Start Of Something Good. escrita por story4you


Capítulo 18
'' You belong with me ''




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-Lala, vim te dar o ultimo abraço de boa sorte. – a Lu disse, eu me virei e me deparei com o Roberto e uma rosa vermelha.

-Quer ficar aqui comigo, Lu?

-não, vou ficar com a mamãe e com o Ro. Agora ele é meu namorado. – ela o agarrou e ele ficou sem graça.

-Boa sorte. – a voz dele soou fraca, e ele me entregou a rosa.

-Obrigada.

Voltei a aquecer a voz, e não consegui parar de sorrir.

A diretora, por fim, começou a falar sobre o programa, o prêmio e anunciou a primeira pessoa. Aline, do 3° ano, uma loira aguada que se faz de coitada, mas que é mais esperta que não sei o que, dançando pole dance. Depois veio a dupla do ano: Melissa e Pedro, com uma atuação de bosta. Foi um menino fazendo teatro de marionetes, do 1° ano e depois veio eu.

Entrei com a cabeça erguida e a Luiza gritou ‘linda’ bem na hora. Fiquei com vergonha ao avistá-la, pois ela estava sentada no colo do Roberto que estava com cara de RG.

-Vamos cantar You Belong with me, da Taylor Swift. – minha voz saiu fraca mas começaram aplaudir, o que me fez dar pulinhos internos.

Cantei com todo o meu coração, como se eu tivesse mandando uma mensagem pro Roberto. Olhei o tempo todo pra ele, além de andar pelo palco e fazer gestos estranhos. Eu sinceramente estava empolgada, excitada com a reação do publico. Eles estavam amando e alguns cantavam comigo, ou gritavam meu nome, linda ou você já ganhou. Cantei ainda mais com o coração.

-Espero que você tenha entendido a mensagem Roberto. – disse ao fim da musica, depois dos aplausos que voltaram e com mais força. Alem dos gritos de e aí Robertão, todos vindo da platéia. Sorri, agradecemos e fomos para a coxia.

Ainda havia mais três pessoas para se apresentar, mas não conseguia pensar em nada. Ficamos conversando, emocionados com o nosso desempenho. Abracei a todos e agradeci loucamente.

-você ficou louca? – uma voz que eu conhecia bem soou nervosa atrás de mim.

-Roberto eu não tive tempo de te responder no hospital, então...

-Sem mais, Laura. O que você fez foi terrível. – percebi que os meninos estavam saindo de fininho.

-é Laura, terrível. – a Vaca da Melissa disse.

Meus olhos começaram a marejar, mas eu segurei as lágrimas com força. O Roberto me puxou para fora do local, onde só estávamos nós dois.

-desculpa, ok? Mas não sabia outra forma de demonstrar. Foi como nos tornamos amigos e depois namorados. Era a única forma de você me ouvir. – comecei a chorar.

-não chora! – ele falou rudemente. – vai estragar a maquiagem. – ele falou depois com um tom doce, limpando as minhas lágrimas.

-eu te peço, fique até o fim. Se eu ganhar, vai ter outra epístola, mas não direi seu nome, apenas a entenda e vê o que você decide. O que você decidir será a minha decisão também, pode ser?

Ele me olhou com compaixão e voltou para o teatro, e eu para a coxia. A Julia me abraçou na hora que me viu, me parabenizou e tentou me acalmar.

-é com muito prazer que anuncio o vencedor da competição. – a diretora falou e então nos unimos como uma corrente. Fechei os olhos, pensei em Deus, no meu pai e na minha mãe, no Roberto, na minha vida e em como ela é melhor que qualquer conto de fadas. – Laura, do 2°ano do ensino médio.

Começaram a gritar, tanto os meninos, como a platéia. E quando subimos no palco, agradecemos, reverenciamos mil vezes e nos abraçamos, um abraço em grupo.

-quero agradecer muito, mesmo. A Deus, primeiramente, por ter nos dado essa opuortunidade de mostrar nosso trabalho. Aos meus pais, por terem me dado a vida e a minha Luiza que me incentiva mais do que tudo. E eu quero dizer, que o premio será dado como presente a Julia, essa bolsa quem merece e ela. – ela começou a chorar e pegou o papel onde estava escrito o valor da bolsa. Depois da gritaria do pessoal voltei a falar. – como forma de agradecimento, vamos cantar outra musica. Podemos diretora?

-claro, minha querida. O Palco é seu.

-vamos cantar tomorrow, do Chris Young.

Novamente cantei olhando pro Roberto, que na metade da musica saiu do lugar onde ele estava. Sumiu. Quase chorei, mas mantive a postura de vencedora, feliz por estar ali.

Saímos e fomos ao estacionamento, alegres, saltitantes como nunca. Vi o Roberto, encostado no carro, a Julia falou pra eu ir até ele e não hesitei, apenas tomei coragem, ergui a cabeça e fui.

-Depois do que eu te pedi você teve a capacidade de sair?

-houve um problema que eu precisava solucionar, sinto muito.

-sempre uma desculpa, né Roberto.

-você não acredita em mim?

-gostaria muito. – disse num tom triste e abaixei a cabeça.

-vocês vão comemorar?

-eles vão, eu ia.

-ainda bem, porque quero te levar em um lugar.

-não vou com você a lugar algum.

-Para com frescura! Eu quero você, é a única certeza da minha vida! EU TE QUERO. Quer que eu soletre?

-não. Só quero te dizer que é recíproco, que você é tudo o que eu quero, mas vou fazer outra coisa.

-Não vou admitir isso. Não quero que você escape de novo, não vou deixar isso acontecer. – ele olhava profundamente nos meus olhos, aqueles olhos lindos e misteriosos penetraram meu coração e me amoleceu.

O beijei, como se fosse o ultimo minuto da minha vida. Foi bom, foi perfeito, foi o que eu sempre quis. Depois nos abraçamos forte, senti seus braços me envolverem (que estavam mais fortes por sinal), senti seu cheiro doce, o melhor perfume que eu havia cheirado. Ele estava suado, e seu cabelo molhado, eu fazia carinho nele enquanto ele me apertava minha cintura.

-acho que to sem ar. – eu falei

-é que eu te amo demais, sabe? A saudade era tanta que... Por que você me deixa tão doido assim? – ele apertou minha bochecha rindo e depois voltou a me beijar.

-você é muito chato. Não sei como sobrevivi sem isso.

-tava difícil te ver e não te beijar sabia? Seu beijo é o melhor do mundo.

-você deve dizer isso pra todas.

-todas antes de você, porque eu não conhecia o seu.

Apenas sorri. Sei que pra muitos pode parecer conversa fiada, mas pra mim pareceu a coisa mais linda do mundo.

Entrei no carro do Ro e ele começou a dirigir rapidamente. Não parei de sorrir nenhum momento. Se eu não estava sorrindo eu ria com as palhaçadas dele. Estava tocando o Cd do Fernando e Sorocaba e ele cantava como um doido, pra eu rir mais ainda. Sua voz desafinava, pois ele forçava muito, ele estava até vermelho.

-Ro, na praia? – fiz uma cara de desanimo.

-ah amor, praia é tudo que há.

-eu não quero ficar na praia, eu nem to com biquíni.

-verdade. Ah, vamos pra sua casa então! Sua mãe disse que não estará lá, então vamos ficar a sós, um momento perfeito não acha?

-minha casa, ah minha humilde casa. É pra lá mesmo que vamos.

Ele voltou a dirigir e chegamos super rápido em casa. Mas do nada ele começou a falar gritando comigo, como se eu tivesse com um pouco de surdez, olhei estranhamente pra ele, que falou mais alto ainda.

-SURPRESA! – gritaram e começaram e pular em cima de mim.

Olhei pro Roberto que se inclinava pra trás de tanto rir da minha cara de susto ao ver tudo aquilo. Mal pude acreditar em ver meus primos, tios e tias, vô e vó, alguns colegas e até amigos do Roberto (gente que eu desconheço até), todos me parabenizando por ter vencido o concurso, como se fosse a coisa mais esplêndida do mundo.

Pra mim é, claro, mas não achei que seria motivo de orgulho pra família inteira... Pô, só foi um concurso escolar, mais nada.

-me tira daqui! – falei pro Roberto, que estava roxo, pois não parava de rir de mim. – é serio, Roberto.

-amor, ta tudo lindo, olha isso. – ele encostou na parede, colocou a mão no bolso e eu quase cai pra trás, de tão lindo que o meu NAMORADO é.

-foi idéia sua não foi? – deu um tapa no braço dele.

-claro, né! Sua mãe é minha Best friend forever.

-eu vou matar vocês dois. – o abracei.

-te amo, Lalala.

-te amo mais.


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