Hunters escrita por Valentinna Louise


Capítulo 23
Capítulo 23 - Some things are changing (Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

hey pessoas...
1º desculpem a demora... mas realmente eu travei com esse cap... ele não saiu exatamente como eu queria mas eu espero que vocês gostem...*--*
2ª valeu pelos reviews.. :D tenho leitoras (acho que só tem moças) maravilhosas *--*
sem mais delongas aqui está...!



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Entrei sorrindo em casa e me deparei com um Noah Puckerman parado bem de frente a porta.

“Sério Quinn?”

“O que Puckerman? Você nem deveria estar de pé!”

“Tenho cabeça dura, baby. Não é qualquer coisa que me deixa no chão por muito tempo.” deu um sorrisinho mas que logo sumiu. “Me fala que a pancada foi muito forte e que o que eu acabei de ver foi uma ilusão criada pela minha cabeça....”

“Hum...não não foi uma ilusão Noah.” Fui para cozinha e encontrei Shelby preparando alguma coisa e Marley a ajudava.

“Você só pode estar brincando comigo, Lucy Quinn Fabray ‼ “ Noah cruzou os braços e ficou me encarando com uma expressão séria entrando na cozinha. “Oh..olá senhoritas” fez uma pequena mesura para Shelby e Marley e eu revirei os olhos.

“Por que está falando comigo como se fosse meu pai Noah?”

“Porque você não está parecendo aquela garota, filha de um pai mega conservador, estudava em um colégio católico e tudo mais, que tinha as melhores notas da sala, era até cheerleader!...cara você não tem mais nem o mesmo cabelo!”

“Por um simples motivo Noah, eu não sou mais aquela garota.” eu respondi. Marley olhou pra mim levantando uma sobrancelha.

“E desde quando?”

“Desde aquela noite em que minha irmã me deixou essa cicatriz lembra?” apontei para o meu ombro e Noah descruzou os braços e se aproximou, tocando meu ombro.

“Nunca regenerou?”

“Não.”

Ele deu um suspiro profundo e se afastou.

“Mesmo assim... desde quando você beija garotas Q?”

“Eu não beijo garotas, Noah. É só Rachel.”

“É só Rachel...só Rachel...e por que ela?”

“Você quer uma resposta racional?”

“Sim!”

“Não tenho. Eu não sei explicar Puck. Creio eu que somos parceiras, mas ainda acho que é muito cedo pra dizer com certeza.”

Ele arregalou os olhos e abriu a boca em um 'o'. Marley olhou pra ele e para mim.

“Quinn, acho que você quebrou seu amigo.”

“Parceiras Quinn? Sério?”

“Isso é muito comum por aqui..é--- hum—Noah” Marley respondeu por mim e Puck olhou pra ela sorrindo.

“Só a Quinn me chama de Noah, baby. Você pode me chamar de Puck, ou do que você quiser Srta...?” disse tudo isso com uma piscadinha no final. Revirei os olhos e Shelby riu. Marley corou furiosamente antes de responder baixinho:

“Marley Rose”

“Marley Rose...bonito nome para uma bela garota.” Marley ficou ainda mais vermelha, se aquilo era possível.

“Para Noah... assim Marley com certeza vai explodir aqui na cozinha.”

“Ok então...e você, Srta...” Disse se levantando e indo em direção a Shelby, que nem se virou para responder.

“Não tente flertar comigo garoto...”

“Não tentarei...” Disse Puck se aproximando e então Shelby se virou.

“Meu nome é Shelby e mantenha a distância.”

Puck olhou pra ela e depois pra mim.

“Engraçado...a anã que a Quinn está pegando é idêntica a você...”

“Ohh calado Puck...é melhor não chamar Rachel de anã novamente ou eu te darei motivos para não ter descendentes. E a respeito de Shelby, ela é mãe de Rachel...” eu disse. Puck se afastou e Shelby começou a rir, junto com Marley.

“Ok..ok.. entendi...mantendo a distância e calando a minha boca.”

“Bom garoto.” Disse.

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O resto do dia passou sem maiores agitações. Shelby e Marley haviam preparado um assado e todos jantamos silenciosamente. Eu passei o jantar inteiro pensativa. Queria falar com Alma Lopez. Queria saber o que mais ela conhecia sobre a maldição. Algo que pudesse ser significativo para que eu ajudasse Rachel, mas também algo que me ajudasse. Eu estava me sentindo um catalisador de problemas, como se onde eu estivesse, eles aparecessem. Só que em proporções gigantescas. Isso estava começando a me preocupar e quando Marley estava para ir embora, ela reparou:

“Quinn?”

“Hum?”

“Tudo bem?”

“Tudo sim...” desconversei.

“Não parece..”

“Estou apenas pensando...”

“Em que?”

“Nesses últimos dias...como minha vida deu um giro de 360° em tão pouco tempo..”

“Você fala do que exatamente..sua transformação.. Rachel....Cassandra...Noah...?”

“Tudo Marley. O que Noah falou me fez pensar... eu sou filha mais nova de um homem extremamente controlador e conservador, estudava em um colégio católico, vivia pra ser o espelho da minha irmã e agora olha pra mim...me sinto quase uma rebelde sem causa...a única coisa que me estabilizava era Cassandra e agora ela está em um hospital por minha culpa..”

“Hey Quinn...para ok? Você fica aí se martirizando como se fosse a culpada por todos os acontecimentos ruins mas se esquece daquilo que fez de bom...”

“E o que foi que eu fiz de bom Marley?”

“Você se tornou minha amiga, deu a Shelby a oportunidade de conversar com Rachel, deu à Santana uma bela lição e um soco maravilhoso em Finn e deu a Cassandra uma família. Além de ter dado a você mesmo uma nova chance de vida Q.”

Olhei pra Marley com os olhos já cheios de lágrimas. Ela também estava prestes a chorar e então sem dizer nada eu a abracei. Ela sorriu e disse:

“Sem sentimentalismos, Fabray...”

“Ohh você é uma chata sabia Rose?” me afastei dando um soco no ombro dela. Ela me deu língua e se despediu. Eu fiquei sentada no batente da porta até Noah me chamar e fomos dormir.

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Acordei espantada. O sonho com dois lobos, que eu presumia ser Rachel e eu, voltou a acontecer, mas dessa vez ele me assustou. O Lobo branco aparecia coberto de sangue enquanto o lobo preto se afastava e ia embora. Será que isso seria como alguma espécie de presságio?

Me levantei, procurei roupas limpas e fui me banhar. Quando saí do banheiro, olhei sobre a cômoda no quarto a adaga que Cassandra havia me dado. Agora eu estava com medo de tocá-la, afinal era prata. Vesti uma calca jeans simples com uma camisa de botões amarela. Noah já estava sentado à mesa e devorava algo que parecia ovos e bacon. Fiquei imaginando se Cassandra visse aquilo, ela surtaria. Shelby ria enquanto olhava Noah completamente estabanado. Ela colocou um pouco pra mim e disse:

“Seu amigo parece que não come há anos...” Noah comia rápido e nem se abalava com os olhares espantados.

“Ele é assim mesmo...” respondi. Sentei na mesa e Shelby me deu um prato com o mesmo que Noah comia e logo depois ela se sentou e fez o mesmo para si. Eu estava pensando em falar com Alma e estava divagando com isso até que Shelby estralou os dedos na minha cara.

“Tá dormindo de olhos abertos Fabray?”

“Hã?”

“Você sentou aí, e parou do nada com a colher a caminho da boca...está tudo bem?”

“Sim, sim está..eu só divaguei um pouco..”

“Estávamos comentando que Noah precisará de roupas pra ficar aqui...”

“Eu..vou tentar dar um jeito nisso ok Noah?”

“De boa Q.” respondeu Noah com a boca praticamente cheia.

“Você vai visitar Cassandra hoje?”

“Ahh vou sim...mas mais tarde.”

“Por que?”

“Porque eu vou falar com Alma. Esclarecer algumas coisas a respeito da maldição...”

“Maldição?” Perguntou Noah.

“Longa história Puck, mas depois eu te explico...” disse me levantando e deixando o prato na mesa enquanto Noah parecia estar pronto para mais uma rodada. “Agora eu vou na casa dos Lopez.”

“Hum....até mais Fabray”

“Até Shelby.. comporte-se Noah..” olhei para o meu amigo que estava com a boca cheia e ele apenas me olhou de olhos arregalados.

Saí da casa e suspirei na porta. Tinha um pressentimento ruim. Mas estava esperando que fosse apenas um pressentimento e nada mais.

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Quem me recebeu na casa dos Lopez foi Santana.

“O que quer aqui aguada?”

“Vim falar com a sua avó. Ela está?”

“Sim está. Cadê a sua sombra?”

“Minha sombra?”

“A trapinho..”

“O que é que tem a Marley...?”

“Achei que ela fosse uma espécie de sombra ou stalker...” Disse Santana rindo. Eu apenas me limitei a bufar e revirar os olhos. “O que você quer com a minha Abuela?”

“O assunto não te diz respeito Lopez...” respondi rispidamente. Ela deu um sorriso de lado e fechou a porta na minha cara. Sussurrei um 'vadia' antes da porta ser aberta novamente e dessa vez por Alma Lopez.

“Olá menina..”

“Olá senhora Lopez..eu..tive algumas dúvidas..alguma sensações e quero saber se a senhora pode me dizer algo a respeito..”

“Entre Quinn...”

“Obrigada...”

Ela foi andando em direção ao jardim e eu a segui. Na sala, Santana me fitava seriamente. Parecia um cão policial. Em alerta. Eu sorri com essa comparação. Ao chegar na mesma estufa onde tivemos a última conversa, Alma disse:

“Já estou sabendo dos seus pequenos feitos, menina. Você sabe chamar atenção tanto quanto minha neta.”

“Está falando sobre o soco que eu dei no Hudson?”

“Isso mesmo. Aquele garoto merece, não posso negar, uma bela surra. Mas dessa maneira você compromete sua estadia aqui.. e ela é importante não é?”

Corei ao ouvir isso porque a primeira coisa de importante na qual eu pensei foi Rachel. Mas também havia Cassandra e a sua recuperação e uma explicação para a minha maldição.

“Sim.. é muito importante”

“Sim... mas tenho certeza que não foi isso que te trouxe aqui hoje,não é hija?”

“Não senhora.. eu estou com algumas dúvidas..preciso saber.. “

“O que exatamente?”

“Existe algo..algo que possa abrandar a maldição..porque eu só vim aqui da última vez para saber o que era, mas não perguntei nada sobre um modo de pará-la....”

“Eu tive medo de que você viesse me perguntar isso...”

“Por que? Medo?”

“Lucy Quinn Fabray... essa não é uma maldição qualquer..ela foi perdida com o tempo por ser desacreditada pelos mais jovens. São poucos os que a conhecem e mais poucos ainda são aqueles que acreditam. Meu conhecimento dessa maldição, por mais que você considere grande, ele é limitado por essa descrença. Só conheço uma maneira de dar um fim a maldição. Mas é invasiva, dolorosa para ambas as partes....”

Me remexi incomodada no banco onde havia me sentado e meu coração se apertou ao ouvir isso.

“Como assim?” a pergunta saiu receosa, como se eu não quisesse ouvir a resposta.

“A lenda diz que o único modo de controlar o monstro que estava na mulher e deixar o homem livre de ter seu lobo como prisioneiro em seu próprio corpo foi distanciá-los. Deixando-os extremamente longe um do outro. O problema é que eles eram parceiros e isso foi como a morte para ambos. Parceiros não devem ser separados a força, mesmo quando acontece a morte de um, naturalmente, o outro definha...”

“Isso... isso..quer dizer que..” eu não conseguia terminar a frase. Minha cabeça agora doía e o turbilhão de pensamentos que vinham me deixavam desnorteada. A ideia de me separar de Rachel me deixou enojada. Se alguém me dissesse isso no dia em que eu cheguei aqui, eu com certeza iria embora sem pestanejar, mas agora, depois que eu já sabia de tudo aquilo, eu não tinha coragem de sequer cogitar essa ideia.

“Não sei se é o mais indicado chica, mas é a única solução que eu conheço.”

“Me separar de Rachel? É a única solução?”

“Hija..pense assim...não estou lhe dizendo que é a única solução, e sim é a única que eu conheço. Mas veja, para a parte da maldição que cabe a Rachel, você é um catalizador. Quanto mais perto está, mais forte o monstro para ela vem.”

Aquilo que eu mais temia havia acabado de escutar. Eu era um catalizador. Era eu quem estava dando vazão ao monstro de Rachel.

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Eu saí um pouco desnorteada da casa dos Lopez e nem vi quando trombei de frente com Brittany.

“Ohh olá Quinn..” ela me segurou pelos ombros, pois graças a trombada eu estava prestes a cair. “Tudo bem?”

“Oh..oi Brittany.. me me desculpe por isso.. hum..sim sim está tudo bem..”

“Não parece.. você está quase chorando...”

Nem havia reparado, mas eu senti meus olhos cheios de lágrimas e então passei a mão sobre eles e dei um sorriso um pouco forçado para Brittany.

“Não é nada não Brittany.. é só umas coisas que eu tenho que resolver...”

“Quer ajuda? Eu posso ajudar e convencer a Sant também, até o Lord T. pode ajudar..não precisa sorrir forçado..”

Dessa vez o riso veio naturalmente. Brittany era de uma ingenuidade adorável.

“Não.. não precisa Britt, infelizmente só eu posso resolver isso, mas muito obrigada..”

“Então vou te dar um abraço.. pra pelo menos você ficar melhor”

E antes que eu recusasse senti braços fortes apertarem a minha cintura e um cheiro doce tomou conta do pequeno espaço. Eu meio que amoleci nos braços de Brittany, mas ao mesmo tempo me deu uma tristeza enorme por não saber o que fazer.

“Obrigada Britt.. muito obrigada...” disse quando ela me soltou. Ela deu um sorriso, um beijo na testa e seguida ir para a casa dos Lopez.

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Eu decidi ir falar com a única pessoa que poderia me dar alguma ideia do que fazer naquele momento. E fui andando até o hospital. Era uma bela caminhada mas eu não me importava, teria esse tempo para refletir.

Demorei quase meia hora pra chegar ao hospital, mas como estava entorpecida nem me importei com o tempo. Dei meu nome na recepção como no dia anterior e fui ver Cassandra. Ela estava lendo uma revista quando cheguei. Visivelmente entediada.

“Olha só.. até que enfim alguém se lembrou da enferma.” disse jogando a revista de lado e apontando para a poltrona ao lado da cama para que eu me sentasse. Eu sorri.

“Quanto drama!”

“Não é drama. Não é você que tem que comer essa comida sem sal, olhar para rosto sem graça das enfermeiras.. por Deus! Precisar de ajudar para ir ao banheiro e tomar banho! É ultrajante..”

Ela estava realmente revoltada e eu me sentia pior a cada minuto por saber que eu é quem havia deixado ela naquela situação. Cassandra deve ter percebido algo pois perguntou:

“O que aconteceu Quinn?”

“Eu..fui..conversar com Alma Lopez.. na verdade eu só fiquei lá ouvindo ela falar..”

“E o que ela dizia?”

“Sobre a maldição.. sobre um modo de acabar com a maldição..”

“Ahh Quinn..” Ela falou de um modo triste, como se já soubesse o que eu falaria.

“Você sabe? Sabe o que é?”

“Claro que sei... Alma me explicou em um dos dias que saí e acabei indo conversar com ela. Só não tive coragem de ir contar a você.”

Eu respirei profundamente, tentando não ficar chateada com o que acabara de ouvir.

“Devia ter contado antes. Antes de eu ter brigado com Finn por causa do Noah Puckerman, antes de eu saber que estou com a minha cabeça a prêmio...”

“Como é que é?” perguntou Cassandra com um tom de espanto.

Engoli seco e contei sobre Noah, Frannie, o soco em Finn e sobre o aviso de Leroy. Cassandra ficou nervosa sobre a última parte.

“Sinceramente, só você mesmo pra colocar por um fio um acordo de anos. Parabéns Fabray.”

“Não me venha com ironias Cassandra. Eu fiz o que deveria ser feito e Finn Hudson tem muita sorte de Leroy estar lá ou senão ele seria só história hoje.”

“Bom saber que você preza por gastar seu tempo tentando esmurrar um tapado do que procurar um jeito de salvar sua própria pele. Já sabe o que vai fazer quando sua irmã aparecer?”

“Não.. e estou sem cabeça para pensar nisso agora. Depois do que Alma me disse hoje, não tenho cabeça mais pra nada.”

Cassandra pareceu baixar a guarda e então disse:

“Sinto muito filhote. Sei que a distância é uma opção dolorosa...”

“eu queria que houvesse outra.. isso me daria um pouco de esperança...”

Cassandra então olhou pra mim e arregalou os olhos dizendo.

“Pode haver outra...”


 


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?? Teve Cassie, Noah, até um momento fofo com a Britt e a revelação...por mais que eu saiba q muita gente vai odiar.. HAHAHAH
Allors.. próximo cap.. personagens novos...um pouco mais de drama..e quem sabe uma luz para o dilema da Q..
deixem um review ou qlqr coisa apareçam aqui http://ask.fm/FrancaLouise

P.S.: a quem se interessar escrevi uma oneshot tbm faberry... deem uma olhadinha lá e comentem se puderem
http://fanfiction.com.br/historia/362662/Yellow :