Be Alright escrita por Carol Munaro


Capítulo 24
Final de semana na casa do pai 2




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~Justin on~

Antes de ir pra casa da Mel, Victor me ligou e disse que a Giselly ia estudar na nossa escola. Ela e a Mel vão se matar até o final do ano. Mas enfim, ficamos esperando o pai dela e conversando com a mãe dela. Ele chegou e eu e a Mel fomos pra casa dele. Tava tudo bom e divertido quando aparece uma assistente de 20 anos do pai dela. A Jenny.

– Você tem quantos anos, Mel? - Ela perguntou.

– 16. Você parece ter uns 22, no máximo.

– Tenho 20. – Ela respondeu sorrindo. Mas não pra tentar parecer simpática ou ser amiguinha da Mel. Ela sorriu pra mim. Vi Mel fuzilar ela com os olhos.

– Vamos na piscina? - Senhor Holden falou percebendo o clima mega tenso que se instalou na sala. Todos acentimos e fomos nos trocar. Mel não falou nada a respeito da menina lá, mas eu sabia que ela tava morrendo de raiva. Era só olhar pra ela que qualquer pessoa saberia.

Jenny sugeriu que brincássemos de vôlei na água. Tudo bem até ai. Até ela abrir a boca de novo.

– Seria melhor se eu fizesse dupla com o Justin. - A Mel queria voar no pescoço dela e isso era óbvio. Ela respirou fundo e o pai dela falou que era melhor eu fazer a dupla com a Mel, já que somos namorados.

– Mas vocês são pai e filha, e pelo o que o Jason me contou, vocês ainda tão se conhecendo. Seria melhor se vocês formassem dupla. - Juro pra vocês que vi a Mel pulando no pescoço da garota, mas isso não aconteceu.

– É só um jogo e o Justin é meu namorado. A dupla dele é comigo e isso não se discute mais. - O clima ficou mais tenso que antes. E os únicos que jogavam tranquilos eram eu e o senhor Holden. Cada bola que Jenny tacava era em cima da Mel. E era óbvio que era com muita força. No meio do jogo ela ficava mandando uns sorrisinhos e teve uma hora que ela até mordeu os lábios olhando pra mim. Vocês não imaginam o quanto eu agradeci por a Mel não ter visto. Não quero ela saindo no tapa com alguém.

Eles ganharam e a Mel e o pai dela foram fazer o almoço. Sentei em um canto da cozinha e tava observando ela cozinhar quando a Jenny chega e senta do meu lado.

– Sério que você gosta dela?

– Eu a amo. - Ela fez uma careta. - E qual o problema nisso?

– Bem, ela é novinha né. E não é tão bonita assim.

– Tá querendo dizer o que? Que você é mais bonita que ela?

– E se eu for?

– Desculpa, mas eu não acho. - Tudo bem, a Jenny era sim linda e gostosa, mas eu não conseguia achar alguma garota mais bonita que a Mel.

– To vendo que é verdade que falam que quando um homem se apaixona, fica cego, tonto…

– E se eu to assim? Foda-se, vei. Você não tem nada a ver com isso. - Juro que tava sendo grosso ao extremo com a garota e ela não se tocava. Mas que saco.

– Ah, mas ela é tão novinha. Ou vai mentir pra mim dizendo que prefere a Mel do que uma menina mais velha como eu? – Eu só ouvi passos do nosso lado e quando olhei a Mel arremessou um prato na Jenny. A sorte dela foi eu jogá-la pro chão. Se ela acertasse, ia ser bem pior o barraco básico que iria ter ali. – Ficou louca garota?

– Quem ficou louca aqui foi você. Pensa que é quem pra falar merda de mim, na casa do meu pai, seu chefe, pro meu namorado?

– Eu não tava falando nada. – Jenny falou fazendo cara de cão sem dono.

– Eu posso ser muito ciumenta, alias, eu sei que eu sou. Mas neurótica é um adjetivo que não se encaixa em mim. Pega aquela sua bolsa, mochila, sei lá que porra é aquilo, e sai daqui! – A Mel falou berrando já.

– Vai deixar ela falar assim comigo, Jason?

– A errada é você. E ela é minha filha, né. - Jenny saiu olhando pra Mel com cara de ódio e bufando. Mel não tava com uma cara muito boa também.

– Mas que caralho. Sempre tem uma vadia na minha vida. Devia ter uma lei que levasse essas pragas pra longe de mim e, principalmente, de você.

– Ela já foi. - Falei só pra ela ouvir e a abraçando por trás.

– Vocês tão muito lindos, mas eu ainda to aqui. - Falei o senhor Holden e eu me desgrudei da Mel. Ele pode até não querer me bater, mas eu vi o taco de baseball na sala.

– Seu pai não bateria numa pessoa tão legal quanto eu, né? - Perguntei só pra garantir. Ela me olhou com cara de tédio.

– É, Justin. Ele vai matar você com o taco.

– Ah, sei lá. Ele é teu pai. Pais tem ciumes de filhas. - Ela riu.

– Mesmo se ele tivesse, ou tem, não sei também, ele não faria isso.

– Eu to ouvindo. E Justin, não sou uma má pessoa e um pai chato, muito menos um assassino. - Eles riram e eu não sabia onde enfiar minha cara.

– Desculpa. - Ele riu.

– Foi nada. Mel vai colocando a mesa.

– Mas eu to fazendo a salada.

– O Justin termina, se não se importa, claro.

– Por mim tudo bem. - A Mel pegou as coisas e foi colocar a mesa. Só ficamos nos dois na cozinha.

– Justin, é sério que você tem medo de mim?

– Ahn… não. Mas, sinceramente, espero que o senhor não tenha ciumes de mim com a Mel.

– Bom, é estranho ver minha filha se beijando com um menino por aí. - Quero me enterrar igual um avestruz. - Mas quando eu conheci a Mel vocês já namoravam, então, não tem isso de ciume. E eu sei que você é um bom garoto. Mas olha lá o que vai fazer, hein! Não quero minha filha grávida sem terminar uma faculdade. - Arregalei os olhos.

– Claro que não. Nem eu quero isso!

– Acho bom. Realmente não espero isso de você. – Ele disse sorrindo amigável. – Vocês se conheceram na escola, ou antes?

– Na escola. Desculpa perguntar, mas o senhor ainda ama a mãe da Mel?

– Não precisa me chamar de “senhor”, Justin. E sim, mas parece que ela não, né.

– Olha, na minha opinião, ela ainda ama você. Mas não sei, é complicado.

– Você ainda não viu nada.

– Terminei. - Mel falou voltando pra cozinha. - Ainda não acabaram? Dois lerdos.

– Eu terminei já. - Falei lavando minhas mãos. O pai dela terminou de cozinhar um tempo depois e almoçamos. O resto da tarde, passamos na sala de jogos da casa. Sim, a casa tem uma sala de jogos. Super simples, sabe. Até ia colocar uma em casa, mas achei melhor não –q. Olhei no relógio e vi que eram quase 20h00min já.

– Mel, vou ter que ir embora.

– Por que? Tá cedo ainda.

– Se eu tivesse de carro. To de ônibus hoje, princesa. E eu moro um pouco longe daqui.

– Se quiser, eu te levo. Ou tu dorme aqui.

– Não precisa se incomodar.

– Lembra o que eu te falei? – Eu assenti. – Então. Para de frescura e dorme aqui.

~Mel on~

Almoçamos e estávamos na sala de jogos quando o Jus disse que teria que ir embora porque ele não tá com o carro. Meu pai disse pra ele dormir aqui, mas como ele é envergonhado, negou.

– Lembra o que eu te falei? – Ele assentiu. – Então. Para de frescura e dorme aqui. – Meu pai falou o que pra ele? Coisa ruim não foi, se não ele não dormiria aqui.

Enfim, ficamos jogando mais um tempo e depois pedimos pizza e assistimos filmes. Eu já tava quase caindo do sofá e eu e Justin subimos. Tomei um banho e fiquei esperando ele terminar o dele.

– Mo, o que meu pai falou pra você? – Perguntei quando ele saiu do banheiro.

– Que eu sou um bom garoto. – Ele falou sorrindo. E eu sorri de volta.

– Não sei porque você ficou com medo dele.

– Não fiquei com medo. Fiquei com receio dele sentir ciúmes de você. Já ouvi e vi histórias de namoros terminarem por causa dos pais de um dos dois.

– É, mas isso não vai acontecer com a gente. Meus pais te adoram. E mesmo se não adorassem, quem tem que gostar de você sou eu. – Ele sorriu e deitou me abraçando.

– Boa noite, princesa.

– Boa noite, mas nem um beijinho? - Ele sorriu e me beijou.


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