Leucemia escrita por Escritora Anônima
Notas iniciais do capítulo
"Dizem que quando é pra dar certo, até os ventos sompram a favor"
- Uau, você sabe que a palavras desculpa existe – Ele falou e deu um sorriso sem graça
- Você é insuportável demais garoto – Me alterei
- Calma, só estava brincando – Ele me olhou – Desculpa.
- Ta, que seja, pra mim tanto faz. – Falei e peguei a folha da sua mão
- O que você vai fazer? – Ele perguntou
- Escrever o trabalho, minha caligrafia é bem melhor que a sua, tenho certeza – Ela falou
- Para de ser grossa menina, ignorante – Ele falou
- Não nasci pra agradar ninguém – Dei de ombros,
- Trouxe um lanchinho pra vocês – Laura sorriu
- Ta fazendo caridade pros pobre agora? – Olhei pra ela
Ela virou-se e me deixou falando
- Não precisava, obrigada – Eduardo falou
- Magina, querido – Ela respondeu da área de serviço.
Comecei a fazer o trabalho, fiz minha parte e ele fez a dele.
[...]
- Tenho que ir! – Ele falou
- Mas, não acabamos ainda – Eu falei
- Amanhã terminamos, daqui a pouco não vai ter mais ônibus – Ele olhou pro relógio
- Ah, esqueci que você é um imundo – Dei um sorriso cínico
- Respeito é bom, e todos gostam – Ele se levantou
- Tchau. – Nem o levei na porta, simplesmente subi e entrei no meu quarto, escutei a porta se fechando, me joguei na cama e só pensei em dormir.
Acordei meio sonolenta, o sol batia forte na janela, olhei em volta, só conseguia pensar em uma coisa: o sonho conturbador que tive na noite passada... Era uma noite escura, eu estava sozinha, e simplesmente caio em um buraco, no qual não consigo sair, e esse buraco não tem fim... Olhei pro relógio, marcava 11: 45, levantei em um pulo, corri para o banheiro, tomei um banho rápido, coloquei um vestidinho solto, batia na altura do joelho, prendi meu cabelo em um coque alto e desci as escadas. A mesa estava servida
- Porque tem duas xícaras? – Perguntei assustada
- Seu amigo, ele vem fazer o trabalho hoje as 11:30, mas, até agora não chegou – Ela olhou para o relógio na parede
- Vai vê desistiu – Mordi uma torrada
- Você devia trata-lo melhor – Ela sugeriu
- Você devia cuidar da sua vida – Falei fazendo careta
O barulho da campainha soou pelo cômodo, olhei para Laura e correu para abrir a porta. Eduardo a cumprimentou e ela então deu-lhe espaço para entrar.
- Bom dia, desculpa a demora, é que... – Ele começou
- O ônibus atrasou e bla, bla, bla – Completei.
- É, foi isso. – Ele deu de ombros – Vamos logo, trabalho hoje!
Ele me seguiu até meu quarto, parou na porta.
- Vamos fazer o trabalho no seu quarto? – perguntou, olhando em volta
- Algum problema? – Perguntei, Sentando na minha cama
- É, que, em comum os pais não deixam meninos entra no quarto de suas filhas – Ele continuava olhar em volta
- Vamos dizer que... Meus pais não ligam – Falei pegando o notebook – Entre
Passou pela porta e ficou olhando cada canto do meu quarto. Era um quarto grande, bem iluminado, três paredes brancas e uma em destaque roxa, onde havia espalhada varias e varias fotos desde quando eu era pequena, até as atuais, era o meu mural gigante, minha cama era de casal e ficava no centro dessa parede, na parede de frente ao meu quarto, havia o meu closet, e ao lado meu violão ficava pendurado. Na parede do lado esquerdo do meu quarto ficava a mesa do notebook, ao lado da mesa, uma porta para a varanda, e na parede do lado direito, minha penteadeira, com maquiagem, pentes, e um espelho enorme.
- Pensei que fosse tudo rosa – Ele estava admirando
- É, mas, não é! – Falei encarando – Vamos, sente, você trabalha hoje, ou já esqueceu!
Começamos a pesquisar, foi bem rápido, ele entendia o assunto e terminamos faltava 20 para as 16h00min!
- Merda, to atrasado – Ele se levantou e saiu andando.
- Ei, você entra que horas no trabalho? – Perguntei
- Entro as 16h00min e saio as 21h00min – Ele desceu as escadas de dois em dois degraus
- Meu motorista leva você ate o restaurante – Eu falei do alto da escada
- Não preciso de caridade, já falei – Ele bateu a porta.
Esse menino me irrita, muito! Peguei meu celular e disquei o numero do Ric
- Oi gata – Ouvi sua voz calma e sedutora
- Oi Ric, sentiu minha falta? – Perguntei, fechando a porta do meu quarto
- Tem como não sentir?! – Ele deu um risada
- Vamos nos vê hoje? – Perguntei abrindo a porta da varanda – To com saudades – Sentei na cadeira
- Vamos sim – Senti animação em sua voz – Onde? Que horas? Quando te pego?
Capitulo O6 – Era pra ser, ou não...
- Relaxa! – Falei – Me encontre no parque, aquele lugar traz boas lembranças – Entrei e fui escolhendo minha roupa.
- Com certeza – Senti malicia em sua voz – Otimas lembranças
- Então ta, as 19h00min – Desliguei o celular sem ouvir sua resposta
Deitei em minha cama e acabei dormindo... Quando acordei era exatamente 22:00 horas, peguei o celular, ainda tonta, tinha 23 ligações do Ric, e 8 sms. Ele iria me matar.
Levantei, abri a porta do meu quarto, estava tudo escuro. Ninguém. Voltei ao meu quarto, seria inútil sair agora. Resolvi enfrenta-lo de uma vez. Disquei seu numero, chamou algumas vezes até ele atender.
- Fala – Sua voz estava rouca
- Desculpa?! – Falei devagar – Eu acabei dormindo
- Tudo bem – Não parecia estar tudo bem – tchau. – E então desligou
Fiquei alguns minutos com o celular na orelha, até que então, me dei conta e joguei ele na cama! Deitei e fechei os olhos com força.
Acordei com a Laura me chamando como sempre. Levantei, meus olhos estavam inchados, e meu cabelo, parecia feno. Corri pro banho,, que foi bem rápido... Passei base, pó, lápis, e rimel. Coloquei uma saia rodada rosa, uma regata preta, uma sapatilha preta e peguei meu material. Deixei o cabelo solto mesmo. Desci as escadas peguei um bolinho e sai. Olhei pro céu, o sol estava brilhando forte. Esperei Bia me sair. Ela estranhou eu já esta fora.
- O que houve? – Ela percebeu
- Ontem eu dei um bolo no Ric – Falei olhando pro chão
Ela parou antes de entrar no carro
- Como assim? – Ela estava com os olhos arregalados
- Entra – Empurrei-a para dentro do carro – Marquei de vê-lo no carro, e então, não fui... Acabei dormindo, não foi minha culpa – Eu dava explicações para eu mesma.
- Oh Gosh, hoje ele vai ta estressadíssimo! – Ela me olhou – Mas, tudo ok, contigo, ta ok, né?
- Sim, sim – Sorri de canto.
E quando percebi, já estávamos em frente a escola. Descemos do carro, e lá estava ele, com seu grupinho de sempre, sua blusa marcava seu peitoral e os braços a mostra. Qualquer uma daquela escola morria para ficar com ele, e ele escolheu a mim. Passei direto, nem tive coragem de olhar aqueles olhos mel. Sentei no mesmo lugar de sempre. Eduardo entrou logo em seguida, e ocupou o lugar ao meu lado.
- Não estou em um dia muito bom, espero sinceramente que você não me estresse! – Eu falei encarando o quadro negro
Ele simplesmente não respondeu, pegou seu material e colocou em sua mesa, encarei para ter certeza que teria me ouvido, ele estava me ignorando. Que raiva!
O Killer, professor de literatura já havia entrado. Ah tempo! As aulas passaram devagar, e tediosas, o menino ao meu lado ainda me ignorava. Tentei não pensar nisso, quando chegou a hora do intervalo, esperei Bia do lado de fora da sala.
- Vamos? – Ela segurou minha, e então apertei a sua.
Descemos as escadas que dão ligação as mesas, sentamos em nossa mesa de costume, eu não iria comer e nem a Bia, por isso nossa mesa ficou vazia. Encaramos-nos. Ela percebeu o meu olhar e então, começamos a procurar por Ric, que não estava lá.
- Vou atrás dele – Disse, me levantando.
- Amiga, esquece! – Ela me olhou
- Não posso – e então fui procura-lo
Andei pela escola toda, e não achei, faltavam 5 minutos para acabar o intervalo, onde ele estava... Fui a quadra e então vi a cena que era melhor não ter visto: ele estava beijando oxigenada do 2ªI, eu não sabia o que fazer. Simplesmente, me virei e sair andando, como minha mãe ensinou.
Nem passei no refeitório, fui direto a sala.
- O que houve? – Bia perguntou assim que entrou na sala
- Vai na minha casa depois da aula? – Perguntei
- Claro – Ela sorriu de canto, sabia que não estava bem
O próximo professor entrou na sala, e Eduardo não estava lá... Espertinho, achou que podia cabular. Era o momento de me vingar por me ignorar!
- Professor? – Levantei a mão!
- Sim, Fercondinne? – Ele me olhou
- O Eduardo estava aqui nas primeiras aulas, e agora, sumiu! Pode cabular assim? – Perguntei irônica
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