My Young Romance ( HIATUS) escrita por Vallentinny


Capítulo 42
O inesperado...


Notas iniciais do capítulo

Hello leitores ingratos! sim começo já dando um puxão de orelha em vocês que ignoraram as notas finais do capitulo passado, mas disso eu não vou falar agora não Mais a frente é que se anda....
Pra quem ainda ler, eu trouxe uma att com novos elementos, o capitulo foi inspirado na musca ''PARADISE-Coldplay''
Vamos seguir com a leitura!!!



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''Portanto saia da minha frente, pegue suas roupas e saia da minha casa!''

As ultimas palavras proferidas pelo meu pai contra mim, rondavam minha cabeça, enquanto eu subia as escadas em direção ao meu quarto para fazer minhas malas. Nancy tentou me impedir, vindo atrás de mim, mas eu não estava em condições de ouvir seus conselhos e me lamentar na sua frente. Eu já imaginava que se caso meu pai descobrisse que eu estava grávida, iria surtar com a notícia, mas chegar ao ponto de odiar ao Derick, que se sentiu melhor me expulsando de sua casa, foi mais do que eu poderia prever. Agora eu poderia me considerar no fundo do poço, sem ter pra onde ir, nem com quem pudesse contar, meu pai me odiava, Derick não queria me ver em sua frente, eu não poderia obrigar meus amigos a me darem ajuda, diante de tudo que eles fizeram, e estavam fazendo por mim.

Peguei minha mala, e coloquei umas roupas que eu achei necessária, pra o meu bebe, a unica coisa que estava levando era o sapatinho que tinha ganho do Ben, e da Sarah. E claro que eu não esqueci os medicamentos que eu estava tomando. Minhas mãos, tremiam a cada objeto que eu pegava, e minhas lagrimas desciam insistentemente por minha face, eu estava consumida pela angústia e desespero, minha vontade era de gritar e jogar pra fora toda dor que estava sentindo, mas meu orgulho era maior, meu pai tinha tomado sua decisão de me ver na pior, e embora no fundo estivesse sendo engolida por areia movediça, eu tinha em mente de sair de casa, sem dar a ele o gosto de me jogar em seus braços e pedir por clemência.

Mesmo sem estar preparada pra enfrentar o que a vida me reserva daqui em diante, eu tinha que me manter intacta, pelo meu bebe, o único ser inocente de toda essa confusão é ele, o erro foi meu, e se tiver que pagar pelas consequências eu vou, mas não vou desistir de lutar e protegerei com unhas e dentes o meu filho. Sei que apoio familiar eu não vou ter, mas ainda me restam esperanças que no fim dessa turbulência, em conseguir posar com segurança. Depois que fecho minha mala, olho ao redor do meu quarto, memorizando as ultimas imagens que levarei comigo, pra onde quer que eu esteja indo, sinto um aperto no peito, por estar me desfazendo involuntariamente do meu cantinho de refúgio, lugar onde eu passei grandes momentos da minha adolescência e vida. Agora só me restaria a saudade de tudo que vivi. Saiu com a mala na mão e do de cara com a Nancy as prantos no corredor, que vem logo me abraçar.

– Por favor minha menina, não vá! Releve as palavras do Thomas ele está com raíva. – Suplucou me envolvendo em seus braços.

– Não Nancy, não posso e nem quero ficar mais um minuto aqui nessa casa, meu pai odeia meu bebe, e se não tem lugar para ele, pra mim também não existe. – Disse decidida a não voltar a trás nem implorar por nada.

– Pense melhor Kemilly, não cometa outra burrada, essa casa é sua, você não tem pra onde ir, o que vai fazer da sua vida indo embora daqui. – Alertou, me olhando nos olhos na expectativa que eu cedesse em meu posicionamento.

– Eu sinto muito Nancy, mas não há nada que possa ser feito, meu pai está me odiando, em embora no fundo eu saiba que aqui é meu lugar, se ficar aqui nesse clima de hostilidade as coisas podem ser bem piores. – Confessei com magoa no olhar, que foi entendido por ela. – Eu cometi um erro, e saindo daqui talvez seja minha chance de conserta-lo. – Afirmei esperançosa.

– Eu só não quero que nada de ruim te aconteça, nem a essa criança que você está carregando, dê um jeito de informar ao pai do seu bebe sobre o que está acontecendo, não insista nessa loucura de esconder essa gravidez, comece fazendo as coisas do jeito certo. – Aconselhou-me acariciando minha barriga.

– Eu juro que vou dar um jeito de resolver minha situação, mas não me peça e nem de maneira alguma fale com o Derick em meu nome, nós estamos magoados um com outro, e creio que se ele souber do que está acontecendo comigo, vai me repudiar ainda mais, eu vou fazer de tudo pra proteger meu filho, mesmo tendo que ir contra as regras. – Falei entrelaçando nossas mãos, tentando passar confiança em minhas palavras, mesmo que o momento se mostrasse contrário as minhas idealizações.

– Eu vou sentir tanto a sua falta menina! – Sussurrou intensificando o aperto do abraço em mim. – Até dessa sua maldita teimosia em fazer as coisas do seu jeito, eu vou sentir, vocês estão brigados mas no fundo você é igual ao seu pai, quando poe algo na cabeça, não há que os impeça de fazer. E mesmo não concordando com sua decisão de resolver as coisas, eu não me desfazer de seu pedido, mas por favor não desista de sua felicidade. – Completou com a voz embargada, naquele momento, a emoção e tomou conta de nós duas, nos deixamos levar pelo choro.

– Eu estou indo, mas eu levo você onde quer que eu for Nancy, você foi a melhor pessoa que Deus enviou do céu, pra cuidar de mim, desde a perda da minha mãe.Eu amo você Nancy, e assim que eu conseguir me organizar eu vou dar um jeito de te encontrar. – Respondi saudosa, já sentindo a dor da partida e da despedida que estávamos tendo.

– Oh! Mi Dios! Não sabe o quanto estou com o coração partido, em saber que você vai embora, não consigo imaginar essa casa sem você menina, eu posso não ter tido a oportunidade de te trazer ao mundo, mas tive a chance de doar meu amor de mãe para você, em meu coração você é minha filha Kemilly, não se esqueça que eu também amo muito você, e onde quer que você vá uma parte minha vai com você. – Suas palavras expressas de sentimentos, me quebravam por dentro, ao pensar em tudo que eu iria enfrentar sem ela ao meu lado pra me confortar.

– Obrigado Nancy! Por tudo que fez por mim, mas eu tenho que ir o quanto antes eu partir, mas será melhor. – Tentei quebrar o clima emotivo, nos trazendo para a realidade. Ela me fitou hesitante, sem querer me soltar, mas por fim acabou cedendo. Saiu de seu abraço e como resposta, ela me deu um ultimo beijo na testa.

– Tome leve seu celular com você – Interviu me entregando meu aparelho, que havia sido confiscado pelo meu pai, desde a nossa ultima briga séria. - Me mantenha informada de tudo, dê um jeito de se comunicar comigo todos os dias, não me deixe sem noticias suas minha menina!- Mais uma vez me advertiu suplicante.

– Pode deixar Nancy, não vou perder o contato com você. – Afirmei e puxei minha mala, para perto de mim, com o corpo tremulo e amedrontado, eu dei as costas a ela, e segui pelo corredor rumo as escadas.

Que a santa Guadalupe te proteja minha menina! – Ainda fui capaz de ouvir o ultimo grito de adeus, vindo dela, me mandando proteção para esse novo rumo que minha vida estava tomando. A cada passo que eu dava, as lagrimas aumentavam e novos temores me dominavam, aumentando a aflição que estava sentindo.

Obs: Quem quiser solte a musica : Coldplay- Paradise

Quando ela era apenas uma garota

Ela tinha expectativas com o mundo

Mas isso voou além de seu alcance

Então ela fugiu em seu sono

A passos torturantes eu desci cada um dos degraus da escada, mesmo temerosa eu não cedi, a vontade de tentar algum dialogo com meu pai, que estava em baixo na sala de estar de costas para mim, respire fundo ao chegar no ultimo degrau e passei direto para a porta. Não olhei para trás, mas tinha a incomoda sensação de estar sendo observada por ele, que finalmente tinha conseguido o que queria, me humilhar e me enxotar de sua vida. E então terminaríamos assim, ambos resentidos um com outro, e a cratera que existia entre nós estava se tornado cada vez maior, e afundávamos num abismo sem fim, na nossa conturbada relação de pai e filha.

Caminhei cambaleante até o portão principal, e vi ele ser aberto automaticamente, dando a prova de que Thomas estava com o controle nas mãos pronto pra me ver for a dali. A tarde ensolarada que se fazia em Miami, contrastava com a tristeza interior em que eu estava envolvida. E me vi diante dos portões do lugar onde um dia eu pude chamar de casa, lamentando interiormente de como as coisas tinham desandado na minha vida, não só estava sendo privada de ter uma moradia segura, mas de ter a chance de poder conviver no ambiente familiar que eu sempre almejei, desde a perca trágica da minha mãe.

E sonhou com o para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Toda vez que ela fechava os olhos

Ao me recobrar da atmosfera nostálgica em que me vi envolvida, puxei minha mala e segui pelo caminho reto, queria correr até o ponto mais próximo de táxi, eu não tinha ideia de para onde iria, a principio a ideia de ir para cada do Ben, me veio me mente, pelo menos até eu conseguir raciocinar direito, lá eu podeira ficar segura. Puxei meu Iphone do meu bolso. E disquei o número dele.

O número chamado, se encontra fora de área ou na caixa postal- Puta que pariu! Exclamei ao ouvir a mensagem da operadora, após minha quinta tentativa de conseguir falar com ele. Nos momentos quem que a gente mais precise, mas as coisas se tornam complicadas.Mas eu não me dei por vencida, e dessa vez decidi ligar na resiência dos Holts.

Alô!- Escutei a voz interrogativa de Laura, sua mãe do outro lado da linha.

– Laura! Sou eu a Kemilly eu gostaria de saber podeira chamar o Ben, para falar comigo. É que eu to tentando pelo celular dele, mas tá dando fora de área. – Pedi em expectativa.

Oh! Sinto muito minha querida, mas o Ben não se encontra em casa, ele viajou para casa da praia com a Sarah. – Respondeu me deixando sem chão com a resposta.

– Está bem, agora ficou claro porque não estou conseguindo falar com ele. – Expliquei evasiva .

Ah sim, é algo urgente? Quer deixa algum recado? – Perguntou solicita

– Ah não obrigada, quando ele aparecer diga apenas que eu liguei! – Informei

Pode deixar querida! Eu vou avisa-lo. – Respondeu

– Até mais Laura, passar bem! – Desejei finalizando.

Igualmente Kemilly! – Devolveu educada como sempre.

Quando ela era apenas uma garota

Ela tinha expectativas com o mundo

Mas isso voou além de seu alcance

E balas foram pegas com seus dentes

Pronto! Estava feito, agora eu era oficialmente uma sem teto, minhas preces de ser recebida e amparada na casa do meu melhor amigo, não tinham sido atendidas. A opção mais confortável era me entregar ao desespero e convulsionar com meu choro, talvez assim eu conseguisse comover alguma alma caridosa, que pudesse dar abrigo a uma adolescente de 17 anos grávida. E como as chances desse tipo de coisa acontecer eram minimas, tive um insight e resolvi ir por outro percusso. Procuraria um posto de informações, de algum albergue onde eu pudesse passar pelo menos a noite.

Absorta em meus pensamentos nebuloso, consegui sentar em um banquinho perto de um quiosque, queria respirar um pouco, e até desabafar com minhas lágrimas, que embargavam o choro preso em minha garganta, desde que tinha saído de casa, a poucos minutos. Sozinha, grávida e sem ter onde ficar, era assim que eu me encontrava, tudo isso e em menos de 24 horas completa, é como se diz: Desgraça pouca é conversa. Saquei meu celular mais uma vez, para olhar a hora, quando um carro preto parou próximo a mim, de iniciou eu não retirei minha visa da tela do celular, mas quando ouvir meu nome ser chamado, resolvi conferir quem era…

– Kemilly! – Me assustei ao ver quem era que estava me chamando. E logo uma carranca de raiva cobriu minha face com a descoberta.

Joe? – Exclamei assustada, ao dar de cara com o segurança que meu pai tinha contratado pra me vigiar na época do meu castigo em casa. – O que você tá fazendo aqui? Ou melhor como me encontrou? – Questionei desconfiada com sua presença na minha frente.

– Calma! Não precisa se assustar, eu vim em missão de paz! – Respondeu erguendo as mãos, e dando um sorriso tímido.

– Você tá me seguindo é isso? É melhor você sair da minha frente antes que eu comece a gritar e chamar a atenção da policia. – Falei exasperada, apontando pra dois policias que faziam ronda próximo de onde nós estávamos.

– Ei garota! Também não é pra tanto. Sim, eu segui seus passos até te encontrar aqui! – Confessou soando desconfortável.- O QUÊ? – Gritei o interrompendo – Relaxa! Deixa eu te explicar. – Pediu ponderando.

– Você acaba de dizer que está me seguindo, e quer que eu escute suas explicações! Mas é muita cara de pau mesmo. Aposto que foi o senhor Thomas que mandou você vir atrás de mim, pois pode voltar e dizer para ele que ele não tem mais nada com a minha vida, e que para de mandar seus cães de guarda ficar na minha cola. – Esbravejei completamente tomada pela raiva, e ousadia de sua confissão em dizer que me seguiu.

– Não é o que você tá pensando Kemilly, eu não estou aqui porque seu pai mandou. Eu vim porque fiquei preocupado com o estado em que vi você saindo de casa. E decidi que tinha que te encontrar de qualquer jeito. – Relatou demostrando sinceridade, embora eu custasse a querer confiar em suas palavras.

– Jura? E por que eu acreditaria em você, que mal tem intimidade comigo a não ser quando estava na minha cola me vigiando a mando de Thomas. – Desdenhei de suas palavras.

– Eu sei que você deve me odiar por ter que me aturar na sua cola 24 horas por dia dentro da sua casa, mas o pouco tempo que eu trabalho pra seu pai, deu pra eu fazer uma analise da relação de vocês que pelo jeito não é da melhores, e você pode não acreditar, mas o que aconteceu hoje na sua casa entre vocês me deixou muito preocupado, ainda mais sabendo o estado em que você está. – Disse me fitando com transparência.

– Você é um simples empregado do meu pai, não tem que se preocupar comigo, você deve ordens a ele, e se veio aqui tentando me convencer a voltar pra casa pra garantir seu emprego pode dar meia volta e sumir da minha frente. – Não queria ter que ficar ouvindo sua conversinha fiada pra cima de mim, eu não conseguia esquecer o fato dele ter sido meu X9 o tempo inteiro lá em casa.

– Não é pelo meu emprego eu estou aqui Kemilly, minha função da casa dos Backer já terminaram. Eu vim porque fiquei comovido com a forma que seu pai te enxotou de casa, eu que é ser rejeitado quando tudo que a gente quer é ter o apoio da família ao nosso lado. Eu posso não sentir seu sofrimento, mas eu consigo imaginar tudo que você está tendo que enfrentar. – Disse com o olhar magoado, de quem escondia marcas profunda dentro de si.

– Haha, não tente me comover com esse papo de coitadinho que se identifica com a dor do outro. Pode para com esse papo de solidariedade, e me deixar em paz, vá embora eu sei me virar. Não presido de mais uma pessoa pra sentir pena de mim. – Ralhei indignada com toda aquela conversa que estava sendo obrigada a escutar.

– Tem razão Kemilly, eu não deveria ter vindo atrás de você tenho certeza que você vai dar um jeito e se virar. Mas antes de ire u gostaria de saber o que você faz aqui nesse banco sozinha com essa mala, sendo que já faz quase meia hora que você saiu de casa? E pra onde você tá pensando em ir. – Perguntou-me externando preocupação em sua voz.

– Eu…É…Então eu to aqui esperando uma amiga que eu marquei de encontrar, daqui a pouco ela deve estar chegando. – Falei quase tropeçando nas palavras, por conta da surpresa de sua pergunta. Queria que ele acreditasse na minha história e desse o fora da minha frente.

– Hum… é possa saber por que ela ainda não veio te encontrar, nesse tempo todo que você tá aqui. – Insistiu. – Oras, é o trânsito, ela deve tá presa no transito mas daqui a pouco ta chegando por aqui. – Permaneci com meu discursos mentiroso.

– Trânsito Kemilly? Aqui na Boulevard Miami beach? Estranho não? Será que dava pra você falar a verdade logo de uma vez. – Continuou com sua persistência em arrancar as palavras de mim.

– Olha quer saber, se esse é mais um pedido do meu pai, pra mandar verificar como estou pode dizer, diga a ele que ele conseguiu o que queria me deixando na rua. E sim eu não tenho pra onde ir, ou melhor eu vou dar um jeito de conseguir um albergue para me instalar, até conseguir sumir do radar dele pra sempre. – Admiti cansada de toda sua insistência, se fosse pra me livrar que eu jogasse tudo pra os ares de uma vez.

– Meu Deus garota! Você está grávida, não pode ficar perambulando por ai! – Alertou preocupado. – E o que você quer eu faça? – Debochei irônica com sua constatação. – Você confia em mim? – Questionou constrangido. – Tenho algum motivo pra confiar em você? – Devolvi com outra pergunta sugestiva. – Olha, eu sei que a gente teve pouca comunicação quando eu trabalha pra o seu pai, mas o tempo que passei lá foi o suficiente pra estudar você, que mesmo com essa pose de marrenta, está assustada, e perdida. Você é de família rica Kemilly, não pode ficar vagando como uma mendiga pelos albergues e ruas de Miami, eu sei que pode parecer loucura mas se você aceitar, eu tenho um lugar pra você ficar em segurança. – Sugeriu me deixando balançada, mesmo temerosa.

– É mesmo? E pra onde você iria me levar pra um palácio, ou melhor pra o conselho tutelar. – Contestei desconfiada, o que não fez com que ele se abatesse.

– Pode ficar tranquila Kemilly, eu não sou nenhum pervertido serial Killer de adolescentes grávidas. Eu tenho uma família me esperando em casa, e é pra lá que eu gostaria de te levar. – Propôs com um sorriso tímido nos lábios.

– E o que eu ganho se eu aceitar seu convite inoportuno? – Quis saber mais sobre a proposta

– Garanto que um teto, alimentação, e proteção são mais do que você ganharia vagado por ai sozinha. – Completou esperando minha resposta.

Ele tinha razão, mesmo que eu não confiasse cem por cento nele, eu tive que aprender a conviver com ele em casa mesmo contra minha vontade, e embora tivesse me deixado desconcertada com sua chegada em minha vida, eu nunca tive do que me queixar da conduta pessoal e profissional dele, que sempre me pareceu discreta. E na situação que eu estava receber uma mão ajuda sem pedir nada em troca, era lucro, não podia esperar muita coisa, apenas que minha segurança fosse mantida e a vida do meu filho ou filha também.

A vida continua

Fica tão pesada

A roda corrompe a borboleta

Cada lágrima, uma cachoeira

Na noite

Na noite de tempestade

Ela fechou os olhos

Na noite

Na noite de tempestade

Ela voou para longe

E sonhou com o para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Whoa-oh-oh oh-oh oh-oh-oh

– Está bem, eu aceito. Mas não pense que eu vou deixar de ter o pé atrás com você. – Declarei

– Você está no seu direito, mas garanto que sua opinião logo se modificará. – Finalizou me estendendo a mão pra que seguisse em direção ao seu carro.

Mesmo incerta, eu cedi a sua proposta inesperada. Entramos em seu carro, ele com um sorriso confiante no rosto, e eu sem querer demonstrar empolgação. Já melhor acomodada. Ele deu partida e seguimos pelas ruas de Miami beach. Após algumas ruas segui-se em direção a uma quadra de apartamentos , depois de passarmos dois prédios, finalmente paramos no que parecia ser o dele , o lugar apesar de distante de onde era meu bairro, parecia tranquilo e modesto. Ao que tudo indicava dava-se para ter uma vida confortável porém sem muitos luxos.

Ele me ajudou a descer, e segurou minha mala, entramos na portaria, e seguimos para o elevador. As vezes que ele tentava puxar assunto comigo, eu me limitava a responder com frases curtas, não queria criar intimidade, ainda mais naquela situação onde eu não estava disposta a entregar minha confiança tão rapidamente. Estava ali porque não tinha muitas opções viáveis, e mesmo sem saber o que me podeira acontecer, e escolher entre um e outro, a opção dos males o menor, era a mais aceitável para mim.

Depois de apertar os botões, paramos no décimo andar do prédio, a porta abriu, e seguimos pelo corredor, após alguns passos, paramos no que parecia ser o dele, o apto. De número 324. Assim que ele abriu a porta eu me surpreendi com a cena que vi, um rapaz de barba e cabelos loiros escuros, vinha caminhado com um bebe, no braço e com um livro da mão aparentemente lendo para o bebe em seus braços. Fiquei aturdida com a cena que por um momento me fez pensar no Derick, e no quando eu desejava sua presença do meu lado. Ao perceber nossa presença em sua frente, ele parou e nos fitou com a sobrancelha erguida demonstrando confusão em sua face.

– Joe! Que bom que você voltou, eu não tinha percebido que você tinha chegado, ainda mais com visita.! – Ele falou dando um sorriso amarelo, e apontando pra mim.

Eu não sabia o que responder, até que a voz de Joe cortou o meu silêncio constrangedor...

– Cheguei agora mesmo amor! Amor? Oi? (Me interroguei internamente). – Essa é a Kemilly, lembra que eu te falei, a filha de Thomas Backer, ela não é uma simples visita, é uma amiga que a partir de hoje vai se instalar na nossa casa. – Soltou a informação me apresentando como sua amiga, o que me deixou mais confusa ainda.

Ah, sim! A filha do seu patrão, claro que eu lembro dela. Prazer meu nome Chad Stone , sou companheiro do Joe. – Estendeu a mão para me cumprimentar, agora me olhando mais confortável.

– Prazer Kemilly Backer! – Saudei deixando meu nervosismo de lado, mas com muitas dúvidas na cabeça.

– Kemilly! Chad não é só meu companheiro , é meu marido, essa menininha nos braços dele é a Yasmim nossa filha, lembra que eu te falei que tinha uma família me esperando em casa, então essa é a minha família. – Joe ressaltou tirando as dúvidas que estavam em minha mente, percebi o olhar temeroso de Chad, mas logo tratei de passar confiança pra ele.

– Ah sim, ficou claro pra mim que vocês são um casal gay. Mas não se preocupem eu não me importo com isso, a vida é de vocês nem eu, nem ninguém tem o direito de interferir nas suas escolhas. – Deixei bem claro meu ponto de vista em relação a vida deles, afinal antes de tudo eu não estava em condições de julgar ninguém.

– Quem bom ouvir isso de você garota! Jojo (Jojo? é sério isso? Risos interno) querido eu já gostei dessa sua amiga! – Falou Chad quebrando o clima tenso.

– Sabia que trazendo a Kemilly pra cá, eu tinha feito a escolha certa. - Joe -piscou pra mim. – Mas vamos ela deve estar com fome, vamos nos sentar na mesa e lá conversaremos melhor. – Disse Joe concluindo e desviando nossa atenção pra outro assunto, que tinha que admitir era de extrema importância pra mim no momento.

******

Ainda deitada debaixo do céu tempestuoso

Ela disse oh-oh-oh-oh-oh-oh

Eu sei que o sol está pronto para nascer

A refeição que foi servida estava uma delicia, Joe parecia ter adivinhado que eu estava necessitada do momento de alimentação. Aproveitamos esse momento para nos conhecer melhor, as duas partes contaram sua história, eu contei a minha pra o joe e o Chad, que ouviram tudo com muita atenção, e até um pouco de comoção, quando vi uma lágrima solitária rolar pela face do Chad ao saber que eu estava esperando um bebe e tinha siso expulsa de casa.

Eles contaram como se conheceram, e de como tinha sofrido preconceito de família deles, ao assumirem que se amavam, nessa parte nós estávamos no mesmo barco, já que eu também me encontrava numa encruzilhada pela não aceitação do meu pai do meu namoro com o Derick. Chad era dono de um restaurante, e em uma das visitas do Joe ao estabelecimento, eles acabaram firmando uma amizade que já dura em mais de seis anos de união.

Quatro de casados. Chad sempre foi homossexual assumido, já Joe apesar de ter a confirmação que era, preferia se manter na descrição, já que sua família é composta por católicos ortodoxos, por esse motivo ele não fala com o pais até hoje, e vive uma relação conturbada com seus familiares confesso que a revelação de que o Joe é gay me pegou de surpresa, já que ele não tinha a menor pinta, e sua beleza era de fazer qualquer mulher suspirar, eu mesmo fiquei mexida quando o vi a primeira vez na minha casa, mas no fim acabei aceitando, e vendo como ele e o seu companheiro se amam, e formam o casal bonito.

Isso poderia ser o para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Isso poderia ser o para-para-paraíso

Whoa-oh-oh oh-oh oh-oh-oh

A cada nova descoberta que eu fazia eu me surpreendia mais, Joe não era aquele monstro que eu havia criado em minha cabeça, e além de ter uma família linda, teve uma enorme consideração por mim diante de toda maneira como eu lhe tratei, abrindo as portas da sua casa para me receber de braços a aberto, sem ter nenhuma obrigação comigo. Além de ser um cara ótimo profissional, ele era um homem de carácter independente de sua opção, dono de um grande coração onde doava amor a sua família, e aqueles que necessitassem de sua ajuda.

A alegria maior da vida deles, é a pequena Yasmim de oito meses, eles revelaram que sempre tiveram sonho de um filho juntos, e uma amiga decidiu presentia-los servindo de barriga de aluguel, e assim eles puderam conceber a criança, que é considerada fruto dos dois, já que no processo foi utilizado material genético dos dois, e mesmo após o nascimento da filha, eles não quiseram fazer o teste de DNA pra comprovar de quem era a paternidade, ambos se consideram pai e mãe por completo da menina.

A criança era linda, tinha olhos azuis expressivos e ralos cabelos loiros, era possível decifrar traços do casal da menina, que pelo pouco que pude constatar era muito amada, e mesmo diante de todas as dificuldades, vivia num lar regado pelo amor. Não escapei de levar mais um puxão de orelha quando eles souberam da minha decisão de esconder minha gravidez do pai da criança, eu não podia culpa-los pela parcela de razão que tinha no discurso deles, mas eu tinha meus motivos que só interessa a mim.

Depois de muita conversa, e até risadas, Joe me mostrou o quarto onde eu ficarei instalada, o apartamento deles, não é coberto de luxo, mas tem um conforto adequando para se viver. O quarto de hospedes em que eu fiquei, era bem aconchegante, tive a certeza de que ficar ali seria melhor do que dormir em alguma calçada da rua. Depois de ficar sozinha, eu desfiz algumas roupas da mala, e coloquei em um comoda do local, peguei meu pijama e caminhei em direção ao banheiro, tomei uma ducha quente, sequei meus cabelos, mandei uma mensagem pra Nancy avisando que estava bem e que amanha eu conversaria com ela. Me aconcheguei nas cobertas e me deixei levar pela inconsciência.

Ela sonhou com o para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Whoa-oh-oh oh-oh oh-oh-oh

Isso poderia ser o para-para-paraíso

Para-para-paraíso

Isso poderia ser o para-para-paraíso

Whoa-oh-oh oh-oh oh-oh-oh


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Notas finais do capítulo

UAU...por essa ninguém esperava que o gato do Joe fosse da turma do arco-íris...
pra quem não sabe a ''Santa Guadalupe'' é uma santa mexicana, espécie de nossa senhora do Brasil por lá quem acompanha a fic desde o inicio sabe que a Nancy é latina.
Se não pegar lá encima Link do Joe -> http://cdn3.gossipcenter.com/sites/default/files/imagecache/fullsize_image/images/A/Armie-Hammer-072113-1.jpg
Link do Chad -> http://i1.cdnds.net/13/27/618x808/showbiz-garrett-hedlund.jpg
Link da cena do Chad com o bebe nos braços- > http://media.tumblr.com/0f64cda471dbc9b5cdd449ccb3e9c561/tumblr_inline_n5jo4svv7P1rg9u4e.gif
SPOILER :O próximo terá uma narração especial...
E sobre comentários já sabem o que fazer...
Xoxo



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