Before Sunrise escrita por Kelly


Capítulo 8
Hello, London!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem os erros. Fiz de madrugada, cambaleando de sono... E a chata da minha irmã ficou me apressando, o que me fez errar mais ainda! Ódio mortal! KKKKK
Espero que gostem! Boa leitura! Xx



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Rosalie’s POV

        Congratulações pra mim! Dezoito anos, quem diria? Agüentar essas pessoas praticamente a minha vida inteira. Neste momento, estou fazendo as minhas malas e colocando tudo o que me pertence numa caixa de papelão. Olhei ao redor, tudo estava tão... vazio. Suspirei e sentei-me na cama. Me debrucei sobre a mala e derrubei algumas lágrimas. Por mais que eu fosse infeliz aqui, foi aqui que eu passei os melhores, e inclusive, os piores momentos. E o que mais me doía, era que eu iria deixar as pessoas que mais amo. Meu pai, Bridget, Johnny... E a cada pensamento, o coração apertava cada vez mais. As lembranças de quando eu tinha apenas alguns anos de vida, voltaram-se como se fossem flashback. Eu lembrava da primeira vez em que segurei o dedo do meu pai e de quando eu senti o abraço caloroso da minha mãe. Da primeira vez em que vi os dois abraçados e tão apaixonados e da última vez em que a vi. Dissipada em meus pensamentos, alguém os atrapalhou batendo na porta de forma fugaz. Sequei as lágrimas e fui direto ao closet. Peguei mais algumas roupas e levei-as até a mala.

        - Entra! – clamei

        Estava de costa para a porta, quem quer que seja não me veria chorar. Eu puxava as roupas do cabide de forma brusca e dobrando-as.

       - Rosalie? – era meu pai – Posso conversar com você?

       - Claro.

       - Então... – ele sentou-se no sofá branco – Eu enviei o pedido para a faculdade de Londres.

       - Você O QUÊ? – vozeei. Parei de dobrar minhas roupas e fiquei de frente a ele.

       - Sim. Eu sei que está com raiva de mim agora, mas é para o seu bem. Ficar em Nova York e atracar-se com suas irmãs não vai dar certo. Eu sei que você tem mais responsabilidade que Cindy, então decidi que seria melhor você ir para Londres.

       - É. Ficar aqui só me traz desgosto mesmo. – disse rude.

       - Rosalie, por favor. – ele pediu-me calmamente.

       - Que horas será o vôo? – perguntei mudando de assunto

       - Às cinco da tarde. – continuei arrumando as roupas – Ainda temos tempo par... – eu o interrompi

       - Até lá. – parei novamente e ele saiu do quarto. As lágrimas voltaram a molhar meu rosto e desta vez caiam apressuradamente. Eu não as sequei, apenas deixei aliviar a dor que eu estava sentindo. Ele preferia a Cindy, do que a mim? A própria filha dele. Tudo culpa de Helen, só podia ser. Terminei de arrumar a mala e embalei as caixas. Deixei apenas a roupa e os acessórios sob a cama. Fui almoçar com Bridget e contei sobre o que havia acontecido. As lágrimas, de vez em quando, escapavam. Subi para tomar banho e me troquei. As caixas não estavam mais lá, suspeito que foram pro meu destino, em Londres.

         Faltava menos de duas horas para a minha viagem. Fui me despedir de Johnny. E como já se esperava, me debulhei em lágrimas. E fiz o mesmo com Bridget. Na hora de partir, pedi ao meu pai que fossemos apenas nós dois. Ele assentiu. Pegou as malas e colocou no porta-malas e fomos pro aeroporto. Ele dizia algumas coisas para fazer quando chegar lá, quem iria me esperar e outras informações.

         Olhei para o relógio gigante do aeroporto e dirigi minhas palavras à ele.

        - Bom, é aqui que nós nos despedimos. – parei e me virei de frente pra ele

        - Eu vou sentir muito a sua falta, filha.

        - Eu também, pai. Muito. – nos abraçamos e fui para o portão de embarque. Antes de entrar, me virei em direção a ele e acenei. E ele fez o mesmo. E essa foi a última lembrança que tive de Richard Wilson.

         Entrei no avião e sentei-me em uma das poltronas, especificamente, a que estava com o meu número. Peguei o Ipod e coloquei para tocar Curiosity – Carly Rae Jepsen. Fechei os olhos e esperava enquanto o avião não decolava.

Peter’s POV

     - Peter! – Ramona chamava-me da cozinha

     - O que aconteceu? – desci e fui à cozinha

     - Terei que viajar. Aconteceu um incidente na empresa de Bracknell e terei que resolvê-lo. – ela disse apressada, andando de um lado para o outro.

     - E a garota que fará o intercambio? – eu me desesperei.  Não sabia o que fazer. O que eu vou dizer a ela? Ficarei em silêncio até Ramona voltar? É impossível!

     - Receba-a com afabilidade e cuide da sua avó pra mim. Deixarei as recomendações, os horários dos remédios e ligarei quando possível. – ela disse apressada enquanto fazia as malas.

    - Eu te amo, meu filho. – eu abaixei e ela deu um beijo em minha testa. Ela é minha madrinha, mas o amor dela é um amor de mãe. É um amor que eu desconhecia faz tempo.

      Eu a acompanhei até a porta e ela acenou adentrando em um taxi. Fiz o mesmo e esperei que ela se fosse. Fechei a porta e sentei-me em um dos sofás da sala. Fitei o teto até fechar os olhos e dormir.

Rosalie’s POV

      “Senhores passageiros, por favor coloquem seus cintos, pois nós vamos aterrissar.”

      Graças a Deus! Depois de quatorze horas dentro de um avião, sem poder levantar, exceto para ir ao banheiro, finalmente chegamos. Uma etapa está finalizada, agora é só encarar a outra. Esperei-me a minha vez na fila e saí do avião, indo ao portão de desembarque. Meu pai disse para procurar um tal de August, e assim o fiz o que ele mandara.  Não demorei muito para achá-lo e fui até ele.

      - Olá, o senhor deve ser o August, se não me engano.

      - Sim, sou eu... E a senhorita é? – seu semblante se tornou esquisito

      - Sou Rosalie Wilson. Muito prazer. – estendi a mão para que ele a apertasse e assim o fez.

      - Vamos senhorita Wilson, tenho que levá-la ao seu novo domicilio. – ele pegou as minhas malas e colocou-as no carrinho e fomos até o carro. Adentrei e esperei que August adentrasse. Peguei meu celular e disquei o número de casa. Uma voz muito irritante atendeu.

      - Quem deseja? – Helen e sua voz azucrinante

      - Posso falar com Richard Wilson? – perguntei

      - Quem deseja falar com ele? – revirei os olhos

      - A única pessoa que o ama de verdade. – respondi rudemente

      - Rosalie... – ela disse meu nome com repulsão

      - Sim. Pode passar para ele, por favor? – eu estava sendo educada com aquela velha. O que não deveria.

      - Alô? – dessa vez era meu pai

      - Pai. Sou eu Rosalie. Só estou ligando para dizer que cheguei em Londres e está tudo bem.

      - Ah filha. Foi ótimo ouvir a sua voz. – ele disse isso mesmo? – Espero que goste daí. Qualquer coisa me liga. Acho que queres descansar agora, não? Mais tarde eu te ligo para conversarmos.

      - Ok. Eu te amo. – disse isso pela primeira vez depois que ele se casou com Helen.

      - Oh. Eu também te amo, minha querida... Muito – sua voz mudou, estava mais sensível agora. Acho que fiz o certo. Bati na minha testa uma vez, para que aqueles pensamentos sumissem. Antes que pudesse imaginar, August parou em frente de uma casa grande, toda branca e o portão pequeno e preto.

       - Acho que é aqui senhorita. – ele disse retirando as malas. Olhei para a casa, de ponta a ponta, observando cada detalhe.

       - Obrigada August. Tens como me dar um cartão seu? – perguntei a ele

       - Sim. Me ligue quando precisar. – ele sorriu e adentrou dentro do carro. Esperei que ele fosse embora e abri o portão. Subi alguns pequenos degraus e toquei a campainha. Esperei alguns segundos, e um rapaz muito bonito atendeu. 


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Notas finais do capítulo

Se não gostarem de algo, me falem! Pleaaaaaaase... Xx Até breve...