Just a girl escrita por Emilly


Capítulo 7
Encontro?




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Narrado por Alícia:

- Eu as vezes esqueço que você não pode me responder. - Falei segurando Teddy na mão - Mas fazer o que? Você é o único em que eu posso confiar. - Falei.
Me joguei na cama e fiquei fitando o teto, enquanto abraçava Teddy. O relógio marcavam exatamente16:48 da tarde. Me levantei e abri o guarda roupas. Mesmo se eu fosse, não estou dizendo que vou... que roupa eu usaria? Primeiro, que eu não posso usar nada que mostre meus braços ou minhas pernas por conta dos cortes e cicatrizes que tenho, mas vai estar de noite e não vai ter quase ninguém lá e o Gabriel já viu que eu me corto, então, acho que não teria problema usar uma roupa "normal".
Peguei um shorts jeans normal, não muito curto e nem muito longo e uma camiseta preta. Deixei a roupa separada e me joguei na cama novamente. Eu ainda não decidi se vou ou não, não desconfio dele, mas eu sou muito insegura em relação a isso. Seria legal conhecer pessoas novas, ele foi o único que tentou se aproximar de mim, desdo acontecido a dois anos atrás, e acho que não vai custar nada eu ir. Fiquei deitada o resto da tarde. Quando me levantei, já estava escuro lá fora. Tomei um banho e me vesti. Desci e passei pela sala, indo em direção a porta da frente. Respirei fundo e a abri, a fechando assim que saí. Atravessei a rua, e fui até as rochas, como ele havia me pedido. Ele ainda não estava lá. A lua estava linda, brilhando no céu ao lado das estrelas. Me sentei em uma das rochas e fiquei olhando para o mar. 
- Pensei que não viria. - Olhei para o lado e vi Gabriel me olhando sorrindo, logo em seguida se sentou ao meu lado.
- Mas eu decidi vir.
- Alícia, eu sei que tem alguma coisa de errado com você.
- Não, não tem.
- Você é muito sozinha, não sente falta de alguém com você? Sei lá, um amigo... - Ele disse e eu fiquei em silêncio - Pode me responder?
- Eu não quero falar sobre isso. - Falei friamente.
- Você é muito misteriosa. - Ele disse logo em seguida - Eu não sei quase nada sobre você. 

- E não era pra saber nada. - Falei
- Eu fiz alguma coisa pra você?
- Não.
- Então, por que me trata assim?
- Eu já disse que sou assim com todos. 
- Mas não precisa ser assim com todos, já tentou sorrir pelo menos?
- Você não me conhece, tenho motivos pra ser assim. - Falei friamente elevando um pouco a voz.
Ficamos em completo silêncio. 
Eu não queria ser fria com as pessoas, mas já ouviram dizer que se você for sensível as pessoas te machucam, mas se você foi frio você que acaba machucando as pessoas? Eu já fui muito sensível, sorria para todos, mesmo sofrendo bullyng na minha infância. Hoje eu sei que não vale a pena tratar todos com simpatia, porque a maioria apenas vai te julgar mesmo sem te conhecer direito. Por isso que hoje eu prefiro machucar, mas eu sempre acabo machucada. Todos daquela escola me odeiam, eu sei disso, não vale a pena sorrir para eles, sabendo que a qualquer momento alguém pode me empurrar da escada, ou me ofender com vários comentários. Eu não sei se Gabriel é igual a eles, mas como eu disse, não confio em ninguém, não sinto vontade de sorrir para ninguém. Confesso que me machuca tratar ele assim, sem dizer nada, deixa-lo sem respostas, trata-lo mal e com muita frieza. Eu só posso estar louca. Eu não sei o que acontece comigo quando ele estar perto, meu coração bate mais rápido, como se fosse pular pra fora do meu peito, eu fico trêmula e meu corpo fica quente e quando o vejo perto da Natalia, eu sinto muita raiva, isso nunca aconteceu comigo antes, eu não sei explicar o que eu sinto, só sei dizer que sinto sentimentos fortes por ele, apenas não sei se eles são possitivos ou negativos.
- Eu acho melhor eu ir embora. - Falei.
- Não quer nem dar uma volta comigo? - Ele perguntou e eu o olhei.
- Ok. - Falei.
Nos levantamos e ficamos andando pela areia, na beira do mar. Gabriel me olhava as vezes, parecia que queria dizer algo, mas logo depois desistia. 
- Pode falar. - Falei e ele me olhou novamente.
- Alícia, porque quando a Natalia chegou, hoje a tarde, você foi embora?
- Ela me odeia, não faria sentido eu ficar lá com ela me fuzilando. - Falei a ele apenas um dos motivos, não foi apenas por isso que eu sai correndo. Quando ela o abraçou, eu senti uma enorme vontade de tira-la de seus braços, e uma vontade de chorar sem explicação, e NÃO eu não estou com ciúmes, eu NÃO sinto ciúmes!
- Só isso? - Ele perguntou.
- Sim, por que?
- Por nada.
Ele parou e se abaixou, e pegou uma concha na areia e logo em seguida me fitou e ficou de frente pra mim. Ele pegou minha mão e colocou a concha na mesma, me fazendo sugura-la, logo em seguida a soltando. Ele apenas sorriu, enquanto me olhava. Ele me olhou mais uma vez e foi embora.
Olhei para a concha que esteva em minha mão e sorri, ela era realmente muito bonita. 
- Espera? Eu estou sorrindo? - Perguntei a mim mesma. 


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