Tears escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 50
Ápice de uma existência


Notas iniciais do capítulo

Hey, galera do hall da Tears aqui no nyah! shaushuahs
Postd e última hora, boa noite, comentem e anonimos.. venham para a luz!

Beijoos!
New moon! Tananam~



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POV de Edward



- Cara, a Will tá mal... - Emmett murmurou tão baixo que só eu pude escutar.

- Eu sei. - Respondi. - Mas ela não nos diz o que está deixando-a assim.


Willow era nossa amiga, que morava conosco quando sua irmã - a menina branca, de cabelos castanhos - tinha ido embora por causa do trabalho. Na minha mente e na mente dos meus irmãos, pais e de Sookie e Bill, eu via Willow, mas haviam espaços vagos... lacunas, que precisavam ser preenchidas.


- Will... - Alice falou. - Por favor, nos diga o que te deixa triste.

- Desculpe, Allie. - A loirinha falou. - Não posso. Mas não se preocupe, isso é... momentâneo. Tenho certeza que logo vai passar.

- Tudo bem. - Alice me lançou um olhar duvidoso e saiu.


Algum tempo mais tarde, enquanto Emmett jogava xadrez com Jasper, Alice estava sentada na banqueta do piano, olhando uma partitura em algumas folhas. Eu me sentei ao lado dela e repassei essas mesmas folhas. Eu não conhecia aquela melodia, mas eu sabia que eu a tinha escrito. Passei meus dedos pelas folhas, até que encontrei um pequena anotação, que servia de título: "Bella's Lullaby" - canção de ninar da Bella.

Aquele nome me era familiar. Eu não podia esquecer, eu sabia que havia algo ali, que me impedia de tentar lembrar. Então, num impulso súbito, comecei a tocar a tal canção. Todos vieram escutá-la; Esme sorria, Alice olhava para o nada... os outros não tinham noção do que se tratava.



"Eu não passarei de uma lembrança..."


As palavras rondavam minha mente. Havia uma voz, havia um par de olhos, havia um cheiro. Minha memória de vampiro pela primeira vez em anos estava falha, aquela era a lacuna; aquela música me fazia enxergar que faltava algo. E voltei a tocar a melodia, a fim de tentar me lembrar de algo que pudesse preencher esse espaço, mas nada acontecia.

Mas eu tinha certeza de uma coisa. Alguém me esperava. Alguém precisava de mim naquele momento.


POV de Bella


Hoje estava difícil. Damon perguntava á todo instante o porque de eu não estar tão calma quanto ontem, mas lá no fundo eu sabia o porque. O feitiço tinha perdido o efeito, eu não tinha aprendido a controlá-lo por completo. Era tão mais fácil se Edward estivesse aqui. Será tão mais fácil quando eu puder refazer o feitiço em mim mesma...


"Bell..." Willow sibilou em minha mente. "Você está triste..."

"Sim, o feitiço perdeu o efeito. Só vou conseguir refazê-lo em voz alta, mas Damon irá desconfiar..." Murmurei mentalmente. "Estou indo para Seattle, mas não sei para onde de lá. Promete ficar aí?"

"Bella, tem algo que precisa saber..." Ela sibilou séria. "Edward eAlice estavam no piano. Eles encontraram a pauta da sua melodia e Edward começou a tocar. Ele murmurava algo com Alice sobre uma voz na cabeça. Bell, ele vai se lembrar."

"Não vai Willow. Eu deixei bem claro, eu não vou deixar." Murmurei séria."Eu vou dar um jeito Will. Eu vou dar um jeito."

"Por favor, cuidado. Bella..." De repente, eu senti uma mágoa grande em meu peito, apertando meus pulmões, me impedindo de respirar. Essa era a tristeza de Willow. "Tome cuidado. Por favor."

"Vou tomar." Então, acordei subitamente. Damon estava com o carro parado em algum lugar perto de um lago.  Ele me encarava.


- Então a senhorita fala quando dorme? - Eu gelei, com aquelas palavras.

- Falei o que, exatamente?

"Eu vou dar um jeito Will." - Ele fez uma imitação quase perfeita da minha voz. - Quem é Will? Quem é ele?

- Ah, não posso nem ter pesadelos agora?! - Eu disse meio ignorante. - Hellow! Estou com um vampiro que quer me sequestrar e planeja me matar, você acha que vou sonhar com anjinhos tocando arpa?!

"O feitiço perdeu o efeito." - Ele falou de novo. E eu gelei de novo. - Escute aqui, garota. Eu tentei, mesmo ser cordial com você. Com quem você acha que está lidando?


Damon segurou minha mão e meus pulsos, me machucando. Eu tentei gemer e mostrar a ele que aquilo me machucava, mas era impossível. Pelo jeito, meu fim estava próximo; a cordialidade havia acabado. Eu via nos olhos dele, que ali tinha raiva, isso era claro. Ele ouviu alguma coisa á mais do que eu fala com Willow. Damon estava desconfiado. Mas foi por justamente ele ouvir a parte do feitiço, que eu acreditei que ele acharia que era maluquisse.


- Eu não vou falar de novo. É bom que me ouça bem. - Ele rosnou. - Minha paciência tem limites, Isabella Swan.

- Acredite, a minha também. - Eu disse seca.


Eu me levantei da cama e segui até a porta da - suposta - cabana. Quando a abri, eu vi um longo gramado e, um pouco mais longe, um lago. Haviam bancos de madeira na beirada do lago, uma pequena cabaninha - quase caindo. Eu reconhecia aquele lugar, eu reconhecia aquele gramado e aquela pequena cabana.


- Charlie!


Eu disse num tom de voz baixo. Era isso! Aquela era a cabana que Charlie me trazia para pescar quando eu era pequena e passava os verões aqui. Pelo menos vou morrer num lugar conhecido. Murmurei mentalmente. Então corri até o lago. Quando parei, senti Damon ao meu lado. A respiração dele estava próxima ao meu pescoço.


- Um cheiro delicioso... daria uma boa taça de vinho. - Ele disse em meu ouvido. - Achei que aqui seria um lugar interessante para matar você. Na beira de um lago. Onde Victória reuniu nosso pequeno exército.

- Claro... tudo pela Vic. - Murmurei. - Eu te entendo.

- preparada para morrer, Isabella Swan?

- Na verdade, sim. Mas antes eu te mato! - Eu gritei.

- Como se isso fosse possível! Como uma mera humana pretende me matar? - Damon gritou e depois começou a rir desencontradamente.


Eu aproveitei a chance e me desvencilhei dos braços dele. Havia tudo o que eu precisava ali. Me virei e encarei o vampiro de olhos - agora - vermelhos. Eu ergui uma de minhas mãos e estiquei na direção de Damon, que ainda ria. Me lembrei do momento em que Willow tinha me ensinado uma nova forma de controlar o ambiente a minha volta.

Estendi minha mãe e deixei que meus poderes percorressem todo meu corpo. Até a ponta dos meus dedos. Me fixei em uma árvore, me lembrei das raízes. Desejei que todas pudessem me ouvir agora e que elas pudessem realizar meu pedido. Então eu senti como se isso fosse possível:


- Peguem-no! - Eu gritei!

- Mas o que... - Damon parou de rir, quando algumas raízes saíam debaixo da terra e começavam a subir pelos pés dele. Enraizando-se pelas canelas. - O que é você? - Ele perguntou atônito.

- Eu sou aquela que está entre todas as espécies. - Eu disse seca. - Minha espécie é o ápice de uma existência, minha espécie é o motivo do eriçar dos pelos dos lobisomens e o motivo do frio voltar a percorrer sua espinha.

- Háháhá! - Ele riu, então se soltou.

- Nem pense em fugir! - Eu gritei. Estiquei minhas mãos e as mesmas raízes começaram a correr com toda velocidade no solo, finalmente agarrando as pontas dos pés. Damon tropeçou.

- O. Que. Você. É?! -Ele gritou novamente.

- Feiticeira. - Murmurei.


Damon começou a se debater junto as raízes e depois soltou-se novamente. Não tive tempo de pensar, ele me pegou primeiro. Quando me dei conta, havia uma névoa que cobria a grama da margem do lago; o olhar dele estava frio; os olhos inteiros pretos e eu me sentia esquisita. Foi então que senti uma força me jogando para longe.


- Você não vai mais usar suas visões comigo, Damon! - Gritei. - Obscurus... Mentallius!!! "Você não sabe onde está, você não sabe onde está, você não sabem quem é!" - Tentei confundí-lo. Aquilo pareceu funcionar por alguns instantes. Tentei pensar rápido, mas eu ja não conseguia. - "Apareça diante de mim, me empreste o seu poder!"


Ergui minhas mãos para a direção do lago. Fiz toda a força que podia, até que senti meu poder se esvair pelos meus dedos. As pétalas de flores que normalmente me cercavam, agora tinham um tom vivo de roxo. Elas estavam espalhadas por todos os lados, e cercavam o grande ser que ser erguia do lago.

Ele tinha uma aparência de um velho, que usava uma coroa, com três pontas. Eu podia ver uma cauda, como de sereia, surgir sobre o rio. A imagem do velho olhou para mim e depois foi em direção a Damon, com toda a fúria de um mar inteiro. Aquele era, sem dúvida, Poseidon. E, emsmo sem conhecer esse feitiço, eu consegui realizá-lo. Eu conseguia ver Damon perdido entre as ondas que inundavam a pequena planície da margem.

Então, quando tudo baixou. O vampiro sanguinário estava caído, ele se levantava vagarosamente, mas me olhava com um ódio mortal. Então, recorri ao único feitiço que eu sabia que iria funcionar.


- "Chama ardente, labareda vermelha.
 Laminas quentes, chamas ardentes.
 Chamas de Hefésto, deus do fogo! 
Dancem pelo caminho que lhes é mandado. 
Oh deus do fogo, conceda-nos um pouco do seu pdoer, mostre-nos sua verdadeira forma!"


POV da autora


Ali perto do lago, haviam dois homens. Um deles viu uma grande onda invadindo o gramado e depois viu uma explosão de fogo. Então, ele entrou em seu carro e correu na direção do local.

Grama queimada, labaredas de fogo, água, lama, madeiras espalhadas pelos lados, um grito ensurdecedor de um vampiro sendo aniquilado e uma garota caindo no chão. Foi como em camêra lenta, os cabelos castanhos e muitas pétalas roxas, brancas, pretas e azuis, caiam sobre ela. O homem correu.


- Bells... - Ele murmurou.


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