-Eeee... Meu Deus... Quem é você? -Perguntei com minhas mãos tremulas. Ele era tão lindo... Cabelos loiros bem claros, aquele loiro cor do sol, olhos mais verdes do que tinha visto. Ele era um Deus grego, ou melhor um Deus francês. Sean é muito diferente de André, meu idiota ex era moreno de olhos verdes também, mas verde escuro. Já esse menino francês... Ah esse menino francês tem tudo que uma garota quer e sempre quis. 

          -Meu nome é Sean, sou sobrinho do Chuck, o estilista. -Explicou Sean dando um passo e nos deixando mais perto. -Quem é você? 

        -Sou Jennifer, irmã da Lindsay, Lindsay Pullon a modelo brasileira. -Lembrei olhando aqueles perfeitos olhos. Estou realmente apaixonada por Sean, mesmo que essa seja a nossa primeira conversa. -Como você fala português? 

           -Sou brasileiro, aprendi francês tem uns três anos. Meus pais morreram, sou filho único e meu tio ficou com a minha guarda. Tio Chuck ama a Europa, por isso sou fluente em francês, alemão e inglês. -Esse menino é perfeito, Sean me olhava de um jeito diferente como eu nunca tinha sentido. Seus olhos me conectavam de uma maneira que dava vontade de voar naqueles lábios vermelhos. -Você fala uma língua? 

         -A portuguesa. -Ele riu mas foi aquela risada gostosa e linda. Alguém me segura? Ele chegou um pouco mais perto. -Minha irmã vai frequentar direto a França, Itália... E eu sei apenas o básico do inglês... 

       Será que ele percebeu a minha indireta? OMG, sinto meu coração bater a milhões por hora. Sean dá mais um passo e estamos a um ponto de beijar o outro. 

          -Você já visitou a França? -Perguntou ele com um sotaque esquisito, acho que alemão. 

          -Nunca. -Respondi esticando minhas costas e deixando meus seios mais evidentes. Merda, por que eu não vim de decote? -Por quê?

         -Gostaria de conhecer? -Isso! Ele percebeu meu joguinho e esticar a coluna, Sean lambeu seus lábios vermelhos, ele estava sentindo alguma coisa por mim. Tesão? Paixão? Amor? 

       -Amaria. -Estiquei um pouco meu rosto e o beijei. Estava comprovado que ele era brasileiro, Sean colocou suas mãos na minha cintura fazendo-me sentir confortável e segura. 

        Foi um beijo simples, mas muito significativo. Sean era um cavaleiro, educado e beijava tão bem. Todo o meu corpo estava relaxado. Eu beijei o garoto mais lindo do mundo, não me acorde. 

         -Quer passear por Paris e conhecer seus encantos? -Perguntou Sean ao final do beijo ainda com as nossas testas juntas. 

         -Vamos, me torne uma francesa. -Rimos e ele me deu um selinho bem rápido. 

        -Vou falar com o meu tio e já vamos, avise sua irmã tá? -Pediu ele segurando a minha mão quente, apenas com o seu toque eu podia sentir borboletas dentro de mim. 

        -Vou avisar. -Deixei um beijo em sua bochecha e fui correndo a maquiagem, onde Lindsay estava. 

        Era na maioria mulheres maquiadoras, mas tinha dois homens em volta de Lind deixando-a mais perfeita ainda. 

        -Mana linda, eu vou sair para conhecer Paris com o menino mais lindo do mundo tá? -Ela interrompeu tudo. 

      -Que??? -Perguntou ela interrompendo pinceladas de pó no seu rosto. -Quem é ele? 

       -O sobrinho do Chuck. -Falou Mike que estava ouvindo tudo. -Pode ir, eu me responsabilizo por isso. 

        -Você sabe quem era ele? Desde de o jantar? -Para tudo! -Mike! 

         -Quem você acha que disse para ele ir falar com você? -Ele riu. -Vai logo. 

        -Obrigada Mike. -Abracei o melhor empresário do mundo e voltei ao meu Deus francês que me esperava na porta do salão de eventos. 

        Sean vestia uma jaqueta preta de coro, uma camisa azul escura, um jeans preto e um all star branca de cano médio. Essa é a roupa perfeita para deixar uma garota nas nuvens, principalmente com aquele corpo. Provavelmente ele tem tanquinho e tem uns músculos. 

         -Não vai sentir calor com essa jaqueta? -Perguntei quando ele abriu a porta para eu poder sair do local de eventos. 

        -Vou, por isso vamos dar uma passadinha no hotel para eu poder trocar de roupa. -Ele riu e andou até um poste quem tinha uma linda escuter vermelha. -Qual capacete quer? 

       -Vamos de moto? -Perguntei sorrindo, acho moto tão sexy, ainda mais dirigida por um gato desses. 

        -Sim. -Ele assentiu. -Algum problema? 

         -Ao contrário Sean, eu amo motos. -Respondi. 

        -Perfeito. Tudo bem você usar o capacete preto? -Perguntou ele entregando-me um de seus capacetes. -Só tenho dessa cor. 

        -Tudo bem. -Vesti o capacete, depois ele vestiu um outro que era também preto.

        -Quer ajuda para subir? -Perguntou ele estendendo a sua mão. 

      -Não obrigada. -Ignorei a mão dele e montei na moto linda vermelha. -Posso fazer um pedido? 

       -Faça. -Disse ele vestindo luvas de couro para pilotar. 

       -Posso ficar na frente? -Perguntei sorrindo e rindo. 

       -Claro que pode. -Como ele é um doce. -Mas eu irei pilotar ok? Tirei minha carteira tem algumas semanas e adoro estar no controle. 

       -Por mim tudo bem. -Ele subiu, sentou atrás de mim e deu a ignição. 

      A moto ligou, Sean deu a partida e ele voou diante dos meus olhos. Meus cabelos castanhos voam ao vento livres como uma pessoa que dança até o amanhecer.

          Uma das mãos de Sean estava  na minha cintura, será uma forma de proteção ou ele é mesmo safado? 

        Quando percebo, já havíamos chegado no hotel. Descemos da moto, Sean guardou os capacetes e fomos até o saguão. Ele falou algo em francês com o recepcionista e pegou a chave para o quarto. 

        Andamos até o elevador, ele era tão lindo, aqueles olhos verdes não saiam da minha cabeça.   

        -Qual andar? -Perguntei esperando para apertar o botão do elevador. 

         -Vigésimo sétimo. -Ele respondeu.  

      Era coincidência? Que engraçado. A porta abriu e nós saímos. 

        -Eu vou apenas trocar a minha camisa e a jaqueta. -Informou Sean andando até o quarto dois mil setecentos e oitenta. -Você pode esperar aqui ou lá dentro eu não me importo. 

        -Esperarei aqui. -Respondi sorrindo. 

      -Tudo bem, já volto. -Ele beijou minha bochecha e entrou no quarto. Mas não fechou a porta, apenas a deixou encostada. 

         Meu quarto era o dois mil setecentos e vinte dois, era perto dali, no mesmo andar. E aqueles olhos verdes não saiam da minha cabeça...  Aproveitando que o corredor estava vazio, olhei pela brechinha da porta, OMG ele estava sem a camisa e sem jaqueta. Sean tinha aquele tanquinho bem definido e perfeito, aquele abdômen que toda garota quer para seu namorado... Eu pensei em namorado? Eu estou mesmo apaixonada...

         Os mamilos dele eram clarinhos, não escuros, ele era todo loirinho. E pelo visto depila o peito, obrigada Deus por isso. Odeio homens de pelo peludo, já não basta o suvaco?

         Sean abriu a gaveta da cômoda, onde tirou uma camisa branca. Será que ele podia ficar um tempinho mais sem a camisa? Hahaha... Que corpo lindo, definido e os braços bem malhados que estavam escondidos pela jaqueta preta de couro.

         Depois de ver meu amor vestir sua camisa, voltei ao corredor, fingindo que vi nada. Como uma pessoa pode ser tão linda assim?

         -Tudo certo. Podemos fazer agora o nosso tour por Paris. –Ele riu voltando ao corredor do hotel.

         Sean trancou a porta do seu quarto, guardou a chave no seu bolso e virou sorrindo para mim.

         -Vamos? –Ele estendeu a mão para mim. –Eu não vou morder, segure a minha mão.

         Peguei a mão dele como se já fossemos um casal, parece que as nossas mãos foram feitas um para o outro, elas se encaixam perfeitamente. Mas meio caminho havíamos andado: Estou perdidamente apaixonada por Sean. De mãos dadas, fomos até o elevador. Ele apertou o botão de térreo e agora era só esperar o elevador fazer seu trabalho.

         Percebo que Sean está olhando para mim, uma bela oportunidade de ver seus belos olhos. Viro meu rosto para o seu, e vejo aqueles olhos verdes sobre um lindo sorriso sincero de apaixonado.

         -Você é linda. –É tudo que ele diz, para deixar-me ainda mais derretida.

         Com um jogo de movimentos ele me vira e cola nossos lábios. Sean era um cavaleiro, delicado e romântico. Durante esse beijo ainda bem delicado, percebo que isso é amor. O que eu sentia pelo André era apenas uma paixão passageira, tanto que enfrentei tudo mais fácil do que pensei. Mas desde quando vi Sean pela primeira vez, já tinha ficado apaixonada.

         André era meu passado, e espero que Sean seja meu presente e futuro para sempre. É ele que eu quero. Sei que é estranho falar assim de um menino que acabei de conhecer, mas seus olhos dizem que vamos ficar juntos para todo o sempre.

         Depois de um beijo bem apaixonado no elevador do hotel, o abracei com toda a minha alma e meu amor, eu estou apaixonada por Sean. Ele é perfeito.

         A porta do elevador se abre e saímos para o saguão, ele deixa a chave com o recepcionista e vamos a frente do hotel onde ele havia deixando sua escuter.

         Cada um coloca seu devido capacete e montamos como antes: Eu na frente (para sentir o vento no meu rosto e poder ver melhor a beleza da França) e ele atrás pilotando com seus musculosos braços.

         Sean dá a ignição e a moto começa a andar nas belas ruas de Paris.

         -Gostou do que viu no hotel? –Escuto Sean dizer com uma voz muito sexy me deixando completamente excitada.

         -Como você sabe? –Perguntei meio envergonhada.

         -Vi seu reflexo pelo espelho do quarto, vi seus olhos. –Ele riu, tudo bem gatinha. Não se sinta envergonhada.

         -Posso te fazer uma pergunta? –Perguntei colocando a minha mão sobre a dele no volante.

         -Pode. –Ele respondeu. –O que?

         -Quantos anos você tem? –Perguntei olhando pelo retrovisor aqueles olhos verdes.

         -Quinze. –Respondeu ele colocando de novo a mão na minha cintura. –E você?

         -Quatorze. –Lembrei com um sorriso enorme, ele nem era tão velho assim, podemos namorar!

         -Perfeito. –Depois de mais alguns minutos de viagem na maravilhosa moto vermelha, chegamos a um restaurante.

         O lugar parecia ser super fique, merda e eu com uma roupa casual!

         -Sean, me desculpe pela pergunta, mas vamos jantar ai? –Perguntei apontando o restaurante.

         -Não querida. –Ele me chamou mesmo de querida? –Conheço o dono, ele me deixa usar os fundos para guardar a moto, vamos em um lugar muito melhor, acredite em mim.

         -Tudo bem. –Desci da moto e esperei na porta do restaurante enquanto o Sean estacionava a moto.

         Passou-se uns minutos e ele volta com uma cesta para piquenique.

         -Pronta? Vamos andando dessa vez. –Ele estende de novo a sua mão. E eu a seguro. –Conte-me um pouco de você.

         -Nasci no Rio, cresci sem pai, apenas com a Lindsay e minha mãe Trixie. Minha vida foi normal, quase até uns meses e anos atrás. Minha mãe teve câncer de pulmão e morreu em menos de um ano. Lind virou a minha “mãe” além de amiga e irmã. Mudei de escola e fui morar com ela, lá pensei ter arranjado o amor da minha vida. –Suspirei um pouco, ainda doía quando lembro o que o André fez comigo.

         -Ele não era o amor da sua vida? –Perguntou Sean olhando nos meus olhos enquanto andávamos por uma rua de Paris, e viramos na esquina.

         -Ultimamente vivi algo que me diz que o André não era o homem da minha vida. –Desabafei olhando para os meus sapatos.

         -Ei, olha para cima. –Sean segurou de fraco no meu queixo e levantou meu rosto.

         Estávamos de frente para a Torre Eiffel, ela era grande e linda. Havia poucos turistas, pensei que teria muita gente, mas não. Estava consideravelmente vazia. Eu falando do idiota do André enquanto estou na frente de uma das sete maravilhas. Oitava, se contar que o Sean é a primeira maravilha. Ahahahah...

         -Como é linda... –Andamos mais um pouco.

         -Você é mais. –Sean sussurrou mais pude ouvir, senti meu rosto ficar vermelho igual a sua moto.

Chegamos, andamos sobre um belo gramado, Sean sentou e depositou a cesta na grama.

         -Esse é o Rio Sena. -Explicou ele. –Quando vim aqui pela primeira vez um guia turístico disse que é o rio do amor, quando um casal inicia uma relação a melhor maneira de comemorar era com um piquenique as suas margens, é ele durará para sempre.

         Sentei-me ao seu lado. Se eu percebi, Sean está dando muitas e muitas indiretas de que sente algo por mim. Acho que ele está apaixonado. Ou será apenas uma paixão passageira como aquela que senti pelo André? Estou apaixonada pelo Sean, nunca vou me cansar de dizer isso.

         -Termine de contar sobre o André que não era o homem da sua vida. –Pediu Sean. Aqueles olhos verdes eram sinceros e me sentia a vontade para dizer e conversar sobre qualquer assunto.

         -Ele e umas outras meninas da escola me magoaram, me humilharam, e uma pessoa que realmente me amasse não teria feito isso. –Expliquei. – E eu quase perdi minha virgindade com ele... Mas agora é definitivo, só vou transar com alguém que eu esteja completamente apaixonada, e é claro que devo estar preparada.

         Agora ficou um problema, amo muito Sean. Mas não sei se me entregaria a ele na cama, e também não estou pronta. Ele me olhou compreensivo, acho que ele me entende, como se ele pudesse ler e ouvir meu coração.

         -Sei como é. –Disse ele quebrando o silêncio. –Namorei uma francesa, mas descobri que ela me traiu com um home que tinha o dobro da minha e idade e era casado. Eles transaram e gravaram, da para acreditar que ela me mandou o vídeo?

         -Nossa. –Que namorada filha da puta. –Que terrível.

         -Eu sei... Mas já superei. –Ele sorriu e olhou para mim. –Agora eu posso fazer uma pergunta?

         -Claro que sim. Qual? –Perguntei.

         -O que foi que você viveu ultimamente que te mostrou que o tal André não era o amor da sua vida? –Como vou explicar isso para ele? Merda...

         Olhei para aqueles lindos olhos verdes que pareciam brilhar com o reflexo do sol da tarde de Pais.

         -Conheci você. –Fui direta. –Sei que parece idiotice, nos vimos ontem e essa é a primeira vez que saímos, mas quando você segura minha mão é tão bom. Quando você me beija Sean, sinto borboletas voando pelo meu estomago, sinto que o mundo todo está feliz. Quando olhos em seus olhos lindos e bem verdinhos, sinto que posso ser honesta e abrir meu coração pois você não irá me machucar. Sinto algo em você que me deixa completamente feliz e cada vez mais apaixonada.

         O sorriso dele se abriu a cada palavra que eu dizia, no final ele se curvou e me beijou de novo, só que um pouco mais atrevidamente. Senti um pouco de sua língua entrar na minha boca. Ele queria dar um passo, mas acho que Sean estava mais inseguro. Por isso, joguei minha língua no beijo.

            Depois do beijo olhei fundo naqueles belos olhos verdes. 

       -Jennifer, eu sinto o mesmo. -Ele falou quebrando o silêncio. -Seu sorriso é o brilho da minha alma. Acho que não vou aguentar viver sen esse seu belo sorriso e seu delicioso beijo meu amor. 

        -Sean, você sabe que eu só vim para a França durante uma semana, como nós vamos nos comunicar se você mora aqui? -Perguntei segurando a mão dele. -Sexta-feira depois do desfile eu vou voltar ao Brasil. 

         -Não pense nisso minha amora, vamos aproveitar cada segundo. -Sean sentou um pouco mais perto, apenas a cesta de piquenique nos separava. -Eu adoro estar ao lado. 

       -Eu te amo. -Essas palavras de repente saíram da minha boca, eu não pude fazer nada. Elas apenas saíram. 

        Ele sorriu e inclinou seu rosto para um delicioso beijo. Um quente, delicioso e apaixonado. Acho Sean sente o mesmo por mim, o cheio que ele me olha, que ele fala... 

         -Eu também te amo. -Ele sussurrou no final do beijo. 

        Depois de nossas belas declarações de amor, comemos o nosso almoço francês. Um piquenique as margens do rio Sena, em frente a Torre Eiffel e perto do verdadeiro amor da minha vida: Sean, o menino dos olhos verdes. 

   

            POV ROBBIE

           Acordei por volta das oito, tinha que estar no trabalho as nove, fudeu. Já sei! Posso pedir ajuda a alguém. 

      

-----------ligação on----------------

        -Alô? -Falou Jess com uma voz ainda sonolenta. -Robbie? 

        -Sim! Jess preciso que você venha cuidar das crianças e deixa-las na escola. -Pedi. -Estou extremamente atrasado.   

       -Tá bom... Estou indo. -Ela afirmou. -Chego ai em cinco ou dez minutos. 

       -O mais rápido... Tchau. -Desligamos. 

  

-----------ligação off---------------

       Terminei de colocar a minha roupa para o trabalho e desci as escadas. Todos os meus filhos ainda dormiam. Sentei no sofá ao lado de Greg, ele dormia tão bonitinho. 

          Não sei como, mas de alguma forma o Greg lembrava a Lindsay. Passou-se menos de vinte e quatro horas e eu já sinto a falta dela. A campainha tocou tirando-me dos meus pensamentos, era a Jess. 

         -Oi. -Ela me abraçou. -Pode ir eu cuido de tudo. 

         -Tchau. -Deixei Jess no comando de tudo e fui ao meu trabalho de âncora. 

       O trânsito andou bem rápido, cheguei um pouco mais cedo e deu tempo de fazer a maquiagem. Eu já estava pronto para ir ao ar mas ainda havia os comerciais.

       Aproveitando esse tempo, escrevi essa mensagem para Lindsay: 

       "Mal consegui dormir sem você minha melzinha, muitas saudades. Não poderei ir ao desfile, mas vou torcer para tudo dar certo. Beijos, Robbie. "

       Agora era esperar ela responder e o programa começar. Apresentei tudo o que aconteceu de ruim na cidade do Rio de Janeiro. Passou-se um hora de trânsito, merda. No meu peito, bateu uma saudade da Lindsay, uma coisa inexplicável, até que sinto meu celular vibrar no meu bolso. 

          Melzinha tinha respondido: 

       "Ah, meu docinho. Sem você não vai a mesma coisa... Mas vou me apresentar de qualquer forma. Jennifer e eu estamos amando a França, queria que você estivesse ao meu lado. Beijo, Lindsay. Xoxo"

         Ela faz falta... Cheguei em casa e estacionei o carro. Ao entrar em casa vejo meus filhos já almoçando junto a Jess. 

        -Jess obrigado por tudo. -Agradeci a ela. -Pode ir quando quiser.    

           -De nada Rob... Eu já estou indo. -Ela levantou da cadeira e se despediu de Felipe, Zoe, Rosie e Pet respectivamente. -Tchau. 

        -Papai! -Felipe saiu correndo da cadeira e veio me abraçar. -Pensei que você tivesse me abandonado como a mamãe fez. 

           -Filho, mamãe jamais iria deixar você. Ela te ama. -Lembrei. -Olha, ela viajou a trabalho, sábado ela estará aqui conosco e tudo voltará ao normal. Agora, vai fazer sua lição e brincar. 

         Ele assentiu com a cabeça e foi para o quarto. Felipe tinha cinco anos, ele já era capaz de saber qua a mãe poderia ter abandoná-lo. Isso não seria correto, é apenas o trabalho dela, e eu realmente espero que tudo fique bem.

        Ajudei Pet e Ros a descerem de suas cadeirar e subirem para seus devidos quartos. Ajudei eles a fazerem seus deveres e a lerem um pouco. Lindsay sempre pede para eles lerem um pouco, ela diz que ler alimenta a mente e deixa a mente mais ativa. 

         Depois de uma tarde longa e cansativa fui descansar em meu quarto, mas antes seria perfeito um bom banho de banheira. 

          Fazia uns dezoito graus de temperatura, que para um carioca como eu, é um frio terrível. Enchi a banheira com água quente, estava realmente tão quente que saia fumaça. 

          Tirei a minha roupa e entrei na banheira, estava perfeito. Ou quase perfeito. Ficaria perfeito se tivesse alguém ali comigo, alguém por cima de mim e me enchendo de beijos. Lindsay era como aquela mulher que se você ver, ela nunca iria sair da sua mente. Ela is torturar você com sua beleza e faze-lo ter os mais loucos e profundos sonhos eróticos. 

        Lindsay é a mulher que todo homem deseja, uma mulher que quer ser amada e tudo que quer em troca é um amor caloroso. Minha melzinha faz qualquer mulher ter inveja de sua beleza e sua magreza. Ela tem seios perfeitos, a boca que parece ser feita a mão, olhos castanhos, barriga chapada... Posso ficar o dia todo apenas para descrer a beleza dela. 

          Quando Lindsay entra em algum lugar, todos param o que estão fazendo para dar-lhe um pouco de atenção. Aquela mulher roubou meu coração, e posso dizer que não sei mais como é ficar sem ela. 

          Passei horas em um banho quente lembrando os melhores momentos que vivi com a minha esposa. Ela ficou praticamente um dia fora e já sinto muito a falta dela. 

         Assim que o banho acabou, voltei ao quarto e vesti apenas uma samba canção vermelha. Deitei na cama e pensando na Lindsay. Nela e na sua beleza. 

          POV LINDSAY

         Na Europa, mais especificamente na França, era seis da tarde e meus pés já formavam bolha de tantos saltos diferentes que eu colocava e tirava. Todos pensam que ser modelo é fácil, mas é completamente difícil. Você tem que andar perfeitamente, queixo elevado e costas mais do que retas. E principalmente ter confiança em você. 

         É uma profissão muito disputada, por isso que temos de ensaiar, ensaiar, ensaiar e ensaiar. O tempo passava e eu andando na passarela e tendo cada vez mais confiança em mim. 

           O ensaio havia acabo, eu tirava a maquiagem enquanto Jennifer entrou no estudio com um belo sorriso no rosto, e acompanhada por um menino lindo, loiro e de olhos verdes. Devia ser o sobrinho do Chuck. 

        Tirei toda aquela maquiagem infernal do meu rosto e coloquei minha roupa. Estava na hora de voltar para o hotel, tomar um outro bom banho e dormir. Ah dormir, em uma cama bem quente. 

           -Hey. -Jenni chamou minha atenção. -Vamos para casa? 

         -Estava te esperando. -Lembrei levantando-me da cadeira de maquiagens e fui até ela e o seu "namorado. 

        -Olá Lindsay, eu sou Sean. -o gentil menino esticou a mão, ele falava com um sotaque francês. -É um prazer conhecer a mãe da minha namora. 

         -Namorada? -Perguntei rindo. 

        -É... Namorada? -Jennifer perguntou sorrindo.

         -Lindsay, se me permite, gostaria de ter a mão de sua irmã em namoro. -Nós rimos do jeito educado que ele falou. -Bem, namoro ainda, noivado apenas daqui há uns anos. 

        -Sean, ela é toda sua desde que ela chegue em casa, o hotel no nosso caso, às oito em ponto no quarto... Ela é toda sua. -Avisei. -E, por favor, me chame de Lind.

        -Quer dizer que posso ficar com ele até às oito? -Perguntou Jennifer abraçando o braço do belo menino. 

        -Pode. -Assenti. -Mas as oito quero você já na cama mocinha. 

        -Claro. -Ela riu. 

        -Mas lindas meninas, hoje foi um dia corrido e acho que seria melhor se Jennifer fosse descansar agora. -Pediu Sean olhando para sua namorada. -Amora, vá descansar. Acho melhor. 

        -Sendo assim... Eu vou para o hotel com a minha irmã. -Falou Jenni.  

       -Ótimo. -Constatou Sean. -Vou ajudar meu tio com as roupas. 

       Jenni e seu novo namorado deram um selinho longo como despedida, e depois Sean foi para os bastidores a procura de Chuck. 

      -Vamos minha irmãzinha que tenho muitas perguntas a fazer. -Abracei minha irmã e fomos pegar um táxi junto a Mike que nos esperava no lado de fora do estúdio. 

           Em rápidos minutos chegamos no hotel, e logo assim que chegamos fomos direto para o nossos quarto. 

          -Ei mocinha, conte-me agora sobre o Sean! -Pedi rindo a Jennifer enquanto fechei a porta do quarto do hotel. 

         -Lindsay, ele me levou para conhecer a Torre Eiffel e o rio Sena. Conversamos sobre as nossas vidas e tudo mais. Claro que tudo isso entre maravilhosos beijos... -Ela falava com uma carinha de apaixonada. 

          -Quando isso começou? -Perguntei curiosa. 

          -Ontem durante o jantar com o Mike. -Ela lembrou. -Eu e Sean trocávamos uns olhares mas nem cheguei a pensar que ele sentia algo por mim...

        -Como assim? -Perguntei explodindo de emoção, minha irmã estava amando novamente. 

         -Quando eu olho para ele, sinto que tudo está certo e perfeito. Sinto que vou poder confiar nele, naqueles belos olhos verdes tenho a certeza da honestidade dele. -Jennifer explicou sorrindo. -Lind, sei que é estranho, mas me sinto com borboletas no estômago quando beijo ele e quando ele pega na minha mão.... Ah, Lind. 

           -Você o ama? -Perguntei tirando a roupa. -Você o vê no seu futuro?  

         -Sim... -Ela se levantou, foi até a cômoda e vestiu uma camisola curta e azul. 

          -Eu tomar um banho. -Levantei da cama. -Bons sonhos. 

         Deixei Jenni com seus pensamentos apaixonados. Fui ao banheiro, enchi a banheira de água quente. Entrei na banheira, era extremamente relaxante. 

           É bom ficar um tempo sozinha para pensar e refletir no meu futuro. Meus pés estavam cheios de bolhas e doíam, mas tudo ia valer a pena quando eu ouvisse os aplausos de parabenizarão por um desfile fantástico.

         O banho acabou, coloquei um pijama colorido. Deitei naquela cama confortável de solteiro do hotel e adormeci pensando no Robbie. 

          POV JENNIFER

           FLASHBACK*

           Por volta das três da tarde, Sean e eu olhávamos para a Torre Eiffel, agora sim rodeada de turistas. 

        O nosso almoço havia acabado faz tempo, estávamos apenas trocando olhos. Agora sentamos um de frente para o outro, nossos olhos estavam conectados e Sean fazia tudo ser ainda mais romântico. 

         Ele mexia no meu cabelo, sorria quando eu olhava para sua boca em sinal de beijo e segurava a minha mão para me proteger. Era só olhar nos olhos dele para ter a certeza de que ele foi feito para mim. 

         -Me beija. -Ele pediu todo manhoso. Era impossível dizer não. 

         Assenti sim com a cabeça e inclinei meu rosto juntando nossos lábios em um amasso capaz de fazer o mundo dar mais e mais voltas. Quando eu beijo o Sean, sinto borboletas no meu estômago e ouço fogos de artifício.

        Assim, que o beijo acabou, Sean olhou fundo nos meus olhos... Ah, aqueles olhos verdes.

          -Je t'aime... -Ele sussurrou. 

           -Que lindo meu amor, mas... O que diz? -Perguntei rindo. 

          -Eu te amo. -Ele sussurrou de novo com um sorriso branco, Sean tinha seus dentes perfeitos. Tudo nele era perfeito. -Posso lhe fazer uma pergunta? 

          -Pode. -Respondi tirando a cesta do nosso meio e colocando-a longe, encostei minha cabeça no peito de Sean.

          -Por que você não transou com o André? -Perguntou Sean deitando na grama. 

          -Na hora H eu não me senti pronta. -Lembrei. -Já estávamos apenas de roupas íntimas, ele tirava meu sutiã... Sei lá, não me senti pronta. Ou talvez ele não fosse o homem certo. 

           -Isso é uma indireta para mim? -Perguntou Sean, ele fazia carinho em uma mecha do meu cabelo. 

         -Não. -Afirmei. -É bem direta. Sei que parece cedo demais Sean, mas eu sinto algo que me diz que é você. 

        -Minha namorada, eu te amo. -Falou Sean beijando minha testa.

         Ficamos mais alguns minutos ali, no silêncio apenas um olhando para o outro com um sorriso bobo e apaixonado. Era cinco horas e pouco, começou o pôr-do-sol e por isso voltamos ao estúdio. 

FLASHBACK*

        Fechei meus olhos e dormi, dormi profundamente pensando no Sean, meu lindo e novo namorado. 

        POV LINDSAY 

          Durante todo o resto da semana foi a mesma coisa. Rob e eu trocando mensagens calorosas de amor, Sean e Jenni saindo para passeios românticos, Chuck me obrigando para não comer e Mike me ajudando a aprender como se anda na passarela. 

        Hoje é sexta-feira, quando for noite, será o grande desfile. Estou um pouco assustada, vai que meu sonho se realize. E se realizar? Se meu salto quebrar e a roupa desabotoar? Rob não vai estar lá. Dei duro para chegar onde estou agora, espero que de tudo certo. 

         Era seis horas da manhã, acordei primeiro que Mike e Jenni, levantei e tomei um banho rápido, e logo coloquei um jeans e um camisa vermelha. 

         -Ei, acorda Jenni. -Balancei o pé dela, acordando-a. -Hoje é o dia. 

           -Ah... -Ela deu um pulo da cama. -Já tomou banho? 

          -Já, vai que eu estou te esperando. -Terminei de me arrumar e enviei essa mensagem para o Rob:

"Sei que ai é madrugada, mas um beijo para você. Como estão as crianças? Hoje é a grande noite meu amor, deseje-me sorte. Beijo, Lindsay xoxo."

       Agora era só esperar ele responder. Passou-se uns minutos e Jenni já saiu do banheiro toda arrumada. 

         -Pronta? -Perguntei pegando a minha bolsa. -Vamos logo que acho que tenho um tempo para ensaiar mais uma vez. 

       -Vamos. -Jennifer guardou o seu celular no bolso e saímos do quarto, fomos direto para o elevador. 

        No saguão, encontramos o Mike e de lá pegamos um táxi até o estúdio que já estava sendo arrumado com as cadeiras, reservadas para a imprensa, testes de luz e som... Eu me senti uma profissional bem experiente. Mas vou confessar que o medo subia em mim.

         Fui direto aos bastidores, Mike conversava sobre a manutenção da luz com Chuck e Jenni encontrava seu namoradinho. 

           Os bastidores pareciam um inferno, cheio de pessoas correndo de um lugar para o outro, com muitas roupas na mão, garotas tentando parecer perfeitas com muita e muita maquiagem... Mas era isso o que eu queria, o glamour, a fama, o sucesso. Estou lutando e vou conseguir, agora sou uma lutadora.  

           Um dos ajudantes entregou as roupas que eu iria usar no desfile. Eu teria uma cabine para mim. Aproveitando que apareco apenas no meio e final do desfile, entrei em uma cabine e sentei lá. 

        Ah Deus, que saudade do Rob, agora ele iria dizer algo para levantar meu ânimo e eu iria bilhar na passarela, mas isso não era viável agora. Será que eu posso me sair bem nesse desfile? 

        Olhei as roupas nos cabides. Eram um biquíni e um maiô, os dois lindos. Um eu usaria no meio do desfile e depois no final. Coloquei o biquíni e fui para a maquiagem, enquanto um homem aumentava a minha beleza, Chuck fazia um discurso sobre o que desejava para a equipe que o ajudou a realizar mais essa etapa do seu sonho.

           O tempo passou, e ele falou. Todos ouviram ele falar, e até o sobrinho Sean parecia entediado com o palestrante. Com a minha maquiagem terminada, um homem começou a arrumar o meu cabelo. Ele o deixou mais liso ainda, frizou algumas mechas e deu um pouco de volume. O efeito ficou incrível! Meu cabelo estava parecido com aquelas divas de novela... Como eu amo isso! 

           Agora, era só esperar o show começar. Sentada na cadeira da maquiagem, fiquei pensando na plateia. Devia estar cheio de pessoas, algumas famosas e outras da elite francesa que pagaram para estar ali.  

         Ai meu Deus... A música começou a tocar e começou o show. Do camarim, era possível ouvir a música e os flashes das fotos das revistas de moda. 

          -Lindsay, para a coxia! -Mandou um assistente de Chuck me ajudando ir até um lugar escuro, que dava para a passarela. -Assim que Kris sair, entra! 

        Kris era uma modelo, ele era loira de olhos pretos. Magra, muito magra e quase sem peito. Eu, para ser so contra, já sou mais cheia e tenho melões e não peitos como diz o Rob. 

        Um medo me subiu junto a um frio na barriga, Kris tinha entrado na passarela. Era cruzar os dedos e rezar para que não aconteça como no meu terrível sonho... Cadê o Robbie? 

         Kris apareceu de novo na coxia, merda agora sou eu! Um meio segunda atrasada, mas fui a passarela. Na ponta, fotógrafos, muito deles, só podia se ver os flashes. Ali, eu me sentia uma verdadeira diva! 

        Todos os olhares voltados para mim, e no canto de uma das filas, Sean e Jennifer sorriam para mim. Durante a ida na passarela, fui reta, balancei meus quadris e fixei meus olhos em um único ponto: a fama.

          No final da passarela, fiz posses que só com anos de experiência podiam fazer. Mike e Chuck pediram: "Faça uma pose simples, simples!"

         Mas eu não sou simples, vim mostrar que Lindsay Pullon tem nada de simples, eu tenho personalidade forte e vou mostrar que vim para ficar. 

         Durante a minha pose, sorri muito. As câmeras me ama, isso é um fato, nunca vi tanto flash na minha vida como no dia de hoje. Nossa, esse sensação é maravilhosa. Dei umas reboladas, como Mike diz, no final da passarela e voltei ainda mais diva. 

         Uma mão ia na cintura e a outra solta. E sempre, sempre com um grande e pelo sorriso no rosto. De volta a coxia... Wooow! Eu desfilei! Será que arrasei? Foi perfeito? Isso não foi um sonho? 

         -Rápido! -O ajudante gritou. -Roupa dois!

          Fui para a minha cabine e lá coloquei o maio, o lindo maio. E voltei correndo para a coxia, esperar a Wanny, outra modelo que era magérrima. Que aflição, mas pelo menos, agora eu sei como está um pouco cheio e há muitos fotógrafos. Já que Rob não pode ajudar, tenho minha linda irmã e seu namorado para dar apoio. 

           Wanny apareceu na minha frente, vez de brilhar. Sai da coxia... Parecia o dobro de pessoas e mais câmeras... Medo agora, mas nunca vou perder a posse. Continuei olhando para meu ponto fixo, balancei meus quadris para dar movimento e fiz a posse provocante. É isso ai França, as brasileiras são mais sexys e tem o poder! 

       As câmeras brilhavam sem parar, todas elas piscavam e eu podia sentir o flash iluminando o meu corpo. Eu me sentia uma verdadeira diva, ah... Queria que o Rob pudesse me ver agora e dizer o quanto está orgulhoso de mim. Saudades disso... 

       Dei meia-volta e sai da passarela, deixando o público e os fotógrafos com um gostinho de quero mais, eu sei que possi provocar. E quando quero, ah... Sai de baixo!

         Voltei ao camarim, foi. Aconteceu o desfile, eu sou uma modelo... 

         -Hey, agora todas. -Fui repreendida pelo assistente. -Agora são todas! 

        Tive que voltar a coxia escura, mas depois fomos uma atrás da outra, como formigas, até o final da passarela. Os aplausos foram estrondosos! Meu sorriso estava de orelha a orelha, nunca tinha sentido algo como aquilo. 

         Todas as modelos, e eu, voltamos ao camarim. O nosso desfile foi o maior sucesso! E Chuck estava muito feliz, suas roupas foram aceitadas e acho que bem comentadas. Nas próximas revistas quem sabe não haja uma crítica boa ou ruim?! Agora era só esperar...

                De repente Chuck chega com uma garrafa de champanhe e um garçom trouxe várias taças de cristal. Desperdiçar bebida é feio... Principalmente champanhe francês hahaha... As modelos riam, não sei o motivo mas não parecia ser assim tão engraçado. O garçom nos serviu, como não sei falar em francês, apenas sorri. Dei um gole, depois outro e outro até terminar a taça. Não deixei Jenni beber, ela ainda é muito nova.

            Despedi-me de todos, eles iam para uma festa para uma comemoração. Mas estou tão cansada que só penso em um bom banho quente e uma deliciosa noite de sono. Jenni quase caia de sono, ela se despediu do namorado Sean e pegamos um táxi com a ajuda de Mike.

            Voltamos para o hotel, ele parecia meio deserto. Fomos direto para o elevador, subimos para o nosso quarto. A Jenni abriu a porta e entramos, corri para o banheiro. Fui a pia e lavei meu rosto, escove os dentes e coloquei um pijama rosa de calor. Minha irmã linda apenas se tacou na cama e dormiu de tão cansada.

            Mas antes de dormir, tenho que avisar ao meu amor como foi o meu primeiro desfile em uma passarela. Enviei ao Robbie:

“Meu amor, amanhã de manhã voltarei ao Rio. Meu desfile foi perfeito, quando eu chegar ai conto-te em detalhes, nem sei como aquentei todo esse tempo longe de você. Tenho saudades de você em todos os minutos. Como estão as crianças? E seu trabalho? Beijo querido, Lindsay xoxo”

            Agora sim, deitei na minha cama... Que cobertor macio... Abracei um dos travesseiros e fechei meus olhos lembrando do meu dia. Andei em uma passarela, wooow! Simplesmente brilhei quando desfilei, tenho orgulho, porque lutei muito para chegar aqui.

            Espero que tudo volte ao normal quando eu e Jenni voltarmos ao Rio, e por favor, que eu tenha bons sonhos desta vez.