Prostituta Do Governo escrita por Leticia, Lari Rezende


Capítulo 35
Os fantasmas do passado


Notas iniciais do capítulo

Eu postei os de hoje e mais um dia. Agora só falta eu compensar mais um dia. Como hoje já teve muitos capítulos eu vou compensar amanha.
Não esqueçam de deixar reviews.
Quem puder divulgar eu fico grata.
Boa leitura :3



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Eu estava no cemitério vendo o caixão de Pedro ser enterrado rapidamente enquanto uma fina chuva caia sobre meus ombros molhando meu vestido preto.
Joguei uma rosa no caixão enquanto minhas lagrimas caiam descontroladamente.
Estávamos eu e o coveiro vendo o caixão ser enterrado. Apenas eu e ele.
Fiquei extremamente magoada ao saber que nem Douglas e nem o pai viriam ao enterro de Pedro.
Assim que recebi a noticia do orbito de Pedro liguei imediatamente para Douglas que simplesmente disse:
-Mando flores qualquer dia desses.
Desliguei o telefone na cara daquele filho de uma puta com muita raiva.
Deixei o cemitério naquela tarde muito abalada.
Voltei para o apartamento e me senti uma grande estranha. As toneladas de jornais que eu havia comprado foram para o lixo, os livros eu doei para a biblioteca publica da cidade que ficou muito feliz ao receber o grande lote de livros novos e os CDs eu distribui em varias caixas de sapatos e espalhei pelas ruas na esperança de que quem achasse fosse feliz ouvindo as musicas preferidas de Pedro.
Naquela noite não consegui dormir direito e no pouco que dormi tive pesadelos estranhos com a figura diabólica do ceifeiro.
Na manhã seguinte fui até um mercadinho de uma rua próxima e comprei uma carteira de cigarros e um cartão de orelhão. Andei até encontrar um telefone publico, coloquei meu cartão no local indicado e disquei os números do telefone residencial da casa de meu pai.
Três anos haviam se passado desde a última vez em que eu tentei falar com ele.
Depois de três toques de espera uma voz feminina atendeu ao telefone.
-Alo – disse eu – é da residência dos Batistas?
-Sim – respondeu a voz do outro lado da linha – quem é?
Respirei fundo um pouco aflita.
-Sou eu – respondi – Jessica.
-Meu Deus... – sussurrou a voz do outro lado da linha.

Fiquei pouco mais trinta minutos falando com Silvana no telefone.
Nos primeiros dez minutos ela me xingou descontroladamente por eu ter pego suas roupas e maquiagens escondido, nos outros dez ela me xingou por ter deixado todos extremamente preocupados comigo e nos outros dez ela me xingou e me culpou pelo atual estado de meu pai.
Meu pai não estava muito bem. Aliás, ele não estava nada bem.
Falei rapidamente com Silvana sobre meus planos e ela decidiu me ajudar. Depois de desligar o telefone tirei o cartão e o coloquei novamente, disquei alguns números e esperei dois toques de espera e logo uma mulher atendeu.
-Lia? – perguntei – é a Jessica.
Ela pareceu preocupada.
-Tudo bem Jessye? – perguntou ela.
-Não – respondi – Pedro morreu e eu estou com um serio problema.
-Que problema é esse? - perguntou aflita.
-Eu preciso voltar para casa – respondi.
Marcamos de nos encontrar. Aproximadamente trinta minutos depois estávamos eu e Lia num barzinho próximo ao Drink’s Bar.
Expliquei a ela sobre a morte de Pedro e sobre a urgência da minha viajem de ida à casa de meu pai.  Conversamos brevemente e partimos para as despedidas. Eu não sabia ao certo quando eu voltaria a vê-la.

Lia havia sido uma grande amiga.
Voltei para o apartamento e fiz minhas malas rapidamente fechei a porta e guardei a chave no bolso do meu jeans. Passei no banco e saquei um dinheiro que eu tinha na minha conta, fui ao aeroporto e por sorte consegui um voo para o inicio daquela noite.
Meu coração estava acelerado.
Eu estava voltando para encarar os fantasmas do passado.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?