Hunters escrita por Valentinna Louise


Capítulo 2
Capítulo 2 - Transformation Night


Notas iniciais do capítulo

N resisti...aqui o segundo cap..



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Dois dias depois.

“Se prepara Q. hoje é a sua noite!” Disse Puck fazendo um high-Five enquanto eu me olhava no espelho. Naquele dia eu me transformaria, mas até o momento eu não havia visto nada de diferente. Quero dizer, eu vi como Frannie e Puck ficaram antes das transformações. Eles pareciam zumbis: estavam pálidos, sem vida, cansados demais, como se o lobo simplesmente sugasse toda a energia deles. E eu estava ali radiante, mas muito pensativa a respeito disso. Porque eu não estava doente? Puck viu o meu jeito e perguntou.

“Diz o que te aflige loira.” Disse Puck sorrindo de um jeito que eu não sabia dizer se era rindo da minha cara ou se ele estava falando aquilo na malícia.

“Sai pra lá Puckerman. Eu só estou preocupada com uma coisa...”.

“Diga”

“Porque eu não estou me sentindo mal.? porque eu me lembro de como Frannie ficou durante a semana da transformação. Ela parecia que ia colocar todo o sistema digestório pra fora. Foi o mesmo com você, parecia que sua sombra estava mais viva que você. e não foram só com vocês, todos os que se transformaram, a semana anterior foi terrível. Mas eu tô aqui, sem sentir dor alguma. Isso é normal?”

Puck franziu a testa antes de me responder:

“Não sei Q. Minha transformação foi há dois anos e eu me lembro claramente como fiquei naquela semana. era como se meu corpo estivesse incomodado com algo dentro dele. Quisesse tirar por conta própria. Era o meu lobo tentando sair e meu corpo humano se rearranjando para que isso acontecesse. Hey, mas não se preocupa loira, nunca te vi nem com um resfriado! Talvez você não precise dessa tortura física talvez seu corpo esteja preparado pra receber seu lobo sem maiores consequências. Enfim, tô morrendo de fome!” dei um sorriso. Puck realmente sabia me acalmar, mas mesmo com toda aquela explicação eu estava com uma sensação ruim.

“Então vamos descer porque já são quase 18 h e eu não quero desmaiar de fome na frente de toda a alcateia!” Eu respondi.

Atrás da mansão dos Fabray, havia uma enorme clareira. Era o local onde se realizavam as cerimônias da alcateia. A minha família, os Fabrays, eram a alcateia dominante em Cleveland. Aparentemente para a sociedade fora da alcateia éramos uma família normal. Eu estudava no Trinity High e minha irmã estava se preparando para a faculdade. Eu era até Cheerleader. Mas ali, na alcateia nós detínhamos o poder. E naquela noite, poderíamos descobrir um alfa. Era por isso que meu pai estava aflito. Naquela noite eu e mais 2 rapazes nos tornaríamos lobos e eu pai estava rezando para que o novo alfa fosse eu.

Os outros dois eram Sebastian Smythe e Dave Karofsky. Sebastian era um garoto magro, franzino, de olhos verdes com ares de superioridade, ele pertencia a um dos clãs familiares da alcateia, os Smythes. Já Karofsky era um dos Acolhidos, perdidos de sua alcateia original. Ele era alto, corpulento e tinha uma cara insuportável.

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Já eram 23:00 h da noite quando se deu inicio a cerimônia. Estavam todos os clãs reunidos na clareira e o chefe de cada clã vestia um manto característico. O que meu pai vestia era um manto branco com a gola dourada. Os que iriam se transformar naquela noite vestiam mantos cinza.

Meu pai era quem presidia a cerimônia. Ele ficava lá exaltando a força, a audácia e a honra daquela alcateia por ser uma das raras alcateias puras, ou seja, livre de párias. Quando ele falou isso senti os pelos da minha nuca se arrepiarem. Eu sabia o que aconteciam com os párias naquela alcateia, eles eram mortos pelos outros recém-transformados.

Uma taça contendo uma mistura de ervas que amenizariam a dor da transformação foi passada para nós três. Bebemos e logo depois meu pai anunciou:

“É chegada a hora, meus irmãos. Mais 3 jovens lobos se integrarão de forma plena a nossa alcateia. Por favor, peço um representante dos respectivos clãs e um dos Acolhidos, acompanhem nossos jovens para o local de sua transformação. E se preparem bem, pode ser que esta noite conheçamos o nosso novo líder.” Do meu lado Smythe deu um sorrisinho presunçoso e seu irmão o levou, Karofsky saiu acompanhado de uma garota ruiva e para a minha imensa infelicidade foi Frannie quem veio para mim:

“Vamos?” perguntou ela e eu apenas assenti em resposta.

Nós seguimos em direção à floresta e paramos depois de alguns minutos perto de uma pequena clareia. Frannie olhou para o relógio no seu pulso e me olhou, levantando a sobrancelha:

“Faltam apenas 6 minutos para a meia noite, e você está aí de pé como se nada estivesse acontecendo? Tem alguma coisa errada...” Ela também sentiu que havia algo errado, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, um grito animalesco cortou o silêncio.

“Começou” disse ela apenas. Logo depois um segundo grito misturado com um rugido. Eu me arrepiei e senti uma inquietação. Ouvi um barulho: era Puck. Nunca me senti tão aliviada em vê-lo.

“O que faz aqui Puckerman?” Perguntou Frannie com desprezo.

“Vim acompanhar a transformação da minha pupila, Frannie. Agora, por favor, silêncio.” Puck imitou o gesto de Frannie e olhou para um relógio de pulso, mas ao olhar pra mim, ele arregalou os olhos.

“Meia noite.” Eu senti meu sangue gelar. Era meia noite e eu não havia me transformado ainda. Eu me abaixei e me sentei sobre a grama e galhos secos e fechei os olhos, a inquietação aumentou. Então era assim a transformação? Sem dores, só uma inquietação? Continuei com os olhos fechados e senti meu corpo tremer e comecei a suar frio. Senti um formigamento nas mãos, a boca, até nos olhos e um zumbido quase que insuportável nos ouvidos. De repente eu ouvi Frannie dizer baixinho, quase um sussurro:

“Uma pária...”

Nesse momento eu abri os olhos e fiquei tonta momentaneamente enquanto tentava me levantar e só ouvia Puck balbuciar:

“Não... não. Não ela não...”.

E depois o grito:

“MINHA IRMÃ É UMA MALDITA PÁRIA?! VOCÊ SABIA DISSO PUCKERMAN?” Puck balançou a cabeça negativamente. “Sabe o que acontece com os párias nesse clã não sabe? Droga! Eu me preparei a vida inteira para que a minha irmã fosse uma Alfa e agora descubro que ela é uma reles pária??!” o Tom que Frannie usava era cortante e eu não conseguia falar nada em minha defesa.

“Deve ter alguma explicação, Frannie... eu sei que Quinn não pode ser uma pária. Simplesmente não pode nós devemos aguardar e talvez não seja hoje a transformação dela e...” Puck tentou argumentar.

“Calado Puckerman! Não vou esperar tempo algum.” senti uma movimentação estranha e ouvi minha irmã dizer, mas sua voz estava amplificada.

“UMA PÁRIA ENTRE OS TRANFORMADOS. É INDIGNA DE CONVIVER NESSA ALCATEIA E EU FAÇO QUESTÃO DE ELIMINÁ-LA.” E calou-se.

O que veio a seguir foi o que me deu medo. Um uivo altíssimo. Não sei por que, mas tive a certeza que ele vinha do meu pai. Frannie apenas sorriu e deu um salto em minha direção. Na metade do salto ela se transformou e as patas dianteiras dela bateram direto no meu ombro, fazendo com que eu me chocasse contra o chão. Ela rosnou e eu senti uma dor lancinante no ombro. Ela havia me mordido. Ouvi outro rosnado e um lobo castanho escuro apareceu e Puck se colocou a frente dele. Eu travava uma batalha com Frannie, mas estava em desvantagem então juntei um pouco de terra nas mãos e atirei contra os olhos dela. Ela ganiu e se afastou, foi a deixa para que eu corresse. E eu corri em direção à estrada principal. Meu ombro estava me matando além dos hematomas no meu peito e barriga. Eu arfava de dor e nem me preocupava com os galhos que batiam no meu rosto. Eu a ouvi correndo atrás de mim. Frannie era incrível como loba. O pelo castanho claro e a força com que ela me jogou no chão. Mas eu era mais esperta. Consegui despistar Frannie e chegar à estrada. Só não contava com um BMW que vinha em alta velocidade e bateu em mim.


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Notas finais do capítulo

E o que acharam? reviews!