The Devil Inside escrita por Duplicata Petrova


Capítulo 15
15


Notas iniciais do capítulo

Antes de completar um mês! To ficando boa nisso ;D Foi um dos capítulos mais difíceis que eu já escrevi e não, não crie tantas expectativas, até porque esse é só mais um capítulo :) Só digo que vocês têm que ficar ansiosos pelos capítulos extras que virão, eles vão revelar muitas coisa.
Bem, esse capítulo não tem uma trilha sonora certa. Então fique a vontade para escutar o eu te der na telha, ok?
Enjoy it ;D



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Passei a noite no hospital. Devon estava cego de ódio. Estava determinado a acabar Tyler.

O sol não tinha se firmado no céu quando Devon disse que iria à clínica tirar satisfações. Eu sabia que isso acabaria em uma confusão, então decidi ir junto para acalmar os nervos dele.

Chegamos a frente ao prédio amarelo claro já eram mais de nove da manhã. Devon e eu tínhamos passado em nossas casas para tomarmos um banho e nos arrumarmos. Já éramos conhecidos pela recepção, tínhamos um "passe livre" para o quarto de um paciente em específico, Tyler Bennet.

Devon quase derrubou a porta ao entrar no quarto do suspeito xingando-o e acusando-o.

— Eu disse para ficar longe das minhas filhas! Seu desgraçado, você vai pagar pelo que fez com minha menina! — Foi depois das acusações que o delegado perdeu completamente a razão e partiu para cima do jovem socando-o — Você merece apodrecer na cadeia! Você merece queimar no inferno por todos os assassinatos que você cometeu!

Tyler não reagia, não tentava nem se defender, só recebia os vários socos. Até que caiu de joelhos com o rosto todo ensanguentado e cuspiu um pouco do líquido rubro no chão enquanto estava de cabeça baixa. Seu corpo tremia. E por um milésimo de segundo pensei que ele estava chorando, mas eu estava enganada. Tyler estava rindo. Tinha um sorriso doentio e dolorido no rosto sujo.

— O que é tão engraçado?! — Gritou Devon furioso. Enfermeiros entraram correndo no quarto confusos com a gritaria — Qual a graça?! — Questionou novamente

— Devon, acalme-se. — Eu disse tocando seu braço

— Me acalmar, me acalmar! — Gritou se desvencilhando bruscamente do meu toque — Eu não vou me acalmar! Ele quase matou a minha filha na noite passada!

— Senhor, Tyler não saiu do quarto durante toda a noite. As câmeras o gravaram dormindo.

— O quê? - Perguntou confuso

— Se o senhor quiser ver as filmagens...

— Eu quero. — Interrompeu o enfermeiro ruivo

Ele saiu do cômodo deixando para trás Tyler limpando o rosto com uma das mãos e eu. O riso doentio tinha deixando-o. Uma enfermeira tinha acabado de sair de lá indo buscar uma caixa de primeiros socorros.

— Também acha que eu fiz alguma coisa com a filha do delegado? — Perguntou levantando do chão de modo desajeitado

— Bem, você ameaçou fazer um ménage à trois com as filhas dele. Eu não fico surpresa da Evelyn aparecer ferida alegando que você estuprou-a em um beco.

— Eu posso ser um assassino frio e calculista como vocês dizem que eu sou, mas estuprador não. Talvez ela só quisesse se divertir e botou a culpa de ter se relacionado com um estranho em mim. — Caminhou até mim e passou a mão pelo meu rosto em forma de carinho — Não gosto de garotas mais novas. Prefiro as mais velhas!

— Sabe o que me assusta em você? — Ele ergueu as duas sobrancelhas — A sua frieza e cara de pau! — Terminei a frase tirando sua mão do meu rosto

— E você não cai mais nesse truque! Era divertido brincar com você!

Sorriu sentando na cama.

A enfermeira voltou com utensílios para fazer um curativo e eu fui de encontro com Devon. Cheguei a uma salinha com vários monitores. E na maior tela mostrava uma filmagem de Tyler dormindo. A imagem variava de Tyler mudando de posição na cama enquanto o contador no canto da tela corria mostrando as horas se passando.

— Isso impossível... — Devon deixou escapar como um sussurro

— Eu disse. Tyler não saiu do quarto durante a noite toda. — Comentou o enfermeiro ruivo

— A minha filha não mentiria para mim. — Disse assentindo negativamente — Ela tinha tanta certeza do que estava falando. Eu não entendo.

Eu preferi ficar quieta. Eu também não entendia como aquilo era possível. Eu não sabia mais o que estava acontecendo com Tyler. Ele era imprevisível demais. Um paciente diferente de todos que eu já tive. Eu não sabia mais o que fazer.

Voltamos ao hospital. Quando chegamos no quarto, Caroline, a filha mais velha, estava lá, sentada ao lado da irmã conversando.

— Pai...— Evelyn soltou querendo uma resposta

— Ele esteve no quarto a noite toda.— Disse ainda triste. Triste talvez não seja o sentimento certo. Frustrado seria o correto

— Eu não estou mentindo, pai, eu juro! — Disse com lágrimas nos olhos

Devon e Caroline a abraçaram. E foi como um daqueles retratos de família onde todos se abraçam e ficam felizes para sempre. Mas é claro que isso não aconteceria.

Ele estava disposto a ir até o inferno para provar que Tyler era culpado de todos os crimes. A morte de Audrey, dos dois enfermeiros e agora, lesão corporal e abuso sexual.

— Eu acredito em você, querida. — Pausou pensativo — Vai ficar tudo bem. Nada de ruim vai acontecer com nenhuma de vocês, eu não vou deixar. — Sussurrou

Aquela foi uma longa noite.

Devon estava obsecado pelas imagens gravadas da câmera de segurança do quarto 13. Pediu para que um dos homens do laborátorio da polícia forense especializado em computação fosse analisar as imagens. E eu fiquei lendo e relendo a ficha do suspeito. Tinha algo que eu ainda não tinha captado.

— Faz algum tempo que a personalidade boa de Tyler não dá as caras. Não é? — Perguntei jogando toda a minha atenção aos homens

— O quê?

— Tyler... a personalidade boa. Faz um tempo que ela não aparece.

— Eu prefiro o garoto bonzinho. Ele me dá arrepios! Quando ele veio até o laboratório parecia ue tinha alguma coisa ruim no ar. Parecia que estava mais denso. Eu não sei. — Disse Paul enquanto digitava algo

Já passava das duas da manhã, quando o celular de Paul tocou e ele logo passou pro Devon.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntei olhando-o se levantar

— Sim. Tyler, ele está delirando.

— Delirando?

— É. Parece que está com 38 graus de febre.

— Essa é uma ótima hora para descobrirmos um lado indefeso do Tyler. — Comentei

— Ótimo! Vamos até a clínica.

Quando entrei no quarto, me deparei com Tyler em um estado deplorável. Encontrava-se encolhido debaixo de várias cobertas. Tremia e suava frio. Seus olhos estavam semi-serrados pela claridade excessiva no cômodo, a boca entre aberto facilitava a respiração falha.

Sentei-me na beira da cama e toquei seu ombro tentando virá-lo de frente pra mim. Senti o alor de seu corpo em minha mão.

— Faz a dor parar, por favor, faz... parar. Faz... parar... — Sussurrou em desespero com a voz rouca e mole

Ele estava desprotegido de qualquer coisa. Mas não seria honesto atacá-lo com perguntas nesse momento, o garoto estava realmente mal.

Tossiu algumas vezes perdendo o fôlego. Vi lágrimas rolarem pelo rosto ainda mais pálido do que o normal.

— Está doendo demais! Faz parar! Por que ninguém me ajuda? — Choramingou

O delegado estava pronto para começar o interrogatório improvisado quando eu o interrompi:

— Não é a melhor hora para isso.

— Como não? Ele está sem defesa, está doente, delirando. É o momento certo. Ele soltará as verdades que precisamos saber.

— O garoto precisa de um médico, não de perguntas confundindo sua cabeça. Se essa febre piorar ele pode ter uma convulsão. Ele pode morrer, Devon!

— É o que ele merece.

— Não seja tão duro. Se Tyler cometeu erros, ele terá de pagar. Mas ninguém merece pagar desse jeito.

— Saberia que ele merece se fosse a sua filha a ser estuprada e ferida por esse marginal! — Disse e saiu do quarto

— Faz parar, faz parar. Eu não quero mais sentir dor, eu estou cansado, por favor, faz parar. — Disse curvando a cabeça para trás e segurando meu pulso com força

— Está tudo bem. A ambulância já está chegando. Vai ficar tudo bem, a dor vai passar.

— Por que ele fez isso comigo? O que eu fiz pra merecer isso? O que eu fiz? Por que ele fez isso? Por quê? — Disparou várias perguntas sem sentido entre um choro cunvulsivo

— Do que você está falando? — Ele estava se entregando a inconciência lentamente — Tyler?

Et dilexi eum. — Sussurrou antes de desmaiar


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Notas finais do capítulo

Espero ter merecido reviews. Não sou de mendigar as coisas, maaaas alguém ta afim de dar uma recomendação de presente. Seria legal ;)
Beijos, até a próxima, pessoal



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