Me descobrindo escrita por sempre quis escrever um livro
- Que caderninho é esse? - perguntou Mariana olhando para o caderno.
Paula, que já conseguira uma "amiga" em sua viajem, achou que não havia problemas em contar. Ou havia? Não sabia o que responder. Falava a verdade ou mentia com alguma história que viesse a sua mente na hora?
Percebeu que Mariana ainda estava esperando a resposta então falou:
- Minha mãe que me deu ontem! - falou meio sem jeito.
- Hãm - disse Mariana com uma cara desconfiada e meio que dizendo "por que não fala a verdade!".
Virou-se para frente e voltou a pensar. Se Mariana já viu o caderno em sua frente iria estranhar que ela não escrevesse anda, mas o "o que" escrever ainda não sabia.
- Minha mãe uma vez me deu um caderno desse. - falou Mariana retirando um caderno idêntico ao seu de sua bolsa.
Paula achou estranho. Como que suas mães, ou melhor, a mãe dela e alguém, tenham deixado um caderno e uma caneta iguais para as duas?
- Só não sei o que escrever. Já pensei em escrever um história, sabe, sempre quis escrever um livro, mas não tenho certeza. Já sabe o que vai escrever no seu?
- Não - falou Paula
Paula se virou e Mariana voltou a escutar música, tinha acabado de encontrar uma pessoa que ganhou um caderno idêntico ao seu. Como?
Depois de algumas horas, o avião pousou. Seu pai e sua mão já haviam acordado. Guardou seu caderno em sua bolsa, arrumou as coisas, se levantou com seus pais, deu até logo para Mariana e saiu.
Já estava indo para sua nova casa quando viu que seus novos vizinhos também estavam se mudando. Depois de arrumar algumas coisas dentro de casa, foi com sua mãe e seu irmão conhecer a vizinhança. La perto havia um clube, dois parquinhos, quadras, vários restaurantes, cabeleireiros... .
Quando chegou em casa, seu pai e alguns homens do caminhão de mudança já estavam arrumando a casa.
- Os móveis do seu quarto já estão prontos filha! - gritou o pai entrando em casa com um monte de caixa.
- OK - gritou Paula
Paula foi até seu novo quarto, era maior, e seus pais haviam comprado mais móveis. Tinha uma escrivaninha, um closet médio. Agora ela tinha uma estante nova para colocar seus livros, seus DVDs e CDs, entre outras coisas.
Algumas caixas já estavam empilhadas em seu quarto, resolveu começar a arrumar. Abriu primeiro as caixas dos livros, depois dos CDs e DVDs, a dos seus poucos bichos de pelúcia da infância... .
Uns vinte e cinco minutos depois, já estava quase acabando. Seu irmão estava em seu quarto ajudando-a em algumas coisas. E mudava aqui, mudava lá, mudava ali no canto, depois no outro canto,
- Filha, quer comer o que? - Paula escutou sua mãe gritando.
- Quais são as opções? - falou Paula indo em direção a sua mãe que estava na sala.
- Lanche, Pizza ou esfira! - falou sua mãe.
- Pizza de calabresa - falou seu irmão saindo de seu quarto.
- Por mim também pode ser. Você que sabe! - falou Paula.
- OK, vai ser pizza então. Seu pai saiu e já volta, vou pedir um refrigerante também. - falou sua mãe pegando o telefone - Seu pai me deu o telefone de um pizzaria aqui perto, vou pedir nesta e depois procuramos mais.
Paula já não queria mais saber, voltou para seu quarto, sentou na escrivaninha e pegou o caderno. Do lado de sua cama, havia uma janela, deixou o caderno lá e foi ver sua vista.
Esta um dia bonito, sua vizinha também já tinha arrumado o quarto. Quem seria ela? Será que tinha sua idade? Iria lá para conhecê-la? Agora não! Talvez depois.
- Filha, a pizza chegou! - ouviu sua mãe gritar.
- OK, estou indo. - falou Paula guardando o caderno e a caneta numa gaveta.
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