céu se tornar laranja e as rosas se tornarem brancas em suas mãos."

"Quando as pombas brancas rumarem em direção ao pôr-do-sol, você rumará em direção à sua felicidade eterna."

–-x--

Calma, May, respira.

Tudo bem, voltamos à nossa dimensão e eu vou ter que falar de novo pro Drew que eu gosto dele, qual é o problema nisso?

– Então, May, não tem nada pra me contar? - fez uma cara sarcástica.

Aquele desgraçado…

– T-Tenho, mas v-vamos deixar pra depois, temos que encontrar a Soledad e os outros primeiro! - inventei uma desculpa de última hora.

– Você pode me contar primeiro já que nós estamos aqui sozin…

– Uau! Essa é uma batalha acirrada! - ouvimos a voz da Lilian.

– Hã…? - me virei e quando vi o telão da arena do Grande Festival me toquei– AHH, DREW!!!

– Agora, Vento de Prata! - era a minha voz.

– Você também, Masquerain, Vento de Prata! - e a voz do Drew.

É…

Pelo jeito ainda não era a nossa dimensão!

– D-Dreew, é a gente no telão ao vivo!!! - gritei, desesperada.

– Eu to vendo! - ele disse– Então como estamos batalhando, nós voltamos no tempo e… May! Vai acontecer aquela explosão!!!

Que ótimo. Estávamos em Johto, mas não havíamos voltado! Afinal se eu estava assistindo a mim mesma e ao Drew no telão do Grande Festival, com certeza haviam duas Mays e dois Drews!

Drew apontou para o céu e vimos um Charizard preto. Era aquele cara que causou toda a confusão.

E provavelmente ele estava atrás do Celebi.

– Rápido, May, a gente tem que dar um jeito! - disse, liberando seu Flygon e me ajudando a subir.

– Certo! - fomos voando até a arena.

Quando conseguimos adentrar no local, procuramos o local onde batalhamos.

– MAY, CUIDADO! - Drew gritou, ao ver que o teto cairia em cima da May do passado.

Então foi o Drew do futuro que gritou e não o do passado…

– Flygon, Hiper Raio!!! - Flygon atacou os destroços e conseguiu destruir todos antes que atingisse a May do passado.

E eu descobri como foi que eu não me machuquei…

Foi o Drew da minha dimensão que me salvara. Mesmo quando ele não poderia de jeito nenhum me salvar, ele acaba me salvando…

– Ufa, ainda bem que deu tempo… - Drew estava aliviado.

Olhei pra ele nos olhos.

– Obrigada… - sorri.

Ele corou um pouco mas não percebi.

– Drew, olha!!! Os nossos "eus" do passado estão brilhando!

– Isso quer dizer que vão viajar no tempo! - ele disse.

– Sim, temos que dar um jeito nesse colecionador!

– Vai chamar a policial Jenny que eu vou derrotar esse cara! - ele me disse, pousando com o Flygon para que eu descesse.

– Certo!

Corri em busca da policial Jenny e levei ela e os demais policiais para o local que o Drew batalhava. Não encontrei Soledad, mas a prioridade ali era a polícia.

Demorou um pouco mais do que eu esperava.

– Drew! - quando vi o estado em que ele se encontrava, me desesperei– O… O que aconteceu?!

Ele estava acabado, um pouco machucado, mas com o Celebi nas mãos.

– Tive que proteger o Celebi… - ele disse– Rápido, ele deve estar fugindo pelo buraco no teto! - avisou a policial Jenny que correu para prendê-lo.

– Acho que isso é o suficiente, Drew… Ele não vai fugir. - disse.

– Bii… - Celebi começara a brilhar.

Nossa jornada em Johto logo se acabaria! Mudaríamos de dimensão.

– May, ele tá meio cansado porque sofremos pra escapar daquele cara, reza para a gente cair na mesma dimensão! - ele disse.

– Quê? Por que? A gente corre o risco de cair em dimensões diferentes? - entrei em pânico.

– Talvez…

Não, isso não… Não quero ficar longe do Drew…

Drew!

– Biii!!! - a luz forte me cegou, antes que eu pudesse abraçar o Drew.

–-x--

Acordei. Meus olhos doíam e eu sentia minha cabeça latejar.

– Hm? - olhei em volta – Onde estou…?

O local era bonito, estava praticamente deserto, mas era vasto, cheio de verde e, ao fundo, eu via o mar.

– Acho que aqui é Slateport… Você não acha, Dr…

Me virei para falar com ele.

Não o encontrei.

– Drew…? - me levantei, meus olhos buscavam por ele incessantemente– DREW!!! CADÊ VOCÊ?

Me desesperei, acho que realmente caí em uma dimensão diferente da dele!

– Drew, cade você?!

Eu não sabia para onde ir, não sabia por onde começar a procurar. Ele poderia estar em qualquer lugar, em qualquer tempo…

Lágrimas brotariam dos meus olhos, quando uma pessoa mascarada veio até mim.

– Não se preocupe, ele está perto. - a pessoa me disse.

Eu já havia ouvido aquela voz em algum lugar… Mas não consegui reconhecê-la.

– Ah, obrigada… Mas quem é você? - perguntei, seguindo-a.

– Você me conhece. Mas hoje sou apenas uma convidada aqui em Slateport. Eu sei que você está viajando no tempo, não se preocupe que vocês logo voltarão pra sua dimensão.

Fiquei aliviada por ouvir isso, mas não sabia se podia confiar naquele desconhecido.

– Aqui, sente aqui e espere alguns minutos. O Drew já vem. - a pessoa me mostrou um banco.

– O-Obrigada mesmo!

– Fico feliz que não tenha mudado nada… Tenha certeza de que sua vida só melhorará daqui pra frente.

– Hã? - não entendi o que a pessoa dissera– Então eu estou no futuro?

A pessoa não respondeu, mas um sentimento estranho me veio e senti que a pessoa sorria, mesmo por trás daquela máscara.

– Adeus! - a pessoa seguiu seu caminho de volta e eu apenas esperei pelo Drew.

– Muito obrigada por tudo!

–-x--

Eu não sabia, mas enquanto eu esperava pelo Drew, o mesmo se encontrava completamente perdido.

Mas por sorte, estávamos mesmo na mesma dimensão, porém em locais diferentes.

– Aah… Já cansei de procurar pela May… E já vai anoitecer… - Drew dizia, com celebi em seus braços– Hm? O que está acontecendo aqui?

Drew observou mais atentamente viu muitas pessoas num local próximo de onde estava. Ele também notara que estava em Slateport, porém não fazia ideia da data local ou onde eu estava.

Ele se aproximou com cuidado para que não o vissem e se escondeu atrás de um arbusto. Mas a visão não era muito clara do que acontecia.

– Espera um pouco! - uma voz familiar disse em um tom alto o suficiente para que Drew escutasse.

– Q…Quê? - ouviu outra voz, dessa vez de mulher.

– Venha aqui desse lado… - a pessoa dona da primeira voz se tornou visível para Drew.

Ele pôde ver ambas as duas pessoas se movendo para o lado…

– Mas o que é que está acontecendo ali? - Drew então se deu conta do que estava acontecendo naquele local– N-Não pode ser…

–-x--

Eu já estava ficando preocupada.

Estava lá, sentada, olhando o por-do-sol maravilhoso de Slateport e não pude deixar de pensar em como seria bom se o Drew estivesse comigo.

Aquela pessoa havia me dito para esperar, mas já estava anoitecendo…

Uma lágrima se formou no canto de meus olhos.

– May! - ouvi uma voz.

Era do Drew.

Eu poderia distinguir a voz dele mesmo no fim do mundo.

– Drew! - se eu já estava quase chorando sem ele, quando o vi se aproximando minhas lágrimas não paravam de cair.

– May, que bom que está bem! - Drew me alcançou e ficou apenas me olhando– Por que está chorando?

– É que… - eu não conseguia falar direito– Eu percebi que não consigo ficar sem você, Drew… Eu não sei o que faria se você não tivesse me encontrado aqui.

Tá, ou ele era lerdo demais ou eu que não decido o que quero fazer. Estava na cara que eu gostava dele… E não conseguia mais segurar esse sentimento. Eu precisava dizer pra ele.

E se eu nunca mais pudesse vê-lo?

Eu cogitava a possibilidade remota de cair em dimensões diferentes, de perdê-lo ou nunca mais poder vê-lo. Eu precisava ao menos entregar todo esse sentimento que nutri por ele por todos esse tempo.

– Por que você é tão burro??? - gritei– Não está mais que na cara que eu te amo?! - abaixei minha cabeça.

– May…

– Que coisa! Você não sabe o quanto você me faz falta! Você não sabe como você mexe comigo! Que saco, Drew, eu te odeio!!!

Gritei palavras sem nexo, eu estava com raiva.

– Você me ama ou me odeia, afinal? - deu aquela risadinha sarcástica de sempre.

– DREW, EU NÃO ESTOU BRINCAND…

Ele me beijou.

Me beijou e eu paralisei.

Ele já havia me beijado antes, mas um beijo dele nunca foi tão necessário quanto naquela hora.

– P…Por que me beijou?

Meus olhos ainda estavam molhados e eu estava com a menta confusa de tanto pensar. Esse era o poder do amor, nos tirar a capacidade de raciocinar logicamente.

– Porque essa é a única forma de fazer você ficar quieta. - ele passou o polegar carinhosamente embaixo de meu olho, evitando que uma última lágrima caísse.

– E porque eu deveria ficar quieta quando eu estou te dizendo tudo o que eu mais tenho de precioso?

Drew sorriu, mas tratou de pegar minha mão quando viu que Celebi acordava aos poucos em seus braços.

– Por um minuto, fique quieta e me deixe falar, ok? - ele ofegava.

– T-Tudo bem...

O que ele estava querendo dizer? Eu não podia deixar de erguer um muro invisível de esperanças, mesmo sabendo que ele é tão diferente de mim, que está tão a minha frente… Que mesmo que eu estique meu braço eu não posso alcançá-lo.

Mas ainda assim eu tento.

Eu temia que ele me rejeitasse e que nunca mais quisesse falar comigo. Temia o pior.

– May, eu vim correndo de procurar e enquanto eu corria eu parei para pensar em uma coisa que eu venho negando há um tempo… - a respiração dele parecia descompassada e eu estava ficando preocupada– Eu entendi que sou um sádico.

– Ah, não me dig...

– Eu disse para não me interromper, May.

Afirmei com a cabeça e não disse mais nada.

– Sou orgulhoso, muitas vezes hipócrita e rude, principalmente com você. Sou orgulhoso demais para aceitar o fato de que me apaixonei por uma pessoa e que não posso viver sem ela.

Meu coração parecia doer enquanto ele dizia essas coisas. Coisas que o Drew nunca havia dito.

– Então só por agora, eu vou abrir mão do meu orgulho. - ele segurou minha mão mais forteMay, eu te amo.

Eu não achei que pudesse ver e ouvir aquilo algum dia. Mas aquilo estava acontecendo e eu simplesmente não estava acreditando. Parecia que minha lágrimas haviam se esgotado, mas eu percebi que estava enganada ao ver aquele Drew.

Aquele Drew que chorava enquanto dizia coisas que me abalavam por dentro, que faziam meu coração doer tanto que eu poderia gritar. Era tanto amor que acabou escorrendo pelos olhos e eu, pela milésima vez naquela jornada, chorei.

– Ah, Drew!

O abracei, sem me importar com o que ele faria, onde estávamos ou em que dimensão cairíamos. Contanto que eu estivesse com ele, tudo estava bem. E se o Celebi pudesse, eu pediria a ele para que parasse o tempo naquele momento.

– May, vamos voltar para nossa dimensão agora.

As lágrimas dele cessaram e ele sorria.

– C-Como você sabe? - perguntei, logo notando que Celebi voava alegremente para alguma direção– E-Ei, Celebi, volte aqui!!!

– Não, não olhe. - Drew cobriu meus olhos com as mãos.

Notei que Celebi voava para os braços de alguém, mas não pude ver nada.

– Drew! O que você…

– Celebi, por favor mande os dois para o tempo deles, okay? - ouvi uma voz que reconheceria em qualquer lugar.

– Bii! - Celebi aparentava estar muito feliz e então percebi que viajaria em breve.

Eu ri porque não adiantava de nada o Drew me impedir de enxergar a pessoa que ordenava Celebi. Para mim estava claro como a luz quem era aquela pessoa.

– Espero que você tenha se tornado menos chato no futuro!!! E eu vou te matar se você não gostar mais de mim no tempo em que você vive! - gritei em direção àquela pessoa.

Ouvi a risada dele e então não ouvi mais nada. Não senti mais meus pés tocarem o chão e percebi que estava viajando por entre dimensões.

Era uma sensação que eu já havia me acostumado mas que ainda assim me causava calafrios.

Porém, senti a mão calorosa de Drew ainda cobrindo meus olhos. Senti o aroma de rosas que exalava de sua pele, tão próxima a mim.

– Drew, eu sei que aquela pessoa era você no futuro, não precisava cobrir meus olhos. - eu retirei suas mãos de minha face e segurei forte.

– E você acha que eu não sabia disso?

Não entendi.

– Ué, então por que…?

– May, já chegamos.

Olhei em volta e percebi que estávamos de volta à arena do concurso.

– O teto! Está quebrado! Então nós voltamos, Drew!!! - estava muito feliz.

Acabei me lembrando do que acontecera momentos atrás e senti minha face queimar de vergonha.

– Você se lembra da pessoa mascarada que foi falar com você na dimensão anterior? - ele perguntou.

– V-Você sabe quem é?

– Você também conhece essa pessoa.

– Então quem…

Ele apontou para a nuvem de fumaça à nossa frente e de lá surgiu uma sombra. Logo, eu descobri quem vinha.

– SOLEDAD???

– Vocês podem me explicar o que está havendo?! - ela estava super preocupada conosco e corria em nossa direção– Quando a oficial Jenny me avisou que vocês haviam aparecido eu corri para cá mas vocês já não estavam aqui de novo! Eu segui aquele cara no Charizard e ajudei a prendê-lo, mas vocês também não estavam lá, o que houve? Tem noção do quanto eu estava preocupada?!

Ela não parava de gritar conosco, mas eu não poderia culpá-la. Ela estava preocupada. Ela é muito gentil e eu percebi que isso não mudaria nela em nenhuma dimensão.

– M-May?

Abracei-a.

– Soledad, muito, muito obrigada! Você ainda não sabe, mas você me acalmou muito!

Pensei que se não fosse por ela eu provavelmente teria chorado horrores e saído correndo na direção oposta ao Drew naquela dimensão.

– Como assim?

– Esquece, Soledad. Vamos para casa e a gente te conta tudo, né, Rose? - Drew disse, irônico.

– GRRRR, DREEEW!!!

Fiquei brava com ele, como sempre. Mas depois eu sorri para ele e ele retribuiu o sorriso. E meu coração novamente falhou ao olhar para aquele sorriso.

Era algo estranho e, ao mesmo tempo tão bom. Eu estava tão feliz que poderia chorar…

– Eeei, vocês!!! - vimos a oficial Jenny correr em nossa direção– Por acaso é de algum de vocês esse pacote?

Ela segurava uma sacola familiar e eu logo me lembrei.

– AH! MEU VESTIDO! - ela me entregou e eu fiquei realmente surpresa– Eu devo ter esquecido ele lá fora da arena quando mudamos de dimensão!!!

Era um presente do Drew e, assim como as rosas, eu iria cuidar muito bem dele.

– É um vestido realmente bonito, May! Por que não usa no Grande Festival? - a policial me perguntava.

– Ah, eu ainda não consegui minha última fita… Ainda não sei se competirei lá!

– Então você vai, sim! - ela disse.

– Como?

– Pelo ato heróico de vocês, os juízes concordaram em entregar a você e ao Drew uma fita para cada um, o que significa que vocês estão no próximo Grande Festival!

Até mesmo o Drew ficou surpreso.

–-x--

Já em casa e após termos contado nossas "aventuras" para Soledad, acabei conversando com o Drew.

– Então quer dizer que no futuro você vai capturar um Celebi, hein? Quem diria… - disse segurando a primeira rosa que ele havia me dado.

– E você pelo jeito deve ter virado um Munchlax de tanto que come! - ele riu.

– Seu mentiroso!!!

Nós rimos e brigamos, como sempre, mas algo estava diferente e nós sabíamos.

– Essa rosa, foi a primeira que você me deu… - eu olhei para a rosa gentilmente.

– No torneio de Slateport, certo? - ele parecia se recordar também.

– Aliás, por que você não me deixou ver o Drew do futuro?

Perguntei, já imaginando em como o Drew do futuro seria.

– Hm… Um dia você vai descobrir… - ele se aproximou de mim perigosamente e eu corei.

Fechei os olhos e, novamente, senti borboletas no estômago ao ter aquela pessoa ao meu lado.

– Eu espero que eu descubra mesmo… Porque eu quero viver com você pra sempre.

Pra sempre, Drew.


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Notas finais do capítulo

Não me lembro como se escreve Contestshipping hahaha, prometo melhorar.
Mas é isso~ no último cap terá a explicação dos biscoitos da sorte, o motivo do Drew não ter deixado a May o ver no futuro e o que aconteceu com o Drew enquanto ele estava na dimensão de Slateport!
Até lá!



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