Cartas para Rich escrita por Gabriela Ananda


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, como estão? Postei mais um cap por enquanto que eu posso, eu vou viajar daqui uns dias e não vou ter tempo. Mas eu vou tentar postar sempre que puder.
Boa leitura e espero que gostem!



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– Pode contar tudo de novo. – Disse Lily quase gritando para mim, a professora olhou e fez uma cara de reprovação, sorri.

– Lily, eu já contei pela milésima vez. Essa vai ser a ultima ta? – Ela concordou com a cabeça e eu comecei. – Depois da briga na festa ele me levou de carro até em casa e disse que me amava e eu disse que também amava ele, hoje de manhã ele foi lá em casa, me deu um buque de flores e pediu para namorar comigo, eu aceitei e pronto. Acabou.

– E cadê os detalhes? Aposto que você contou tudo para Claire e para mim nada. – Disse ela com uma cara de frustração. Claire. Há quanto tempo eu não falava com ela, eu precisava colocar os papos em dia. Cruzei os dedos, esperando que com a sorte ela estivesse no facebook quando eu chegasse em casa.

– Eu não contei para Claire ainda. – Disse abaixando a voz, quase a tornando um sussurro.

– Então eu sou a primeira né? – Disse Lily com um grande sorriso.

– É.

O sinal bateu mais rápido do que eu esperei. Arrumei minha bolsa e sai da sala. Ultimamente os horários estavam passando mais rápido, e hoje eu saia mais cedo. Eu queria chegar mais cedo em casa também, para conversar com Claire, eu precisava contar que eu estava com o Rich.

Desci as escadas para ir para o pátio. Olhei para Rich que estava na porta me esperando.

“Antes dele, eu não entendia as canções, dormia bem todas as noites, não me importava com as minhas roupas, esquecia o celular, tinha pensamentos livres e horas vagas. Meu coração era saudável, lento, constante. Eu não tinha crise emocional, nem carência afetiva. Não tinha ciúme, ódio, ou pensamentos psicopatas. Eu sempre tinha a razão, não aguentava reclamações, não planejava tantas coisas boas e bobas. Antes dele eu não morria de saudade, não era tão bem humorada, não me preocupava em fazer alguém feliz, em cuidar de alguém. Eu não sabia sequer que um abraço curasse tanta dor, que o mundo cabia num sorriso, e que era possível gostar tanto de uma pessoa. A verdade é que antes dele, o meu eu simplesmente não existiu, ele me fez crescer e me fez ser assim como sou agora, devo tudo a ele que me mostrou o verdadeiro significado de um a-m-o-r de verdade, não quero o perder.”

– Oi Rich... Quer dizer, oi amor. Eu tenho que me acostumar com isso. – Eu disse.

– Oi amor, você tem que acostumar logo. – Disse ele me puxando para mais perto, com um abraço apertado e um beijo de leve. – Já comeu alguma coisa? Vamos que eu compro para você. – Disse Rich com um ar preocupado.

Percebi que eu não havia comido nada além daqueles ovos mexidos.

– Já comi sim. – Menti, mas meu estomago me denunciou fazendo um barulho horrível. – Sorri e abaixei a cabeça. Ele me olhou e saiu me puxando para uma lanchonete. Eu não estava acostumada em receber cuidados desse jeito.

– Um Hambúrguer pequeno e um refrigerante. - Disse se dirigindo a balconista. - E você amor? – Ele disse olhando para mim.

Olhei para o graxa da balconista que estava do lado do peito esquerdo dela. Emma. Porque esse sorriso todo para atender alguém? Tudo bem, o Rich é um cara lindo, Olhos claros, cabelo castanho mel, mais ou menos 1 metro e 75, e um sorriso perfeito. Ele é muito charmoso mesmo. Senti uma pontada de ciúmes o que me fez desmanchar o meu sorriso e responder de mau jeito.

– O mesmo. – Disse, virei e procurei uma mesa vazia mais afastada dali. Ele olhou para mim, percebendo o que eu tinha e fez o pedido rápido.

– Então dois.

– Mas alguma coisa? – Disse ela, mas o Rich veio em minha direção como se não fosse com ele que ela estava falando.

– O que você tem? – Disse ele preocupado.

– Nada. – Menti de novo.

Ele me examinou e riu. Olhei furiosa para ele.

– Você fica linda com ciúmes mô. – Disse ele, se aproximando de mim para um beijo, virei o rosto e ele me olhou atordoado.

Antes que ele dissesse alguma coisa os pedidos chegaram e eu comi silenciosamente. Ele foi lá pagar e eu continuei sentada.

“Tanto a dizer, mas me falta o fôlego. Ando tão covarde pra me expressar o que esta em minha garganta. Por favor, diga que consegue decifrar meu olhar, pra que possa compreender o que ando sentindo.”

Fomos andando a pé dessa vez, minha casa era apenas um quarteirão da lanchonete que estávamos, continuei meu caminho em silencio, às vezes me permitia olhar para ele e sempre nossos olhares se cruzavam.

Quando avistei minha casa, apressei meu passo, mas senti as mãos dele segurar um dos meus braços me fazendo parar. Ele me beijou, e eu não consegui me segurar e correspondi o beijo.

– Tchau amor. – Ele disse sorrindo. – Ah, quando eu vou conhecer minha sogra finalmente? – Disse e eu me surpreendi, não contendo a cara de espanto, eu havia esquecido completamente disso.

– Que tal, eu faço um jantar aqui em casa e você vem conhecer ela e o meu irmão?

– Adorei a idéia. – Ele disse, e eu o abracei me despedindo.

Entrei em casa e vi que minha mãe estava vendo a conversa pela janela. Sorri envergonhada e comecei a subir as escadas para o meu quarto.

– Que dia vai ser esse tal jantar? – Ela disse.

– Sexta feira, pode ser? – Eu disse, olhando no calendário percebendo que hoje já é quarta.

– Para mim esta ótimo.

Cheguei ao meu quarto, vesti um short e uma blusa qualquer. Liguei o computador e esperei a pagina do facebook carregar. Em quando isso peguei meu caderno preto e decidi escrever um pouco, antes que eu perdesse esse costume.

“Tenho vontade de escrever e necessidade ainda maior de desabafar tudo o que está preso em meu peito. O papel tem mais paciência do que as pessoas”


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Notas finais do capítulo

O que acharam??? Comentem, fico muito feliz em ver que alguém comentou.



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