Simples Acaso escrita por Gabs Black


Capítulo 4
Colégio Capital.


Notas iniciais do capítulo

Olá amoras!
Desculpem-me pela demora, mas é que ultimamente não tenho tido tempo para nada!
Enfim, esse capitulo está meio monótono, mas serve para explicar mais ou menos como é a escola, Katniss e Peeta ainda não se conheceram, mas vão se conhecer em breve, prometo.
Boa leitura!



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Peeta Mellark.

­─ Eu já disse que não vou! ─ esbravejei.

As duas semanas já haviam se passado, e nesse momento eu estava dentro do carro de meu pai, indo para o aeroporto.

Claro que eram esforços inúteis eu ficar gritando, por que visto que meu pai já havia feio minha matricula, comprado meu uniforme e materiais, e comprado a passagem de avião, não havia mais volta, eu teria mesmo que ir para essa prisão.

Decidi ficar em silencio, não havia mais nada a ser feito.

Depois de alguns minutos de carro chegamos ao aeroporto, eu desci do carro e comecei a caminhar para dentro, visto que já estava atrasado.

Coloquei minha mala na esteira e me virei para meus pais, minha mãe parecia que iria explodir em lagrimas a qualquer momento, e meu pai mantinha a mesma expressão dura de sempre.

─ Vou sentir saudades, mãe. ─ falei indo abraçá-la, e pude sentir suas lagrimas silenciosas molhando minha camiseta.

─ Eu não queria que você fosse filho, mas você não me dá alternativa. ─ ela choramingou.

─ Tudo bem, eu sei que não foi idéia sua. ─ falei, com frieza estampada na voz.

─ Tenha um bom ano letivo. ─ falou meu pai.

─ Não precisa tentar se agradável pai. ─ falei.

─ Peeta... ─ minha mãe protestou.

Nesse momento uma voz feminina ecoou pelo aeroporto:

─ Ultima chamada, vôo 156, São Francisco-Califórnia.

─ Estou atrasado! ─ falei ─ Vejo vocês daqui um mês ─ então virei as costas e comecei a caminhar em direção a sala de embarque.

Eu estava me odiando por simplesmente não sair correndo dali, mas sei que se fizesse isso era capaz do meu pai desistir de me mandar para essa escola e me mandar direto para um reformatório.

Visto o quanto ele está cansado de mim não acho nem um pouco impossível.

Depois de alguns longos minutos todos nós já estávamos acomodados dentro do avião, eu peguei meus fones e comecei a ouvir musica para que o tempo passasse mais depressa.

Eu adormeci rapidamente depois que o avião levantou vôo.

─Moço? Moço? ─ uma voz feminina chamou, cutucando-me no ombro.

─ Sim? ─ respondi, abrindo lentamente os olhos.

─ Nós chegamos. ─falou a mulher alta e loura, que eu presumi ser uma aeromoça.

─ Ah, obrigado. ─ falei, me levantando e pegando minha bagagem de mão.

Logo eu estava andando pelo amplo aeroporto de São Francisco, pensando aonde diabos eu iria.

Pensei em chamar um taxi, mas eu não sabia onde a tal escola ficava, nem o nome dela eu me lembrava.

Cansado de andar sem rumo decidi sentar e esperar que alguma ajuda caísse do céu.

Depois do que eu pensei serem horas, uma mulher de cabelos cor-de-rosa e maquiagem extravagante apareceu, segurando uma placa em que estava escrito: Peeta Mellark.

Eu me levantei e lentamente caminhei até seu encontro, assim que cheguei a sua frente ela me encarou com um sorriso nos lábios.

─ Você é Peeta? ─ ela perguntou docemente.

─ Gostaria de não ser. ─ respondi mau-humarado. ─ Mas essas coisas a gente não se escolhe né?

Ela riu.

─ Posso ver sua carteira de identidade? ─ ela perguntou.

Oh Deus, será que essa louca está achando que eu estou tentando me passar por mim mesmo? Bom, uma pessoa querendo se passar por mim e ir para esse colégio horrível só poderia ser louca.

Tirei minha identidade da carteira e entreguei à ela.

─ Claro, claro... ─ ela resmungou me entregando a identidade ─ Sabe como é né, o Colégio Capital tem o Maximo de segurança, por isso não podemos correr o risco de intrusos entrarem ─ piscou.

Revirei os olhos e a segui, enquanto saiamos do aeroporto.

Pegamos um taxi que estava estacionado ali na frente.

─ Oh, eu nem me apresentei. ─ ela disse depois de um tempo. ─ Effie Trinket, prazer.

Eu sorri falsamente e disse. ─ Peeta Mellark, prazer.

Depois de falar isso vi que havia sido uma completa idiotice, por que ela já sabe meu nome.

Conforme nós andávamos eu ia percebendo que estávamos saindo cada vez mais da cidade.

Otimo, além de tudo vou ter que estudar em um sitio.

─ Já estamos chegando. ─ ela falou, como se lesse meus pensamentos.

─ Claro.. ─ murmurei.

Enfim chegamos à um grande prédio, havia um grande portão imponente bem na entrada e no meio dele, estava escrito em letras clássicas de ferro grosso: Colégio Capital.

Effie saiu do carro e me puxou para fora, o taxista pegou minha bagagem e depois do portão se abrir para nós, entramos.

Na entrada, logo após o portão, havia um grande jardim com grama verdinha, algumas arvores, flores e bancos. Passamos direto, em direção a porta de entrada.

Eu observava cada detalhe o lugar que de agora em diante seria meu lar.

Não demorou muito para que chagássemos à uma sala ampla e muito bem arrumada e limpa, impecável. Olhei para a mesa que havia no meio do aposento e vi uma pequena placa de madeira com os dizeres: Diretor Snow.

Então esse é o nome do velho que eu vou levar a loucura, pensei rindo internamente.

─ O diretor Snow logo chegara. ─ falou Effie.

Nós esperamos algum tempo, até que um homem anormalmente baixo chegou, ele tinha os cabelos brancos, e um forte cheiro de rosas e sangue.

Tudo bem, isso foi um pouco neurótico.

Cheiro de sangue? Só pode ser loucura da minha cabeça.

Ah não ser que o velho psicótico ai goste de comer carne crua.

─ O senhor entendeu? ─ o velho me perguntou.

Só ai percebi que ele estava falando algo para mim.

─ Ah, claro, claro. ─ me apressei em concordar.

Effie caminhou até a porta e ficou olhando para mim, como se esperasse.

─ Venha! ─ ela exclamou depois de alguns segundos em que eu fiquei parado, fitando-a.

Acho que sair da sala fazia parte do que o diretor me disse e eu não prestei atenção.

Chegamos novamente ao hall de entrada da escola, onde uma garota loura esperava sentada.

─ Madge. ─ Effie chamou, e a garota veio até nós sorrindo.

─ Esse é o novo aluno, senhora Trinket? ─ a garota perguntou.

─ Sim. Deixo nas suas mãos a partir de agora. ─ falou ela, então virou-se para mim. ─ Essa é a Srta. Undersee, ela é a atual presidente do Grêmio estudantil, vai te levar para conhecer a escola, e ensinar algumas regras também, nós vemos mais tarde.

─ Hum, então, Srta. Undersee. ─ comecei, porém ela me interrompeu.

─ Só Madge, por favor. ─ pediu rindo.

─ Ok, Madge. ─ falei.

─ Então, siga-me. ─ ela disse, entrando por uma outra porta. ─ Bom, vamos começar com os dormitórios, nós temos doze.

─ Há tão poucos alunos assim? ─ perguntei, confuso.

Ela riu.

─ Na verdade não são doze dormitório, são doze distritos, como nós gostamos de chamar.

─ Não entendi. ─ falei.

─ É simples, cada distrito fica em um andar, de acordo com seu respectivo numero, no térreo ficam as quadras de esportes, as salas de aula e o refeitório. Cada distrito tem uma ala para dormitórios femininos, dormitórios masculinos e uma sala de estudos, a partir das nove horas da noite, todos nós temos que ir para nossos distritos e não podemos sair de lá.

─ Entendo...

─ Bom, meninos não podem ir ao dormitório das meninas e vice-versa, por isso de vez enquanto alguns funcionários fazem rondas pelos distritos, mas isso quase nunca acontece. ─ ela disse.

─ Interessante... ─ falei sorrindo maliciosamente, mas ela não percebeu.

─ Bom, eu só preciso confirmar com Effie, mas tenho certeza de que você ficara no distrito doze, pois é o único que ainda não está completo, que ir dar uma volta lá? ─ ela perguntou.

─ Claro.. ─ respondi.

Então nós nos dirigimos à um pequeno elevador.

─ Pelo menos não são escadas. ─ comentei.

─ Você é que teve sorte, à dois anos atrás ainda não havia, mas em compensação as pernas das meninas do doze eram torneadas devido aos lances de escadas que tínhamos que subir todos os dias. ─ ela comentou e eu ri.

─ Qual distrito você é? ─ perguntei

─ Doze. ─ ela disse.

Logo o elevador chegou e nós entramos. Olhei para os botões e eles iam até o treze.

─ Por que há um andar de numero treze? Não há só doze distritos? ─ perguntei, enquanto ela apertava o botão com o numero doze.

─ Bom, o distrito treze é um mistério para os alunos, jamais foi aberto. ─ Madge comentou.

─ E ninguém nunca foi lá? ─ perguntei.

─ Muitos já foram, mas nunca mais voltaram. ─ ela disse com uma voz que fez com que os pelos da minha nuca se eriçassem.

─ Você ta brincando, né? ─ perguntei com um pouco de medo na voz.

Ela olhou para mim e soltou uma gargalhada.

─ Sim. ─ ela disse ainda rindo. ─ você deveria ter visto a sua cara.

Bufei. A porta do elevador se abriu. Logo de cara chegamos à uma grande sala com computadores, televisão, mesas, sofás e pufes.

─ Aqui é a sala de estudos, mas é mais para relaxar mesmo, e fazer trabalhos em grupo as vezes. ─ ela disse, mas eu não estava interessado.

─ Me responde sério, ninguém nunca foi no andar treze? ─ perguntei.

─ Claro que todo mundo já foi, mas a única coisa que vemos é uma grande porta fechada, nada mais, fora que lá é bem escuro, da um pouco de medo.

Eu sorri, talvez minha estadia aqui não fosse tão monótona quanto eu pensei que fosse.




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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Novamente agradeço ao Kevin pelas dicas sobre os dormitórios/distritos! *-*
Deixem reviews,
beijos