Capítulo 7: A Transformação.

Eles me puxaram para uma cadeira e me prenderam ali. Eu estou começando a achar que eles são psicopatas.

Só que não. Eles começaram a aplicar um quilo de maquiagem no meu rosto. Puxavam (penteavam, segundo eles) meu cabelo com uma escova e começaram a fazer prancha nele, o que ia funcionar por muito tempo, já que meu cabelo era cacheado. John começou a fazer coisas em meu cabelo que eu nem imagino. Ele ficou puxando varias mechas do meu cabelo e deixando eles atrás de minha cabeça, mas mesmo assim a maior parte do meu cabelo continuou solta. Ele começou a remexer em uma bolsa enorme preta e retirou um frasco de spray prata e começou a espirrar o líquido no meu cabelo. Ele pegou uma câmera e tirou foto do meu cabelo. Depois me mostrou e adorei o resultado: Meu cabelo estava de um liso natural, com uma trança passando como um arco por trás da minha cabeça. Estava bem simples e fabuloso ao mesmo tempo.

Mas o trabalho no meu rosto não havia terminado. Carmen continuava com a ‘’paleta’’ de maquiagem passando sombras, blush e outras coisas. Ela tentava arduamente disfarçar as olheiras que tinha adquirido com o pesadelo. Então passou o rímel, batom e gloss. Pegou um espelho para que me olhasse. O resultado me agradou: Meu rosto estava uniforme e não tão pálido quanto antes. O blush estava suave e quase imperceptível. A sombra que usava era cor de pele e meu olho estava bem delineado. A cor do batom que usei era de um vermelho sangue. Eu estava impactante sem chamar muita atenção. Agora Lucia continuava com seu trabalho depilando, esfoliando, cremando e torrando a minha perna (mentira). Carmen começou a pintar as minhas unhas de dourado, enquanto John escolhia as joias que eu iria usar. Lucia continuava com seu trabalho. John apostou em brincos e pulseiras dourados com pérolas. Eram de tirar o folego. Resolvi o deixar escolher até por que, ele já sabia qual era meu traje e eu não. Resolvi esperar até o trabalho estar concluído.

–Ufa! Terminamos! –exclamou John.

– Você está glamorosa!- disse Carmen.

Corei com esse comentário.

Lúcia se retirou da sala e entrou em meu quarto. Para buscar o vestido, acho. Ela voltou com um cabide com uma roupa envolvida em plástico preto. Quando ela tirou o plástico, meu queixo caiu: eu ia usar um vestido preto até o joelho, a parte de cima do vestido era de renda, incluindo as mangas compridas. Um palmo acima do joelho era preto sólido, depois disso tinha uma espécie de véu preto. Era lindo. Eu vi os sapatos, nada muito UAU, apenas uma bota de cano baixo vermelho, que se destacava com o vestido. Eu ia ficar linda!

Sai correndo pelo apartamento e entrei no meu quarto carregando minha roupa e minhas botas. Pus o vestido cuidando para não borrar minha preciosa maquiagem. Pus as botas e me olhei no espelho. Eu estava linda. O dourado do esmalte e das joias fazia um contraste maravilhoso entre o preto e o vermelho, ou seja, todas as três cores combinavam perfeitamente.

Sai do quarto e caminhei animada para a sala. Os três ficaram de queixo caído. Eu estava pronta para ir ao jantar. Só faltava uma coisa. O perfume. A qualquer lugar que vou eu ponho meu perfume da sorte. É uma mania. Vou ao banheiro e seleciono o perfume que quero. Sinto um pequeno spray no pescoço e reconheci o cheiro dele. Libero os ‘’transformadores’’ e sento no sofá para ver TV. Seleciono a TV Dite (pra deixar você dentro da moda!). Pra vocês, que nunca ouviram falar, é o canal de TV da Afrodite. Pusé... Ela exigiu ter um canal só pra ela. Nele estava passando um programa de como se maquiar bem. E fico vendo e percebo que a equipe de transformação fazia exatamente igual à Afrodite no programa. Assisto isso até que um bip alto vem do I Pad. Vou correndo para ver o que era. No ícone mensagem havia uma nova mensagem:

Estimados tributos!

Espero que estejam gostando de sua estadia! Sua presença é solicitada no hall de entrada de Skygames. Iremos ao lugar onde ocorrerá o jantar em breve. Cheguem ao hall com suas devidas roupas!

Que a sorte esteja sempre ao seu favor,
Rose.

Sai correndo do apartamento e fechei a porta quando sai. Pela cor do céu lá fora, eu diria que são seis horas. Sai correndo pelo corredor e aperto o botão do elevador. Enquanto espero ele subir, Percy chega, murmura um oi e me da um beijo na bochecha. O elevador abre revelando o crepúsculo pelas paredes de vidro do elevador. Entro no lugar e depois Percy entra também, aperto o botão que revelava a letra T. O elevador desceu na rapidez da tecnologia e apenas soou um toque quando chegamos ao Térreo.

Estava tudo normal até que Percy fez algo que me surpreendeu. Ele segurou a minha mão.

Então, vocês se perguntam: Mas vocês não são namorados? Isso é coisa de namorados!

E eu respondo: Namorados MELOSOS. Coisa que eu e Percy nunca fomos. Românticos, talvez, mas nunca andamos de mãozinhas dadas e isso.

Mas confesso, eu gostei. Isso me passou a sensação de que eu estava segura, de que ninguém poderia me fazer nada. Andei confiante ao lado de Percy. Até agora não havia notado seu traje, mas quando o vi, babei.
Ele usava um terno azul marinho que realçava seus músculos. A cor também realçava seus olhos. Havia uma gravata borboleta preta. Olhei para os lados e vi Kate em um vestido azul lindo. Acenei com minha mão livre para ela e ela contribuiu. Observei uma poltrona de veludo e sentei-me nela. Pondo-me confortável e elegante. Realmente, a beleza cansa.

Rose entrou no hall toda saltitante em seu traje de festa. Ela estava bonita, mas aquele ser é tão purpurinado e tão rosa que às vezes enjoa. Ela mexeu no cabelo rosa claro, gabando-os e anunciou que era hora de sair. Preparei-me mentalmente. Vai que os meios de transporte eram cavalos, de novo? Não tinha gostado muito de minha experiência, pode dizer-se... Um trauma de altura. Esperei que a maioria já estivesse fora do ‘’hotel’’ para ir. Muvuca não é o meu forte. Sai do hotel ao lado de Percy. Por uns momentos não enxerguei direito o que era. Mas quando eu vi realmente qual era o meu transporte, quando consegui enxergar... Maravilhei-me.

– Vamos em uma... Limu... Limusine?