Segunda Chance. escrita por WithLoveRamona


Capítulo 1
Capítulo 1




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Era 20 de julho de 1998 e a guerra havia acabado há mais de dois meses e meio. Hermione Granger estava vivendo ultimamente na Toca, partilhando o quarto com Gina, até que ela fosse aprovada por uma chave de portal internacional para a Austrália, onde poderia rastrear seus pais e restaurar suas memórias.

Desde de 02 de maio, tudo estava uma bagunça - enquanto ela e o resto do mundo mágico apreciavam a paz, podendo finalmente sair de suas casas sem temer por suas vidas e as vidas de seus entes queridos -, visto que a guerra tinha tomado um rumo grave em seus sobreviventes.

A família Weasley estava inconsolável com a perda de Fred, especialmente George; não havia palavras fortes o suficiente para descrever a dor que ele estava sofrendo com a perda de seu irmão gêmeo. Harry, como de costume, sentia que ele era o culpado pela morte de todos na batalha final. Ele havia assumido o papel de padrinho do órfão Teddy Lupin e estava ajudando Andrômeda a criá-lo, aliviando sua dor e mantendo sua mente ocupada.

Eis que ele estava lutando com a culpa pela sua sobrevivência, e Hermione não esperava que isso mudasse tão cedo. Os três - Harry, Andrômeda e Teddy - assim como todos os membros sobreviventes da Ordem da Fênix, sentiram a perda de Remus e Tonks profundamente. Mesmo que o bebê Teddy não entendesse o conceito de morte, ele havia compreendido o suficiente para saber que sua mãe e seu pai nunca voltariam para casa.

Gina, além de seu irmão, também perdera um de seus amigos mais próximos com a morte de Colin Creevey, e ainda estava lutando para chegar a um acordo sensato sobre isso. Felizmente, todos tinham um membro da família para apoiá-los com a sua dor - todos exceto Hermione, é claro. Enquanto ela estava grata a tudo que os Weasley tinham feito por ela, e grata pelo próprio laço que tinha com eles, sua família de verdade estava a meio mundo de distância, sem se lembrar de sua existência, fazendo-a sentir-se isolada até mesmo dentro do mundo mágico.

Apesar da alegria de finalmente ver o mundo em paz e do alívio de terem ganho a guerra, pode-se dizer que ninguém no mundo bruxo era realmente feliz.

* * *

Ei Hermione, o que é esse colar? Ron a chamou de seu lugar na porta quarto, o quarto que ela estava compartilhando com Gina na Toca.

— Colar? ela perguntou, observando enquanto ele entrava com uma bandeja de chá.

— Sim. Ao que se pode ver, parece com uma ampulheta. respondeu ele, girando o objeto entre os dedos enquanto ela se aproximava. É meio estranho...

Os olhos de Hermione se arregalaram de medo quando ela viu o objeto nos dedos de sua melhor amigo. Ela deixou cair a bandeja de chá no piso de madeira.

— Ron, não! O que você está fazendo? Quanto tempo você o girou?

Ele deu de ombros.

— Uh, eu não sei. Algumas voltas, talvez.

— Oh Merlin! — ela gemeu, pegando o colar com suas mãos. — Você tem alguma idéia do que essa coisa pode fazer? Eu nunca vi o que acontece quando ele é girado mais do que algumas vezes... isso é muito ruim!

E então ela deixara Ronald ali, sem entender de fato o que acontecera.

* * *

— HARRY! HARRY! Venha rápido! É, Hermione!

Harry fugiu descendo as escadas do Largo Grimmauld e viu a cabeça de seu melhor amigo surgindo em meio ao fogo de flu.

— Hermione? O que aconteceu?

— Ela se foi! — Ron lamentou. — Eu estava brincando com seu colar, girando-o em meus dedos, quando ela gritou comigo e o tomou. Depois disso ela desapareceu no meio do nada, apenas disse que precisava falar com você!

Harry empalideceu. Ele tinha uma idéia do tipo de colar a que Ron poderia estar se referindo, mas sinceramente, esperava que estivesse enganado.

— Como era esse colar?

— Eu não sei, hm, uma ampulheta. E era cercado por dois círculos de ouro.

Harry bateu com a mão na testa.

— Ron! Isso é um vira-tempo! Vamos, precisamos ir para Hogwarts!

A cabeça de Rony virou-se por um momento na direção de onde estiveram as chamas e então voltou a mirar Harry, que aproximara-se da lareira que jazia na casa que ele tinha herdado de seu padrinho, Sirius.

— Um vira-tempo? Quer dizer que ela voltou no tempo?

— Sim, é exatamente isso que quer dizer, Ron. — Ele jogou um pouco de pó de flu na lareira, e gritou "Hogwarts". Menos de um minuto depois, ele puxou a cabeça para trás e se viu fora da lareira, fazendo sinal para Rony passar pelo Flu.

— Sr. Potter! Sr. Weasley! O que está acontecendo? — Minerva McGonagall gritou, uma vez que os meninos tinham surgido de repente em seu escritório.

— É sobre Hermione, professora. Acreditamos que ela foi vítima de uma volta no tempo, mas não sabemos quão longe ela possa estar...

McGonagall congelou em uma expressão de horror, mas Ron começou lamentando antes que ela pudesse dizer qualquer outra coisa.

— Ela se foi! Ela se foi e é tudo culpa minha!

— Explique-me, Sr. Weasley. — ela sugeriu, em voz tensa que eles conheciam bem do seu tempo como seus alunos.

— Eu encontrei um de seus colares pelo quarto e o achei muito incomum. Comecei a girar ao redor das minhas mãos, não sabendo o que era. Até o momento em que ela chegou e viu o que eu estava fazendo, eu já havia girado-o muitas vezes. Ela agarrou o colar e depois desapareceu. Só descobri que aquilo era um vira-tempo quando procurei Harry. — Ele abaixou a cabeça de vergonha, uma vez que tinha acabado de falar.

— Se eu não estou enganado, Minerva... — O retrato de Alvo Dumbledore falou por trás de sua mesa. — Ela voltou para 1980.

— 1980! — exclamou ela. — Bem, Sr. Weasley... — ela respondeu. — Eu tenho certeza de que você é capaz de imaginar as conseqüências de suas ações. Você pode um dia encontrar Granger novamente, mas é muito provável que ela esteja cerca de 18 anos mais velha que você, e vivendo sob um nome falso. Acho que vamos ter que esperar e ver o que acontece.

Harry e Rony temeram pelo futuro incerto da amiga.


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