P.D.V. Rose

Primeiro dia de aula, último ano em Hogwarts. Bom, muitas coisas mudaram desde o natal, muitas coisas mesmo. Dominique esta oficialmente em um namoro sério com Drake, porém ela já se formou e ele não. Chego a uma conclusão de que Drake precisa estudar.

Lily e Hugo estão no quase, quase contando que se gostam um para o outro. Braider e Bárbara Black não mudaram em nada, pelo menos é o que eu acho. Nem os vejo como um casal.

– Meu último ano. – Disse suspirando em frente ao espelho. – Tenho que aproveitar.

Meus malões estavam prontos, meus livros já haviam sido lidos metade e folheados todos. Bom, agora falta apenas me arrumar. Não vou de uniforme para a plataforma, isso não é legal.

Vesti um short jeans em um tamanho considerado médio, vesti uma blusa vermelha que cobria metade do short. Tinha amado aquela blusa, vermelho fechado com a imagem de Paris, Lily que me deu. Soltei meus cabelos que caíram em cachos perfeitos e os trancei em uma trança de lado.

– Anda logo Rose! – Escutei Hugo gritar me apressando.

– Não se preocupe Hugo, a Lily também vai para Hogwarts!

Caminha em direção da porta, mas parei rapidamente. Um embrulho verde com prata encontrava-se em cima da minha mesa. Peguei o pacote com cuidado e uma espécie de carta caiu no chão, me abaixei e a peguei, abrindo-a logo em seguida.

“Princesa, sei que não quer falar comigo pelo que fiz, mas espero que goste deste presente. Não é algo como um cachorro ou como diamantes, mas tem um valor sentimental para mim. Espero que goste. Você deve conhecer a história dessa pedra.”

–Feliz natal,

Braider Malfoy.

Peguei o pequeno pacote e puxei a fina corda prata e me surpreendi com o que vi lá dentro. Uma pedra azul como se fosse o mar estava em minha frente, sua forma era como a do diamante, porém mais delicada. Afast.

– Merlin! – sussurrei ainda não acreditando que ela estava em minhas mãos.

"Reza a lenda que os dementadores guardavam uma pedra rara e única em Azkaban. Afast era conhecida por todos como a pedra da vida.

O dever de Afast é de proteger e cuidar de seu dono, sempre que as trevas se aproximavam.

Reza a lenda que uma bela e jovem moça corria perigo e seu amado queria a proteger das trevas. Valente como um grifinório, leal como um sonserino, diferente como um lufano e inteligente como um corvino ele invadiu Azkabna e consegui determinada pedra.

Afast depois desse gesto ficou conhecida como a maior prova de amor. O jovem garoto conseguiu entregar a pedra a sua jovem amada, mas logo foi morto.

A lenda diz que Afast só pode ser passada para a pessoa amada, a uma filha, a um irmão, a uma mãe. Basta apenas amar, mas Afast nunca mais foi vista. “As pessoas que a têm se mantém em sigilo e protegida”

– Braider... – Aquela pedra. Sempre sonhei com ela. Mas como Braider a tinha?

– Rose! – A voz de Hugo me despertou do meu transe.

– Já estou descendo.

O expresso ocorreu normalmente, Scorpius estava preocupado comigo. Estava calada, quieta, onde esta Braider? Depois de um longo tempo chegamos a Hogwarts e sai correndo para o meu quarto. Meu coração estava acelerado... Aquela pedra só pode ser passada se tiver realmente um sentimento.

– Rose o que aconteceu com você? – A voz de Scorpius me fez sobresaltar, me asustando.

– Nada Scorp, o que está fazendo no dormitório feminino? – Pude ver que ele estava preocupado.

– Você está estranha desde que nos vimos na plataforma. – Disse ele. – Estou preocupado com você, é minha namorada.

– Vocês tem que parar com isso! – Gritei, desde quando eu era sentimental? – Vocês estão me sufocando!

– Sufocando Rose? Sufocando? – Perguntou ele irritado. – Nos ficamos às férias inteiras em cima de você para te proteger.

– Eu não preciso de proteção! – Gritei de volta e ele bufou. – Se o lord das trevas aparecer não ha nada que possam fazer, sabe que não podem me proteger!

– Claro que tem como Rose! Você não está pensando!

– Não estou pensando Scorpius? – Perguntei com lágrimas nos olhos. – Estou cansada de ter que decidir tudo, estou cansada de ficar entre você e o Braider.

– Você nunca esteve entre nos Rose, nos nunca estivemos juntos! – Gritou ele com raiva.

– Você é egoísta Scorpius, você é um Malfoy!

– O que quer dizer com isso? É melhor pensar antes de responder! – Disse Scorpius, ele estava me ameaçando?

– Você só pensa em você, só faz o que é melhor para você! Escolheu-me como prêmio da nossa aposta só para mostrar para todos que você tinha tudo o que queria!

– Essa é sua raiva? – Perguntou ele sorrindo.

– Por que você esta sorrindo idiota?

– Pequena não precisa ter dúvidas em relação aos meus sentimentos a você. Não estou com você para mostrar nada a ninguém, no início foi, mas agora não mais. Eu amo você.

– Desculpa...

Scorpius olhou de novo para mim e riu, sua mão foi direto para a minha cintura e a outra para a minha nuca. Se aproximou de meus lábios e os ficou encarando, depois de um breve tempo selou nossos lábios em um beijo apaixonado. Ele pediu passagem e eu apenas cedi, seu beijo era calmo e doce, como se não tivesse pressa de nada.

– Como eu amo você. – Sorri com o que ele disse.

– Amo você. – Disse sorrindo até que vi Braider escorado na porta do meu quarto, fique totalmente sem graça. – Braider, oi.

– O que faz no quarto da Rose idiota? – Ia começar.

– Scorpius.

– Vim falar com a Rose.

– Não vai falar nada com ela, vaza daqui! – Braider tinha uma expressão séria no rosto.

– Eu quero escutar o que ele tem para falar Scorpius. – Disse e Scorp olhou para mim chocado. – Confia em mim.

– Vou esperar lá fora. – Scorpius depositou um beijo em meus cabelos e saiu do quarto.

– Eu não vou tentar fazer nada com você, quero apenas conversar.

– Que bom Braider. – Apontei para a minha cama e ele sentou.

– Você recebeu a Afast? – Perguntou ele encarando a parede em sua frente.

– Só a vi apenas hoje, não tinha visto que Scorpius tinha a colocado em minha mesa. – Respondi e ele assentiu enquanto esfregava as duas mãos. – Você sabe a história de Afast?

– Sei sim Rose, foi por isso que a dei para você. – Braider parecia querer me falar algo, mas não tinha coragem.

– Você quer me falar algo antes de me explicar o porquê de ter me dado a Afast?

– Hoje foi o dia que a minha mãe morreu. – Ele disse em uma rapidez surpreendente.

Meus olhos se encheram de lágrimas com o que ele disse, quando imaginei que meu pai estava morto me senti tão mal. Quando alguém que você ama morre, você sente que um pedaço seu morre junto.

Sentei do lado de Braider na cama e entrelacei nossas mãos, ele continuava a encarar a parede, agora em nossa frente. Deitei minha cabeça em seu ombro.

– Eu sinto muito. – Sussurrei a ele.

– Eu sei. – Disse ele sorrindo fraco. – Quando minha mãe estava quase morrendo ela me contou a história de Afast. A família da minha mãe era bruxa, todos eles, menos ela. Uma família muito conhecida no mundo mágico, mas não como a sua ou como a dos Malfoy.

– Ela que te deu a pedra?

– Sim, ela me deu quando estava morrendo. Meu padrasto trabalha no Ministério, ele que deu a ela. Da mãe dele passou para ele, que passou para a minha mãe e que passou a mim e agora está com você. – Ele disse sorrindo. – Meu sentimento por você é verdadeiro Rose.

– Sabe que não posso aceitar Braider, Afast é algo muito preciosa. Ela é uma pedra rara e única.

– Ela vai te proteger Rose, de todas as trevas. Eu amo você, sei o que estou fazendo.

– Sempre sonhei com aquela pedra, dizem que quando ganha ela é a maior forma de amor que se pode ter.

– Eu sei, quero que ela fique com você e continue passando de gerações em gerações. – Ele disse se levantando para sair do meu quarto, mas parou assim que eu falei.

– Eu também sinto algo por você Braider, algo forte. – Ele virou-se e sorriu.

– Sei que está com o Scorpius, mas isso não quer dizer que vou desistir de você princesa. Desde que minha mãe morreu eu não sinto nada parecido assim por alguém, você me fez ver isso de novo. Agora estamos em Hogwarts podemos começar de novo.

– Amigos? – Perguntei e ele fez uma careta.

– Amigos. – Corri até ele e o abracei que riu. – Por enquanto.

Quando nos separamos nossos lábios ficaram próximos um do outro, qualquer movimento aconteceria um beijo. O primeiro movimento foi de Braider, ele beijou minha bochecha e seus lábios ficaram por um tempo em minha pele.

– Eu tenho que ir Rose. – Disse ele sorrindo e sai, aquele era o Braider que eu conhecia.

– O que ele queria Rose? – Perguntou Malfoy. – Ele estava sorrindo feito um idiota.

– Você é muito ciumento Scorp.

– Você já olhou para você? – Perguntou ele. – Ruiva e linda desse jeito, tenho que ter muito ciúme.

– Bobo.

– Grifinória.

– Ei, isso não é um termo ofensivo! – Ralhei com ele.

– Para mim é.

– Sonserinos não sabem o que é bom! – Disse rindo, mas rapidamente parei.

Parecia que estava tendo uma visão do que estava acontecendo. Foi tudo muito rápido, quando abri os olhos estava em frente aos portões de Hogwarts.

– Eles estão aqui! – Gritavam meus primos correndo de um lado para o outro.

– Aparatem logo! – Pude identificar que era a voz do Hagrid.

– Leve a Rose, Drake. – Sai do meu transe escutando a voz de Scorpius.

– Espera, mas e você?

– Desculpa pequena, tenho que encontrar Braider.

Scorpius saiu correndo e eu senti tudo rodando. A palavra chave aparecia em minha mente, aquilo estava acontecendo porque eu era a chave. Focalizei e vi Scorpius correndo, depois vi Braider cercado por quatro caras de preto.

O cenário mudou novamente e eu estava na Floresta Proibida, Brian estava lá. O que ele fazia lá? O chamei, mas parecia que ele não podia me escutar. Depois de um breve tempo o observando várias aranhas saíram em meio às árvores e foi para cima dele. Morte... Elas haviam o desmembrado.

De acordo com os livros aquele lugar que estava agora era a Câmera Secreta, uma garota da Lufa-Lufa estava lá dentro, dentro da água. Ela estava morta, o que estava acontecendo?

O cenário mudava rapidamente e não conseguia focalizar em nenhum até que vi Effy, a garota da Corvinal. Um cara de preto estava a segurando e simplesmente a jogou do precipício, perto da entrada de Hogwarts.

Senti algo frio perto de mim e vi vário dementadores, eles sugavam a alma de algum garoto. Depois de um tempo lembrei que ele se chama Dean o amigo de Scorpius. Fechei os olhos com força, desejando não ver aquilo. O cenário agora tinha mudado, estava na Sonserina. Braider e Scorpius já haviam aparatado para a toca.

Mortes... Sonserina, Grifinória, Lufa-Lufa e Corvinal... Completavam a nova profecia. A morte de um integrante liberava o lord das trevas.

– A escuridão se aproxima.

Está mais próxima do que se imagina.

As casas se silenciam,

E as trevas se iniciam.

– Rose o que você esta falando? – A voz de Hugo, aquela era a voz de Hugo. – O que você esta vendo.

O cenário mudou novamente, estava em uma caverna. Um caixão de madeira se encontrava no meio da caverna, a poeira era presente naquele lugar.

– Effy, Dean, Brian e Diana. – Li as palavras que apareciam em cima do caixão, os alunos que estavam mortos.

A porta do caixão se abriu em um baque, dei um salto com susto. Uma mão surge eu fiquei assustada.

– Rose... – Sua voz era grave, mas não passava de um sussurro.

– Ahh. – Gritei e vi que todos meus familiares me olhavam chocados. – Ele acordou.