Coração Vazio (romione) escrita por The New Bella


Capítulo 2
Good day to die!


Notas iniciais do capítulo

- Desculpas pelos erros.



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Já era de manha quando o sol atravessava minha janela me forçando a abrir os olhos, mas era impossível eu não conseguia, nem queria abri-los, eu só queria ficar deitada fingindo que estava em um pesadelo. Notei que Harry não estava mais ao meu lado deve ter partido antes do amanhecer. Forçando cada parte do meu corpo a se mover, me levantei da cama com grande dificuldade não conseguia me mover meu corpo esta pesado demais, meus olhos ainda doem do tanto que chorei, mas ainda tenho muita coisa para enfrentar.

Fui caminhando lentamente ate ao banheiro, entro vou ate o chuveiro e o abro deixando a água cair sobre meu corpo e meus pensamentos virem à tona. Volto para o meu quarto, procuro uma roupa para vestir, pego do fundo do guarda-roupa um vestido que ganhei do meu pai. - um vestido branco com alguns detalhes de flores e renda. - Caminho ate a minha mesa a procura de um pente, o tomo em minhas mãos e começo a pentear meus longos cabelos e os pensamentos voltam a minha mente agora mais intensa e sombria do que antes. Eu não parava de pensar no meu pai e o quanto eu desejava que tudo aquilo não passasse de um sonho, um pesadelo, eu queria ter mais uma vez o seu abraço e sentir aquele perfume que só ele tinha. Arrumo-me e decido descer preciso saber como minha mãe esta. Ao descer as escadas noto que a casa estava vazia, saiu à procura de alguém por todos os compartimentos da casa ate encontrar varia pessoas agrupadas na cozinha, alguns sentados, outros em pé olhando para fora das janelas. Reconheço minha mãe pelos seus longos cabelos agora esparramados pela mesa, ela estava com a cabeça baixa, deve estar chorando, me aproximo dela, mas Pedro me interrompe não quer que eu atrapalhe seu momento de sofrimento, ouço o som da campainha e atravesso a multidão de pessoas que agora estavam em minha casa, parentes, amigos, desconhecidos, todos para dar seu ultimo adeus ao meu pai.
 “ mas se eu não quiser dizer adeus, o que devo fazer? “ -  Pensei.

Vou ate a porta e a abro e encontrando Harry, Lily e Severus parados a porta todos agora vestidos lindamente de preto, o retrato da família perfeita. Cumprimento a todos deixando Harry por ultimo, pois naquele momento eu precisava muito do abraço do meu melhor amigo. Severus e Lily entraram na frente e logo após nós os acompanhamos. Fiquei hipnotizada o jeito como Lily e Severus se moviam era estranhamente lindo, era como se dançassem em perfeita sincronia, eram perfeitos um para o outro.
     Severus é um homem de 35 anos, alto de pele branca. Seus cabelos negros que chegavam ate a altura de seu queixo, lisos e sempre bem arrumado, seus olhos pretos e marcantes, sua boca de lábios finos e de nariz bem desenhado. Corpo atlético e uma voz penetrante. Tudo nele refletia tensão e sensualidade, fazendo assim chamar bastante atenção das mulheres de nossa cidade, mas ele só tem olhos para uma única mulher. Lily
   Lilian assim como seu esposo lecionava em Hogwarts, ela ensinava Biologia e Severus Química. Lily, 30 anos, sempre foi de chamar atenção de vários homens, com sua simpatia, bondade e seus lindos olhos verdes, seus longos cabelos ruivos e ondulados que alcançavam a sua cintura contrastando com a sua pele branca e macia. Sua boca sempre com um tom avermelhado chamava atenção para seus lábios finos.

       Ao entrarmos na cozinha todos se viraram para nos encarar, minha mãe levantou seu rosto que repousara sobre a mesa e me observava com seus olhos agora tristes e inchados de tanto chorar. Pedro agora aparecera na cozinha trazendo nas mãos um buquê de rosas brancas e entregando-as a minha mãe.
           - Minha senhora, são rosas do governador ele mandou entregar e pediu sinceras desculpas por não aparecer mais ele teve um imprevisto e não pode comparecer.  -  Disse Pedro com a sua voz calma de sempre.
            - Obrigado Pedro. – Minha mãe tocava as rosas com seus dedos e retirou uma do buquê, deixando o buquê cair sobre a mesa. Ela segurou a rosa contra o seu peito e novamente baixou a cabeça.
            - Senhora já esta na hora de irmos. – Pedro tocava o ombro de minha mãe. – Precisamos ir.
            -  Sim, claro eu já estou indo – Minha mãe enxugava suas lágrimas com as costas de sua mão.
            - Senhorita Hermione, você é Harry poderiam esperar sua mãe lá fora, acho que ela precisa de um minuto a sós. – Pedro nós olhava com gentileza. – Vamos.
        Todos já haviam se retirado a do recinto agora só estava minha mãe ainda sentada segurando a rosa e as lágrimas correndo por seu rosto. Caminhamos ate a sala e podemos ouvir um grito vindo da cozinha, eu tentei ir ate lá, mas Pedro me segurou pelos braços.
     - Senhorita deixe sua mãe lá, ela precisa disso. – Pedro dizia enquanto girava meu corpo me fazendo o encarar.
                Os gritos continuavam, eles chegavam ate mim me fazendo sentir mais dor do que já sentia. Meu corpo se debatia entre os braços de Pedro que me segurava com tanta força que chegava a me machucar, eu queria correr, abraçar minha mãe fazer ela se acalmar ou talvez só correr sem direção alguma ate meus pés doerem de tanto caminhar.
        Harry que estava parado ao meu lado com a cabeça baixa me puxou dos braços de Pedro e me abraçou. Eu lutava contra aquele abraço, batia em cada parte do corpo de Harry, mas ele continuava calado agora me abraçando mais forte, eu não conseguia me soltar dos braços de Harry de certo modo eles me traziam segurança, uma certa paz que eu precisava naquele momento, então parei e cedi a seus abraço, molhando sua roupa com minha lágrimas.
        - Harry, por favor a tire daqui leve a lá para fora e me esperem . – Pedro dizia.
       - Sim -  Respondeu Harry, me afastando de seu corpo e me levando pra fora da casa.
       Então eu pude perceber o quando o céu estava bonito, o sol estava mais radiante do que o costume as nuvens eram tão macias como chumaços de algodão, uma brisa agradável chegava a mover nossos cabelos e os pássaros cantavam animados em suas arvores, o dia parecia rir de nossa dor, talvez não se importasse com o que estava acontecendo ou com o que estava pra acontecer.
        Minha mãe vinha sendo carregado por Pedro, que colocara um de seus braços em volta de sua cintura e a fazia caminhar ate nós. O carro estava estacionado a alguns metros de nossa casa, então fomos caminhando em sua direção, Pedro havia escolhido o carro preto preferido de meu pai. Minha mãe se sentou a frente, Harry e eu fomos na parte de trás enquanto Pedro dirigia.
       O caminho de nossa casa ate o cemitério foi silencioso, ninguém era capaz de dizer uma palavra ou simplesmente não tinha o que dizer. Bellatriz segurava ainda em suas mãos a rosa branca e na outra mão um lenço branco no qual enxugava suas lágrimas. Estávamos próximo ao cemitério, eu podia ver pela janela a procissão de pessoas e o grande carro preto que carregava o corpo de meu pai. O cemitério era uma grande área repleta de túmulos, alguns simples com pequenas lápides brancas outros com grandes estatuas de anjos ou casais. Descemos do carro e fomos caminhando lentamente ate o tumulo onde meu pai iria repousar, o grande caixão preto vinha se aproximado de nós e não pude deixar de sentir tristeza, raiva e ate tontura. Meu rosto estava molhado por minhas lágrimas, minha mãe estava próxima ao caixão tocando pela ultima vez o rosto de meu pai, eu tentei correr ate lá pedir para que tirassem meu pai dali que isso não passava de um erro, meu pai estava apenas dormindo, Harry segurou meus braços quando tentei me aproximar, ele sabia que eu faria algo, Harry me conhecia tão bem. Então sem forças para tentar algo senti meu corpo desfalecer, meus olhos se fechavam e as coisas ao meu redor giravam, então por uma fração de segundo meu mundo apagou.
         -  Hermione – Harry gritava enquanto tentava me segurar em seus braços. – Hermione, acorde. Alguém por favor me ajude.
          Algumas pessoas se aproximaram para tentar ajudar, Severus veio correndo e tomou meu corpo em seus braços, me levou ate uma capela que havia no cemitério, onde havia uma sala de paredes brancas um pouco suja e gastas do tempo, a iluminação era fraca, além da luz fraca que vinha das janelas só havia algumas velas iluminando o lugar o deixando com um cenário um tanto grotesco. Severus me deitou sobre a pequena mesa de madeira que havia na sala.  Então pude sentir o toque gelado de alguém a tocar meu rosto, que agora estava febril e ensopado.
     - Ela esta bem, é algo normal nessas horas. – Eu pude reconhecer a voz fraca e feminina de Alice Longbottom. Uma das medicas do Hospital de meu pai. – Tragam um pouco de água e melhor deixarmos a garota repousar.
    - Não, eu estou bem – Eu disse, enquanto tentava me levantar.
    - Querida não se esforce, vou pedir para levarem para casa, você não esta muito bem. Harry chame Pedro aqui, por favor.
    - Sim. – Harry saiu imediatamente da capela e foi ao encontro de Pedro.
       Alice sorria pra mim enquanto me examinava pouco a pouco a sala foi ficando cheia de pessoas que tentavam saber o que estava acontecendo.
   - Todos pra fora, por favor - Alice agitava a mãos no ar, como se precisasse de espaço. – Harry, Pedro, venham logo. – Ela os puxava pelo braço tentando os separar da multidão.
   - Senhorita, o que houve? Esta se sentindo bem – Pedro me olhava com preocupação.
   - Acho melhor leva-la pra casa Pedro, ela não tem condições para ficar aqui.
  -  Tudo bem, mas a não posso deixar a senhora Bellatriz sozinha.
 -   Não se preocupe Pedro, eu mesma cuidarei da minha amiga.  – Dizia uma linda de mulher de longos cabelos ruivos, que logo reconheci como sendo Lilian.
 -  Obrigado madame – Pedro fez um sinal de reverencia e se virou para me levar ate o carro.
  -  Mãe se não se importa eu gostaria de acompanhar Hermione – Harry dizia esperando a aprovação de Lilian. – Posso?
  - Sim querido, me ligue assim que chegar ok? – Lilian beijou o rosto de Harry e saiu da capela ao encontro de minha mãe.
   - Então vamos. – Disse Pedro me levantando e segurando-me nos braços. – Harry poderia ir à frente para abrir caminho entre a multidão?
 -Sim, claro Pedro.
       E assim fomos saindo da pequena capela Branca. Harry caminhando na frente e Pedro o seguindo me segurando em seus braços. Eu me sentia patética ali aninhada aos braços de Pedro como uma criança que não sabe andar e precisa de ajuda para se locomover, eu podia sentir o olhar das pessoas ali presentes. A minha face corou quando notei entre a multidão, um par de olhos azuis tão profundo quanto às águas do oceano a me encarar, um garoto de cabelos ruivos e pele branca, vestindo roupas negras e trazendo em suas mãos algumas rosas vermelhas e próximo a ele um garoto de aparência infantil de olhos também azuis, mas não tão lindos como o do outro garoto, e ao lado deles um casal que logo reconheci como sendo meus professores, Remo John Lupin e Nymphadora Tonks. Ao notar que eu olhava fixadamente para onde estavam. Lupin e Tonks caminharam em minha direção trazendo consigo rosas e convidando os dois garotos a segui-los.
           -  Hermione, sentimos muito pela sua perda, sentimos mesmo. – Dizia a mulher de curtos cabelos de cor roxa e trajava roupas negras e alguns traços de cores em sua blusa. – Se precisar de algo é só nos avisar estaremos ao seu dispor para qualquer coisa.  – Ela levantou se na ponta dos pés para beijar minha face.
         -  Aqui esta Hermione, aceite nossas condolências.  -  Remo me entregava as rosas e pude sentir o doce aroma delas. 
      - Obrigado. – Agradeci ainda muito envergonhada.
      O garoto de olhos azuis não parava de me encarar, eu podia sentir o calor do meu rosto, seus olhos tão azuis, sua face tão linda seus lábios tão convidativos e seus braços eu quase podia sentir sendo abraçada por ele e por um segundo desejei estar ali aninhada ao seus braços não aos de Pedro.


          - Nossa quase nos esquecemos, esses são Ted e Rony. – Dizia Lupin segurando o ombro de dos garotos. –Nossos Filhos.
          Soltei um som de surpresa quase imperceptível, mas Tonks, que estava me observando notou a minha surpresa.
           - Ora querida não faça essa cara. – Ela ria da cena.  – Você não os conhece porque eles moravam com a minha mãe, mas agora eles voltaram para casa para estudar e para que nós possamos matar a saudade. – Tonks puxava os garotos dos longos braços de Remo e os abraçou.
          - Mãe a senhora ta me apertando. – Ted dizia.  – Manera um pouco vai.
         - Desculpe ainda não me acostumei que já estão tão crescidos. – Tonks apertava as bochechas de Ted, que pela a sua cara não estava gostando nada.
          Pedro que ate o momento estava sem expressão, me colocou delicadamente ao chão, pediu licença tomou a rosas de minha mão e seguiu ate onde minha mãe estava. Harry que havia se encostado ao nosso lado, apoiado em alguma das arvores que havia ali, me olhava com seus olhos verdes e serenos com certa tristeza.
           -  Harry, vem aqui.  – Fiz um aceno com a mão e ele logo veio.
           - Senhora Tonks. Senhor Remo. – Harry fez uma reverencia com a cabeça
           -  Harry é sempre bom encontra-lo, apesar da situação em que nos encontramos. – Lupin Apertava a mão de Harry com certa força e a balançava.
           -  É um prazer revê-los também. Hermione você já deveria estar em casa vamos?
           -  A sim, vamos. – Eu não consegui pensar direito o olhar de Rony sobre mim era quase convidativo, um tanto sedutor.
           - Com licença, mas já vamos ordens medicas. – Harry apertou a mão de cada um . – Ate logo.
            Quando Harry segurava uma de minha mãos para irmos para casa eu sinto algo a puxar minha outra mão. Rony agora estava segurando minha outra mão.
             - Eu sinto muito, mas não poderia deixa-la partir sem dizer que sinto muito.
          O toque de sua mão a minha fez meu corpo relaxar, minhas mão estavam leves como penas eu apenas sentia a pressão de sua mão a minha.
          - Eu não sei bem o que aconteceu, mas sinto muito perder o pai não deve ser não legal. – Ele agora me puxava para um abraço.
         - Obrigado.  – As palavras saiam de minha boca pausadamente, eu não consegui explicar o que estava sentindo, mas eu adorei aquele abraço o cheiro refrescante e amadeirado de seu perfume, o toque de sua mão a minha eu queria repetir aquele sensação.
       Harry fingiu um sorriso e me puxou me fazendo soltar das mãos de Rony, ele me puxava com certa força e rapidez como se precisasse fugir.
   - Harry você esta me machucando. – Dizia enquanto tentava puxar meu braço.
  - Desculpe-me apenas, não resisti o jeito como ele olhava pra você era quase se como ele te desejasse.  – Harry cuspia suas palavras.
  - Você esta enlouquecendo, Harry ele apenas queria dar suas condolências assim como todos aqui.
  - Tudo bem Mione, talvez eu tenha enlouquecido mesmo e que eu não quero que nada nem nunca machuquem você. – Harry segurava meu rosto em suas mãos como sempre fazia quando dizia algo gentil para mim.
  - Eu sei, também me preocupo com você,mas ele é apenas um garoto não pode fazer nada de mal comigo no maximo partir meu coração.
  - Não isso nunca eu não permito.
 -  Calma Harry, o que você viu nele que te deixou assim?
-  Eu não sei mais eu senti uma sensação estranha de perigo, como se ele fosse te ferir.
-  Você já esta imaginando demais. É melhor irmos Alice, já esta nos olhando feio.
-  Sim vamos.

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      - Bellatriz querida como você esta? – Seus longos cabelos ruivos voando ao vento sua voz delicada. Lilian, minha melhor amiga.  – Vamos levante se desse chão, precisamos ir o sepultamento já vai começar. – Ela me erguia uma das suas mãos, mas eu não queria me levantar eu queria ficar ali encolhida e deitada como um criança faz quando esta triste ou com medo.
    - Lilian eu não posso eu não tenho forças. – As lagrimas brotavam de meu rosto e corriam como se isso fosse algo tão natural. – Ele morreu não entende, eu não posso ter James de volta eu não posso. – Eu apertava ainda mais a rosa contra o meu peito.
   -  Eu sinto muito Bella,mas temos que ir você tem que ser forte por você por Hermione, por todos. Vamos se levante desse chão. – Ela ainda erguia sua mão e já cansada segurei sua mão e ela me levantou do chão e me abraçou.
          Alguns homens vestidos de preto, trouxeram o caixão ate a cova. Colocaram o caixa dentro da cova e pouco a pouco foram jogando a terra sobre ele fazendo assim  James desaparecer. Meu corpo tremia meus olhos já doíam de tanto chorar minha garganta falhava, mas meus gritos de dor de desespero ainda saiam.
     - Tirem no daí eu ordeno, tirem meu marido daí. James por favor, acorde, por favor, se levante, por favor. – Meu corpo já não tinha forças, minhas pernas cambaleavam ate que cai como um prédio sendo destruído ao chão.
       Eu cair ao chão sem forças havia areia em minha vestes e a rosa branca agora estava negra da areia. Senti algumas mãos no meu corpo tentando me levantar, mas eu não queria me erguer, o homem que eu amei que eu sempre amei agora estava morto e eu estava viva e sozinha, o que seria de mim o que seria de minha filha, nos precisamos de James, eu preciso dele. E com todas as minhas forças eu pedi para que aquilo não passasse de um sonho, um pesadelo grotesco que quando acordasse James estaria ao meu lado na cama com aquele seu sorriso idiota, céus como eu amo aquele sorriso, mas agora eu não posso ter - ló nunca mais, nunca mais eu repetia em minha mente.  O céu estava ficando escuro, minha visão embaçada pelas lagrimas e meu corpo leve, eu estava morrendo? Foi assim que James se sentiu?
    - Bellatriz acorde. – Lilian batia em meu rosto. – Alguém, por favor, socorro, calma Bella eu vou cuidar de você.
      E então o mundo apagou, eu havia morrido.
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          - Hermione sente-se um pouco, eu vou ligar para minha mãe e avisar que já chegamos.  – Harry beijou o topo de minha cabeça e saiu em direção a cozinha.
         Sentei no sofá de nossa casa, no lado que meu pai gostava de sentar, bem no centro, onde ele poderia assistir conosco ao seu lado. Dando uma olhada para a enorme casa e tantas lembranças veem em minha memória, o dia em que eu cair da escada, o dia em que meu pai havia me ensinando a anda de bicicleta.
      Era uma bicicleta rosa de rodinhas, minha mãe havia feito meu pai prometer que não me deixaria cair.
     - Bella sua bobinha eu nunca deixaria minha princesa cair, eu sempre vou estar ao seu lado segurando sua mão mesmo que ela não queira, eu prometo. – Papai envolveu seu braços ao redor da cintura de minha mãe e a puxou para um beijo.
     -  Papai, papai vamos logo quero andar de bicicleta . – Eu dizia puxando suas roupas.
    -  Então vamos lá minha pequena ciclista. – James me sentou na bicicleta a segurou com suas grandes mãos e fui empurrando-a na rua.
   - Papai olha eu já sei andar, olha mamãe eu já sei andar.  – Eu gritava.
  -  Muito bem querida. – Minha mãe sorri e me aplaudia.
        Ele disse que sempre iria segurar minha mão, ele prometeu, mas agora ele havia partido não em suas viagens rotineiras, mas pra sempre.
       Harry andava de um lado pro outro com o celular na mão, falava algo com certo tom de preocupação, me olhava e dava um sorriso.
    - Droga, como vou dizer isso a Hermione? – Harry quase gritava as palavras.
    - Dizer o que Harry? – Eu perguntei me aproximando de Harry.
    - Não é nada querida, só um segundo. – Respondeu tapando o telefone com a mão. – Mãe eu ligo mais tarde prometo agora preciso conversar com a Hermione, tchau.
   - Harry o que aconteceu? Esta me deixando preocupada. – Falava enquanto mordia os lábios.
  - Mione sente-se, por favor. -  Harry puxou uma cadeira para que eu me sentasse.
  - Tudo bem, já sentei agora fala o que aconteceu, foi algo com a minha mãe?
  -  Sim. – Harry fitava o chão sua voz era um tanto triste demais.
  -  Harry me diz logo o que aconteceu, por favor.
  - Fica calma, é que sua mãe passou mãe durante o enterro e parece que ela teve uma parada cardíaca, mas estas bem já a levaram para o hospital.
   - Harry eu quero ver minha mãe agora. – Disse me levantando da cadeira.
   - Impossível, sinto muito.
   - Porque é impossível?
  -  Ela tem que ficar de repouso. – Sua voz era amena.
  -  Mas eu preciso.
  -  Eu sei eu sei, mas não podemos ir amanha talvez, fique calma ela esta bem.

Harry me puxou da cadeira e me abraçou forte e as lagrimas outra vez insistiram a correr por meu rosto.
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     - Alo? – Disse uma voz masculina .
    -  Senhor ela esta bem, apenas passou mal durante o velório, mas já esta sendo cuidada no Hospital.St.Mungus. – Falou um homem do outro lado da linha.
    -  Obrigado pela informação. – O homem repousou o telefone ao seu descanso e levou as mãos ao rosto. – Graças a Deus você esta bem, não sei o que seria de mim se a perdesse, minha doce Bellatriz prometo cuidar de você, agora e sempre.
        O homem de aparente 30 anos tocava com seus longos dedos, uma velha foto onde havia um casal bem mais novo se abraçando. Uma garota de longos cabelos castanhos e cacheados e um belo sorriso no rosto, trajava um longo vestido florido e uma sandália de amarras, em seus braços inúmeras e finas pulseiras coloridas e ao seu lado um rapaz de longos cabelos pretos, com um grande sorriso no rosto.
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Harry havia me levado ate o quarto para que eu pudesse descansar, mas eu não consegui cada vez que tentava fechar meus olhos pesadelos vinham a minha mente. Então resolvi pensar em coisas boas, como agora seriamos alunos do ensino médio sobre como seria quando voltássemos à escola a velha rotina a bagunça de todos os dias as conversas pelo corredor, rever nosso amigos, agora seriamos texugos como são chamados os alunos do primeiro ano.
           Nossa escola tem um sistema interresante para definir a serie de cada aluno. Os alunos do ensino fundamental são chamados de Leões pelo símbolo que trazem nos uniformes. Alunos do ensino médio são definidos em três tipos os Texugos, Cobras e Águia, que representa primeiro, segundo e terceiro ano.  
        Harry aparecera a porta do meu quarto trazendo uma bandeja com duas xícaras de chocolate quente e algumas bolachas para acompanhar.
       - Bom já que você não comeu nada, que tal tentar comer sua comida preferida? Chocolate quente e bolachas em formato de coração. – Harry me entregou uma das xícaras .
       - Obrigado Harry,mas eu não ... – Antes que eu pudesse terminar Harry me interrompera.
     - Sem desculpas senhorita Hermione Black, você vai comer tudo e agora.
    - Mas eu não ...
   - Eu não estou pedindo estou ordenando, coma. –Harry me entregava uma das bolachas.
  - Tudo bem. – Tomei um gole do chocolate, e pude sentir o calorzinho do chocolate por minha garganta e logo depois a doçura das bolachas.
        Enquanto comemos conversávamos a respeito da escola dos novos alunos , besteiras e sobre Rony.
     - Você acha mesma que ele é mal Harry? – Eu olhava para Harry como um olhar de cachorrinho pidão.
    -  Eu ainda não sei,mas porque?
    -  Por nada, eu apenas fiquei curiosa. – Disse bocejando.
        Aproximei-me do corpo de Harry que estava encostando a cabeceira da cama e me deitei sobre o seu peito, me aninhando ali. Harry passava os dedos em meus cabelos e sussurrava uma musica.

       
  And when i see you
“ E quando eu te vejo.”
Then I know it will be next to me
“ Então eu sei… que vai estar perto de mim.”
And when i need you
 “ E quando eu preciso de você.”
Then i know you will be there with me
 “ Então eu sei… você vai estar lá comigo.”
I´ll never leave you
“ Eu nunca vou te deixar.”

 
Just need to get closer, closer

 “ Só preciso estar mais perto, perto.”
Lean on me now
 “ Conte comigo agora.”
Lean on me now
“ Conte comigo agora.”
Closer, closer
“ Perto, perto.”
Lean on me now
“ Conte comigo agora.”
Lean on me now
“ Conte comigo agora.”


     E assim adormeci embalada ao som da voz de Harry cantando pra mim. Eu senti o calor do seu corpo ao meu corpo e isso me fez sentir bem, segura, pois eu sabia que se algo de ruim acontecesse Harry estaria ali comigo para me proteger.  



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Notas finais do capítulo

Comentários por favor *-*



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