Start Of Something Good. escrita por story4you


Capítulo 16
''Às vezes a distância ajuda''




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A cada dia que passa percebo que a vida sem alguém do lado é muito difícil. E o que piora a minha situação é saber que o Roberto pensa o mesmo, sente o mesmo. Mas fazer o que? Meu orgulho é maior.

Suscitei para algumas coisas com isso. Superei medos. Fiz coisas novas. Mudei. Cresci. Estou diferente, e como dizia o Nx zero ‘muita gente me diz, que não sou o mesmo, mas nada parece igual’.

O Roberto ainda está com a Pâmela, mesmo que a Julia diga que ele não a suporta e que ele ainda me amo. Conheci novos meninos, alguns ate tentei algo, mas sempre que beijo alguém lembro do Roberto, fico nervosa e decido que não quero mais nada da minha vida, mas logo mudo de idéia quando vejo outro alguém, e é como um ciclo sempre me arrependo e blabla.

O ruim é que isso me faz ficar com vários meninos, tentando esquecê-lo e fazendo como vingança. Não era assim, nunca ficava com ninguém e isso estava me frustrando.

 Sempre vejo o Roberto e a sua namoradinha babaca, que eu não gosto nem de lembrar o nome, andando pela rua, ou na praia. Abaixo a cabeça, ameaço a chorar e a força volta com tudo. Fico forte, bravia e querendo vencer. Então fico com alguém.

Me troquei pra ir na praça, como despedida do Antonio, um amigo meu que partiria para o intercambio em menos de 2 dias. Coloquei uma blusa de frio de lã, jeans e all star. Passei uma maquiagem básica e fui me encontrar com o pessoal.

Decidi levar a Babi pra eu não ficar só no meio dos meninos. Estávamos conversando, animados e ao mesmo tempo tristes, pois o Ton é importante em nossas vidas. Conheci o Amaral, um amigo do Ton que sinceramente é muito bonito, mais que o Roberto.  

Ele veio se aproximando de mim, tentando fazer amizade e sempre jogava indiretas. Mas o Roberto, por mera coincidência do destino, apareceu na mesma praça, com os meninos. No momento quis ficar com o Amaral, mas fiquei sem jeito. Eles estavam com violões e me chamaram pra cantar e acabamos nos juntando, fazendo um grupo só.

-canta quero ser teu sol, do Jorge e Mateus. – o Ton falou.

-não, não. Canta a gente nem ficou deles, é mais legal. – o Amaral opinou.

-essa Laurita é badalada mesmo, ein. – o Jonas falou e o Roberto o repreendeu. Fiquei sem graça.

-Canto as duas.

Eu falei e comecei a cantar, não sabia pra onde olhar nem como agir. no meio da musica que o Ton pediu, o Roberto atendeu o celular e ficou um bom tempo falando no telefone. Depois que ele o desligou, falou algo no ouvido do Jonas, que so deu de ombros, nem ligando muito pro que ele havia falado, o que deixou o Roberto um pouco irritado, mas o Jonas nem ligou, com isso o Roberto me fitou com olhos e eu me mostrei ser poderosa, o que nunca pensei que faria... Éramos feitos um para o outro, né?! Fiquei analisando, ele saiu de carro e o Jonas continuou tocando.

Logo depois ele chegou com quem eu mais temia em ver. A Pâmela estava vestindo um short que parecia uma calçinha de tão curto, uma regata de zebra e um salto enorme preto.

Decidi me aproximar do Amaral, fiquei falando que eu estava com frio e ele começou a me tratar com carinho, enquanto o Roberto nos imitava para me irritar, TENTAVA não ligar, mas é impossível ver o amor da sua vida fazendo aquilo com outra, sendo que ele fazia o mesmo com você um tempo atrás.

Ficamos cantando por um longo tempo, varias musicas, de vários ritmos. Todos curtindo, menos o casal brega. Até que algo revolucionário aconteceu.

-to sem idéia pra musica agora. – eu ri.

-canta Mine, da Taylor, já que você a ama tanto. – o Roberto disse e abraçou a Pâmela um pouco mais forte.

-obrigada pela ajuda.

Comecei a cantar e lembrei de um dia quando ele disse que esse era a nossa musica, pois a musica retrata um pouco do que vivemos, um pouco do que somos. Cantei e não parei de olhar pra ele, mesmo com o Amaral me abraçando. A Pâmela em contra partida me fuzilava e eu não me intimidei, e fiz mais ainda, propositalmente.

Paramos de cantar depois dessa musica, pois eu estava quase sem voz. Comecei a conversar com o Amaral, ou melhor, com o Victor. Contei meus desejos e minha perspectiva de vida. Ele ouvia atentamente e depois mudamos o posto, então ele me contou sobre.

Ficamos. Nos beijamos muito, até a noite acabar. Foi bom, não ótimo, afinal não foi com quem eu queria. Fiquei sem graça, pois vi que todos me observavam, não sabia como lidar. Decidi ir embora pra não ter problemas.

Dei um tchau geral e fui indo em direção a minha casa.

-você quer uma carona? – o carro do Roberto parou ao meu lado, me deixando assustada.

-não tem necessidade. Obrigada!

-a noite está fria, Laura... vai ser pior ir a pé.

-tudo bem, você venceu.

Entrei no carro e vi que ele estava só. Ficamos calados por um tempo e percebi que ele estava desviando do caminho da minha casa.

-onde você esta indo? – gritei.

-vamos conversar. Quero ouvir a mesma coisa que você disse pro coitado do menino.

-por que?

-você está diferente, não é a mesma de um tempo atrás.

-tudo mudou, Roberto. Não sei se você sabe.

-me diga uma coisa.

-meus sentimentos por você.

-me diz algo que mudou em mim. – ele ficou abatido, mas não se deixou levar pelo o que eu falei.

-você dizia que nunca voltaria com a Pâmela. – fiz uma voz engraçada para imitá-lo, e então continuei. – E agora está com ela, se comendo em praça publica e tudo mais.

-nada a ver.

-não? Bem, se você diz quem sou eu pra negar, mas da pra você me levar pra casa?

-eu tenho saudades de você, Laura.

-se sentisse minha falta não estaria com aquela vaca. – falei e olhei como se tivesse dado o checkmate.

-eu tento esquecer você com ela.

-não interessa Roberto. Entenda que tudo acabou.

-você dizia que não queria viver sem mim e olha agora pra você! você fala como se adorasse estar solteira. Quem é você, Laura? Não é a mesma que eu conheci.

-não interessa pra você quem sou eu, sou uma nova pessoa, outra mulher.

-acho que não quero te conhecer mesmo. – ele falou e foi para a minha casa, um caminho mais rápido até.

-obrigada. – falei rudemente e bati a porta do carro, que saiu bem rápido sem ao menos me esperar entrar em casa.

Será que eu mudei tanto assim?

No dia seguinte haveria ensaio. Fui na maior empolgação, mas os meninos estavam com cara de cocô. Não entendi o motivo, mas ensaiamos numa boa.

Perguntei pra Ju depois do termino, e ela me disse que foi porque eu fiquei com o Victor na frente do Roberto. Quase surtei falando que ele fica com a namorada dele e eu não reclamo, ela me apoiou, mas disse que não poderia fazer nada. Alem de que o Roberto contou sobre a nossa conversa, o que piorou a situação.

Fiquei amedrontada, pois com isso ele não iria mais na apresentação e assim arruinaria o meu plano de me declarar pra ele, mas quem sabe isso é melhor a se acontecer pra mim?

O tédio chegou e ficou estabilizado na minha casa como se fosse meu melhor amigo. Fui ver se a Luiza estava bem no quarto. Fiquei a observando brincar e percebi que a historia dela era baseada na minha. Havia um Roberto, a Laura e Pâmela. Fiquei emocionada, e comecei a chorar.

Percebi que não sou eu mesma sem o Roberto ao meu lado e se eu quisesse reverter esse quadro, na altura do campeonato, deveria lutar muito. Foi o que eu decidi fazer.


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