Be Alright escrita por Carol Munaro


Capítulo 23
Final de semana na casa do pai




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Acordei 12h00min e fui me arrumar. Peguei uma mochila e coloquei roupas suficientes pra todo o final de semana e mais algumas coisas, tipo creme e tals. Desci e o Justin tava lá. Ficamos conversando com a minha mãe até meu pai chegar. Meu pai chegou e buzinou. Eu e o Jus demos tchau pra minha mãe e saímos.

– Oi pai. – Disse entrando no carro. É, tava acostumando já. Pra falar a verdade, era a primeira vez que eu o chamava assim. Ele deu um sorriso tão gigante, que eu pensei que iria rasgar seu rosto. Ok, não.

– Oi filha. – Ele disse ainda sorrindo. – Oi Justin.

– Oi, senhor Holden.

– Vai passar o final de semana lá em casa, também Justin? - Ele perguntou olhando confuso e um pouco diferente, eu diria, pro Justin.

– O Justin só vai hoje pra lá, pai. – Isso era algum tipo de ciúmes de pai? To rindo k. Justin tava no banco de trás um pouco envergonhado e eu no banco da frente rindo dele. Ele tava tão envergonhado e nervoso pelo fato de ser meu pai ali entre a gente, que mal respirava.

– Pode ficar normal, mo. Meu pai não vai bater em você. – Eu disse ainda rindo e meu pai riu também.

– Cuidado hein, tenho um taco de baseball lá em casa.

– É sério? – Justin disse com os olhos arregalados e eu ri mais ainda junto com meu pai.

– Lógico que eu não vou bater em você, garoto, relaxa. Mas eu tenho sim o taco o baseball. Gosta?

– Prefiro futebol. Não entendo muito de baseball.

– Futebol americano ou o outro? – Eu to sobrando de novo?

– O outro.

– Você joga?

– Eu era quando menor, tipo uns 10 anos. Agora não.. O senhor jogava?

– Me chame de “você”. E eu era o capitão.

– Sério? – Dessa vez eu perguntei um pouco surpresa, eu diria.

– Sério. – Ele disse sorrindo. – E sua mãe era uma das lideres de torcida.

– MENTIRA? Você tem foto disso?

– Acho que tenho.

– Imagina minha mãe agitando o pom pons? (Autora on: não sei se tá certo – Autora off) – Falei fazendo gestos com as mãos como se estivesse com um deles em cada mão.

– Isso é um pouco contraditório, já que você nunca entraria nisso.

– Não mesmo. – Falei rindo fraco. – Pai, como era na sua época?

– Não sou tão velho assim, Mel. Era quase igual.

– Minha mãe era uma vadia?! – Perguntei quase tendo um treco.

– Claro que não. – Meu pai falou rindo. – É, era um pouco diferente. Mas ainda assim tinha as vadias da escola e os pegadores. – Era um pouco estranho ver meu pai falando assim, como se tivesse minha idade. Antes de conhecê-lo, achava que era um homem sério, mas é totalmente o contrario.

– Deixa eu adivinhar. Você pegava todas? – Falei rindo.

– Hey! Respeito, garota. Sou seu pai.

– Mas era ou não?

– Bom, se eu era o capitão do time… – Ele falou um pouco sem jeito.

– Que feio, pai. Passada o rodo nas mina da escola.

– Mel! – Falou o Justin rindo lá de trás.

– Tá falando o que? Tu tá rindo.

– Mas não sou eu que tava deixando o seu pai envergonhado.

– Tudo bem. Eu já respondi a pergunta. E bom mesmo que você não seguiu sua mãe. As lideres de hoje em dia só tão lá pelos garotos do time, e não porque gostam de dançar. – Fomos o caminho todo conversando. Chegamos lá e meu pai colocou o carro na garagem. Reparei que tinha um carro a mais.

– Pai, você mora sozinho?

– Sim, mas as vezes não to sozinho. Por que?

– É que tem mais um carro na garagem.

– Ah, deve ser da Jenny.

– Quem é Jenny?

– Minha assistente. – Assistente? Sei… Duvido que não seja colega de trabalho que nem aquele John da minha mãe.

– Um pouco estranho sua assistente deixar o carro na sua garagem. Ou melhor, ter a chave da sua casa. – Ele não respondeu. – Se você tivesse namorando me contaria né, pai?

– Mas que ideia é essa, Mel? Claro que te contaria. E ela é só minha colega de trabalho.

– Tem mais alguém?

– Mais alguém o que?

– Alguém que você goste e tals. – Vi ele corar. Mas que fofura.

– Awnn meu pai tá amando. – Justin riu de novo.

– Para de encher seu pai.

– Why? ‘-‘

– Mel, vem cá. – Meu pai me chamou pra sentar na sala.

– Fala.

– E sua mãe? – Ele me olhou de um jeito quando falou dela que notei na hora que ele ainda gosta dela. Mas vish.

– Tá bem.

– Ela tá saindo com alguém? – Eu e o Justin olhamos um pro outro e eu fiquei sem saber o que responder.

– Ah… não sei, pai. Talvez. Mas não sei.

– O que você acharia se eu voltasse com ela? – Porra. E ele tava mega animado. Eu ia ficar super mal se acabasse com a alegria dele.

– Pai, olha, eu sei sim se ela tá saindo ou não com alguém. E ela tá. Eu fiquei sabendo ontem. – Na hora ele desmanchou o sorriso que tinha no rosto.

– É sério? – Acenti com a cabeça e ele não falou nada. Eu e o Justin nos levantamos e eu fui até o quarto, que eu agora era meu na casa dele, colocar a minha mochila.

– Ai vei, ele ficou mal. Ele ia voltar com a minha mãe. Pela primeira vez na vida eu ia ter uma vida normal. – Falei me jogando no cama e enterrando minha cabeça no travesseiro.

– Uma hora ou outra ele ia ficar sabendo, princesa. E você disse que não queria que eles voltassem.

– Eu sei, mo. Mas prefiro minha mãe com o meu pai, do que com um homem que eu não conheço. E me fala, não é estranho minha mãe aparecer do nada namorando? – Ouvi um barulho lá em baixo de alguma coisa se quebrando e levantei na hora com os olhos arregalados. Quando cheguei na cozinha vi meu pai catando os cacos de um copo e uma mulher juntando os mais pequenos com a vassoura.

– Tá tudo bem aqui?

– Tá sim. A Jenny só quebrou um copo sem querer. Alias, Mel essa é a Jenny e Jenny, essa é minha filha. E aquele é o namorado dela, Justin.

– Olá.

– Oi. – Eu e o Justin respondemos juntos. Quando meu pai falou que era assistente dele, eu pensei que ela tivesse quase 30 anos, pelo menos. Mas ela aparentava ter uns 22 no máximo. Ela era bonita, isso eu não podia negar, mas tinha uma cara de metidinha que pelo amor. Eu e o Justin fomos pra sala enquanto eles terminavam de limpar a baguncinha do copo lá na cozinha.

– Victor me contou uma coisa hoje e acho que você não vai gostar muito. – Olhei pra cara dele e pedi que ele continuasse. – A vadia vai estudar com a gente.

– Vai estudar ou distribuir por lá?

– Mel!

– To comentando só. E é, eu não gostei disso. Mas se ela for atrás do outro e te deixar em paz, dane-se.

– Não arranja confusão com ela por minha causa.

– Olha quem fala. Nem foi pra escola ontem por que mesmo? – Perguntei com ironia. O meu pai e a tal Jenny chegaram na sala. Achei que ela ia tá aqui pra trabalhar, né.

– Você tem quantos anos, Mel?

– 16. Você parece ter uns 22, no máximo.

– Tenho 20. – Ela respondeu sorrindo. Mas não pra parecer simpática, ela sorriu pro Justin! Vadia.

– Vamos na piscina? – Meu pai perguntou depois de ver que se continuássemos ali, iria sair algum tipo de barraco pela cara que eu tava pra vadia assistente dele. Eu e Justin fomos até o meu quarto. Nos trocamos e descemos vendo os dois já trocados. Fomos pra área da piscina e Jenny foi a primeira a pular. Pedi pro Justin ficar sentado numa espreguiçadeira que eu já ia lá e parei meu pai na porta da área.

– Eu achei que ela fosse sua assistente.

– Mas ela é. Pedi pra ela vir aqui hoje porque já imaginava que você ia trazer o Justin e não ficaria de vela da minha filha. – Eu ri. – Eu sei que você percebeu o jeito que ela olhou pra ele.

– Mas é claro que eu percebi. E ela que não seja louca de chegar perto dele. – Meu pai riu e entramos na piscina junto com o Justin. A coisa lá sugeriu que brincássemos de vôlei na água. Suave até ai. O problema é que ela queria fazer dupla com o Justin! Eu olhei pra cara do meu pai e ele entendeu na hora, falando na hora que era melhor eu ficar em dupla com o Justin.

– Mas vocês são pai e filha, e pelo o que o Jason me contou, vocês ainda tão se conhecendo. Seria melhor se vocês formassem dupla.

– É só um jogo e o Justin é meu namorado. A dupla dele é comigo e isso não se discute mais. – É, o clima ficou tenso. A vadia olhava com cara de ódio pra mim. E toda bola que ela atacava, era sempre em mim. Eles ganharam, mas também, com a cavalaria da garota, qualquer um ganharia. Nenhum de nós tínhamos almoçado e fomos fazer o almoço. Dessa vez, eu e meu pai. Justin ficou na cozinha, lógico. Mas a outra ficou lá colada nele. Eu tava vendo a hora que eu iria voar no pescoço dessa menina. A cozinha era um pouco grande. Eu e meu pai cozinhávamos e não dava pra escutar direito o que eles conversavam. Fui pegar um prato que meu pai pediu e só ouvi um:

– Ah, mas ela é tão novinha. Ou vai mentir pra mim dizendo que prefere a Mel do que uma menina mais velha como eu? – Não consegui me segurar. O prato que tava na minha mão foi pra cabeça dela. A sorte dessa vadia foi que o Justin viu e empurrou ela pro chão. – Ficou louca garota?

– Quem ficou louca aqui foi você. Pensa que é quem pra falar merda de mim, na casa do meu pai, seu chefe, pro meu namorado?

– Eu não tava falando nada. – Ela falou fazendo cara de choro.

– Eu posso ser muito ciumenta, alias, eu sei que eu sou. Mas neurótica é um adjetivo que não se encaixa em mim. Pega aquela sua bolsa, mochila, sei lá que porra é aquilo, e sai daqui! – Falei gritando já.

– Vai deixar ela falar assim comigo, Jason? – Ela fez uma cara de cachorro sem dono.

– A errada é você. E ela é minha filha, né. – Ela olhou com raiva pra mim e saiu dali. Mas que raiva. Sempre tem uma vadia atrás do Justin. Não posso ter paz mais não?


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Notas finais do capítulo

gente!! Tem alguém aqui q é Belieber?? Pq tipo, jelena acabou e tals '-' Quero falar sobre o assunto kkk Enfim... xoxo.



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