Tears escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 19
Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Bom personees, eu tenho uma mente fértil demais e eu estava com uma idéia martelando faz dias na minha cabela... entãoo decidi acrescentar um pouco mais de fantasia a fic, então, se não gostam, isso é um aviso.
*Willow é um personagem do filme *Willow na terra da magia*, originalmente criado por "eunãoseiquem", mas dirigido por Ron Howard*



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POV de Bella

 - Não!!! – Eu gritei enquanto vi Edward caindo.

 Agora eu sei o que eu tinha que fazer. Se Jake conseguisse se aproximar mais uma vez de Edward, eu teria que dizer adeus a minha vida. Então eu corri. Eu era relativamente pequena, em relação a Sam, Paul, Quil e Embry,  seria fácil passar por entre eles, se eu fosse rápida e não caísse.

 Eu tomei fôlego. Entre Quil e Embry o espaço era maior, então e comecei a me mexer, forcei minhas pernas a correrem o mais rápido que elas podiam e me forcei a passar por entre eles mais rapidamente ainda. Jacob uivava. Os Cullen não podiam interferir, essa eram as regras. Meu pai não podia interferir. Tudo baseava-se apenas em três pessoas, eu, Edward e Jacob. Se alguém podia se meter ali no meio, era eu. Eu iria lá, eu ESTAVA indo lá. Edward estava ajoelhado, o sangue corria solto pelo seu pescoço, seria impossível cicatrizar em tão pouco tempo, ele era um vampiro, mas não um mago.

 Quando me dei conta, eu estava a somente alguns passos de Jacob e Edward. Eu me joguei contra ele e coloquei – forcei, na verdade – minhas mãos contra seu pescoço, numa tentativa falha de estancar o sangue. Nesse meio segundo, Jacob iria atacar. Alias, iria não, foi meio que automático, então, acabei conseguindo interferir. As garras de Jacob acertaram a mim, ao invés de Edward.

 Eu gritei. E tudo ficou escuro – de novo.

 POV de Edward.

 - Bella, não!!! – Rosnei alto. – Bella, Bella.

 Suas mãos estavam em meu pescoço, em cima do corte feito pelas garras de Jacob. Bella estava caída, com um corte nas costas, nada muito profundo, mas grande o suficiente para que o sangue dela deixasse um cheiro forte no ar. Alice tirou Jasper de lá. E eu rosnei alto.

 - Eu disse que se acontecesse algo com ela, ia fazer o mesmo com você. – Falei entre dentes. Jacob apenas latiu.

 Eu olhei para Carlisle e pedi que ele cuidasse de Bella, Charlie estava ao lado dela, assim como Sookie.

Se esta luta era somente minha e dele, ótimo. Cansei de ficar prolongando isso e tentando desviar de seus ataques simplesmente porque eu não queria acabar com alguém. Mas foi ele quem pediu.

 Eu avancei contra Jacob. Estrondos fortes e altos faziam com que o chão de pedra do penhasco tremesse. Eu me chocava contra Jacob inúmeras e incansáveis vezes, ele não iria desistir de me acertar mais uma vez e eu, não iria desistir de perfurá-lo nas costelas assim como ele fizera com Bella.

 Eu desviava de todos os seus ataques e lia a mente dele procurando um momento oportuno para uma revanche. Foi quando eu achei. Jacob veio em minha direção, ele esperava que eu fosse pela direita. Eu fiz o posto. Ele veio com as garras a mostra e eu desviei. Eu fiquei atrás dele e avancei. Segurei-o pelo pescoço e forcei minhas mãos contra suas costas, quebrando uma ou outra costela. Empurrei-o na direção do penhasco, deixando que ele ficasse apenas desacordado, mas não morto.

 - Esta vez estamos kit’s, mas ele ainda tem uma dívida conosco e não irei permitir mais um deslize sequer da parte dele, Sam. – Falei.

- Sim, nós não interferimos porque sabemos que estamos em desvantagens. – Ele respondeu.

- Não se preocupe. Ele está desmaiado e com algumas costelas quebradas. – Rosnei. – Fique ele sabendo que apenas não o matei, porque acho que Billy Black ainda merece ter um filho.

- Nós vamos tomar conta dele Edward. Espero que Bella se recupere, ela realmente não tinha que estar nisso. – Quil falou.

 Quando voltei para onde estavam meus pais, Bella estava sonolenta. Charlie tinha um kit de primeiro socorros em sua viatura, o que foi muito útil para estancar todo o sangramento. Sua pele branca ficava cada vez mais pálida, suas olheiras tinham ganhado um tom arroxeado.

 O incrível nisso tudo foi que numa tentativa falha de me ajudar, Bella conseguiu. Eu não tinha reparado nisso, mas o local onde sua mão ficou estava somente com um arranhão. Notei também que os ferimentos de suas costas estavam cicatrizando rapidamente, como se ela fosse uma de nós – vampira -, mas eu sabia que não era. Existia mais alguma coisa em Bella, que nem eu e muito menos ela sabíamos o que era. Era algo diferente de tudo que eu já havia visto, a prova estava na cicatrização dos seus machucados.

 POV de Bella.

 Setembro.

Dois meses se passaram, muito rápidos por sinal. Meu aniversário de 19 anos estava próximo, meu casamento estava próximo. Desde aquele dia no penhasco, eu tive sonhos estranhos e tenho em sentido um pouco estranha. Sinto como se algo estivesse para acontecer, mas não sei o que é. Eu conversei com Edward e com meu pai sobre isso, Edward disse que realmente há algo diferente em mim, algo que ele não sabia o que era e que não tinha idéia do que fazer.

 Toda vez que eu ia fazer alguma coisa, pegar um simples objeto, eu sentia como se algo me atraísse, com se meu corpo fosse um rio e que em meus dedos algo corria. De uma certa forma, eu me sinto forte - não da maneira bruta, não mais forte que Edward ou qualquer um deles – mas de um outro jeito. Eu dei boa noite para meu pai e subi as escadas, eu me sentia cansada, mas não fiz quase nada o dia todo. Edward cantarolou minha canção de ninar e eu dormi rapidamente.

 “Bella.” Uma voz me chamava.

“Quem é você?” Eu perguntei enquanto procurava de onde vinha a tal voz melodiosa. Mas era impossível, estava tudo escuro e eu não podia ver um palmo à frente do meu nariz.

“Meu nome é Willow, Bella.” Willow, por mais que eu nunca tivesse ouvido falar, algo era familiar.

“Onde você está?” Eu andava para todos os lados procurando um modo de encontrar a pessoa responsável pela voz.

 Quando me dei conta, tudo passou a ficar claro, eu estava em uma clareira, com flores, arvores e o som de um riacho. Havia uma figura – aparentemente – humana, ela era alta, tinha olhos claros, cabelos ondulados cor de ouro e ela vestia um longo vestido branco, reluzente, com pedrinhas brilhantes. Ela estava parada na sombra de uma árvore, acenando para que eu fosse até lá.

 “Sente-se, vamos conversar.” A figura loira reluzente falou. Eu fiquei meio hesitante e imersa em minha própria mente. “Vamos, venha, não vou te machucar.”

“Você é Willow?” Perguntei me sentando ao lado dela.

“Eu vou responder todas as suas perguntas, Bella.” Willow me respondeu. Algo me fazia querer confiar nela. “Você vai entender tudo.”

“Mas, eu estou sonhando?” Perguntei.

“Sim e não.” Ela respondeu pacientemente. “Sim, porque só poderei falar com você através de seus sonhos; não, porque nosso assunto é realmente verdade.”

“Então me diga, porque eu estou sonhando com você? O que é aquela sensação que eu sinto... O que...” Comecei a perguntar, mas fui interrompida.

“Vamos com calma. Uma coisa por vez.” Willow ergueu sua mão e fez um gesto leve, balançando sua mão para o lado.

 Era como se depois daquele pequeno gesto, as pequenas pétalas de flores ganhassem vida. As pétalas dançavam no ar e formavam um grande circulo á nossa frente, era como se fosse... magia.

 “A muito tempo atrás, existia um grupo de pessoas especiais.” Willow começou a contar a história, mostrando flashes no grande círculo de pétalas. “Essas pessoas começaram a aparecer, simplesmente porque sua capacidade mental era diferente dos outros. Eles foram chamados de magos, sábios, feiticeiros, bruxos... Num mundo em que vivem criaturas místicas, tais como os vampiros e os lobisomens, pessoas com esse dom, também passaram a existir e conviver em segredo. Essas pessoas eram responsáveis por manter a paz em ambos os lados.”

 Os flashes mostrados por Willow eram de tempos remotos, em que as pessoas se vestiam diferentes, falavam diferente... “Existem poucas pessoas como nós, mas esse pouco, é suficiente para manter a paz entre as espécies.”

 “Espera, quando você disse NÓS... Você quis dizer...” Perguntei me referindo a eu e ela.

“Sim, a você também.” Omg. Isso significava que eu, Isabella Swan, sou uma... “Você é uma bruxa Bella.” Ela falou alto e claro.

“Oh my God.” Como se isso fosse possível. Bom, contando que eu conheço lobisomens e vampiros, ok, isso É possível.

“Porque você acha que consegue fazer o Edward ler sua mente?” Willow andava de um lado para o outro na clareira. “Ele consegue ler você, somente quando VOCÊ permite. Nós – magas, bruxas... – temos um bloqueio mental muito grande, ou seja, nós somos seguras dentro da nossa mente. Nada nos afeta lá. Por isso somos mais fortes que outras espécies, por isso vivemos mais que outras espécies.”

Espera... somos imortais?” Perguntei.

“Sim. Quando uma bruxa completa 19 anos, seus poderes afloram e ela para de envelhecer. Ainda é viva, se é a isso que você se refere. Mas é imortal.” Ela me respondeu.

 Willow foi me explicando sobre os antepassados das “bruxas”, sobre os poderes e sobre minha vida a partir de agora. Não digo que descobrir por meio de um sonho que eu era uma bruxa, é uma coisa muito agradável, mas – aparentemente – tem suas vantagens. Uma delas é saber que eu não irei mais envelhecer, ou seja, posso conciliar viver com Edward para sempre e estar viva, certo? Algumas coisas, eu não tinha entendido muito bem, como o lance dos poderes. Que tipo de poderes e como ia funcionar, mas ela disse que não era para eu me preocupar, porque isso eu mesma ia entender.

 “É simples, fica tudo na sua cabeça.” Ela estalou os dedos e uma bolinha caiu na sua mão. “Vamos, faça movimentos com sua mão para onde a bolinha deverá ir. Use sua mente.” Ok, agora eu teria que mexer uma bolinha com o poder da minha mente, certo Bella, daqui a uns dias você estará em um hospício. “Vai Bella.”

 Eu estiquei minha mão e fiz um movimento com os dedos para cima, a bolinha seguiu o movimento e ficou parada no ar. Então, eu balancei meu braço de um lado para o outro e a bolinha fez o mesmo. “Agora faça como se estivesse querendo silenciar um coral.” E eu fechei minha mão em punhos e – surpresa! – a bolinha virou flocos de neve.

 Minha tutora, segundo Willow disse que era, falou que eu iria receber um livro, lá eu poderia falar sempre com ela, esclarecer minhas duvidas... Eu não sei se ainda tinha assimilado tudo ou se, na verdade, isso não passava de um sonho MUITO real. Devo admitir, muitas coisas fazem sentido. Como o fato de uma vampira como Jane Volturi não conseguir me atacar mentalmente, como o fato de eu conseguir fazer com que Edward leia a minha mente e, mais incrível ainda, minha rápida recuperação no dia em que tentei salvar Edward. É estranho, eu sei, mas se for contar com o lado mitológico da coisa, bruxas ainda são comuns perto de lobisomens e vampiros.

 

- Bom dia minha Bella, dormiu bem? – Edward me deu um beijo na testa.

- Não sei... Tive um sonho estranho. – Falei.

- Me conte.

- Bom, tinha uma mulher que se chamava Willow. Ela disse que era uma bruxa e que eu era uma bruxa. Ela disse que eu seria imortal quando completasse 19 anos. Eu até ri sabe, lembro que falei que assim eu poderia satisfazer um desejo meu e seu. – Contei.

- Isso é um sonho. Bruxas? – Ele perguntou.

- Se for ver, vampiros e lobisomens não são normais, certo? – debochei.

- Sim, certo.

Me troquei, desci as escadas e encontrei Edward. Meu pai desceu as escadas rapidamente e disse que eu tinha recebido um pacote. Quando vi em cima da mesa, havia uma caixa, com o nome Isabella escrito. Não tinha remetentes e o destinatário: Isabella. Edward me ajudou a abrir.

 O pacote era um livro, sua capa era de veludo na cor azul marinho, com pequenos entalhes na cor prata nos cantos da capa. No meio havia um símbolo prateado, era um trevo de quatro folhas e uma mão. O livro era razoavelmente grande meio pesado. Eu o levei para meu quarto e abri.

 


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Notas finais do capítulo

Bom, comentem por favor. Eu gostaria de saber se gostaram ou não. ;)

Beijoos!
;)



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