Me descobrindo escrita por sempre quis escrever um livro


Capítulo 5
Primeira conversa com Mariana depois da "carta"




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         Paula teria que descobrir quem era aquele tal parente. Mas como? Pensou em perguntar a sua mãe.

         - "Mãe, antes de nos mudarmos apareceu um caderno e uma caneta na minha cômoda e eu vi uma coisa estranha na janela mas não era nada, No avião, enquanto você, o papai e Cristiano estavam dormindo,  eu peguei o caderno para pensar e a menina que estava do meu lado começou a conversar comigo. Falou que também achou um caderno e uma caneta igual aos meus. Ela virou nossa vizinha por coincidência, e, ontem a noite nós duas sentimos tipo de um terremoto, mas isso só aconteceu em nossos quartos, em nenhum dos outros cômodos daqui e da casa dela estava bagunçado como nossos quartos. Quando fui pegar minha bolsa do chão, estava pesada. Me caderno estava brilhando. Ela também pegou as coisas dela. Nossos cadernos estavam iguais a não ser por um desenho na fechadura e nossas canetas que tinham mudado de cor. Fui dormir e tive um sonho muito estranho e acordei assustada. Já que eu não estava mais com tanto sono fui ver meu caderno e na primeira folha tinha uma carta escrita falando que eu pertencia a dois mundos e que eu sou diferentes de muitas pessoas mas que, se meus dois pais não são assim, ou um deles, alguém na minha família já foi assim e eu teria que descobrir quem é. É você?".

         Não, soou muito estranho. Mas como perguntaria? Ou melhor, perguntaria?

         Já era quase hora do almoço, logo depois  falaria com Mariana sobre seu sonho e sobre a carta que recebera. Talvez, com Mariana também aconteceu isso!

         - Hora do almoço! - gritou sua mãe -  Lavem as mãos e venham se não a comida vai esfriar.

         - OK! - ouviu seu irmão gritando - Vai almoçar agora maninha? - perguntou seu irmão na porta se seu quarto.

         - Já vou, pode ir indo na frente. Só vou arrumar minha cama e desço.

         - Ta bom! Mamãe fez lasanha! Vem rápido! - falou Cristiano descendo as escadas

         - OK.

         Paula arrumou a cama , lavou a mão e desceu para almoçar. Se lembrou que não disse nada sobre sair com Mariana dali a alguns minutos.

         Antes de almoçar, falou com sua mãe e conheceu a vizinha e que ela chamara para ir ao parque conversar melhor, Beatriz primeiramente não deixou com um pouco de insegurança, mas acabou deixando.

         Almoçou com sua mãe e seu irmão e subiu para tomar banho e se arrumar.

         Tomou um bom banho, se trocou, arrumou sua bolsa (celular, jaqueta, fones de ouvido, carteira, documentos... sem esquecer seu caderno e sua caneta).

         Antes de descer conferiu se, em seu caderno havia outra carta. Infelizmente não, inclusive, a carta que recebera de manha havia sumido da primeira página, estava em branco, tudo em branco, como se fosse novo.

         Tudo aquilo seria um sonho?

         - Não foi um sonho - ouviu uma voz distante.

         - Mãe? Cristiano? Vocês falaram alguma coisa?

         - Não - disseram os dois como um coral

         De onde saiu aquela voz?

         Paula conferiu suas coisas e desceu as escadas.

         - Volte até as quatro viu?! - falou sua mãe.

         - OK

         - Não fale com estranhos! Não aceite nada de ninguém! Pegou sua jaqueta? Se alguém...

         - Mãe, não sou mais criança! Eu sei me cuidar, não se preocupe! Qualquer coisa eu ligo ou mando mensagem.

         - OK

         - Vou indo então, beijo.

         - Até as quatro viu moçinha?!

         - OK

         Ao sair de casas viu Mariana também saindo de casa.  Pelo menos, se ela se perdesse, não estaria sozinha.

         Saíram a caminho do parque já conversando sobre o sonho e a carta de Paula.

         - ... quando acordei, fui ver meu caderno e tinha uma carta falando q eu não pertencia só a este mundo e que um parente meu também era como eu. Para eu descobrir quem é e depois manter contato.

         - Manter contato?

         - No começo também não entendi mas depois vi e na carta, dizia que era apenas eu me concentrar no caderno e pensar. Achei meio estranho mesmo assim.

         - Olha, comigo eu n tive nada de sonho estranho mas também não conferi meu caderno.

         Nisso, já chegaram no parque. Tinham sentado em uma mesinha uma de frente para a outra. Paula tirou seu caderno e sua caneta da bolsa e já tinha conferido se havia alguma coisa umas mil vezes.

         Estavam conversando normalmente. Haviam crianças brincando no parque, cachorros passeando com seus donos, algum idosos sentados num banco perto delas e até alguns adolescentes por lá.

         O assunto já tinha mudado muitas vezes. Agora estavam falando de colégios. Imagina se estudassem juntas? Para as duas seria perfeito.

         Como qualquer menina adolescente, as duas ficaram olhando para um garoto que estava não muito longe delas. Um garoto loiro médio, parecia ter uns catorze ou quinze anos. Estava de blusa xadrez, calça jeans, boné e skate de baixo de um dos braços.

          Paula ficou encantada com o garoto, mas o garoto se virou para elas e Paula voltou para a vida real. Começou a conversar como se nada tivesse acontecido mas ainda pensando no garoto.

         - O que foi aquilo? - perguntou Mariana  com cara de indignação.

         - Aquilo o que?

         - Você paralisou olhando para aquele garoto!

         Paula ficou vermelha, mas esperou não ficar mais do que sentia estar.

         - Não olha agora, mas ele esta vindo para cá! - disse Mariana.

         - Oi - disse o garoto - tudo bem?

         - Oi - responderam as duas.

         Paula estava meio sem graça, tinha achado o menino muito bonito mas não queria deixar isso na cara.

         - Vocês são novas aqui? - perguntou o garoto

         - Sim, - disse Paula - meu nome é Paula, vim do Japão com minha família, meu pai foi transferido pra cá e ela é minha vizinha, Mariana.

         - Hum, meu nome é Lucio.

         - Como você soube que não somos daqui? - perguntou Mariana.

         - Na verdade, eu moro na mesma rua que vocês. Vi esses dias duas pessoas se mudando e hoje vi vocês saindo de suas casas. Fui com meus amigos andar de skate e estava voltando para casa quando reconheci vocês duas. Hoje vai rolar uma festa aqui perto, querem ir? Vocês podem conhecer alguns amigos meus. Vocês vão gostar.

         - Acho que não vai dar - disse Mariana, vou sair com meus pais essa noite e Paula concordou.

         - Na verdade vamos juntas - disse Paula.

         OK, quem sabe nos encontramos ai! Tchau! - desse Lucio saindo de perto das meninas.

         Paula e Mariana concordaram em ir para casa, já eram três horas, e a mãe de Paula lhe disse que teria que voltar até as quarto. As duas podiam ir andando tranquilamente para casa.

         Andaram alguns quarteirões e avistaram Lucio andando de skate. Lucio desceu do skate e virou a esquina correndo como se alguém estivesse o perseguindo. As duas nem ligaram, continuaram andando tranquilamente.


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