Família Jackson escrita por A Demigod 1D


Capítulo 34
O Resgate


Notas iniciais do capítulo

Hellou :3



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POV GROVER

Eu estava nervoso com aquele resgate, algo poderia dar errado e eu estava trabalhando com adolescentes inexperientes que nem eram semideuses de verdade. Eu os adorava, mas sabia que não eram como Percy e Annabeth. Não tinham anos de treinamento no Acampamento, nem poderes divinos. Nunca haviam feito aquilo. Suspirei. Estávamos abaixados em um pedaço do muro, antes do portão.

–Podemos ir já? – Silena perguntou impaciente.

–Acho que sim. Tudo certo com vocês? Entenderam direito tudo o que combinamos? – eu perguntei e ambos responderam que sim.- Ótimo. Vamos lá.

Pulamos o muro e fomos pela lateral. Demos a volta no prédio, e chegamos aos fundos. O prédio de dois andares tinha vários detalhes na sua construção que facilitavam muito uma escalada até as janelas superiores.

–O dormitório fica em cima provavelmente. Só nos resta saber qual janela. – Charles sussurrou.

–Os meninos são separados das meninas. – Silena disse. – Grover, tire seus pés falsos e suba.

–Certo. – eu respondi enquanto arrancava as calças e os tênis. –Fiquem com minha mochila.

–Grover, como você vai saber qual menino precisamos levar? – Charles perguntou.

–Pelo cheiro. Um semideus tem um aroma diferente dos mortais comuns. Fiquem atentos e não façam barulho. Qualquer coisa se escondam na mata. – eles assentiram e eu comecei a subir.

A subida não foi difícil, meus cascos ajudaram bastante e as bases das janelas também. Decidi começar pela janela da ponta esquerda. Quando cheguei, a cortina estava obviamente fechada, tive que me pendurar de uma maneira desconfortável e quebrar uma pedaço do vidro com meu casco. O barulho não foi tão alto quanto esperava, mas para garantir que não atraíra a atenção de ninguém dentro do orfanato esperei alguns instantes até colocar o nariz no buraco da janela para farejar. Nada, apenas cheiro humano comum. Eu podia sentir a respiração das crianças adormecidas. Parti para a janela da direita. Quando estava prestes a quebrar o vidro ouvi um ruído vindo do chão. Era Silena acenando. Ela gesticulava para que eu partisse para a janela seguinte. Não entendi o motivo mas fiz o que ela sugeriu. Quando cheguei a terceira janela, esta estava com uma fresta aberta, fazendo a cortina oscilar com a leve brisa da noite. Não precisei chegar muito perto para sentir o cheiro de semideus. Me virei para Charles e Silena e acenei avisando que era aquele o quarto. Eles se posicionaram diretamente abaixo da janela e eu entrei no quarto. Era um cômodo comprido cheio de camas em duas fileiras. Apenas meninos, todos aparentemente iguais. Segui meu olfato até a cama que estava a minha frente. O garoto ressonava baixo, tinha cabelos castanhos claros, pele branca e não era muito grande. Sacudi levemente sua perna, até que ele despertou.

Olhou para mim, como se tentasse me reconhecer. Quando seus olhos chegaram as minhas pernas, ele gritou:

–Aaaah! – se encolheu na cama, enquanto eu ouvia os outros garotos acordando. Me aproximei dele e agarrei.

–Quieto menino! Eu vim buscar você. Sua família me mandou aqui. Não grite.

Ele se debateu, mas eu era mais forte.

–Me solte, seu bicho esquisito! Socorro! Peter! Sam! Socorro! Um bode está me levando! Socorro! – ele se esperneava e gritava.

–Pelo menos soube me identificar. O nome correto é sátiro! – eu disse enquanto tentava pular a janela com ele nos braços. A essa altura todos no dormitório estavam acordados, porém nenhum menino ainda se atrevera a ajudar o semideus.

–Pronto Grover! Pode jogar ele! – Charles gritou lá de baixo.

–Jogar? O quê? Tá maluco bode? Vai me jogar? – o menino perguntou.

–Larga ele seu bicho cascudo! – uma voz fina gritou de dentro do quarto. Não me virei para ver qual dos garotos era apenas me concentrei em arremessar o semideus janela abaixo.

Ele não cairia no vazio, Silena e Charles estavam com aquela espécie de cama elástica que os bombeiros usam em resgates.

–Se você gritar, te matamos. – eu me obriguei a dizer para o garoto. Não sei se soei direito, eu detestava ameaçar as pessoas, ainda mais crianças.

Ele arregalou ainda mais os olhos e eu o joguei. Não consegui olhar até que Silena gritou:

–Vamos! – ela acenava enquanto Charles havia pegado o menino e jogado nas costas como um saco de batatas. Quando me preparava para descer o prédio senti alguns cutucões nas pernas. Olhei para trás e vi um garotinho minúsculo com uma régua escolar a me cutucar.

–Morra! Morra! Morra seu bicho cascudo! – ele dizia confiante de que iria acabar comigo. Eu sorri.

–Calma garoto. O seu amigo vai ficar bem. Você é muito corajoso, sabia? – eu disse e ele não me respondeu, ficou apenas me olhando com grandes olhos azuis.

Eu dei as costas a ele e desci o prédio novamente, percebi que meus companheiros já haviam pulado o muro novamente.

Quando encontrei-os Silena estava gargalhando.

–O que houve?

–Não acredito que foi tão fácil assim! Deuses! Eu imaginei que enfrentaríamos monstros, ou haveria alguma coisa errada. – ela disse.

–Foi bem fácil. Você está bem? – eu perguntei para o menino que estava muito assustado e quieto.

–Fui sequestrado por um bode. É claro que eu não estou bem!

–Qual é seu nome? – Charles perguntou.

–Ezequiel.

–Nome de anjo. Bonito. – Silena disse e ele assentiu.

–Você disse que minha família mandou vocês. Mas eu não tenho família. Meu pai faleceu quando eu tinha dois anos e eu vim parar aqui. Da minha mãe nunca soube nada.

–Foi sua mãe que nos mandou. – eu disse.

–Uma deusa? – Silena perguntou.

–Provavelmente. Quando chegarmos até Quíron ele saberá descobrir isso. Por hora, você está em segurança Ezequiel. Melhor irmos logo, antes que chamem a polícia ou algo assim.

–Pra onde vamos? –Ezequiel perguntou.

–Para sua nova casa. – eu disse. –Não se preocupe, vamos te explicar quem somos e o porquê estamos aqui.

Então a típica conversa sobre mitologia começou e foi assim que aquela noite terminou. Voltamos caminhando até a casa dos Jackson, onde deixei meus companheiros. Aproveitei que a rua estava tranquila naquela vizinhança e vesti minhas calças e pés falsos. Levei Ezequiel até o Acampamento Meio Sangue em segurança. A polícia foi chamada para investigar o sequestro, porém as investigações não foram pra frente, afinal os garotos afirmaram que Ezequiel fora levado por um bode.


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Notas finais do capítulo

Pra vocês verem como tudo acaba bem no final, até mesmo num resgate comandado pelo Grover com o Charles e a Silena ajudando!

Férias O/

Algum Hunter de Nona temporada por aqui? Prfvr se tiver se manifeste, preciso partilhar minhas indignações!

Reviews??



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