The Simple Plan escrita por Tamiris Vitória


Capítulo 27
Vamos beber porque amar tá foda.


Notas iniciais do capítulo

Não deu pra postar ontem porque o wifi começou a ramelar na missão comigo.



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Eduardo Mendes

Tudo estava dando errado, e quando as coisas estão assim, costumam demorar a se resolver.
Minha vida estava indo de mal a pior. Eu estou apaixonado. Apaixonado por uma garota que esta em duvidas se quer me perdoar.
Tudo por uma idiotice do idiota do meu irmão que por incrível que pareça esta diferente. E só pra reforçar a tragédia que está minha vida. Eu estou apaixonado pela ex do meu irmão. Em resumo: a vida não tá fácil pra ninguém.

Pra resolver isso só bebendo até esquecer o meu nome.

– Eric. - Eu entrei na cozinha e me sentei enquanto o via terminar de lavar a louça. Minha mãe nos obriga a fazer alguns serviços domésticos.

– O que?

– Você bebe?

– Ah! - Ele jogou a tigela que lavava na pia. - O que eu fiz agora?

– Calma. - eu ri. - Eu perguntei se você bebe alguma coisa animal!

– Ah...

– Mongo.

– Porque a pergunta?

– Eu quero beber. - Ele riu, debochado. Ah, qual é, estou revoltado.

– Eduardo, papo 10 cara... Bebida é a ultima coisa na qual você deve descontar sua revolta.

No linguajar malandresco do meu irmão, "papo 10" é papo sério.

– Por quê?

– No fim você acaba sempre fazendo merda e se sentindo culpado, e como - pegar a mulher do melhor amigo.

– Ah, mas eu não ligo. - Dei de ombros.

– Você quer beber por causa da Paolla?

– Também. Sabe aquela frase: Vamos beber porque amar esta foda?

– Não, eu nunca amei. - Eric sorriu, orgulhoso.

– Ta, enfim. - Suspirei. É isso. Você me leva a algum lugar pra eu beber e falar merda?


Paolla Santana

E pela tardinha...

Hoje, sábado, eu acordei com uma imensa vontade de ir ao shopping. Não sei por que já que acho shopping o passeio mais entediante o possível. Liguei pra dupla dinâmica Não é o Tiago e o Breno e fomos para o bendito shopping.
Por incrível que pareça Melissa e Emanuella não tocaram no nome do Eduardo. Elas falavam sobre tudo: música, roupas, comidas, sapatos, e menos o bendito garoto. Aquilo estava começando a me soar estranho, mas ignorei.

– OMG! DEAD!! - Melissa gritou, correndo para uma loja de sapatos. Emanuella deu um grito, assustada.

– Senhor! Eu não creio que ela vai comprar outro! Ela tem 15! 15 saltos daqueles que me horrorizam!

Eu ri observando uma loja daquele tipo que só entrava gente chique e toda trabalhada. Emanuella foi até onde Melissa estava e eu fui pra loja que estava me chamando à atenção por demais. Nela só havia uma mulher, alta, loira e do estilo sou rica e poderosa.
Fui em direção a uma calça jeans MUITO linda, e cara, como eu quero uma calça jeans preta! Fiquei de costas pra ela como se dissesse: ela é minha, não a toquem.

– Essa blusa aqui não ficaria boa em mim. - Observei uma mulher negra, esbelta e bonitona se aproximar de uma blusa estilo tomara que caia.

– Depende, se você comprar um top não ficaria tão feio. -Eu falei, sem perceber que aquilo não era da minha conta.

– Você acha? - Perguntou ela.

Eu me vi balançando a cabeça em concordância. Ah, eu não sei o que eu tenho hoje.

– Sim, todos dizem que tomara que caia é pra mulher de peitão, mas eu discordo.

Tá, o que eu estou falando pra essa mulher??

– Ela se aproximou com um sorriso amistoso, eu deveria ter corrido nesse momento, mas não consegui.

– Você me parece ter bastante conhecimento sobre roupas e modo de se vestir.

E assim demos início a uma conversa sobre modas até a dona da loja a loira poderosa se aproximou, sorrindo.

Eduardo Mendes

– O que é isso? -Eu perguntei após Eric me passar um copo com uma bebida escura e de cheiro forte.

– Whisky e Red Bull. - Ele respondeu, sentando-se na cadeira de um bar próximo a nossa casa. Era até normal o bar, meio velho, mas nada assustador. Não que eu esperasse uma coisa barra pesada.

– Ah.

– Vai beber ou não?

– Vou. - Olhei para o copo e respirei fundo. O peguei e bebi. Era forte pra caramba. Porra, isso é forte.

– Muito. Você ainda nem bebeu cu de burro. O bang é a pampa.

– Nem quero. - Fiz careta e bebi mais do energético. Eric estava bebendo caipirinha.

– Ainda tem o bombeirinho, Maria mole... Essas coisas assim.

Nós conversamos e conversamos sem deixar de beber um segundo se quer. Não demorou muito pra eu me sentir alegre pra caramba e claro, começar a falar merda.

– Eric, eu estou com vontade de cantar.

– É?

– Aham.

– Foda-se!

Eu ri enquanto o via tomar mó queda da cadeira. Todos nos olhavam. E eu quero é que se foda.

Fui até o Karaokê do bar e esperei um cara terminar de cantar Fiorino do Gabriel Gava.

Todos bateram palmas e ele saiu. Eu tomei minha vez.

As músicas que tinham eram só as bagaceiras mesmo:

1. Eu quero Tchu, eu quero Tcha.
2. Gatinha assanhada
3. O que é que tem?

Eu vou cantar a três porque eu gosto um pouco da letra.

– DAE, EXPERO QUE CURTAM ESSA PORRA DE MÚXICA! -eu berrei, me sentindo cada vez mais elétrico. Acho que tinha algo a mais naquela bebida.

Paolla Santana

Olha... Eu já devo ter dito que irei escrever um livro, não é?
Pois bem, acho que irei dar a minha história pra algum autor de novelas, pois não é possível tanta coincidência pra uma pessoa só.

A mulher da blusa me adorouuuuu!! Disse que além de linda eu sou muito simpática e inteligente. Depois veio à loira poderosa que por alguma macumba do destino é a mãe dos Mendes. Sim, a mãe deles. Ela também me adorou e disse que quer me contratar pra trabalhar com ela. Escala 6x1, salário R$ 600,00 e com comissão a cada venda, VR, VT e desconto na compra das roupas. Ela é tão absurdamente legal que eu nem pensei duas vezes.

Vou trabalhar na loja Away, da Lucia Mendes, minha ex-sogra.


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Notas finais do capítulo

Próxima postagem vai depender dos comentários.



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