Rosas de Sangue escrita por Minny


Capítulo 1
Parte I




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Completara seus dezesseis anos... ...Mal sabia ela que o tempo congelaria para si, por mais que alguém tentasse resgatá-la do destino que escolhera.

– Não entendo diretor... Que motivos levariam vovó a deixar-me tal herança? As flores já estão muchas, o odor insuportável... Isto está sem vida. – Seu olhar estava preso para o buquê em suas mãos. Sua antepassada deixara justo para ela o que poderia ser a representação da morte. Só que em flores.

– Yuuki, já lhe disse... Sua avó de certa forma... Almejava este buquê como se fosse à vida dela.

Kaien Cross, o respeitado e lendário caçador de vampiros e, agora diretos da academia mista Cross tentava explicar algo que nem ele mesmo entendia. E quando lhes digo ‘academia mista’ refiro-me a duas espécies. Humanos e Vampiros.

– Isso explicaria então a aparência desta coisa. Reflete a imagem do dono. Não que eu não desejasse ganhar algo de minha avó. Mas... Não há cabimento para algo assim.

– Eu de fato, agradeceria se você não citasse a morte de sua avó, Yuuki. Digo, não existe um vestígio se quer de seu falecimento. Sabe-se Deus se não fora assassinada. Mas ela escrevera em seu testamento que desejava que sua neta o recebe-se.

– Diretor... Poderia reler novamente para mim... A última parte. – Pediu-lhe ainda confusa.

– Yuuki... – Ele arfou, levantou o documento já arruinado de fronte a sua visão e o leu – “Por fim, deixo o buquê para a próxima mulher que não seja minha filha. Que a astúcia não lhe falhe. Três desejos terás. “ – Ele o dobrou e guardou em sua gaveta - Agora, eu realmente peço que não me faça reler. Isso de fato me dá arrepios.

– Érr... Acho que vou para o dormitório se não se importa. Boa noite. – Levantou-se da cadeira que estava e ligeiramente se retirou. Enquanto corria pelo corredor, às vezes os pequenos brotos de flores caiam aos seus pés.

De alguma forma inexplicável, os seus pensamentos tomaram outro rumo. Um rumo mais dramático, recheado de sofrimento e relutância.

– Zero...

“Não, jamais seria capaz de esquecê-lo, seu príncipe prateado. Seu vampiro adorado. Imbecil”

Escorregara ali mesmo. O buquê agora em seu colo, mantinha distancia de suas mãos que estavam em sua face... Suas lágrimas o regavam.

“O vermelho... Desejamos o vermelho... Não resista... Você já não pode mais esconder-se de sua verdadeira origem”

A voz que até pouco tempo parecia-lhe rasgar suas entranhas voltara a lhe perturbar novamente.

– Eu não resisto... Apenas desejo um único...

“ Engane-se. Torture-se. O seu coração é dividido. Não vive apenas um gato de um único lago. Dois podem ser-lhe fiel.”

– Não ele... Não Zero...

“ Essa guerra já não é mais sem futuro. Já não é mais feita de um único aliado.”

– Não... Por favor... Ele não...

“ Mate-o então. Tire-o de dentro de si. Oprima os ressentimentos”

– Matá-lo... Jamais. Zero já sofrera o suficiente por uma vida. Eu o amo.

“ Claro que o ama. E por esta razão entregará a ele a oferenda mais preciosa. O alivio. A morte.”

– A morte não... – Suas mãos caíram aos lados de seu corpo. O rosto lacrimejava intensamente. Até que o olhar penetrante se abstivera em seu colo. -... A morte não é a única que o levará alivio...

A voz fosse embora. Agora estava ela sozinha no corredor. Suas mãos intuitivamente pegaram o buquê estraçalhado e o ergueram em sua frente.

– Desejo que Zero jamais tivera contato com um vampiro sequer.

As palavras firmes projetavam-se em eco.

Um odor de podridão envolvera o ar.

Fora isso... Nada.

Respirou fundo e levantou-se. Seu desejo realizado ou não, era melhor manter-se distante de seu amado. Agora... Seu fruto proibido.


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