Gakuen Hetalia: Uma Nova Aventura escrita por Deusa Tsukihime


Capítulo 10
Separação


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, meus amigos e amigas! Vos trago mais um capítulo de Gakuen Hetalia. Espero que gostem desse capítulo, ele está cheio de emoções ♥~
Acredito que semana que vem o capítulo XI atrasará, já que a minha amiga e beta Shakinha, está cheia de provas x__X~ E eu também, daí complica um pouco. Mas não irei deixar a fic muito tempo sem atualização, não acho justo com vocês leitores.
Boa leitura!



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A Academia estava silenciosa demais, sendo que era uma segunda-feira que começava. Alguns alunos não teriam aulas pelo fato de alguns professores estarem hospitalizados, recebendo glicose na veia. Parecia que a alta cúpula da diretoria também não estava nada boa, e tudo por causa de uma estranha bebida de frutas servida na festa de Halloween.

- As coisas estão bem desertas por aqui. – Eslováquia comenta com Áustria, os dois eram os únicos presentes na aula de Política Internacional.

- Estou dizendo isso a você desde ontem, só pode ter sido coisa do louco do Prússia. – Responde Áustria.

Eslováquia e Áustria estavam saindo da sala de aula quando escutam um aluno aparentemente vendendo fotos da festa de Halloween. Ele dizia que havia algumas bem comprometedoras.

- Vamos lá, Áustria! – Eslováquia fica curiosa sobre as fotos, mesmo tendo presenciado as loucuras da festa ao lado de Áustria que não concorda com a atitude de Eslováquia.

- Não há nada nessas fotos que não vimos ontem, Eslováquia. Vamos aproveitar que não teremos aula e vamos tomar um chá na lanchonete.

- Ahhh... Eu fiquei curiosa... – Lamenta Eslováquia e, de repente, o aluno que vendia as fotos chama por ela.

- Hey, você é amiga da Sérvia, não é? Tenho fotos que podem interessar a você... – O rapaz parecia bem satisfeito com a popularidade de suas fotos e pelo visto estava lucrando bem.

- O... O que a Sérvia fez? – Pergunta a violinista preocupada.

- Ela não fez nada, mas o namorado dela saiu da festa abraçado com duas mulheres. – O rapaz mostra a foto de França junto com Seychelles e Bélgica.

Eslováquia pega a foto e fica surpresa com ela, por isso que não achou França na festa quando ela e Áustria chegaram ao salão. O importante também era saber onde Sérvia havia ido, já que não estava na festa também.

- Q-Quanto quer por todas as cópias que tem dessa foto? – Pergunta Eslováquia séria e Áustria fica preocupado com aquela ação da moça.

Já no dormitório masculino, Sérvia aproveitou que não teria aula de Economia para poder tentar achar o França, que ficou desaparecido ontem a festa inteira, deixando-a preocupada.

 “França... O que será que aconteceu? Se não fosse pelo Alemanha eu...”  Enquanto caminhava pelos corredores do dormitório masculino, Sérvia se lembrou de tudo que passou com Alemanha na festa, aqueles pensamentos deixam as maçãs do rosto dela levemente coradas. – Ahh... O que eu me peguei pensando...

Sérvia ri timidamente e é surpreendida por República Tcheca saindo de um dos quartos. Ela estava vestida com uma blusa social azul escura larga e um short igualmente largo, os cabelos estavam desarrumados e ela estava sem os óculos.

- Amiga? – Sérvia chama por República Tcheca. – O-O que houve com você?

- Shh... Fala mais baixo Sérvia, minha cabeça está me matando e meu corpo está todo dolorido...

- S-Se eu não me engano, República Tcheca, esse aí é o quarto do Inglaterra... – Sérvia começa a ficar com as bochechas ainda mais rubras.

- Ora, não fiz nada do que você já fez... Haha... – República Tcheca responde bem humorada, deixando Sérvia ainda mais surpresa. Ela conhecia a amiga e sabia que ela nunca acordava de bom humor.

- B-Bom, é melhor ir se arrumar para as aulas. O engraçado é que a Academia está bem vazia... – Comenta Sérvia.

- Você não está se sentindo estranha? – Pergunta República Tcheca.

- Não. Por sorte o Suíça me alertou do ponche batizado, então eu não bebi nada na festa. Só estou preocupada, pois o França sumiu e não o vi mais... – Sérvia parecia preocupada.

- Ahh, então vai olhar no quarto dele mesmo, vai ver passou mal, né? – Incentiva República Tcheca, sem saber da surpresa desagradável que a amiga encontraria. Por fim, quando Sérvia já ia girar a maçaneta do quarto de França, chega Eslováquia apressada acompanhada de Áustria.

- E-Eslováquia... – O austríaco pegava um pouco de fôlego. Haviam percorrido uma distância considerável correndo. – Não faça isso...

- Sérvia!!! Não entra no quarto do França, por favor!!! – Eslováquia alerta Sérvia que fica sem entender o comportamento da amiga. República Tcheca também estranha a irmã.

- O-O que houve Eslováquia? – Pergunta Sérvia apreensiva.

- Irmã, você tá bem? – Pergunta agora República Tcheca confusa.

- Só faça o que eu digo, Sérvia... Depois te conto tudo.

- Como assim, Eslováquia? – Questiona Sérvia – Eu ainda não entendi o motivo de não entrar no quarto do França... Estou preocupada, ele sumiu da festa ontem e...

- Deixe ela ir, Eslováquia. – Uma voz vinda de trás de Áustria chama a atenção dos quatro ali presentes no corredor do dormitório masculino.

- R-Rússia... – Áustria fica um pouco assustado.

- Não, pare Rússia! – Pede Eslováquia com os olhos aflitos.

- Afinal, o que está acontecendo aqui? – Sérvia estava preocupada e Rússia se aproxima dela.

- Rússia! – Chama República Tcheca – Não faça nada desnecessário com a Sérvia, senão você vai se ver comigo!

Rússia olha para República Tcheca com indiferença e continua se aproximando de Sérvia. Ele fica na frente dela e gira a maçaneta da porta do quarto do França que parecia estar destrancada.

- Rússia, não faça isso!!!! – Grita Eslováquia que corre até os dois, mais Rússia a repele, segurando-a com apenas uma mão.

- Sérvia, veja com seus próprios olhos, como você foi enganada novamente por um homem. – Rússia tinha um olhar malicioso e Sérvia entra no quarto de França, se deparando com uma cena que a deixa pálida, os olhos bem abertos em sinal de descrença, o queixo dela tremia.

- F-França... – Sérvia mal conseguia falar diante da cena, França estava totalmente nu, abraçado à Seychelles igualmente nua. O quarto estava todo revirado, com peças de fantasias espalhados pelo chão e também havia algumas garrafas de vinho jogadas pelo quarto. Tais vinhos foram presentes de Sérvia para França. Era uma cena deprimente.

República Tcheca, Eslováquia e Áustria se aproximaram para ver a cena e ficaram sem reação diante daquilo.

Rússia olhava tudo com um certo prazer. Ele se aproxima novamente de Sérvia e assopra algumas palavras ao pé do ouvido dela. – Estarei esperando para quando você despertar.

- A-Acho melhor a gente tirar a Sérvia daqui... – Comenta Áustria, constrangido.

- R-Rússia... Seu maldito! – Eslováquia estava bem irritada e resolve ir atrás do russo que já estava saindo do corredor.

- Calma Eslováquia! – República Tcheca a segura pelo braço. – Primeiro precisamos cuidar da Sérvia...

Sérvia ainda permanecia no mesmo local, sem esboçar nenhuma reação. Parecia petrificada. De repente, ela começa a caminhar para dentro do quarto, se aproxima da cama onde estavam Seychelles e França e pega o relógio despertador que França deixava sobre o criado mudo.

De forma rápida e precisa, Sérvia arremessa o relógio no espelho que havia no quarto, causando um grande barulho e fazendo com que França e Seychelles acordem assustados. Aquela reação surpreende Áustria, seguido por Eslováquia e República Tcheca que voltavam ao quarto.

- Ahhhh, o que é isso? – França dá um pulo da cama e Seychelles também, eles se olham assustados e depois olham para as quatro pessoas presentes no quarto.

- S-Sérvia... – França fica assustado e Seychelles sorri. – O que...

- FRANÇA SEU DESGRAÇADO, VOU ARRANCAR SUA PELE!!! – Grita uma furiosa República Tcheca.

- Seychelles... Sua vadia... – Eslováquia estava sendo segura por Áustria que nada dizia, apenas dirigia olhar de repressão a França e Seychelles.

- C-Calma... Eu... Eu fui enganado e... Docinho balcã... – França estava desesperado e começa a apanhar alguma coisa para cobrir sua nudeza, percebendo que Sérvia estava vindo em direção a ele. A moça de cabelos negros caminha até o espelho despedaçado e pega um pedaço do vidro.

- Eu vou matar vocês... – Sérvia tinha a voz fria e totalmente diferente de sua habitual voz gentil e amigável. Em um movimento rápido, ela pula em cima de França e Seychelles com o pedaço de vidro, mas acerta o travesseiro da cama.

- Ahhhhhh!!!!!!!!!! – França grita assustado e pula para o outro lado da cama, sendo que Sychelles já havia feito o mesmo e já estava fora do quarto. Ela conseguiu desviar de República Tcheca, Eslováquia e Áustria.

- VOLTA AQUI SUA VADIA!!! – Eslováquia se solta de Áustria e vai atrás de Seychelles e, com uma agilidade fora do normal, derruba a morena no chão.

- ME SOLTA, SUA LOUCA!!! – Grita Seychelles.

Aquela confusão toda começou a chamar a atenção de curiosos, entre eles um Inglaterra descabelado e apenas vestindo um short largo. Os rapazes do dormitório comentavam o que estava acontecendo e depois de algum tempo chegam Prússia, Hungria, Alemanha, Itália e Japão.

- O que está acontecendo aqui? – Pergunta Hungria confusa. Ela havia passado a noite no quarto do Prússia.

- Ahh, parece que a Sérvia pegou o França com a Seychelles, alguma coisa assim... – Comenta um dos alunos e Alemanha fica assustado. Ele temia que um dia isso acontecesse, principalmente por que viu França sair da festa acompanhado de Seychelles e Bélgica.

Já dentro do quarto de França, Sérvia ainda segurava o pedaço de vidro e tentava atingir França. As lágrimas que escorriam dos olhos de Sérvia pareciam não ter fim, suas mãos que seguravam o pedaço de vidro estavam sangrando e ela chorava compulsivamente enquanto tentava acertar França que também chorava, desesperado, com medo e arrependido.

- Desculpa... Meu amor... Calma... – Ele pedia. – V-Vamos conversar, a Seychelles me enganou e eu... Eu bebi demais e...

- Você me traiu... Você me usou – Eram as únicas coisas que ela dizia.

República Tcheca não sabia o que fazer, estava com tanto ódio de França que preferia deixar Sérvia acabar com ele, mais as coisas não podiam ficar daquele jeito. Áustria já havia saído do quarto, estava preocupado com o que Eslováquia podia fazer, e o tumulto lá fora começava a ficar ainda maior. Parecia que Eslováquia estava batendo em Seychelles.

Eslováquia havia imobilizado Seychelles no chão e aplicava-lhe socos fortes, fazendo a morena gritar por ajuda. A cada grito dela, a eslava aumentava os socos, arrancando sangue do rosto da outra.

- Eu sabia que você iria fazer algo contra a Sérvia!! Nunca fui com sua cara, sua vagabunda! – Gritava Eslováquia fora de si. – Você não sabe... Não sabe pelo que a Sérvia já passou, como se atreve!!!

- Eslováquia, pare com isso!!! – Hungria chega correndo até o local onde as duas brigavam e tenta impedir Eslováquia.

- CALA A BOCA!!! – Eslováquia grita com Hungria e dá um soco na boca do estômago da moça, que desmaia tamanha a força.

- HUNGRIA!!! – Prússia e Áustria correm até o local e tentam conter Eslováquia que continuou a bater em Seychelles.

- AJUDEM AQUI!!! – Chama Áustria, ele foi até Hungria enquanto Prússia segurava Eslováquia e a tirava de cima de Seychelles.

- VOCÊS, DEIXEM DE ASSISTIR E FAÇAM ALGUMA COISA!!! SEUS IDIOTAS!!! – Grita Inglaterra que tentava passar pela multidão, a fim de alcançar o centro da confusão. O inglês percebeu que Alemanha já estava na frente, indo em direção ao quarto de França. Atrás do alemão estavam Japão e Itália.

- C-Como está a Hungria? – Pergunta Prússia que segurava Eslováquia, ainda descontrolada, tentando se livrar dele.

- Ela está desacordada, irei levá-la até a enfermaria. Precisamos levar a Seychelles também, ela está muito machucada. – Fala Áustria, aflito e assustado.

- Ahh... – Seychelles gemia de dor no chão.

- Japão! Itália! – Chama Alemanha. – Levem Seychelles até a enfermaria, eu vou entrar no quarto do França.

- S-Sim... – Itália e Japão respondem juntos. Eles estavam um pouco assustados com a situação, mas obedecem Alemanha e vão ao socorro da garota que estava com o rosto sangrando e vários hematomas.

- Sérvia... Pare amiga, já chega!!! – República Tcheca chamava por Sérvia, mais era em vão, ela continuava a se machucar com o pedaço de vidro, tentando acertar França.

- República Tcheca!! Saia daí!! – Alemanha chega ao quarto e logo depois dele chega Inglaterra que já chega querendo tirar República Tcheca do quarto.

- Vamos. Vai ficar mais difícil com você aí. – Inglaterra fazia muito esforço, mas finalmente tirou República Tcheca do quarto de França. Ele a abraçava para acalmá-la e ela agora chorava.

- M-Minha amiga está sofrendo... E eu não posso fazer nada...

- Calma... Calma meu amor... O Alemanha está lá, ele vai dar um jeito na situação. – Inglaterra se sentia impotente, não sabia como confortar República Tcheca.

- D-Docinho balcã, me escute!! – França agora estava encurralado em um canto do quarto e Sérvia se aproximava dele com o pedaço de vidro.

- N-Não se preocupe... Eu irei com você... – Sérvia tinha os olhos opacos e uma expressão desesperada no rosto, as lágrimas dela aumentavam de intensidade a cada instante.

- JÁ CHEGA!!!! – Alemanha grita e imobiliza Sérvia agarrando-a por trás, ele em um movimento rápido e habilidoso usa uma das mãos para desarmar a garota. – Você não precisa sujar suas mãos com um cafajeste como ele, Sérvia...

- A-Alemanha... – França suspira aliviado, o alemão havia chegado na hora certa.

Sérvia parecia ter se petrificado novamente e, vendo que a moça havia parado de se debater, Alemanha a solta.

- Sérvia... – O alemão chama por ela, mais ela não responde, apenas dá meia volta e sai do quarto. As pessoas que assistiam a cena se afastam um pouco assustadas e a moça segue para fora do dormitório, deixando pingos de sangue por onde passava. Sua mão estava bem machucada.

- Ahhh, Alemanha, você me salvou!! – França agradece aliviado ao alemão. – Do nada deu a louca na Sérvia e você...

- Desgraçado. – Alemanha não deu tempo de França terminar sua frase e aplica um soco na cara do francês, que caí no chão, assustado.

- A-Alemanha... – França volta a ficar assustado, mais antes de poder dizer mais alguma coisa ao Alemanha, esse já se dirigia para fora do quarto.

A confusão envolvendo França, Seychelles, Sérvia e Eslováquia havia se espalhado pela Academia. Todos contavam um versão diferente, era o assunto do momento.

- Caramba! Eu queria ter visto isso. – Comenta América.

- Eu estou surpreso aru, não imaginava que isso fosse acontecer. – China estava perplexo com tudo. Ele e América estavam indo até a enfermaria ver como estavam Seychelles e Hungria e ao chegarem à porta do centro de enfermagem da Academia, se deparam com uma discussão entre Eslováquia e Áustria.

- S-Sua descontrolada! – Gritava Áustria, muito nervoso, para a surpresa de China e América. – Tem ideia do que você fez? Sabe o quanto machucou a Seychelles?

- Cala a boca! Você nem está preocupado com a situação! Aquela vadia sempre armou contra a Sérvia, você não sabe de nada! – Replica Eslováquia também irritada.

- Você precisa medir seus atos, não é desse jeito que as coisas funcionam. E quem mandou sua amiga namorar o mulherengo do França? E ainda mais, como você pôde machucar a Hungria? Ela era inocente, só queria parar aquela cena vergonhosa!

- Ahhh... – Diz Eslováquia de forma cínica. – Estava demorando a você colocar sua queridinha no meio da história. Eu sei que você está todo nervoso assim por causa dela, está pouco se ligando para a Seychelles, não é?

- É CLARO QUE SIM, EU A AMO!!! – Grita Áustria um pouco já fora de si. – SUA LOUCA, DESCONTROLADA!!

- SEU IDIOTA, FROUXO!!! QUER SABER?? VAI LÁ E LEVA OUTRO FORA DA SUA QUERIDINHA, BABACA!!! – Eslováquia também estava fora de si.

- SUA... – Áustria em um movimento inconsciente dá um tapa no rosto de Eslováquia e aquilo já faz com que América e China corram até o casal.

- Áustria!!! O que você fez ?? – Pergunta China em tom de desaprovação. – Ela é uma mulher, não se deve bater em uma mulher!!!

- Eslováquia, você está bem? – Pergunta América, preocupado.

- Eu te odeio... – Eslováquia retribui e dá um tapa na cara de Áustria. – Você sempre continuará um cego. – A voz de Eslováquia estava trêmula e lágrimas começam a descer de seus lindos olhos azuis. Ela dá meia volta e vai embora, deixando América e China preocupados e um Áustria surpreso.

Os boatos na Academia estavam fora de controle, República Tcheca e Inglaterra eram a todo instante interrogados por curiosos. Aquilo já estava deixando a moça de óculos no limite de sua paciência e, percebendo isso, Inglaterra aconselha que os dois fiquem no quarto dela até a situação melhorar um pouco, mas o inglês sabia que seria difícil. Essa confusão ainda ia dar o que falar, principalmente sobre qual seria a reação da Diretoria da Academia sobre o incidente.

- Me preocupo com as meninas. – Comenta República Tcheca. – Tudo está conspirando para nosso passado querer assombrar nossas vidas.

- O passado de vocês... Isso quer dizer que há envolvimento do Rússia, certo?

- Sim, Iggy... Tudo começou quando a gente foi dominada pelo Rússia, mas... Mas isso não importa, não vou falar disso.

- Como não? Preciso saber de toda a situação pela qual passaram, Ret... – Inglaterra insiste em ouvir a história, mais República Tcheca continua a negar.

- Não envolve apenas a mim, mas sim todos nós... Não é algo fácil de lembrar e comentar por aí. As coisas foram muito mais terríveis do que qualquer coisa que você imaginar. – República Tcheca tinha o tom de voz sério e os punhos cerrados, era nítida sua irritação e se Inglaterra continuasse, era capaz dele sofrer as consequências de se irritar uma mulher tão cheia de atitude, como era a República Tcheca.

A cabeça de Sérvia ainda estava um caos, as coisas foram acontecendo de forma rápida e sem pausa. Os machucados de suas mãos pareciam nem doer tamanha adrenalina que ainda percorria o corpo dela.

 “Como as coisas foram acabar assim? Tudo acontecendo novamente...”  Pensava Sérvia, que ainda tinha lágrimas escorrendo pelo rosto. Ela estava tão aprofundada na cena que presenciou que nem percebeu a aproximação de uma pessoa.

- Sérvia... – Era Alemanha que a chamava. Ele havia acertado em procurá-la na ampla sacada que havia na Academia, onde um dia ela, Sérvia, foi até ele, levando uma delicada caixa com Plunder-Rosinenschnecke caseiros. Alemanha percebeu que a moça não o havia ouvido e ele decide, por fim, sentar-se ao lado dela, agora conseguindo a atenção da moça.

- A-Alemanha... – Sérvia vira o rosto em lágrimas para fitar Alemanha. Os olhares se cruzam e o alemão conseguiu sentir toda a dor que ela estava passando.

- Eu trouxe isso aqui... – Alemanha mostra uma pequena caixa de primeiros socorros. – Temos que limpar suas mãos e estancar o sangue...

Sérvia não se pronuncia, apenas leva as mãos trêmulas para perto do alemão que analisa a situação e faz uma careta.

- Mãos tão hábeis na cozinha não podem permanecer nesse estado. Muito menos uma dama, vestida em sangue... – Alemanha se referia ao estado do uniforme de Sérvia, ele estava com manchas de sangue. – Vamos limpar primeiro esses cortes.

Sérvia apenas observava o cuidado e habilidade do Alemanha em fazer os primeiros socorros, ele era muito delicado também, fazendo de todo o esforço para ela não sentir dor. As lágrimas dela pareciam diminuir a intensidade, assim que Alemanha enfaixa as mãos dela. Terminado os primeiros socorros, Sérvia continua muda, apenas suspirando e encarado as mãos enfaixadas.

- Sérvia, eu... – Alemanha tenta deixar o clima menos desconfortável, mais era difícil até mesmo para ele falar algo. É então que Sérvia subitamente vira o corpo em direção ao alemão e o abraça. As mãos dela seguravam com força o blazer dele. Agora era a vez de Alemanha se calar e ficar sem reação.

- Será que eu fiz alguma coisa errada? Será que não fui uma boa namorada? – Enquanto Sérvia falava, as lágrimas que pareciam ter acabado, voltam com muito mais força do que antes. Para Alemanha, parecia que uma bomba havia caído sobre ele, sentia um misto de ódio e desespero. Sua única reação foi aprofundar o abraço de Sérvia, enlaçando os braços na cintura dela e a trazendo para mais perto. A moça esconde o rosto no peito do alemão e abafa o choro.

- Já chega Sérvia, você não fez nada de errado... Não fique assim, por favor. Eu vou te proteger...

Os dois permanecem naquele abraço por um longo tempo. Para os dois, tudo ao redor havia parado. Ela só queria se sentir protegida e ele só queria tê-la ao seu lado. Para Sérvia, Alemanha era um amigo inestimável e, para Alemanha, Sérvia estava muito mais além de uma amiga. Era ela agora, mais do que nunca, seu tudo.


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Notas finais do capítulo

Glossário:
Plunder-Rosinenschnecke - Doce típico alemão preparado com massa em formato de caracol, recheado com uva passa e decorado com listras de açúcar de confeiteiro.



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