The Chosen One escrita por Sarah Fortune
Dez anos se passaram desde aquele dia que marcou Nichole, que agora tem seus dezessete anos de idade.
- O total vai ser de quatrocentos reais. – Dizia ela a um homem alto, com uma jaqueta bege e barba por fazer.
- Ótimo, – ele respondeu, retirando do bolso uma grande quantidade de dinheiro juntamente com um maço de cigarros – mas espero que seja cumprido logo.
- Pode deixar, - a moça disse – meu serviço é de uma ótima qualidade. Poderia? – Ela esticou a mão para o maço, e o moço lhe estendeu um cigarro, que ela rapidamente colocou na boca e acendeu com um isqueiro. Tragou fundo e soltou calmamente a fumaça, pegando o dinheiro das mãos do homem, juntamente com uma foto e um endereço.
Seu cabelo agora era curto o suficiente para ser confundida com um homem, se não fossem suas delineadas curvas. Em sua sobrancelha havia um piercing, e em suas costas havia uma tatuagem bem escondida, com as palavras: Always Watches. O homem saiu da casa, e ela então foi à cozinha, pegou um copo e o encheu com o melhor vinho da casa.
- Negócio fechado. – Disse em voz alta, e no canto da sala estava de pé quem ela agora reconhecia como pai, ele se virou bruscamente e desapareceu.
- Volta logo! - Ordenou, enquanto ligava a TV em um canal infantil, e tentava reviver sua infância roubada pelo único ser que a amou na vida.
“- Você tem medo de mim? – Ele perguntou próximo à cama da pequena Nichole.
- Você machuca as pessoas. - Ela respondeu, abraçando Tibbers com força.
- Machucando certas pessoas nós protegemos outras, talvez mais importantes.”
- Como se alguém tivesse um direito à vida maior que o dos outros. – Pensou alto, desligando sua televisão e indo para a suíte de sua moradia. – Mas bem, isso não me importa mais. – Dirigiu-se ao banheiro, e se preparou para dormir, em sua cama ainda se encontrava seu querido bicho de pelúcia, agora com um olho só e alguns fiapos de algodão para fora.
Um vento repentino se estendeu pelo quarto, balançando as cortinas e arrepiando os pelos do corpo dela, que puxou por instinto o cobertor.
- Trabalho feito. – A voz do causador de tal vento falou.
- Hoje foi rápido... Tem mais coisas a fazer, ou vai passar a noite por aqui? – Ela disse se sentando na cama.
- Posso ficar só mais um pouco. – A grave voz respondeu, e sentou-se na beirada da cama, e esticou para a menina um colar. – Peguei isto para você.
- Você sabe que não gosto que faça isso. – O colar já pendia em seu pescoço magro
- É só uma lembrança. – E então ele desapareceu como faz em todas as noites.
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Perdão pelo tamanho do capítulo, to tendo que estudar xD