Tears escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 70
Recordações




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Capítulo 70 – Recordações.

 

POV da Bella

 

- Bella? – Uma voz doce me chamava. EU tinha tido um sonho bom, um sonho do qual eu não queria acordar.

- Bells? – Outra voz me chamava. Droga.

- Droga.

- Acho que ela está de mal humor. – Era Will a dona de uma das vozes. – Juro que não entendo essa garota.

- Bells?

- Humm... – Murmurei me espreguiçando na cama. – O que está... o que... que... ontem...

- Ela está meio confusa ainda. – Will murmurou de novo. – Eu sei o que vocês aprontaram aqui. Eu vi você colocando aquele feitiço, Bella...

- Alguém pode me explicar o que está acontecendo? – Charlie entrou no quarto. – Porque tanta movimentação aqui?

- Para tudo! Quem não está entendendo sou eu. – Eu disse me sentando na cama.

- Amor?

 

Edward me encarou. Os olhos dele tinham o mesmo tom de castanho que eu tinha em minhas íris. A mão dele estava pousada sobre minha perna, havia uma aliança ali. Olhei para minha mão esquerda e vi o anel que foi de Elizabeth Masen, minha verdadeira nora, por assim dizer. Willow sorria muito, meu pai parecia irritado e Edward, ah, o Edward... ele sorria torto daquele jeito que abalava geral.

 

- Isabella Swan Cullen. – Ele disse novamente. – Não vai dizer algo para seu marido?

- Ma-mari-ido?

- Bella...

- OMG. – engasguei. – OMG.

- Pronto. Agora é que ela não fala mais nada. Isso logo passa. – Will falou de novo, rindo.

- Edward você... você lembrou, Edward!!!

 

Agarrei-o pelo pescoço e abracei-o forte. Deixei que minhas lágrimas rolassem, senti as mãos de Edward acariciando meu cabelo como sempre fizeram, eu sentia o aroma refrescante emanando de sua pele e, principalmente, eu me sentia inteira. Eu pude respirar e pude sorrir. Eu não precisava esconder que o amava incondicional e irrevogavelmente como eu tinha afirmado anos – ou não – atrás. Eu não precisava fingir que não conhecia cada membro daquela família, porque era o oposto. Eu os conhecia, eu os amava.

 

- Eu te amo, minha Bella. – Ele sussurrou e me beijou levemente.

 

Meu pai pigarreou.

 

- Desculpe, pai. – Eu ri. – Ah, eu não acredito que funcionou. Quando funcionou?

- Ontem a noite. – Will riu. – Foi muito engraçado o Charlie chegar e ver você dormindo com o Edward. – Ela gargalhou alto. – Enfim, quando cheguei aqui, vocês dois dormiam profundamente, não sei explicar o que houve. É... mágica.

- Amo toda essa mágica. – Eu ri.

- Bem, a Alice já ligou aqui trinta e sete vezes esta manhã...

- Oh céus. – Murmurei.

- Acho melhor irmos até lá. – Edward revirou os olhos.

- Ah, não sabe como estou me sentindo... isso é... é tão... bom!!! – Exclamei pulando da cama.

- Fico feliz que seja lá o que for que vocês dois aprontaram... – Meu pai fez uma cara de desconfiado. – tenha dado certo. Essa garota não parava de chamar por você a noite, Edward.

- Ah, é tão bom que tudo tenha voltado ao normal! – Exclamei de novo.

- nem tudo, você vai ter que refazer o colegial...

- Ah, não brinca... – Eu disse irritada.

- veja pelo lado bom... irmãzinha... – Will me abraçou. –Eu posso fazer o colegial de novo, vou ter uma formatura, Alice vai se divertir fazendo outro casamento e... o melhor. Você vai poder ficar em Forks.

- OMG. – Engasguei de novo. –É verdade!

 

Sai do quarto e corri para o banheiro. Me troquei bem rápido e arrumei meu cabelo em um rabo de cavalo, peguei meu celular e desci as escadas. Senti uma leve tontura quando cheguei na cozinha, mas Edward me pegou antes que eu pudesse cair. Meu pai bateu uma vitamina reforçada e eu tomei, junto com as torradas que Edward tinha preparado.

 

- Hum... – Mordi a torrada. – Alice vai surtar.

- É, mas sua saúde em primeiro lugar. – Meu pai riu. – Alice pode esperar. Eu acho. Aliás, se importam se eu for junto?

- Claro que não, pai. – Eu sorri. – Assim que eu terminar de comer, nós vamos para a casa dos Cullen.

- Sua. Casa. –Edward corrigiu. – Você é minha esposa... bom... vai ser de novo.

- È, o povo da cidade tem que ter algo para comentar. Mais um casamento... Omg.

- Podemos dar um jeito nisso. Que tal algo simples. Afinal, de papel passado... – Will riu. –Vocês já estão.

- Ok, então sem casamento. Eu já sou muito bem casada.

 

Assim que eu terminei de comer, Will fez questão de lavar a louça. Claro, lavou a louça abanando as mãos e... num passe de mágica, elas se lavavam sozinhas. Chega a ser irônico, mas enfim... peguei meu casaco no hall e entrei em minha Chevy. Edward dirigiu, numa das raras vezes, sem forçar o motor dela. Meu pai foi com Will na viatura. Quando chegamos a casa branca, Alice já quicava impaciente na varanda.

 

- Você vai explicar tudo! – Ela disse fazendo biquinho.

- Alice, depois. – Edward falou. Nós entramos na casa e todos estavam reunidos na sala. Até parece que nos esperavam.

- Posso falar agora? – A baixinha perguntou impaciente.

- Pode, Allie.

- Ah, Bellinha, você quase me matou com as visões que tive de você. Como você pode fazer aquilo comigo? Sabe como fico com dor de cabeça quando não entendo minhas visões, eu estava quase enlouquecendo aqui, daí então na escola vejo o Edward abraçado com você no bosque e então vejo ele rosnando... sabe que eu quase nos expus para tentar salvar você? Eu achei que ele fosse cometer algum deslize. Você quase me matou! – Ela finalmente parou.

- Alice, primeiro: Você não morre e não fica com dor de cabeça.

- AH, deixa que eu continuo. Segundo: Agora vocês se lembram de nós! Como foi por aqui?

- De repente começamos a lembrar de algumas coisas... – Carlisle falou. – Então, lembramos de tudo.

- C’e magique! – Emmett fez um biquinho e imitou um francês. – Ah, Bellão, vem cá! – Ele me deu um daqueles abraços de urso.

- Bella. Você me ama? – Alice começou. Eu sabia que ela ia fazer alguma chantagem. Eu conhecia aqueles olhos.

- Amo, Allie.

- Então porque?

- Porque não, Allie. Não precisamos de mais. Um já está ótimo.

- Do que estão falando, meninas? – Esme perguntou.

- Alice quer fazer outro casamento. – Charlie respondeu.

- Mas não é preciso. Alice, não adianta, essa vez não vai rolar. – Eu ri.

- Tudo bem... – Ela disse derrotada. – Mas isso não me impede de usar você e Will como cobaias.

- Hey! – Rose resmungou.

- Tudo bem. Eu e Rose usamos vocês de cobaia.

- Ok. Vocês venceram. – Will respondeu.

- Hum... – Alice murmurou. – Nos vejo jogando beisebol. Alguém topa? o/

- Porque pergunta, se sabe a resposta? – Retruquei. – Hey, pai! Você nunca viu um jogo de beisebol como este. Ta afim de ir?

- Vai se interessante. Quer companhia na arquibancada?

- Perfeito!

 

Supermassive Black Hole – MUSE, Live Stadio Wembley

Supermassive Black Hole – MUSE, OFFICIAL VIDEO

 

(N/A: Coloquei duas versões dessa música porque eu AMO MUITO O MUSE E ELES SÃO DEMAIS... A primeira é ao vivo no stadio de Wembley em Londres, adoro, é bem legal, se escolherem ela, comecem ouvir com vinte segundos. A segunda é o vídeo clipe normal. Divirtam-se!)

 

Dessa vez, Edward, Will, Eu e meu pai fomos com o hammer do Emmett. Os outros resolveram correr. Alice era mais confiável que meteorologistas, então, provavelmente – com certeza – uma tempestade de raios e trovões estava vindo por aí e, com certeza cairia sobre a campina. A chuva cairia sobre a cidade. Nós paramos em um pequeno descampado, que dava perto da campina, então, andamos o resto do caminho por uma trilha. Quando chegamos, todos já estavam se aquecendo... como se precisassem.

 

- Preparado para ver um joguinho diferente, chefe? – Emmett perguntou rindo, então correu até o outro lado do campo.

- Alice, não vem ninguém por aí né? – Eu ri.

- Não, relaxa. Não vejo nada. – Ela sorriu.

- Bella, que tal animarmos um pouquinho? – Will riu alto.

- O que as duas pretendem? – Esme perguntou.

- Há. – Meu pai gargalhou alto. – Me impressionem!

- Você quem pediu! – Will riu mais alto. – Ei, que tal começarmos?

- Os trovões ainda não começaram? Faltam dez minutos. – Alice falou.

- Vão começar. - Eu murmurei.

 

Will e eu andamos para um lado mais afastado de onde meu pai estava. Nós demos as mãos e nos concentramos naquilo que queríamos. Então, o céu escureceu, as nuvens começaram a mudar de lugar com o vento forte, então, o silencio tomou conta do lugar, dando espaço para uma grande faísca azul e brilhante que cortou o céu, eu sentia o vento passeando pelo meu corpo, me erguendo levemente. Me senti a ‘Tempestade’ dos X-Man.

 

- É, está na hora! – Alice disse antes de arremessar a bola, que voou, invisível, até Rosalie, que rebateu.

 

Rose correu em direção a primeira base a sua frente, Edward correu em direção á floresta – eu sabia que ele iria pegar a bola – e meu pai, olhava surpreso. Ele ria alto ao meu lado, Esme apenas acompanhava sua gargalhada. Segundos depois, Esme pegou a bola, um segundo antes de Rosalie chagar a base.

 

- Out! – Falei para Rose.

- Essa vez, eu não vou ser chata com você. – Ela riu e passou por mim.

- Out!! – Emmett gritou.

 

Então, foi a vez de Carlisle – meu sogro-vampiro-médico – entrar no jogo. Ele pegou o taco, balançou um pouco e esperou que Alice lançasse a bola, com extrema perfeição. Ele rebateu e correu pelas bases. Emmett olhou para  bola e correu em direção a ela, saltando no ar. Edward fez o mesmo. Eles se chocaram no ar, ao memso tempo que um trovão soou. A bola caiu e Carlisle chegou na base novamente.

 

- Tinha que ser você!! – Emmett falou alto.

- Ah, não enche! – Edward retrucou.

 

Jasper veio a base e se preparou para rebater. Alice esticou suas mãos para o alto, abaixou-as, deixou sua perna reta e então arremessou. Jazz rebateu e correu pelo campo. Emmett foi em direção á uma árvore e escalou-a com uma rapidez incrível, pegando a bola e arremessando-a de novo. Esme pegou.

 

- ‘My monkie man.’ – Rose sibilou sorrindo.


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