Acampamento Werning - Seres Mitológicos escrita por Winasky


Capítulo 11
Capítulo 11 - Presa por um destino




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NATHANIEL P.O.V

– Não! Isso não pode ter acontecido! Não novamente! - ouvi alguém dizendo, enquanto eu tentava levantar. Acho que era nosso líder – Não vou permitir que isso aconteça novamente!

– Hã? O - o que aconteceu? - eu perguntei, não se lembrando de nada que havia ocorrido.

Vi Camila e Lorenninha vindo em minha direção. Elas me ajudaram a levantar. Eu estava tonto e não me lembrava de nada.

– Nathaniel, você está bem? - perguntou Camila

– Não sei... não me lembro de nada... O que aconteceu? Porque tantos seres aqui, em meio da noite? Onde está Sara? - eu perguntei, já de pé.

– Ela foi levada por um vulto, que possuiu você, para conseguir atrai-la. Por isso estamos aqui. - explicou Lorenninha.

– Como é que é?!

FIM NATHANIEL P.O.V

Ãh? Onde estou? - eu acordei em uma cela, que estava toda ensanguentada. Puro terror. Não era das maiores celas. A cela tinha um formato de uma circunferência cortada ao meio. 

Silêncio.

Levantei-me. Vi outras celas. Não havia ninguém. Apenas crânios, sangue e terror estavam presentes naquele local.

Espere! Onde eu estou é... onde Yane ficou presa! - pensei

Ouvi um barulho. Talvez, risadas.

Ah! Que bom! Tem alguém aqui! – eu pensei, feliz e ingenuamente.

– Socorro, eu estou aqui! - eu gritei.

– Ela acordou. Vamos recolher sangue dela. - eu ouvi uma voz berrante dizer.

Vamos lá. Desta vez, não vamos deixar escapar! Senão, a nossa líder ficará furiosa novamente. - outra voz disse.

– Ah coisa! – eu falo demais. Bom, eu não fiquei muito a vontade a ouvir a frase “recolher sangue dela”. Quão seria o sangue? Não importava, não ia deixar mesmo.

Espere aí! Eles disseram “a líder”? Então, o líder deles é... uma mulher? - pensei

Os vultos abriram a cela e ordenaram estender minhas mãos. Como previsto, não estendi.  O que eles pretendiam fazer com meu sangue? Dar para a líder como suquinho da tarde? Esperava que não.

Um deles puxou minha mão violentamente e fez um corte profundo em minha palma. Cara, aquilo doeu muito. Em seguida, virou minha mão e deixou o sangue escorrer para um frasquinho. Logo em seguida, eles fecharam a cela e me empurraram para dentro novamente. Entretanto, eu já havia visto aquele frasquinho.

Esse frasquinho parece com a de Camila?! Mas... como ela pode, trair a todos, dessa maneira?! Ela era minha amiga... Ela me traiu! - pensava.

Eu fiquei por várias horas naquela cela. Comecei a pensar sobre quem havia me salvado, lembrando tanto da noite que me salvou de minha queda e de minha mãe. Aqueles olhos azuis eram lindos. Era encantador. Fora a única coisa que consegui perceber em seu rosto. Olhos azuis...

Aconcheguei-me ao canto sombrio da cela, fechei os olhos e respirei fundo. Adormeci.

A chuva estava forte, e o lugar era escuro, com algumas tochas sendo quase apagadas. Alguns raios caiam aos céus negros. Eu estava amarrada, das mãos aos pés. Estava sangrando e minhas roupas estavam rasgadas. Mas algo aconteceu. Meus lábios tocaram em outros. Algo caloroso. Parecia que não ia acabar nunca. Até que, alguém, atrás, caiu. Depois, mais sangue apareceu em minha roupa, como um jato. Olhei para frente, e vi seus olhos azuis, belos olhos azuis. E então, ele caiu para trás. Ouvi alguém gritando. E percebi que fora eu. Senti gotas de água em minhas bochechas. Era a chuva misturada com minhas lágrimas.


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Notas finais do capítulo

Reformado 03/05/13 22:45



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