Por Que Eu Sei Que É Amor. escrita por Cmagal


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura (:



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Novembro de 2011.


Ouvi novamente o telefone tocar e corri para atendê-lo.

_Alô?

_Glória?

_Sim, quem fala?

_Sou eu, Ana.Tenho más notícias...

Há alguns meses minha mãe descobriu que estava com cancêr e desde então a cada dia que passa seu estado se torna mais crítico.Ao receber aquela ligação da Ana, secretária da médica do hospital onde minha mãe está internada na capital, eu soube que a hora da pessoa mais importante da minha vida estava chegando.Liguei para o colégio que eu dou aula aqui em Itanhaém e expliquei minha situação, sendo liberada por alguns dias devido ao estado de saúde da minha mãe.Coloquei algumas peças de roupa e em uma bolsa e fui para São Paulo.

Assim que cheguei ao hospital fui recebida pela Ana que me deu um abraço sem dizer uma só palavra.Eu já tinha ido tantas vezes àquele lugar, que um carinho tinha surgido entre nós.Toda vez que eu ia alí sentia que um pouco da minha alma ficava naquele lugar.Não só naquele hospital, mas em qualquer outro que eu entro.É um lugar que creio eu, ninguém gosta de estar.Peguei meu crachá na recepção e segui para o quarto onde minha mãe se encontrava.

_Filha, que bom que você veio.- sua voz era fraca.

_Como você está se sentindo mãe?- senti meus olhos arderem e a vontade de chorar me consumir.

_Estou ótima, melhor impossível.- tentou amenizar a situação._Filha...Eu preciso te confessar algo...- fechou os olhos e suspirou pesadamente.

_O que mãe?- puxei uma cadeira e me sentei ao seu lado segurando sua mão.

_Não teve um dia em toda a minha vida que eu não me arrependi do que fiz...- limpou algumas lágrimas que já escorriam por seu rosto._Eu fiquei com medo de que sua vida fosse prejudicada, afinal você era jovem, estava na faculdade e por um mísero descuido tudo aquilo estava correndo perigo de ser perdido.

_Do que você está falando?- soltei sua mão e me levantei da cadeira.

_Quando você me disse que estava grávida, eu tentei te convencer a tirar enquanto ainda era tempo, mas você não quis.Disse que aquele feto já era seu filho e resolveu que iria até o fim mesmo se tivesse que criá-lo sozinha já que o pai não queria saber dele.

_Você...Você disse que me ajudaria.-comecei a andar de um lado para o outro no quarto já nervosa com o rumo daquela conversa.Era uma ferida que mesmo 32 anos depois ainda não estava cicatrizada.Acho que nunca estaria.

_Ela não morreu.-disse por fim.

_Como é que é?-gritei.

_Eu procurei um orfanato e paguei o médico e as três enfermeiras para que mentissem pra você.

_Você fez o quê?- eu já estava completamente descontrolada.

_Eu sinto tanto filha...

_Sente tanto?Então porque diabos não me contou antes?Porque só agora, 32 anos depois?-eu chorava intensamente.

_Por que eu tive medo da sua reação, mas agora que eu sei que já estou no fim não consegui suportar a ideia de levar este segredo para o túmulo.

_Em qual orfanato?- perguntei ignorando-a.

_São Judas Tadeu.

Fui em direção à porta e quando já estava quase saindo...

_Você vai conseguir me perdoar algum dia?

_Não sei.-sai do quarto e fui para o meu carro.Apoiei minha cabeça no volante e chorei até meus olhos começarem a queimar.



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Notas finais do capítulo

Acho que agora já dá pra perceber quem era a tal mulher que "perdeu" o bebê no último capítulo né?! haha'



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