Rosas de Sangue escrita por Minny
Noutro dia, Yuuki dormira até mais tarde. De certa forma parecia exausta, apesar de seu dia anterior ter sido nada agitado. Yori lhe deixara um bilhete na escrivaninha.
- "Yuuki, não sei o que lhe aconteceu. Por mais que tentasse você não acordava, por um momento pensei que estivesse morta. Passarei essa semana na casa dos meus pais. De qualquer forma, já que você de fato irá se atrasar... Importaria de revistar seu armário? Ele não está com um cheiro muito bom. Como se tivesse um defunto lá. Yori" - Lera o bilhete em voz alta. Depois de algum tempo finalmente se tocara, olhara para janela que mostrava o crepúsculo e a troca de turmas dos alunos. Avistara o relógio em cima do móvel e ficou chocada ao perceber que dormira por quase quatorze horas. - Estranho... Não estava cansada.
Não, certamente não estava. Estava apenas tendo suas energias drenadas... Agora por quem? Não pedira que Zero tivesse sua vida mudada por inteiro? Não lembrava-se de tê-lo servido com o mais precioso sangue. E mesmo que seu pedido tivesse se realizado, era capaz de que ele já não estivesse nas redondezas. Se tudo ocorre bem para ele, estaria com sua família jantando.
Sem mais delongas, dirigiu-se para o armário e o abriu. O odor vindo do buquê lá dentro, estava ainda pior do que na noite anterior onde o ganhara. Ela então cruzou o quarto para abrir os vidros esperando que o mau cheiro saísse. E o avistou...
-Kaname-onii-sama...
- Q-que ser egoísta que sou... F-foi melhor as-assim. - As palavras queimavam sua boca entre os soluços de seu choro.
Como se uma lâmpada tivesse sido acessa sobre sua cabeça, a sua expressão mudou. Já não era sem tempo... A voz voltara a lhe visitar
"O vermelho... Almeje o vermelho... Ele já não lhe é mais merecido..."
- Olá q-querida amiga! A única que sei que j-jamais me abandonará. - Ela falava a sua preciosa companheira.
" O vermelho... Agora, nosso único aliado... O vermelho que nos tem anestesiado..."
- O vermelho...
"O vermelho!"
A voz lhe confirmava. A Yuuki boazinha sumira. Entregara-se finalmente ao seu eu sanguinário. Sem pensar novamente, correu para alcançar o buquê... Já não será mais sem tempo.
Novamente o estendeu em suas mãos e pedira com tal firmeza que estranhara-se por um momento. Pensara até que estivesse possuída.
- Meu amado... Quero que você me mostre o meu amado vermelho... O vermelho do homem que eu tanto idolatrei.
Como se tivesse sido invocado, o aroma de podridão retornara. Algumas pétalas secas se soltaram e saíram pela janela ainda aberta.
As lágrimas de Yuuki haviam secado, mas ainda a queimavam por dentro.
A voz aos poucos se enfraquecera até que estivesse muda. Como se tivesse sido nocauteada, ela guardou o buquê na gaveta da escrivaninha e jogara-se em cima da cama. Suas pálpebras estavam pesadas.
- Adeus coração... - Um resignado suspiro passara entre seus lábios e ela agora dormira profundamente. Um sono sem sonhos... Mas não o último.
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