O Outro Lado Da Lua escrita por Marie Caroline
Notas iniciais do capítulo
Eeeeeeeei quantos reviews :D
Super feliz que vcs estão gostando, gente!
É agora que a coisa começa a pegar fogo ajdiajdiajdi
Eu fiquei louca, fiquei louca...
Esse era o pensamento constante em minha cabeça enquanto a garota – que segundos antes era um lobo – encarava-me.
–Quem é você? – ela perguntou de forma brusca.
–A-Agatha. – gaguejei.
–E o que você estava fazendo aqui na floresta? – o jeito que ela me olhou me deu medo.
–Eu... Eu não sei... – abaixei a cabeça, não pude encarar seus olhos intimidadores.
–Como assim não sabe?– Ela cruzou os braços esperando uma resposta minha.
–Olha... Eu não sei tá legal! – eu começava a ficar desesperada. – Eu estava com meu pai em outro lugar completamente diferente e vim parar aqui! – gritei.
–Ei, ei! Calma garota! Não precisa se desesperar! – ela disse.
Eu suspirei.
–Tudo bem, tudo bem. – concordei. – Hã... Você não me disse seu nome.
–É Leah. – ela disse.
Ah não... Era ela... Mas como isso é possível?
–Escuta, você parece bem perdida, então vou levar você para a casa de um amigo. – sua voz ficou estranha na palavra ‘amigo’. – Ele vai saber o que fazer com você.
Ela começou a andar e eu a segui tropeçando.
–Como assim? O que vão fazer comigo?
–Bem, eu não sei. – ele olhava a frente. – Sam que resolva isso. Ele não é o líder? – ela disse de forma debochada.
Caramba... Ela acabou de dizer Sam?
Enquanto corria para acompanhar seus passos rápidos, passei a situação em minha cabeça analisando as possibilidades.
Primeiro: eu podia estar completamente louca.
Isso era possível se levássemos em conta o fato de que eu estava realmente perturbada na semana anterior.
Segunda: Eu bati a cabeça quando caí no buraco e estou tendo um sonho maluco. Papai provavelmente está tentando me acordar e vai chamar os médicos.
Ok, eu posso conviver com isso. É só esperar e daqui a pouco eu vou acordar e tudo vai voltar ao normal.
–E então garota, você mora por perto? – ela perguntou me desviando de minhas especulações.
–Não exatamente. – murmurei.
–Onde? – ela repetiu impaciente.
–No... - pigarreei. – No Brasil.
–O quê? – ela gritou. – E o que está fazendo tão longe de casa?
–Era exatamente isso que eu estava me perguntando. – respondi seca.
Continuamos caminhando e saímos da floresta onde se seguia uma estradinha de terra. Senti uma fisgada no estômago ao ver a placa que dizia La Push.
Chegamos ao fim da estrada onde se encontrava uma casa pequena e desbotada com uma jardineira cheia de flores coloridas. Era um lugar simples, mas parecia adorável.
Leah abriu a porta sem se importar em bater. Adentramos a casa até chegar à cozinha onde encontramos um homem forte e moreno – que eu julguei ser Sam. – e uma mulher jovem que tinha cicatrizes por todo o lado direito do rosto. Tentei não encará-la.
Seus rostos variavam entre surpresa e curiosidade ao me observar.
De repente, a expressão de Sam mudou. Ele olhou para Leah com um olhar cheio de significação.
–Encontrei a garota na floresta – Leah explicou. – E ela me viu... Bem, ela me viu transformada.
Emily pareceu assustada.
–Leah! – Sam censurou-a. – Qual o seu problema?
–A culpa não é minha! – ela pareceu ofendida. – A garota apareceu do nada! E você já deve ter sentido o cheiro dela!
Sam me olhou como se estivesse me notando apenas agora.
–Qual o seu nome? – ele estava sereno novamente.
–Agatha.
–Meu nome é Sam. E essa é minha noiva, Emily. – ele apontou Emily com a cabeça.
Ela dirigiu-me um sorriso tímido.
–Você está bem? Parece bastante abalada... – ele disse.
Funguei.
–Eu estou bem. – Eu não tinha tanta certeza disso, mas não ia preocupá-los à toa.
–Tudo bem... – ele continuou. – Onde você mora?
Essa era a parte perigosa. Como eles iriam acreditar que eu morava no Brasil e viera parar aqui sem nem mesmo lembrar-me de ter feito isso?
–Eu... Eu moro no Brasil. Em São Paulo para ser mais específica. – De repente senti uma tontura, forcei meus joelhos a ficarem firmes.
Ele arregalou os olhos.
–Tão longe! E o que você veio fazer aqui?
–Eu não sei... – eu estava começando a me sentir uma idiota. – Eu não lembro de ter vindo.
A tontura estava piorando. Emily olhou-me com cautela, apenas ela parecia perceber minha repentina fraqueza.
–E você viu a Leah como... – ele não precisou terminar.
–Um lobo? – sussurrei.
–É. – era visível que Sam estava desconfortável em falar de seu segredo a uma garota que ele conhecera há poucos minutos. - Bem, você precisa entender. Há algumas coisas que são meio esquisitas por aqui e, sinceramente, agradeceríamos se você não contasse a ninguém.
–Eu não vou contar. – prometi. – Olha... Sam posso perguntar uma coisa?
Ele assentiu.
–O que vocês querem dizer com meu... meu cheiro? – eu disse sem jeito.
Agarrei-me à bancada da cozinha para não cair. Minha cabeça girava.
–Você está bem? – Emily perguntou.
Leah me olhara com indiferença.
–Só responda a pergunta, por favor. – fixei meus olhos a Sam.
Ele pigarreou.
–Nós podemos... Sentir o cheiro das pessoas. – ele disse isso lentamente, como se esperasse que eu saísse correndo.
Só que eu já sabia tudo isso, estava tudo em meus livros, oras!
–E o seu cheiro, bem, é igual ao nosso.
Disso eu não sabia.
Meus joelhos cederam e eu caí, a última coisa que vi foram os rostos angustiados dos personagens de minha Saga favorita.
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Suspense dandandan daaan ( acho que a músiquinha é assim)
Aaaah mas eu nem sou tão má então vou postar o próximo capítulo *____*