Mein Teil escrita por Vlk Moura


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Um pouquinho de ação e suspense ^.^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/291665/chapter/23

   - Vaca! - eu rolei pelo chão, apoiei as mãos para poder me levantar. - Como você pode? - outro e rolei novamente, eu sentia algo escorrer pelo canto da boca, era quente, era sangue. Levei a mão e olhei para a marca vermelha constatando a mancha vermelha.

Now we're too far gone,

Hope is such a waste

Every breath you take you give

me the burdens bitter taste

    - Tínhamos tudo em mãos, você já os tinha conseguido e resolve se juntar a eles? Como você pode fazer isso com quem te deu a vida? - ele tinha ódio eu percebia isso em seu semblante. - Agora você verá realmente o que é morte, mas antes dela te atingir você irá sofrer e irá nos contar tudo o que sabe sobre sua família. - eu me levantei, meu corpo cambaleava, ele me olhou. - Consegue ficar de pé? Se consegue ficar de pé, consegue lutar... - eu o olhei e depois para os seguranças, eles vieram até mim e começaram a me acertar socos e chutes, alguns eu conseguia defender, mas outros me acertavam.

   Eu me tornei uma fraca... Era o que eu pensava enquanto os chutes me acertavam. Eu entreguei todos, sem perceber eu fiz o que ele queria que eu fizesse, como pude ser tão burra?

   - Afastem. - ele gritou para os homens, ficou me olhando, caída de bruços lutando para respirar. - Isso é para você ver o que é bom... - ele deu as costas e fez um sinal para que me levassem.

   - Você não vai conseguir pegá-los... - eu estava me levantando mais uma vez, ele olhou assustado. - Posso não ser forte, mas o que quer que eles estejam planejando irão te derrubar, e será uma queda grande.

   - Levem a princesa, ela acaba de perder a coroa. - ele riu. - Agora iremos brincar um pouco, a diversão começa nesse instante.

   Apaguei com um golpe...

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

    - Teremos de ser cuidadosos. - Cadell falou enquanto Cally se aproximava para avisar que os asiáticos já estavam melhores. - Se tudo que nos disseram realmente for verdade, agora ela já pode estar esgotada, afinal já faz quase uma semana que a levaram... Não podíamos deixar passar tanto tempo.

   - Precisamos dos japas cem por cento para um ataque. - Cally falou se sentando. - Agora eles já apresentam condições de se meterem em uma luta decente, podemos fazer treinamentos de invasão... - ela olhou Craik e Sheol. - Vamos precisar de todos os seus homens.

   - Certo. - ele se levantou e pegou uma agenda de contatos.

   Os asiáticos se aproximaram do grupo, já estavam bem recuperados, estavam prontos para atacar e salvar Jakki.

   - Eles devem mandá-la para a base do Sul, o que acha? - Hoshi falou e Brilho confirmou. - Lá é o centro de tortura deles, qualquer um que tenham em mente vai para lá.

   - Vocês têm um computador? - Brilho o interrompeu e todos a olharam sem entender. - Posso criar um mapa dos lugares e tentar acessar o banco de dados deles, todas as pessoas capturadas ganham uma ficha sobre suas condições para que possam saber o que fazer depois. - ela riu. - Eu criei aquela coisa... - a olharam assustados.

Take me, break me

Every mile further there's a part of me that slips away

One day you'll see

Even if you got down on your knees

You couldn't make me stay

   Brilho ligou o computador, Hoshi descrevia o plano que havia bolado enquanto descansava, a asiática desenhava cada detalhe que conseguia se lembrar, cada passagem a que fora apresentada e então se lembrou de algo que Jakki havia feito pouco antes de irem para aquele lugar, ela olhou para os outros.

   - Ela tem o mapa original, a planta desse lugar... - ela olhou Bruehl. - Uma vez ela achou que haviam te pegado e planejava entrar e te salvar, se conseguirmos ir para Minas e invadir o apartamento dela, conseguiremos pegar.

   - Mas devem tê-lo cercado. - Hoshi falou pensativo. - Não teria como entrar.

   - Ela tinha um cofre... - Brilho olhou par aos irmãos. - Na época ela me contou que era como a sua família escondia as coisas, era atrás da escrivaninha no quarto, um fundo falso em uma das gavetas dava acesso ao teclado de desbloqueio.

   - Mas não temos a senha. - Aaron falou desapontando a maioria.

   - Ela deve ter usado uma sequencia... - Vince falou. - sempre há uma sequencia para esses cofres, recebemos assim que nos separamos, somos obrigados a decorar as senhas que são as mesmas só que em ordem diferente para cada um de nós.

   - Se for isso, podemos descobrir a sequencia estudando as nossas e saber qual era a dela.

   - Mas e se ela usou algo diferente? - Ralf questionou.

   - Ela disse que era algo que apenas aqueles, assim como ela, poderiam descobrir, ela devia se referir a vocês, eu imagino... - a menina completou. - Não custa tentar, com aquilo teríamos um ataque perfeito.

   Moveram-se todos, Hoshi estava certo quanto ao apartamento estar cercado, mas apenas dois cuidavam da porta de entrada, Raine cuidou dos dois colocando-os para dormir e então entraram, haviam dois na sala de entrada, Gabor cuidou desses dois, se espalharam em duplas pela casa. Brilho e Hoshi correram par ao quarto arrombaram a porta e se depararam com uma equipe que tentava decifrar o código do cofre...

   - Como...? - a porta se fechou atrás deles. O Pai segurava uma coleira, olharam onde ela estava presa, terminava no pescoço de Jakki que tinha uma mordaça e as mãos amarradas. - Jakki... - Hoshi tentou se aproximar, mas o Pai o parou.

   - Vocês sabem a senha? - ele olhou para a menina. - Ela não nos contou até agora mesmo depois de tudo o que fizemos. - ele a ergueu e puxou o cabelo para trás, retirou a coleira e puderam ver as queimaduras pequenas e redondas, cigarros. A menina ficava quieta enquanto o homem a movimentava, ela apenas olhou para os dois e fez um sinal negativo com a cabeça.

    - Não sabemos. – Brilho falou. – Tentaríamos arrombá-lo...

    - Irei poupar o seu trabalho, já tentamos fazer o mesmo. – ele falou colocando a coleira e jogando a menina no chão. – Bom, já que ela não irá se render e nem você irão me contar irei me retirar, mas... – ele deu as costas e puxou a coleira. – Irei voltar com a senha deste maldito cubo metálico.

     Olharam enquanto os dois se afastavam, a porta a Berta, toda a equipe passava, os irmãos e os meninos assistiam todos, haviam sido feitos reféns dos seguranças, logo foram jogados ao chão e caminhavam par ao quarto, os dois asiáticos se entreolharam com desgosto. Os irmãos se sentaram em frente ao teclado.

    - Iremos usar a sequencia dela, se estiverem corretos e esse for o terceiro cofre dela a senha será esta. – Vince digitou. As luzes piscavam enquanto a leitura era feita. – Não. – ele olhou para o próximo possível. – Esse... – o mesmo resultado. – Droga! Esse negócio está me deixando nervoso. – ele digitou a terceira opção... Luzes piscaram já pensou em digitar o próximo quando destrancou, viram dentro do cofre, duas caixas tiraram as duas. – Por que ela escolheu a minha terceira senha?

    - Todos nós já tínhamos o terceiro cofre. – Raine riu da lógica da irmã. – Você aidna não...

    - Aquela pirralha... – ele riu.

    Abriram as caixas, vários papéis, anotações com a letra dela, um caderno... Craik o pegou e o abriu percebeu que era um objeto que lhe fora roubado, riu sozinho e começou a ver as páginas dobradas, Jakki havia lido todo o diário de sua irmã e havia marcado os pontos que gostaria de lhe mostrar.

     - Isso aqui... – Gabor pegou uma corrente e esticou. – O que é? – Bruehl o puxou da mão do amigo. – É seu?

     Bruehl o colocou no próprio pescoço e sorriu ao imaginar quando ela tinha conseguido pegar aquilo dele. Foi quando ela o salvou sem dúvidas, mas porque ela o mantinha dentro do cofre? Prometeu que perguntaria a ela assim que a salvasse.

   Oh, somewhere deep inside of these bones

An emptiness began to grow

There's something out there, far from my home

A longing that I've never known

     Saíram do apartamento, seus corpos doíam, suas mãos estavam grossas devido ao pó dos papéis, mas descobriram bastante coisa que ajudaria a salvar Jakki, até mesmo Hoshi e Brilho ficaram surpresos com todo aquele material. Não imaginavam que era possível alguém guardar aquilo tudo para si mesmo.

    - Agora com isso... – Brilho refazia o mapa. – Fica bem mais fácil conseguir invadir o lugar. – ela abaixou o olhar lembrando-se da cena de Jakki na coleira como se fosse um animal. Perguntava-se se aquilo havia deixado os outros tão abalados quanto ela, mas agora tinha feito com que quisesse ainda mais salvar a menina.

    - Certo, agora temos um plano, precisamos da r um jeito de invadir de dentro. – Cally falou. Bruehl se levantou.

    - Eu cuido dessa parte, é a mim que queriam desde o começo não era? – ele olhou para os orientais. – Eu vou entrar naquele lugar.

    - Como? – Aaron se assustou.

    - Me entregando. – ele começou a caminhar para a saída. – Nove horas. – apontou par ao relógio. – Estarei lá dentro até essa hora.

     - Onze horas começaremos o ataque. – Ralf falou. – Garoto, - Bruehl se virou. – não quero que faça nada com a minha irmã, ficarei de olho em vocês dois. – Bruehl riu e passou pela porta, um clima tenso tomou conta de todos que no susto se levantaram e começaram a se arrumar para o ataque.

     Bruehl caminhava sozinho pelas ruas, as mãos no bolso, o vento frio batendo em seu rosto, já estavam no sul há alguns dias, mas ficar ali sem estar ao lado de Haru havia se tornado estranho, por isso tinha ido par ao exterior, porque lá não tinha nenhuma memória dela, não que ele conhecesse.

    - Olha quem apareceu... – era voz do homem que invadira a festa. – irá se entregar? – Bruehl apenas parou de andar. – Aquela mocinha, ela é mesmo muito boa... E fica tão linda gritando o seu nome quando comentamos sobre futuros ataques “Não! Não façam nada ao Bruehl, não é com ele que vocês de brigar, é comigo...” – o homem afinava a voz de uma forma irritante, ainda com as mãos no bolso Bruehl apenas virou parte do rosto para o homem. – “Se tocarem em um fio de cabelo dele terão que se ver comigo” e então ‘clap’ – ele gesticulou o tapa. – O Papai dá um tapa e manda a vaca se calar, ela abaixa a cabeça. É uma fofa... – o homem fala calmamente, quase que separando as sílabas.

     - Espero que não tenham feito nada além disso... – ele grunhe sem abrir a boca.

     - Bem que tentamos, o Papai nos parou, disse que aquilo era baixo demais... Mas, olha, com aquele corp... – um chute atingiu o homem fazendo-o cair no chão, mas para a surpresa de Bruehl, ele ria. – Ai, ai... não pode atacar as pessoas assim sem deixá-las completar as frases. – o homem tentou acertar um soco em Bruehl, mas este desviou.

     Outro chute e o homem cai novamente, faz um sinal para os companheiros que correm até o inimigo, socos e chutes são lançados sem sentido são lançados para o homem que sequer tirou as mãos do bolso e já acertou mais do que foi acertado. Um soco e Bruehl se vê obrigado a tirar as mãos do bolso, caso contrario um chute o acertaria, ele segura o pé de um dos homens e o lança de encontro a outro que o segura e empurra para o lado pegando impulso para acertar o inimigo.

     Bruehl começara a ofegar, tinha de estar pelo menos com energia para o ataque mais tarde, um chute e ele se curva, outro o acerta, um soco e ele cai de joelhos. O homem, líder do grupo, aproxima-se dele e sorri, uma cotovelada nas costas e o corpo de Bruehl se espatifa ao chão com direito a estalo.

-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

    - Droga...! – eu gritava olhando para a os seguranças, não havia uma cela, era apenas um porão rochoso e úmido demais com goteiras de lençóis. – Droga! – eu gritei novamente, eu estava descalça, meus pés sujos e meu corpo empoeirado, eu tentava me soltar, mas minhas mãos estavam amarradas e presas ao chão com um gancho eu sequer conseguia me deitar confortavelmente, minhas costas já doiam. – Droga! – eu gritei mais uma vez e um tapa me atingiu, eu quase posso dizer que minhas bochechas haviam se acostumado com aquela intensidade de dor.

    - Consegue calar a boca? – um deles perguntou.

    - Se me soltar, quem sabe. – eu falei e eles deram as costas.

    Alguém se aproximava, estava longe, talvez cem metros ainda, mas aquele lugar ecoava qualquer com, até mesmo se uma formiga tossisse você acharia que era um leão rugindo, uma semana dentro daquele lugar me fazia me sentir mal. Olhei para quem entrava, era um grupo e carregavam alguém, eu não conseguia ver quem era. A pessoa foi jogada ao chão, um grunhido de dor. Risos enquanto o líder do grupo prendia a pessoa na mesma posição que eu.

     - Agora você tem companhia. – ele saiu da frente, a minha surpresa ficou clara. Bruehl estava começando a acordar.

     - Eu falei que você se veria comigo caso tocasse nele. – eu tentei me levantar, mas caí de joelhos, não que eu tivesse levantado muito, porque era impossível.

      - Blá blá blá... – ele falou com uma voz fina. – Vocês dois combinam mesmo, uma tagarela e um senhor quietão. – eu olhei para o prisioneiro, ele começara a levantar o rosto, eu via as marcas em seu rosto. – Agora vamos para a diversão. – ele gargalhou enquanto alguém lhe entregava uma arma.

       - O que é isso? – Bruehl tinha a voz fraca.

       - Roleta-russa. – o homem falou, ele se assustou eu olhei para a arma que estava apontada para a minha testa. – Vamos ver se você tem sorte. – ele colocou a bala, e rodou, eu me encolhi enquanto o gatilho era pressionado. Nada.

      Eu levantei a cabeça a tempo de ver a decepção no rosto do sequestrador, o grupo se retirou, avisando que aquela havia sido apenas a primeira tentativa de me acertar. Aos poucos Bruehl desmaiou, a cabeça ficou presa pelo pescoço, enquanto ele dormia, eu tentava entender o que haviam planejado.

The walls start breathing

My minds unweaving

Maybe it's best you leave me alone.

A weight is lifted

On this evening

I give the final blow.

When darkness turns to light,

It ends tonight

It ends tonight.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Essa história está ficando mais longa do que eu imaginava, mas estou me divertindo bastante enquanto escrevo, espero que também estejam tendo uma boa leitura. *sorriso infantil*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mein Teil" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.