Meu Príncipe, Meu Tudo... escrita por Ryouji Shaoran


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Bem, leitores queridos, me desculpem se eu deixei alguém mal com aquele: "se não receber reviews, não postarei o capítulo", mas é que preciso saber a opinião de vocês, sim? Se não, fico desmotivado a escrever. Bem, como recebi dois lindos reviews, estou aqui postando ^^



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  Sheizo ficou sentado no chão, vendo, sem realmente ver, um homem elegante sair da carruagem inimiga. Ele tinha cabelos negros, pele branca e olhos que variavam entre o preto e a cor de cobre. Ele tinha traços japoneses e europeus, o que fazia com que muitos estranhassem o fato daquele homem ser um nobre.

  Vendo as roupas que o homem usava, Sheizo poderia deduzir que ele era de uma linhagem principal dos nobres, o que fez com que ele estranhasse ainda mais os olhos daquele estranho. Como alguém assim poderia ser de uma das classes mais altas e ricas do mundo?

  Um dos guardas do nobre parou logo na frente de Sheizo, com um olhar de quem quer dizer algo como: "Você vai morrer por estar no meu caminho" e já foi pegando o garoto pela gola de sua camisa rasgada, segurando Sheizo pelos cabelos que estavam brancos, que perderam a coloração devido á falta de vitaminas. 

  Sheizo fechou um de seus olhos azuis, fazendo uma careta por um segundo devido á dor, mas logo se arrependendo do que fez e olhando o guarda com um olhar pedinte.

 _ M-Me p-perdoe! - gaguejou Sheizo, respirando fundo. - Eu não pretendia... - ele foi interrompido por uma mão lhe apertando o pescoço.

 _ Cale a boca, seu ridículo imprestável! - exclamou o guarda, jogando o garoto no chão. - Que espécie de servo é você? Não tem forças nem para se segurar ou para se levantar rápido?

 _ Ele está muito ferido e não tem energia, provavelmente por falta de comida. Dê uma trégua para o garoto, Lin. - disse uma voz gentil e aveludada.

  Sheizo se virou e viu o guarda se curvando para o homem elegante, fazendo com que deduzisse que quem havia dito aquilo fora o nobre.

 _ Perdão, majestade! - exclamou o guarda. - Mas o que vamos fazer com ele? Não parece nem conseguir ficar em pé por muito tempo!

  O nobre se virou para Sheizo, que tentava entender direito a situação, sacudindo a cabeça, sentado no chão. Então suspirou, olhando o guarda por um segundo e voltando seu olhar para o garoto.

 _ Você deseja se tornar meu servo? Terá que abandonar seu reino e tudo o que tem para isso, começar uma vida nova. - disse o homem, olhando profundamente para o garoto que se levantava lentamente.

  Sheizo paralisou aonde estava, percebendo parte da situação, piscando fortemente e ficando um pouco assustado com aquela proposta. Mas o que ele faria se recusasse aquilo? Ele pensou que acabaria morto em algum canto com abutres em cima de si, se arrepiando com a imagem que veio á sua cabeça. Logo olhou de um para o outro.

  O guarda encarava o príncipe com uma careta.

 _ Eu acho que é a melhor opção que eu tenho. - falou Sheizo, um pouco baixo. - Eu respondo que sim.

 _ Mas príncipe Kaito! - se precipitou o guarda, se xingando silenciosamente pelo o que acabara de dizer. - Digo, hum... Sua majestade, ele é um escravo inimigo! Não podemos confiar nele para fazer as tarefas de um servo de modo algum! - exclamou, se atrapalhando um pouco com suas palavras.

 _ Lin, se não confiarmos nele primeiro, como você espera que ele confie em nós? Ele não vai nos trair... Não é? - perguntou o príncipe para o garoto, que se ajeitava tremendo um pouco, lhe lançando um olhar perigoso.

 _ O que? - soltou Sheizo, tentando processar a pergunta indireta que lhe fora lançada. - Ah, claro que não! Por que motivo eu faria isso? Eu não posso ficar pior do que já estou. 

  De repente, Sheizo sentiu todas as parte do seu corpo doerem, além da fome de sempre e da sede, ficando um pouco zonzo. Ele teria caído se o príncipe não tivesse o segurado.

 _ Isso é bom. Obrigado. - disse o príncipe, sorrindo e pegando o garoto nos braços, percebendo que Sheizo não estava com muitas energias restantes.

  O guarda estendeu um pouco as mãos, se assustando com aquilo e ficando com uma expressão meio apavorada no rosto, encarando Sheizo como se ele pudesse fazer algo contra o príncipe.

 _ Senhor guarda, me desculpe por falar assim, mas eu estou tão fraco que mal posso me colocar de pé. Você acha mesmo que eu, ainda assim, iria fazer algo contra o príncipe? - perguntou Sheizo, com a voz fraca e muito irritado, quase xingando aquele guarda.

 _ Confiança, Lin. Confiança. - disse o príncipe, pacientemente, sorrindo gentilmente para Sheizo, fazendo com que o garoto se acalmasse um pouco.

  Foi só então que Sheizo pareceu perceber aonde estava, sentindo um cheiro que julgou ser maravilhoso entrando pelo seu nariz. "É como o cheiro de terra, chuva e árvores" pensou Sheizo, respirando fundo e se aconchegando, sentindo o calor passar do corpo do outro para o seu, o aquecendo.

  Sheizo grudou o nariz no peito do príncipe, fechando os olhos e sentindo o calor do sol sumir. Olhou em volta e viu que já estava dentro da carruagem, com a cabeça no colo do príncipe, que acariciava o seu cabelo, como se dissesse que estava tudo bem.

  O garoto de cabelos brancos sorriu, olhando em volta, vendo que a carruagem já andava e que estavam os dois sozinhos ali. Ele relaxou um pouco mais, respirando fundo e sentindo aquela leve carícia no seu cabelo. 

  Logo Sheizo se sentiu, de alguma forma, com uma sensação boa e aconchegante no peito, como se ali ele fosse realmente bem-vindo. Ele acabou adormecendo, sorrindo.

  Já o príncipe estava com várias coisas flutuando em sua mente. Ele sinceramente não tinha idéia de se as pessoas iriam aceitar o fato de ele trazer um escravo inimigo e transformá-lo em seu servo. Certamente, faria com que tivessem várias revoltas e pessoas indignadas, que não aceitavam aquilo, assim como o seu guarda. Ele suspirou, tentando encontrar um modo de acalmar as coisas. Não podia simplesmente deixar o garoto para ser comido por algum animal selvagem, ele ainda era humano, assim como o príncipe.

  Logo o nobre homem percebeu que o outro dormia em seu colo, com um sorriso leve nos lábios, acabando por sorrir também, encostando a cabeça na janela e resolvendo pensar nisso depois. Pois o futuro, apenas Deus conhecia.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu sei que fica meio confuso, mas se tiverem perguntas é só mandar pelos reviews, a história ainda está em construção, então posso modificar uma coisinha ou outra, sem perder a idéia principal ^^
É isso, espero reviews
R.S