Estranho, Inevitável. escrita por Lu Medeiros


Capítulo 21
Capítulo 21 - Outra Visita ao Hospital


Notas iniciais do capítulo

Hello! :)
Consegui escrever rápidinho dessa vez pra compensar a demora.. Acho que mereco até a visita de uns fantasminhas.. rs
Aproveitem a leitura..



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   "Amo você, você me ama, somos uma família feliz. Com um forte abraço e um beijo te direi: meu carinho é pra você."

Eu estava ouvindo isso há algum tempo durante meu sono - que eu apelidei de coma induzido porém consciente(isso porque eu tenho a sensação de que estou dormindo por muito muito tempo) - e a voz que canta isso é infantil e melodiosa. Uma voz tão aconchegante e tão conhecida. Eu agora estou tentando alcançá-la na minha memória afetada pelos sedativos, mas ainda não consegui uma explicação plausível pra essa voz estar ecoando na minha cabeça como se estivesse aqui ao meu lado.

Aos poucos eu meu percebo saindo de um estado de torpor e uma dor incomoda na palma das minhas mãos me faz despertar um pouco mais. A voz está mais nítida, mas continua baixa e delicada a tamborilar nos meus ouvidos. É uma sensação boa perto do que eu venho experimentado. Meus olhos estão se abrindo e eu estou sentido um leve formigamento no meu braço. Mas não é um formigamento, é só o movimento repetitivo que ela está fazendo em meu braço enquanto canta.

-Nessie.. - eu sussurro tão rouca e fraca que tenho que me esforçar pra ser escutada pela minha amiga. - Nessie!

Ela levantou os olhos pra mim e parou de cantar mais que instantaneamente ao ouvir seu nome sendo chamado por mim.

-Bella.. - ela disse sorrindo.

-Então era você cantando..

-Sim.. A nossa música. - Nós rimos. 

~ Flashback on ~

Eu estava deitada ao lado de Renesmee no sofá da casa dela assistindo Barney. No final do espisódio eles começaram a cantar:

"Amo você, você me ama, somos uma família feliz. Com um forte abraço e um beijo te direi: meu carinho é pra você."

Nós duas nos levantamos e demos as mãos e começamos a cantar junto com a TV. Quando a música acabou nos abraçamos e ela disse:

-Essa é a nossa música, ok?

-Ok!! - eu exclamei sorrindo.

~ Flashback off ~

-Bella, como você está se sentindo? - ela perguntou de repente.

- Ainda não parei pra avaliar meu estado..

-Então avalie, porque eu estou preocupada.

Eu fechei meus olhos por um momento e constatei que só a dor na palma da minha mão estava me incomodando. Então abri os olhos e levantei minhas mãos.

-O que houve com minhas mãos? Porque estão enfaixadas e doendo? - eu perguntei calmamente.

-Bom, é uma longa história..

-Acho que tenho tempo pra ouvir.

-Você teve mais uma crise nervosa, amiga..

-Então você já sabe da anterior?

-Sim.. Seu pai me contou.

-Era de se esperar. Enfim... E o que mais você tem pra me contar sobre minha situação?

-Você estava nervosa, agitada e ficou apertando as unhas na palma. Eles cortaram suas unhas, mas não foi o suficiente então enfaixaram suas mãos. Por isso a dor. Você está aqui sedada há quase três dias, sua mão chegou aqui ontem e alguns amigos da sua escola vieram te ver.

-Que amigos? - Será que os Cullen ou Jacob estiveram aqui?? 

-Mike, Angela, Jessica, Eric, Lauren e Tyler..

-Só eles?

-Sim.. Só eles. Eles ficaram muito preocupados com você.. - ela sorriu. - Mas tem uma coisa.

-O que é? 

-Ninguém entendeu o porque dessa sua crise. Tá acontecendo alguma coisa com você, amiga? - Caramba, ela é minha melhor amiga, eu não posso mentir, mas não quero contar nada pra ela aqui e correr o risco de ir pra uma clinica psiquiátrica. Isso se eu já não estou em uma. 

- Não quero falar sobre isso agora. - eu suspirei e fechei os olhos.

-Tudo bem.. Não precisa falar então. Mas você sabe que os médicos vão acabar perguntando, certo? Se não os médicos, o seu pai vai.

-Mas que droga.. - murmurei mais comigo mesma.

-Pois é..

Houve uma batida na porta e uma fresta se abriu.

-Bella! Meu amor! Ah, querida! Que susto que você me deu! - disse minha mãe se jogando em cima de mim na cama e me enchendo de beijos.

-Hã, tia.. Pega leve com a Bells. - É, mãe.. Pega leve. Eu ainda não entendo esse exagero dela.

-Oi, mãe. - eu disse sorrindo um pouco quando ela se sentou mais comportada ao meu lado.

-Oi, bebê. Como você está?

-Bem.. Mas, onde eu estou? - Pois é. Só agora que me ocorreu perguntar isso. Mas eu tenho desconto. Tô grog ainda.

-Na Clínica de Seattle.

-Seatlle? - Mas que diabos eu estou fazendo aqui se tem um hospital em Forks?

-Não foi possível deixar você no hospital em Forks, querida.. Mas isso é uma coisa pra ser questionada depois.

Outra batida na porta.

-Senhorita Swan.. Enfim acordada.

-Enfim não sedada. - eu retruquei ao ver o médico desconhecido. Ele arregalou os olhos mas deixou passar.

-Como se sente? - ele perguntou.

-Bem.. 

- Vou fazer alguns exames e ver quando você poderá ser liberada. Não vou fazer perguntas agora, mas quero que volte aqui em alguns dias pra que possamos analisar as causas dessa crise, se possível. E a propósito, sou o Doutor Alexander. - disse ele sorrindo. Um sorriso um tanto acabado por uso de nicotina. Ah, esses médicos realmente cuidam da própria saúde... 

- E se eu não quiser voltar pra essa tal entrevista psiquiátrica?

-Se você não voltar pode acontecer de que essas coisas que a incomodam fiquem te rodeando e te façam ter mais crises e uma hora ou outra você pode ter problemas sérios com isso.

-E não tem uma outra forma de lidar com isso, não?

-Você pode desabafar com alguém de confiança. - imediatamente eu e Nessie nos olhamos. Pronto, ela ia ser meu diário cedo ou tarde. Isso ainda é mil vezes melhor que ter voltar aqui no hospital.

-Tudo bem, eu me viro com isso. - Dei de ombros.

-Bella, você tem que se cuidar direitinho, filha.. Não pode encarar isso de qualquer jeito. - disse minha mãe como se eu fosse criança.

-Mãe... Não começa. - Corte rápido! Há!

-Bom, você vai ter que ficar aqui até amanhã ou depois de qualquer jeito, Senhorita Swan.. Caso mude de ideia até ser liberada e quiser conversar com um profissional é só avisar. - anunciou o doutor. - E eu vou te prescrever um remédio pra ansiedade e estresse.

-Eu não vou mudar de ideia, fique tranquilo. - disse eu com um sorriso amarelo. 

Ele saiu da sala e meu pai entrou.

-Oi, Bells.

-Oi, pai.

-Como se sente?

-Bem melhor, mas estou cansando dessa pergunta, já.. - eu sorri para ele.

-Vou providenciar que não a façam mais, garota.. - ele sorriu de volta. E eu peguei minha mãe observando o sorriso dele como se fosse uma adolescente apaixonada. Ela percebeu e desviou corando.

-Pessoal, eu quero dormir um pouco sem o efeito dos remédios, se não importam. - pedi encarecidamente. Tudo bem que ainda devia ter bastante remédinho circulando o meu sangue, mas eu quero mesmo é dormir.

-Okay. - os três responderam num coro. Vieram em fila se despedir de mim e sairam.

Por alguns minutos eu fiquei acordada pensando no que eu lembrava do acontecido na escola e no caminho pra cá. Não me veio nada que me impedisse de ficar no hospital de Forks, mas enfim. Eu quero mesmo é eliminar esses sedativos do meu corpo logo e voltar à ativa.

Dormi tranquilamente como precisava e acordei no dia seguinte bem disposta e feliz.

Eu estava melhor, tinha visto minha mãe e minha melhor amiga - mesmo que em um quarto de hospital- e voltarei pra casa hoje ou amanhã - tomara que hoje!! Quer coisa melhor?

Estava nesses devaneios quando alguém bateu na porta e entrou.

-Bom dia, moça. Pronta pra fazer uns exames e saber se já pode ser liberada?

-Pronta. - eu sorri com a ideia.

Fomos pra uma sala e eu passei por uns procedimentos básicos que constaram um bom estado emocional. Uhul! Serei liberada hoje!

-Bom, vou ligar pra sua casa e pedir que alguém venha te buscar hoje ao fim da manhã, Senhorita Swan.

-Okay!

[...]

-Podemos ir? - perguntou Nessie depois que me arrumei.

-Por favor!

-Então vamos antes que sua mãe exploda de esperar. - nós rimos.

Quando atravessamos a porta do hospital senti uma pontada de dor ao olhar o carro da minha mãe e vê-lo encostado nele...


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Notas finais do capítulo

Quem será que está lá??
Espero que tenham gostado do capítulo.
Nos vemos nos reviews, certo?
Beijoss!



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