Mein Teil escrita por Vlk Moura


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

O segundo de hoje, mwahahaha!



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  Bateu na minha porta, não eram batidas simples, eram meio desesperadas. Ignorei continuei lendo o livro. Mais batidas, um chute.

   - Ivy... - Craik, olhei para  a porta. - Obrigado, obrigado mesmo por isso. - ele soluçava, estava chorando, eu sabia disso, mas eu não abriria a porta, era um momento de fraqueza dele, ninguém precisava ver, por mais que já estivesse público.

   Saí do quarto apenas ao anoitecer, porque precisava comer algo, alguns homens já estavam voltando para suas casas. Sentei no balcão que tinha algumas peças posicionadas, peguei um pacote de bolacha e fiquei olhando o movimento diminuir.

  Alguém se aproximou e deu um tapa na minha cabeça, eu olhei e lá estava Amyr, ele se sentou ao meu lado e tomou a bolacha da minha mão.

  - Não faça mais isso. - eu o olhei. - O que você fez hoje, fugir. - eu olhei para os outros. - Eu sei que não podemos te controlar, mas pelo Craik, ele te vê como a irmã dele, a irmã que o deixou sozinho e o fez criar tudo isso aqui. Se algo acontecer com você ele ficará louco... Não quero vê-lo sofrer mais uma vez. 

  - Não se preocupe, a partir de hoje o meu passado será completamente deletado. Eu viverei apenas isso aqui.

   - Não quero que apague o que te tornou isso que você é, quero apenas que não se torne uma maluca que resolve fugir de casa a cada cinco minutos. - eu ri. - Bom... agora eu vou para casa, a Velha deve estar louca atrás de mim.

   - Ela não perguntou de mim? - ele negou.

   - Ela está agradecendo isso tudo, você ter fugido a deixa com menos trabalho.

   Ele subiu na moto, ouvi a sua aceleração e ele partiu. Fui par ao alto e me pendurei, a noite estava quente, muito quente, olhar todos me cansava. Saí para olhar o céu. Pude ver um vulto, o cabelo colorido, era a Brilho do arco-íris, eu não ia lembrar seu nome sempre. Ela me encarou, subiu na moto e partiu. Eu me sentei proximo ao cercado e fiquei olhando as estrelas, estavamos longe da cidade, ali era bem calmo, quando não tinha as brigas, mas dali eu podia ver as estrelhas, faziam anos que eu não as olhava, não dessa forma.

   - Tudo bem? - eu me assustei. Craik se sentou ao meu lado. - Desculpa por antes. - eu neguei.

   - A culpa foi minha, não sua. - ele riu. - Eu devia ter contado o que eu tinha em mente, mas não fiz...

   - Eu devia ter entendido, mas por favor, quando for fazer algo maluco tente me explicar antes que eu posso te ajudar.

   - Sinto muito... - ele me olhou. - Por tudo e pela sua irmã... - ele ficou sério. - Eu li o diário dela, sinto muito por tê-lo feito. - ele negou e abraçou a minha cabeça.

   - Tudo bem. - ele riu. - Todos temos nossos pontos fracos não é? O meu é uma garotinha chata que resolve subir em motos e sair por ai. - eu ri e comecei a fazer cócegas nele. - Para! - ele tentava me parar em emio a risos. Eu me levantei e bati a roupa que havia ficado suja com pó. - Agora eu vou te pegar.

   - Não! - eu gritei e sai correndo. Ele correu atrás de mim.

   Dei a volta no galpão, e voltei par aonde estavamos, achei que eu o tinha despistado, porém ele não havia me seguido, sabia que eu faria aquilo que eu pararia ali novamente.

   - Há! - ele me segurou e começou a fazer cócegas, comecei a me debater em meio a risadas, até que caí ao chão de tnato rir. - Ai... Ai... - eu ainda tinha uns subitos de risada. - Você é muito chato.

   - Você não está longe de ser chata. - ele riu. - Vai se arrumar para dormir, amanhã você aidna tem aula.

    - Certo, pai! - eu ri, e ele também. Levantei-me e ele continuou ali sentado, agora ele era quem olhava as estrelas, antes de entrar dei uma última olhada e fui tomar outro banho. 

    Aos poucos o movimento naquela oficina aumentava, mais trabalho e mais dinehiro entrava. Já havia se passado bastante tempo, o ano quase acabava e Craik queria fazer algo par ao Natal e Ano Novo. 

   - Decorar as coisas, sabe? - ele estava pendurado na varanda olhando apra a oficina, eu estava em pé ao seu lado. Alguém entrou, alguém novo, eu nunca o tinha visto por ali. Ele olhou apra cima. - Caramba! - Craik pulou batendo a cabeça no metal que cercava a varanda.

   - Craik? - o homem perguntou enquanto o mesmo descia correndo as escadas e ia cumprimentar o homem, que usava uma roupa toda formal. - Nossa! Colo esse lugar está movimentado.

   Eu desci calmamente logo atrás de Craik e parei não muito distante deles.

   - Ivy - um dos homens que trabalhavam me chamou. - preciso da sua ajuda aqui.

   - Certo. - o homem me acompanhou até o momento que olhei o que tinha na moto.

   - Quem é a criança? - Craik me olhou. - Não vim falar sobre sua creche. - eu gritei ao pegar em um local quente. - Ela é muito barulhenta. Enfim... Craik tenho um trabalho para você.

   - Um trabalho? - ele me olhou. - Vamos lá para cima conversar.

   Eu os acompanhei com os olhos. Terminei de ajudar ali e fui par ao balcão, ver se tinha algo mais para fazer.

    - Amyr, você pode vir aqui? - Craik gritou após abrir a porta.  - Rápido. - Amyr subiu correndo.

   Fiquei olhando, mas continuei a ajudar os homens ali em baixo. Uma mulher entrou, ela tinha os braços cruzados, um óculos escuro contornado em dourado, um piercing ao lado do nariz. Ela usava um shorts jeans com alguns brilhos, uma bota de salto fino e um top que mal tapava o que deveria. Eu a olhei e todos os homens babaram. Ela olhou com ar de nojo para todos.

   - Vinte e três anos, nova, bonita, riquinha, esposa do cara. - falei comigo mesma.

   - Ciúme por todos olharem para ela? - um deles comentou comigo eu o olhei.

   - Não, pelo menos agora posso descansar de vocês. - ele riu.

   - Você é muito nova para entender isso.

   - Garanto que não.

   A menina veio até onde eu estava se debruçou no balcão. 

My, my, my

Whiskey and rye

Don't it make you feel so fine

Right or wrong

Don't it turn you on

Can't you see we're wastin' time, yeah

  - Quer algo? - perguntei buscando alguma bebida embaixo do balcão.

  

  - Desse lugar imundo? Não, estou bem. - ela me encarou. Abaixou os óculos. - Você sabe onde meu marido foi?

  - Saber eu sei, só não vou contar. - ela arqueou uma sobrancelha. - Desculpa, se ele não te chamou par air até lá era porque você não deveria ouvir a conversa e talvez nem devesse ter saido do carro de vocês.

   - Como sabe que estou de carro?

   - Não se anda de moto com roupas assim. - ela me encarou.

   Fui até uma moto que havia acabado de chegar, cumprimentei o homem da moto, ele perguntou de Craik e eu expliquei o que estava acontecendo. Olhei par a amoça, ela estava de costas par ao balcão, as pernas abertas ela mascava algo enquanto me encarava.

   Arrumei aquela moto e poucos segundos depois Craik saiu da sala, a moça correu até o marido que deu um tapa em sua bunca e a agarrou com vontade, eu fiz uma careta para o gesto que ele teve em público.

   - Cuidaram bem de você, docinho? - ele perguntou e me olhou. - Quem é a criança? - ele perguntou para Craik.

   - É uma prima minha. - ele sorriu na minha direção e fez um gesto apra que eu me aproximasse. - Ele poderia ir conosco?

   - Não sei... Ela é muito nova para entrar no lugar... - ele olhou para os dois homens ao meu lado. - Porém eu tenho o poder naquele lugar não é? - ele riu. - Você sabe que o BB estará lá. - eu fiquei gelada, Craik apertou meu ombro. - Quero que você ganhe aquilo a qualuqer custo.

   - Pode deixar.

   

I wish I could drive away to the sunset

Back to the day that we first met

Only believe the things I wrote

I'll put it in a note, yeah

I'll cross my t's and dot my i's

Better say hello, don't you dare say goodbye

BB?

  O Homem foi embora. Craik voltou a comandar o lugar, apenas falou para que eu deixasse as coisas prontas em alguns dias iriamos partir os três par aum trabalho fora... E deixar a oficina.

  Chegou o dia da viagem, eu ainda não sabia do que se tratava, apenas os segui, confiei em Craik.

   - Estaremos indo para São Paulo, teremos uma corrida por lá, e os Bad Boys estarão participando disso. - ele me olhou. - Sei que você não aceitaria se eu tivesse falado corretamente do que se tratava, mas eu preciso de você para essa corrida.

   - Como assim?

  - Aquele homem, ele era meu fornecedor, ganhou muito dinheiro no mercado ilegal de peças, agora ele nos sustenta nessas corridas, ele chama os melhores do país para sua equipe, teremos os melhores mecânicos conosco, os melhores funcionarios mesmo.

  - Logo somos os melhores corredores. - Amyr falou enquanto caminhavamos para o avião. - Ele nos quer na pista, iremos detonar todos.

  - Mas... Craik, você me trouxe para?

  - Correr é lógico. - ele sorriu. - São sete corridas, velocidade, habilidade, arte, revesamento, feminino, masculino e equipe.

  - Equipe e revesamento, não é o mesmo? - eu coloquei a bolsa embaixo do assento. Sentei-me entre os dois.

   - Nas palavras quase iguais, porém em revesamento são um de cada vez, equipe são todos ao mesmo tempo, dois protegem e um vence para a equipe.

   - Entendi.

   - Não. - ele concluiu. - Você é a nossa arma, eu vou em velocidade, Amyr em arte e você é a nossa habilidade. - ele me abraçou. - Nunca participamos da feminina, logo você imagina o porquê. - eu ri. - Só sabemos os nomes das corredoras e assistimos umas duas vezes, não posso te passar tudo, você terá que trabalhar com isso.

   - Sem problemas. - eu me arrumei.Se não se importam irei dormir e tentar entender que posso encontrar todo meu passado de uma só vez.

   - Do que ela está falando sobre o passado?

   - Deixe-a dormir. - Craik falou para Amyr.

It's all right to tell me

what you think about me

I won't try to argue you

or hold it against you

I know that you're leaving

you must have your reasons

The season is calling

your pictures are falling down

  Pousamos e logo fomos para o hotel, muitos chegavam e pelo estilo podiamos dizer que eles correriam. Meu quarto eu dividiria com os dois, uma cama de solteiro e uma de casal.

  - Vocês dois irão dormir juntinhos. - eu falei afinando a voz.

  - Sério? - Amyr falou. - Ah... cara! - ele jogou a mala. - Por que você não dorme comigo? Prefiro você ao Craik.

  - Olha o respeito com a moça, moleque. - Craik o tacou na cama. Eu ri dos dois. - Ivy... - ele me olhou sério. - Você tem que estar pronta psicologicamente para ver coisas não muito comuns - eu confirmei. - Eu falo sobre sexo a acéu aberto e drogas, alguns assassinatos... Por isso, por favor. - ele abriu a mala e tirou do meio. - Quero que ande com isso. - uma arma.

And it happened once again

I'll turn to a friend

Someone that understands

Sees through the master plan

But everybody's gone

and I've been here for too long

To face this on my own

Well I guess this is growing up

  - Vamos dormir. - eu me joguei na cama e em segundos eu já dormia.

  O café da manhã do locla era ótimo, alguns corredores já conheciam meus companheiros e riam de me ver ali, brincavam dizendo que crianças não deveriam correr.

  - Vamos para os treinos. - Craik falou.

  Andamos até um local na rodovia, era afastado de tudo, para chegar tinhamos de pegar uma trilha, chegamos a um cmapo aberto, vários corredores estavam ali.

  - Aqui! - era o homem que havia nos encontrado antes. - Essa é a equipe, os corredores. - ele falou apresentando apenas os dois homens.

  - Ela também é.

  - Craik, o que você está dizendo?

  - Você verá. Agora dê uma roupa para que ela possa correr conosco.

  Ele me jogou algo, coloquei por cima da roupa que eu já vestia, peguei um capacete... rosa... Por que rosa? Só porque sou menina?

   Subi na moto, era das boas, boa aceleração.

   - Ivy - Craik falou se aproximando. - você tem de passar por esses obstáculos com menos tempo possivel.

   Eu olhei, alguns zig-zags que seriam faceis, desviar de pregos, ida e volta. Entendi, já tinha cronometrado, vinte segundos.

   - Vai! - ele gritou.

  Acelerei, a traseira escorregou, pude ouvir o homem me xingar. Acelerei, fui e voltei, sem cometer um erro. A mulher que também estava ali ficou boqui-aberta.

  - Quem é essa menina? Ela não é sua prima, não pode ser. - o homem olhou Craik.

  - Longa história. - ele riu. - Mas você nunca ficará sabendo.

  - Aqui mocinha. - ele me entregou. - Esses são os mapas dos circuitos que vocês irão participar.

  - Certo, irei estudá-los e ver a melhor forma de vencer em todos. - o homem me olhou sorrindo. - Você disse que os BB's irão participar... - ele ficou sério. - Quais são os integrantes inscritos?

  - Bom... Aaron, Gabor, Cadell, Bruehl, e dizem que um novo garoto, muito bom irá participar, mas não sei o nome dele, não me lembro...

  - Isaac... - falei e ele confirmou. - Certo, eu os conheço sei o estilo de corrida.

  - Desculpa, mas eles correm para matar. Você se verá livre deles na corrida feminina apenas... Mas dizem que até uma menina está do lado deles e tem o mesmo estilo de corrida. - Será que tinham chamado a Tethys? Mas ela não se envolveria com esse tipo de coisa.

   - Certo. Mas não se preocupe, sei lidar com eles. - o homem riu. - Vou fazer o meu trabalho.


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