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E então a porta bateu e ouvi passos ecoando na escada que foram diminuindo.

–Ah, como é bom estar finalmente sozinha! – Liguei a TV do quarto.

–Na verdade – E uma voz familiar ecoou no quarto – Não tão sozinha assim.

Saltei da cama assustada, como alguém pode entrar no quarto das pessoas pela janela?! Será que é algum costume Nova Iorquinho? Bem, de qualquer jeito não gostei.

–Quem. É. Você? – Perguntei amedrontada.

O homem sai da parte obscura do quarto já que era de noite e a única coisa que iluminava o aposento era a TV, fazendo me arrepiar toda. Não que eu esteja... Ah, to morrendo de medo, é isso ai!

–Não tenha medo – Ele falou andando devagar em minha direção – Pelo menos não tanto quanto qualquer outra pessoa deveria ter.

Então a única coisa que veio em minha mente foi a coisa mais sensata e correta que já passou por aqui: CORRE, ELENA!

E assim fiz, comecei a correr no estreito corredor. Corri tanto que meus pulmões pareciam que iam explodir com a minha respiração acelerada... Desci as escadas com o mesmo animo.

–Aonde pensa que vai? – Ele falou do pé da escada. Como ele fez isso? Santo Jeus, por que essas coisas acontecem comigo?

Subi as escadas novamente em direção ao quarto e lá estava ele encostado na entrada.

–Ah, tem como parar com esse joguinho, Katherine?

–Quem é Katherine? – Perguntei confusa. Será que esse cara tem problemas?

–Você! – Ele falou apontando o dedo indicador em minha direção.

E então havia mais nada.

~1 hora depois~

–Onde estou? – Resmunguei tonta

–Em um lugar melhor, talvez? – O homem alto e de olhos azuis se encontra sentado em uma poltrona vermelha, e parece que está bebendo Whisky. – Meu nome é Damon e você é a Elena, certo?

–Hãm? CADÊ O HOTEL? CADÊ MEUS PAIS? CADÊ TODOS? QUE CARALHO DE LUGAR É ESSE? - Levantei do sofá em que estava deitada e entrando em pânico comecei a ver tudo girar em minha volta.

–Se acalma, garota! Você tem sorte de eu ter tirado você  daquela viajem com a sua  família.

–Como sabe meu nome? EU NÃO TE FALEI!

–Er... Vamos dizer que eu revirei a sua mala.

–POR QUE FEZ ISSO?

–Porque eu quis.

Sua face não demostrava nenhuma importancia ao que está acontecendo e isso começou a me irritar.

–O que é isso... – Coloquei a mão no meu pescoço... Era sangue? – Quem é você?

–A pergunta não é quem sou eu... – Ele se levantou da poltrona deixando o copo de whisky na pequena mesinha – E sim, o que sou.

Mais uma vez minha conciencia veio a calhar, levantei depressa e subi as escadas que tinham na sala. Entrando na primeira porta aberta que vejo, a única coisa que não esperava é ter um homem só de toalha dentro dele, e adivinha? Tem exatamente isso.

–O que você tá fazendo aqui? – Perguntei ao cara que pelo menos de costas é quente.

–Eu moro aqui – Ele responde colocando um blusa e virando em minha direção – E você... – Ele se espantou, me fazendo lembrar do primeiro encontro que tiver com Damon na biblioteca do aeroporto – Katherine? Como ? Você está pequena.

–Foi a mesma reação que eu tive. – Damon falou.

–Vocês são todos malucos e você... – Apontei para o homem que havia me trazido – É um Canibal! E eu vou sair fora daqui.

–Você não pode! – Disse Damon sem expressão alguma no seu rosto.

–Por que não?

–Está em Mystic Falls na Virginia, não conhece nada daqui.

–Eu nasci aqui! Idiota.

Os dois pareciam que entraram em choque conjunto pela fisionomia que expressavam.

–Damon não faça isso, deixe a menina ir! Ela não é quem você pensa. – O outro pediu. Gostei dele, parece que é inteligente.

–Cala boca, Sra. Esquilo! Se quiser ficar de fora disso, vai embora.

–Er... Eu vou pra sala e deixar a DR de vocês com vocês! – Então desci as escadas e os dois já estavam lá.

–Faça logo, Damon. – O loirinho falou.

–Ok ok, vem aqui Elena! Prometo que não vai doer e blá blá blá – Damon disse revirando os olhos.

Apesar de não ter ido até eles, Damon apareceu em minha frente num piscar de olhos.

–Você vai calar a boca e fizer tudo que eu mandar de agora em diante e só acordará quando eu quiser. – Ele disse olhando profundamente em meus olhos...

E tudo ficou preto, novamente.