Interlúdio escrita por Djin


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

N.A.: Antes de qlq coisa, um minuto de silêncio pela nossa saudosa Chipped Cup. Rest In Peace. (ou Rest In Pieces haha Sorry ._.)
.
.
.
.
.
.
.
Agora, de volta à nossa programação normal =D
Once Upon A Time não me pertence. Obviamente. Se pertencesse, teriam explicado pq diacho o Rumpel queria aquelas marionetes bizarras (pais do Gepeto) em That Still Small Voice (1x05). Foi o acordo mais sem propósito q eu já o vi fazer oO´´. Apesar dos meus pedidos para a estrelinha mais brilhante da noite, todos os créditos ainda vão aos senhores Edward Kitsis e Adam Horowitz e à ABC.
BILHÕES de agradecimentos à minha beta, Mellie!^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/291068/chapter/11

A voz do homenzinho saiu como um guincho meio desesperado: “Você não pode estar falando sério!”

O Sr. Gold não lhe deu atenção, folheando distraidamente um livro de contabilidades sobre o balcão da loja de penhores.

“Ora, vamos, Sr. Gold...” Ele mudou seu tom para uma suave bajulação. “O senhor não é conhecido por deixar escapar um bom negócio. E esse pode ser muito lucrativo.”

"Sr. Goinfre, acho que já fui claro. Estou muito ocupado no momento para perder tempo com insignificâncias.” O Sr. Gold elevou finalmente os olhos, em um suspiro irritado. “Você deveria, talvez, se preocupar com a dívida que já tem comigo?”

O Sr. Gold observou o homem baixinho e um tanto gordo ficar visivelmente tenso a sua frente e um pequeno sorriso se formou em seus lábios.

“Não se preocupe, Sr. Gold. Teremos o todo o dinheiro no prazo, nossa pequena empresa de construções está indo muito bem.”

“Oh, é mesmo? Mande minhas felicitações para seus sócios.” Seu sorriso se expandiu enquanto um pouco de malícia escorria em sua voz. “Ou melhor, seu sócio. Soube que só sobraram dois irmãos no negócio da família, e o mais velho abandonou a sociedade. O que houve, Sr. Goinfre? Ele não ficou muito contente quando descobriu que vocês misturam areia no cimento das construções?”

“C-como...? Não sei do que o senhor está falando.” O homem gaguejou, suando muito.

“Claro que não. Bom, não se preocupe comigo, não tenho qualquer interesse nesses assuntos. Mas, se eu fosse o senhor, tomaria cuidado. Qualquer dia um vento mais forte vai soprar e derrubar uma de suas obras por aí, e a xerife Swan pode resolver investigar. Não deixe que isso aconteça até ter pagado o que me deve. E agora, se me der licença...”

“Sr. Gold, eu preciso desse acordo! Eu estou desesperado.”

“Isso não me diz respeito.”

O Sr. Gold voltou sua atenção para o livro à sua frente, enquanto o homem lhe lançava adagas com o olhar, ficando muito vermelho de raiva. Foi então que o pequeno sino da entrada da loja tocou e o Sr. Gold ouviu o sorridente ‘bom-dia’ de Isabelle. Ele levantou o olhar para encontrá-la parada à porta, parecendo um tanto surpresa.

“Oh, desculpe, eu não sabia que havia um cliente...”

“Hey, Belle. Não se preocupe, o Sr. Goinfre já estava de saída.”

Mas o homenzinho não parecia disposto a sair. Pelo contrário, ele passou os olhos por Isabelle, com um sorriso malicioso.

"Ora, ora... Então essa é a sua garota? O que o dinheiro não faz, hein?”

O Sr. Gold sentiu o ódio revirar suas entranhas, espantado com a ousadia do homem.

“Me diga, garotinha, quanto dinheiro é o bastante para aturar esse velho monstro?”

“Cale-se!” O Sr. Gold rosnou, saindo de trás do balcão, em direção a ele.

“Ou será que ela não sabe exatamente onde está se metendo? Você contou a ela o tipo de negócios em que se envolve?” Isabelle permaneceu congelada na entrada da loja, surpresa com a cena, e o Sr. Gold temeu pelo que ela poderia ouvir do homem.

Sentindo a raiva turvar sua visão, ele apertou fortemente a bengala em sua mão, e atingiu o homem no rosto, com todas as forças que pôde reunir, assim que ele abriu a boca para continuar a falar. O Sr. Goinfre caiu para trás sobre uma prateleira repleta de objetos de decoração, derrubando vários vasos e estátuas, que se espatifaram no chão, deixando uma bagunça de cacos de porcelana e vidro espalhados pela loja.

“Gold, pare!” Isabelle gritou, correndo até ele e segurando seu braço enquanto ele preparava outro golpe. Ela parecia muito atordoada, seus olhos arregalados e um tanto assustados. Ele se controlou para não atacar o homem de novo, enquanto ele se levantava, limpando o sangue do canto dos lábios e dando dois passos para longe do Sr. Gold.

“E então, princesinha, é isso mesmo que quer ao seu lado? Você parece assustada... Não se preocupe, Sr. Gold, tenho certeza que você a acalma com um colar de pérolas ou coisa assim. O que mais ela poderia querer de você, hm?” O homem tinha um olhar maníaco quando voltou a falar, mas deu um guincho assustado quando o Sr. Gold avançou novamente, levantando a bengala.

"Não!” Isabelle se colocou entre os dois novamente, braços levantados, parando-o enquanto o homem finalmente saía da loja com passos apressados. O Sr. Gold abaixou a bengala e Isabelle acompanhou seu movimento, abandonando a posição de guarda. Ele olhou atentamente para seu rosto, e achou que ela parecia muito pálida.

Seu coração se apertou enquanto ele era tomado por uma brutal frustração. Ele não queria que ela tivesse visto aquilo. Que tivesse visto ele, aquela besta escura que ele mantinha tão cuidadosamente controlada em sua presença. Ela era tão absolutamente pura, dona de tal coragem e bondade que ele se sentia horrorizado com a possibilidade de macular com seus demônios internos.

Não pela primeira vez, ele se perguntou o que faria alguém como ela querer estar perto dele. Ele não era o único a se perguntar isso, na verdade. Ele estava bastande ciente de que, após o pequeno passeio dos dois no festival do Dia do Mineiro, a cidade inteira se perguntava em burburinhos como uma garota jovem e bela como Isabelle poderia querer estar com ele.

As hipóteses mais populares incluíam o questionamento de sua sanidade mental ou a ganância de uma alpinista social. Às vezes, uma mistura das duas explicações. Embora ele deesprezasse com asco os ataques verbais à Isabelle, ele podia entender perfeitamente como todos na cidade poderiam estar perplexos com a relação, quando ele próprio mal conseguia acreditar às vezes.

Ele lembrava bem das palavras da prefeita, sobre como cedo ou tarde Isabelle o veria por quem ele realmente era, e ele temia isso mais que tudo. Ao mesmo tempo, ele se sentia quase se aproveitando de sua ignorância sobre a extensão de seu lado obscuro, o que incluía séculos de torturas, assassinatos e negócios escusos.

Houve um tempo, no antigo mundo, em que ela conhecera muito mais da verdade sobre ele, e ainda era absolutamente incompreensível para ele que ela o tivesse amado. Mas, tanto naquela época quanto agora, ele temia e quase esperava o momento em que ela abrisse os olhos e visse o erro que estava cometendo. Ele praticamente ficara aterrorizado quando o Sr. Goinfre começara a falar sobre ele, temendo o que o homem enfurecido poderia contar a ela.

Isabelle olhou ao redor por alguns segundos, incerta sobre o que fazer. Finalmente, ela foi até a porta e virou a placa para assinalar ‘fechado’. Ela voltou até ele, parecendo resoluta.

“Você está bem?”

Aquela lhe pareceu uma pergunta muito curiosa, diante da situação, e ele teve que rir. “Nenhum dano foi feito do lado que segurava a bengala.” Isabelle não hesitou diante de seu tom irônico.

“Temos que limpar essa bagunça.”

Ele apenas elevou uma sobrancelha, cada vez mais intrigado. Ela não esperou uma resposta, indo até o pequeno armário em seu escritório onde ela sabia que ficavam os produtos de limpeza. Vendo ela retornar com uma vasoura em mãos, caminhando decidida para os cacos de vidro e porcelana pelo chão, ele se colocou em seu caminho.

“Espere, Belle, você não precisa fazer isso. Eu cuido disso depois. Você não é nenhuma empregada aqui.” Ele não pôde deixar de pensar na ironia da situação, em se ver dizendo essas palavras, quando se levava em conta como toda a história entre eles havia começado.

Ela não lhe deu ouvidos, dando a volta em torno dele, e começando a juntar à bagunça com a vassoura. “Temos que arrumar as coisas por aqui, caso a xerife resolva aparecer.”

“Xerife?!”

Finalmente, ela parou o que estava fazendo, segurando a vassoura ao lado do corpo e colocando uma mão na cintura, deixando um expressão aborrecida se formar em sua face.

“Você não devia ter feito aquilo. E se o homem prestar queixas? Você já tem um precedente de agressão.”

“Ele não vai prestar queixas. Tudo que ele deseja é manter distância da xerife, acredite.”

Isabelle achou mais sensato não perguntar por que o Sr. Gold pensava isso ou qual era sua ligação com o homem, e simplesmente voltou a varrer, deixando escapar, quase em um sussurro: “Você ainda não devia ter feito aquilo.”

O Sr. Gold abaixou-se e pegou do chão um lobo azul de vidro, com detalhes dourados e pedras vermelhas no lugar dos olhos, que havia resistido bravamente à queda, tendo apenas perdido parte do seu rabo. Ele o revirou na mão, sem muito objetivo além de ter algo para que dedicar sua atenção, fugindo seus olhos de Isabelle, enquanto um gosto acre de frustração tomava sua boca.

“Você não pode se deixar atingir como esse tipo de coisas... As pessoas falam. Deus, como as pessoas falam nessa cidade! Todo tipo de insultos e obscenidades.” Ela falou, após algum tempo.

Ele deixou o desgosto passar pelo seu tom quando respondeu: “Às vezes, as pessoas falam também algumas verdades.”

Ainda analisando o lobo em suas mãos, o Sr. Gold perdeu o olhar machucado de Isabelle.

“O que isso quer dizer, exatamente?”

“Nada. Não quer dizer nada.” Ele finalmente voltou seu olhar para ela, indagando-se quando ela perceberia, como toda a cidade, que não era bom negócio se envolver com ele. Quando ela se perguntaria, como todos os outros, por que uma jovem e doce garota se aproximaria de um amargo e cruel agiota.

“Você vai se atrasar para seu trabalho. Não se preocupe com a bagunça, eu cuido disso depois. Também tenho que sair agora. Tenho... negócios a resolver.”

Isabelle sentiu-se mal pela súbita dispensa, achando que o Sr. Gold estava agindo de forma muito estranha. Seu estômago embrulhou ao imaginar se ele, talvez, estivesse começando a pensar que todos estavam certos e ela estava interessada apenas em seu dinheiro, como o homem havia apontado tão sadicamente. Não seria com certeza a primeira vez que aquilo lhe chegara aos ouvidos.

Ela pensou em levantar a questão diretamente, mas, quando ele foi tão resoluto até a porta e a manteve aberta para que ela saísse, ela só pôde levantar um pouco o queixo, em leve indignação, e sair, sentindo-se muito irritada.

–*-*-*-



A mente de Isabelle foi tomada por pensamentos desagradáveis pelo resto do dia. Conquanto ela já se sentisse quase acostumada a ser alvo de alguns olhares e sussurros enquanto passava pelas ruas, ela nunca havia pensado que aquilo poderia de alguma forma atingir também o Sr. Gold.




A ideia de que ele poderia vir a pensar nela como uma interesseira ou algo do tipo a enchia alternadamente de indignação e temor. Machucava-a imaginar que ele pudesse pensar tão pouco dela, quando na verdade dinheiro nunca havia sido uma questão que lhe passara pela cabeça. Nunca fora realmente um assunto levantado entre eles, e era quase ridículo para Isabelle o quão sem importância aquilo era.





Por outro lado, ela estava bem ciente que o Sr. Gold não era um homem capaz de fornecer facilmente sua confiança. Enquanto sua relação com ele se formara de uma maneira muito leve, ela não era cega para a forma como ele encarava a vida e as pessoas. Atormentava-a a possilidade de que alguma dúvida fosse plantada entre eles e incentivasse seu caráter naturalmente desconfiado.




Ela só poderia imaginar o que poderia ter acontecido em sua vida para trazer o tormento que às vezes ela percebia pincelado no fundo do seu olhar. Mais de uma vez já lhe haviam dito que o Sr. Gold nunca fora visto com uma esposa ou namorada. Aparentemente, ela era a única a saber que houvera uma vez uma mulher em sua vida. Ela imaginou o que teria acontecido entre eles, se ela o teria deixado tão danificado quanto a delicada xícara de porcela. Ou se fora algo mais, outros golpes da vida.



Isabelle chegou a se recriminar mentalmente por ter pedido ao Sr. Gold para adiar o pagamento de metade do aluguel para o mês seguinte. Mas, verdade seja dita, ele havia insistido que ela não precisava pagar o aluguel de forma alguma e a própria garota é que não aceitara.

Com tantos pensamentos voando em sua cabeça, não era de admirar que a princípio Isabelle não tivesse notado a discussão entre Ruby e sua avó. Não era um acontecimento tão incomum ver as duas trocando algumas palavras afiadas, mas, quando o tom de suas vozes começou a ficar mais alterado, Isabelle percebeu que dessa vez era mais sério.

“Eu não pedi para trabalhar aqui!”

“E o que está te segurando?”

“Nada! Eu me demito!”

Isabelle viu, espantada, Ruby arrancar o avental e sair batendo a porta atrás de si. Ela rapidamente colocou sobre a bancada o bloco de notas onde anotava os pedidos e seguiu a garota com passos apressados, sem se importar em falar com a viúva Lucas.

“Ruby! Ruby!”

Ela correu para acompanhar a garota, que não diminuiu o ritmo de seus passos.

“Ruby, espere! O que você está fazendo?!”

“Me libertando, é isso que estou fazendo!”

“Ruby, por favor, pare para pensar um instante!”

Finalmente, a garçonete parou e virou-se para encarar Isabelle.

“Eu estou pensando! Pensando na vida que minha avó quer jogar para mim, encalhada nessa lanchonete para sempre, sem nunca ver os lêmures!”

“Lêmures?” Ela balançou a cabeça, confusa, mas a única explicação que Ruby lhe deu foi um suspiro frustrado.

“Isabelle, você nunca se sentiu sufocada aqui? Como se fosse impossível ser feliz de verdade nessa cidade? Isabelle... Você é feliz com a sua vida?”

Ela encarou Ruby, espantada. Sua amiga sempre fora alegre e espontânea, disposta a aproveitar bem a vida, se preocupando com um minuto de cada vez, e nunca lhe parecera inclinada àquele tipo de questionamento. Ela decidiu levar a sério a pergunta da garota.

Logo lhe vieram à mente os longos anos que passara internada. Para ela, eram como décadas de um torturante nada. Sem palavras, sem imagens, sem acontecimentos, quando a maior ação que ela tinha no dia era ver sua refeição ser jogada porta adentro. Um nada branco que a envolvia até tomar sua mente, até ela mesma ser uma concha vazia. Pela primeira vez em muito tempo, ela se lembrou de seus estranhos sonhos delirantes, mas descartou o pensamento rapidamente, pouco disposta a analisar os estranhos sentimentos que a acompanhavam nos seus tempos de prisão.

Isabelle também pensou em sua vida antes do hospital. Na perda de sua mãe quando ainda menina e na juventude de privações por conta das dificuldades financeiras. Pensou em como tivera que desistir do sonho de ir para a universidade e ficara ajudando seu pai com a loja.

De fato, não fora uma vida muito fácil. E, no entando, havia o agora, o presente, a vida que ela estava criando após ser libertada do seu cativeiro. E, mesmo enquanto pensava nas mil dificuldades que ainda estavam em seu caminho, Isabelle tinha que admitir que nunca fora tão feliz em sua vida. E de forma alguma era iria permitir que algumas línguas maldosas estragassem isso.

“Sim.” Ela respondeu, muito sinceramente. “Sim, Ruby, eu sou feliz. Metade da cidade pensa que eu sou louca; a outra metade, que sou uma golpista. A relação com o meu pai ainda não está muito boa. E eu realmente não sei como vou fazer o super-mercado desse mês, a não ser que eles aceitem fazer escambo por caixas de vela! Mas eu estou absurdamente feliz.”

A expressão da garçonete suavizou-se, e ela sorriu para Isabelle. “Vai ver você é mesmo louca.” Isabelle riu.

“Eu tenho você, Ruby. E Emma, e Mary Margaret. Tantas amigas maravilhosas. Um bom emprego, uma boa casa. Não posso mesmo reclamar.”

“E tem o Sr. Gold.” Ruby piscou para Isabelle, o que trouxe um leve rubor e um sorriso satisfeito ao seu rosto.

“É, tem o Sr. Gold.”

“Eu também quero isso, Isabelle. Quero estar satisfeita com a minha vida. Não quero minha avó me cobrando, me criticando, esperando que eu seja quem eu não sou ou faça o que eu não consigo!”

“Ruby, sua avó é um pouco... intensa. Mas ela se preocupa de verdade com você.”

“Se preocupa que eu fique presa aqui para sempre!”

O silêncio desceu entre elas, quando Isabelle já não sabia bem o que dizer.

“Olhe, acho melhor você voltar. Ela vai reclamar por você ter saído no meio do seu turno.”

“E o que você pretende fazer agora?”

A garota deu de ombros. “Não sei. Sair da cidade, eu suponho. Boston, talvez.”

“Ruby! Como você pretende fazer isso? Já é tarde! E, mesmo que não fosse, você não pode simplesmente ir para uma cidade desconhecida sem nem saber o que vai fazer.”

“Por que não? Eu só sei que não vou dormir na casa de minha avó hoje a noite.”

Isabelle prontamente puxou do bolso de sua saia um chaveiro no formato de uma pequena rosa vermelha, e o estendeu para Ruby.

“Aqui. Vá para minha casa. Depois nós conversamos, e, se você ainda quiser ir para Boston, nós podemos procurar algum apartamento nos classificados... Certo?”

Ruby estendeu a mão para o chaveiro, hesitante.

“Me prometa, Ruby. Você vai ficar na minha casa hoje a noite.”

“Está certo, eu prometo.” A garota pareceu muito aliviada, de repente. “Muito obrigada, Isabelle.”

“Não precisa agradecer. Você pode ficar por lá o quanto quiser, certo?” Ela deu um sorriso reconfortante para a amiga, antes de olhar para trás, por sobre o ombro. “Desculpe, eu deveria mesmo voltar ao trabalho...”

“Eu sei. Não se preocupe, eu vou ficar bem.”

Com um último sorriso, Isabelle virou-se para voltar à lanchonete. Ruby olhou para o pequeno chaveiro em sua mão, agradecida por ter onde ficar. Após passar na casa da sua avó e recolher apressadamente seus pertences, ela deixou tudo na casa de Isabelle e olhou a rua deserta pela janela, pensativa.

Ruby imaginou que seria bom dar um passeio para relaxar. Ela sempre gostara de longas caminhadas noturnas, muito antes de começar a gostar de longas farras noturnas. Seu espírito era naturalmente inquieto, e a brisa noturna parecia às vezes conseguir limpar sua mente. Colocando um pesado casaco para se proteger do frio da noite, Ruby trancou a porta atrás de si, prometendo a si mesma estar de volta antes que Isabelle retornasse do trabalho. Seu vulto logo se perdeu na rua iluminada pelo brilho prata da lua cheia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N.A.2: Alguém quer tentar adivinhar a identidade Fairytaleana do Sr. Goinfre?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Interlúdio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.