Leucemia escrita por Escritora Anônima


Capítulo 6
PARTY!


Notas iniciais do capítulo

Se der errado? Risque, apague, esqueça, comece de novo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/291569/chapter/6

– O Senhor Gomez passou mal e foi para casa, Fercondinne – Ele sorriu e prosseguiu a aula.

Assim que tocou o sinal, peguei minhas coisas e sai.

– Hei, gatinha – reconheci a voz

– O que você quer, Ric?! – Perguntei, parando para olha-lo

– Nada, só quero um beijo, ué – Ele chegou mais perto.

– Acabou – Só conseguir dizer essas palavras

– Acabou? – Ele repetiu, tentando entender.

– É isso, acabou – Falei, mas, afinal, acabou o que?

– Acabou – Não parecia mais uma pergunta, e sim um afirmação.

– Isso que tínhamos, acabou, não temos mais nada, você ta livre e eu também – Falei

– Não – Ele me encarou

– Sim – Virei – Adeus, Ric

Só pude ouvir os comentários inúteis de seus amigos e as brincadeiras idiotas. Pedi para o motorista acelerar e fechei meus olhos.

– A Bia ligou... – Passei direto para o meu quarto, me joguei na cama. Precisava sair, tava cansada. Tinha feito uma besteira, mas, era preciso. Gostava de Ric, agora, não sabia se era pela popularidade, ou pelo que ele era. Troquei a saia por um short jeans e sai. Caminhei, fui observando as coisas com calma, estava cheia... Queria chamar a atenção de seus pais e já sabia como fazer isso

– Bia?! – Gritei pelo telefone

– Onde você esta? – Ela parecia preocupada – O que houve com o Ric?

– Terminamos, te conto a historia depois! – Me adiantei, antes de ser bombardeada de perguntas – Vou dar uma festa sexta a noite, na minha casa!

– Como assim?! – Ela falou, calmamente – Lembra-se da ultima! Seus pais tiveram que sair da Alemanha para... É isso! É isso que você quer, seus pais – Ela me entendia bem – Tudo bem te ajudo a organizar!

– Obrigada – Suspirei de alivio e voltei a minha casa

A semana passou correndo, evitei o Ric o Maximo que pude. Convidei todos para a minha festa. Quando chegou sexta- feira a tarde, decoração estava pronta, tinha dado o dia de folga para Laura ir visitar seus irmãos, o que ela achou estranho! Estava pronta, cachos grandes e volumosos no cabelo, um vestido preto, colado ao corpo, tomara que caia e com elástico dos lados, com um salto azul piscina, meus olhos estavam marcados. Olhei no espelho antes de descer as escadas. Havia chegado bastante gente, todos pararam para me olhar. Fiquei feliz em vê que o Ric estava ali, ele ficou me medindo, no meio da escada falei:

– Podem curtir, porque a festa é de vocês – Sorri

Todos gritaram e começou a grande bagunça. Toda hora chegava gente!

– AMIGA! – Bia gritou e me abraçou - Ta tão linda, ê perfeição você!

Dei uma risada sem graça

– Você que ta linda, de verdade! – Bia era uma morena muito linda, tinha cabelos pretos, escuros, do mesmo tom que o meu, mas, tinha luzes cor de mel, uma franjão destacava seus olhos azuis piscinas, meio puxados, mas, não muito. Tinha uma boca bem definida, e seu corpo era escultural. Estava usando um vestido vermelho vinho, que tinha uma abertura atrás, que terminava chegando quase ao fim da coluna, com um laço, um salto prata, cheio de brilhos e sua boca estava destacada, com um batom vermelho.

A musica estava alta, mas, ainda ouvia alguém batendo na porta. Corri para abrir. Era o Eduardo, ele estava com uma blusa cinza, de gola V, uma calça jeans, um all star preto. Eu o encarei.

– O que esta fazendo aqui? – perguntei

– Vim vê como os ricos se divertem – Ele me encarou

– Como assim? – Perguntei confusa

– Como são as festas de vocês, vim vê se são melhores que as da comunidade – Ele sorriu

– É claro que são – Respondi irritada

– Você nunca foi a uma festa na comunidade, então, você não sabe – Ele passou pela porta sem pedir licença e se perdeu no meio da multidão.

Como não pude fazer mais nada, deixe as coisas rolarem, apesar de ter um intruso na minha festa, começou a tocar a minha musica favorita, e eu comecei a dançar. Já passava das 03h30min da manhã, e ninguém tinha vindo reclamar! Vi o Ric de canto, ficando de novo com a Oxigenada, sínico! Ainda tem coragem de fazer isso na minha casa, simplesmente ignorei e fingir que não vi! Já era 06h30min, todos foram embora e nenhuma reclamação. Fiquei confusa, Bia foi dormir em meu quarto. Deitei no sofá e fui acordada pelos meus pais, nenhum dos dois estavam felizes.

– Bom dia – Sorri, animada! Trabalho completo, corri para abraça-los

– Posso saber qual foi o nome do furacão que passou aqui? – Minha mãe batia o pé

– Só assim para conseguir chamar atenção de vocês, não é mesmo? – Despejei tudo o que estava sentindo

– Não! – meu pai falou – Porque não me ligou – Ele pegou o seu talão de cheque no bolso - É dinheiro, quanto você quer?

– NÃO pai, não é seu dinheiro, é seu amor, é seu carinho, eu quero que vocês me amem, não quero o dinheiro de vocês – Lagrimas escorriam do meu rosto – Querem saber de uma coisa, sumam, eu não preciso de vocês! – Subi correndo pro meu quarto e antes de fechar a porta falei – Vou ser a pior filha de todos, a partir de hoje! – Fechei a porta!

– Filha, abre – Minha mãe batia sem parar

Duas horas depois, o celular do meu pai tocou, e só ouvi as palavras que me fizeram ter certeza que mudar seria o melhor

– Tudo bem, estamos a caminho – Ele desligou – Filha, temos que ir, venha dar tchau para sua mãe

– Não – Gritei, e mais lagrimas escorriam – To cansada de dar tchau. Podem ir, não ouvirão meu tchau. Eu odeio vocês!

Depois, só foi possível escutar o silencio, e algumas horas depois só ouvi o barulho de Laura chegando, que ao vê a bagunça ficou assustada. Deitei em minha cama e dormir.

A manhã de sábado estava fria, com poucos raios de sol. Coloquei minha calça jeans, uma blusa de seda clara e uma sapatilha. Peguei meu celular e disquei para Eduardo



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Leucemia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.