Onegai Kamisama escrita por Enid Black


Capítulo 1
Unique


Notas iniciais do capítulo

Essa fic é baseada na história em que está o anime, não sei em que pé anda o mangá, então é bom avsiar >.< Enfim, acho que não dou certo mesmo para romances, porém eu queria muuuuito poder escrever algo com o Tomoe lindo! Ai acabou surgindo isso :3 Desculpem se estiver muito ruim ><' Boa leitura!



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"Por favor, ajude minha neta a arranjar um namorado."

Eu fiquei olhando para o rosto daquela velhina esperançosa que estava ajoelhada de olhos fechados na frente do templo, a neta dela devia estar numa situação bem complicada para a avó pedir ajuda para o Deus da Terra.

A vovózinha de cabelos grisalhos se levantou com dificuldade, apoiando em sua bengala que parecia frágil o bastante para quebrar a qualquer instante, e se afastou do local, esperando que sua oração desse um companheiro para a parente desesperada.

Fiquei com dó da garota, mas então percebi que minha situação não era muito diferente. Eu mal conseguia frequentar a escola direito, não com Tomoe me seguindo por todos os cantos com suas atitudes estranhas, e se já estava difícil encontrar amigos com esse cara atrás de mim, imagina um namorado? E eu ainda tinha que me deparar com boatos por todo o colégio de que eu namorava 'o garoto maluco de cabelos prateados'. Eu não merecia isso.

A boa fama que Tomoe teve na escola quando começamos a ir juntos havia decaído apenas alguns dias depois de nossa primeira semana, nessa época as garotas perceberam que ele não era alguém muito normal, mesmo sendo extremamente bonito. E com isso minha popularidade também caíra drasticamente.

Mas o que eu estava pensando? Vários deveres de um Deus me aguardavam e eu estava ali, reclamando sobre garotos e analisando as atitudes incoerentes de Tomoe. Eu devia parar de tentar entender aquele yokai.

Na verdade, eu andava pensando bastante sobre ele ultimamente. Isso porque ele estava atrapalhando minha vida, certo? Ele era um peso que sempre estaria comigo, por isso eu tinha que entendê-lo para pelo menos conviver com ele de modo tranquilo, era só isso, certo?

Tomoe sempre estaria ali, desde o dia em que ele tornou-se meu familiar, desde quando nos beijamos.

Senti meu rosto se avermelhar apenas com a lembrança. Mesmo na situação de pânico que fora aquele momento, eu ainda me lembrava perfeitamente de seus lábios nos meus, do calor calmante que eles me passaram...

– Nanami? - ouvi a voz de Tomoe atrás de mim, pulei de susto e virei-me repentinamente.

– Q-Quem disse que você pode chegar assim de repente? - gritei para ele, tentando bater nele, porém minha fraca tentativa de machucá-lo não teve efeito nenhum.

– Por que está vermelha? - ele perguntou, ignorando totalmente minha revolta, seus olhos violeta me encaravando com curiosidade.

– Não é nada - eu disse, abaixando a cabeça no mesmo momento, encarando nossos pés.

– Tudo bem, então - disse ele, sua voz mudando repentinamente para um tom despreocupado - A comida está pronta, venha logo.

– Já vou - disse, levantando o rosto a tempo de vê-lo abandonando a sala.

Olhei para minhas mãos, elas estavam tremendo. Por que estavam tremendo? Devia ser do susto que eu havia levado com Tomoe, sim, era apenas isso.

Cruzei os braços afim de ignorar o estranho tremor e sai da sala, me dirigindo para onde costumávamos jantar.

Cheguei perto do aposento, as vozes agudas de Onikiri e Kotetsu aumentando enquanto eu me aproximava. Parei na frente da entrada, repentinamente incapaz de seguir em frente. Encostei-me de encontro a parede que levava ao local, e observei a cena que acontecia daquele lugar que me escondia parcialmente.

Onikiri e Kotetsu corriam um atrás do outro em volta da mesa, seus sorrisos petrificados brilhando enquanto eles se divertiam com aquilo, Tomoe sentava-se à um dos lados do móvel escuro, sua expressão de desdém indicando que ele estava totalmente absorto em seus pensamentos, e nem percebia os dois barulhentos brincando a sua volta.

Seu queixo estava apoiado em uma das mãos, os olhos violeta encaravam fixamente a parede, como se aquilo fosse a coisa mais interessante no momento, enquanto sua outra mão segurava o seu característico leque de encontro a mesa. Ele usava um de seus kimonos, este sendo totalmente verde. Eu não sabia por que ele não usava as roupas atuais a menos quando saíamos, já que ele ficava bem mais atraente nelas.

Se bem que ele era muito bonito mesmo daquele modo, com suas orelhas brancas de raposa se movimentando rapidamente em alguns momentos, e seus cabelos prata destacando os olhos de uma cor tão linda e diferente.

Tomoe olhou para mim de repente, parecendo saber que eu estava ali o tempo todo. Afastei-me da passagem, ficando parada com o coração acelerado por algum tempo no corredor. Ele tinha me visto. O que pensaria que eu estava fazendo?

– Nanami? Não vai vir? - ele disse alto o bastante para sua voz chegar até o corredor onde eu estava, tentando recuperar meu controle.

Respirei fundo e entrei na sala. Por que eu estava tão nervosa? Eu já havia jantado várias vezes com Tomoe, hoje não seria diferente. Não tinha por que ser diferente.

– Oi - disse, com um sorriso extremamente forçado.

Tomoe acompanhou meus movimentos até eu me sentar á sua frente, seus olhos se estreitando quando dei outro sorriso fraco e peguei o hashi para começar a comer, mesmo não estando com fome nenhuma.

– Nanami-sama! - Onikiri e Kotetsu disseram juntos, quando pararam de correr pela sala e perceberam que eu havia chegado.

– Olá - disse, tentando parecer o mais normal possível.

– O que aconteceu com você? - perguntou Tomoe, cruzandos os braços e levantando uma das sombrancelhas, desconfiado.

– Nada - eu disse, sentindo meu rosto corar de novo - Por quê?

– Você está estranha desde que aquela velhinha foi embora - ele disse, pressionando-me.

– Impressão sua - disse, abanando as mãos e dando uma risada tão falsa quanto minha calma.

Olhei para os pequenos barulhentos esperando ajuda, porém os dois estavam em silêncio nos observando, suas máscaras mostrando sorrisos que deviam esconder uma expressão de pânico por verem uma briga se iniciando.

– Será que você está assim por minha causa? - Tomoe perguntou, inclinando-se em minha direção com um sorriso malicioso nos lábios. Afastei-me da mesa instintivamente.

– Lógico que não! E eu não estou estranha! - disse, em uma voz estridente, enquanto meu rosto queimava de vergonha.

– Acho melhor nós irmos embora - Onikiri cochichou para Kotetsu, recebendo aprovação por ele, que balançou a cabeça concordando, e os dois se afastaram da sala.

Algo estava errado. Era para os dois separarem a briga, como sempre faziam, e não se afastarem como cúmplices que sabiam de um segredo que eu não entendia. O que estava acontecendo?

– Você está nervosa por minha causa - continuou Tomoe, ele já havia atravessado a mesa e estava a centímetros de mim.

– Não estou nervosa! - disse, arrastando-me até encontrar a parede às minhas costas, encontrando-me encurralada.

Tomoe deu uma risada baixa, aproximando-se novamente de mim até estarmos perto o suficiente para sua respiração fazer cócegas em meu rosto.

– Tomoe... - eu disse, mas não consegui formar uma frase coerente com a mente atrapalhada do jeito que estava no momento. Tudo o que eu conseguia pensar era no yokai á minha frente, encarando-me com um olhar divertido e um sorriso travesso no rosto.

– O que foi? - Tomoe sussurrou, apoiando-se em uma das mão enquanto a outra passeava para dentro de minha blusa.

– Pare - disse, porém não tão firme como desejara.

Tomoe apenas riu novamente, sua mão delineando minha cintura enquanto sua boca se aproximava da minha. O ar começara a faltar em meus pulmões, fazendo minha respiração tornar-se irregular.

– Eu sempre gostei desse seu jeito contido, sabia? - ele disse, parando a centímetros da minha boca - Torna tudo ainda melhor.

Seus lábios finalmente se juntaram aos meus. No mesmo momento esqueci todas as minhas preocupações. Todos os 'nãos' que minha mente tentava alertar sobre aquela situação foram sufocados por aquela ótima sensação que era ter sua boca invadindo a minha.

Puxei-o para mais perto, enquanto escorregávamos sem perceber para o chão da sala em que estávamos. A comida esfriava em nossos pratos intocados, mas isso não importava naquele momento.



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Notas finais do capítulo

É, é, eu sei que ficou incompleta T.T' Mas eu ainda estou evoluindo nessas coisas de relações de namorados e tals! Já é um avanço eu ter escrito um beijo G_G Por isso não quis estragar a fic (que já não tá muito boa) com uma cena mal feita, e acabei deixando o resto por conta da imaginação de vocês (: Não me matem, ok? E deixem reviews! Mesmo que seja falando que é melhor eu desistir de romances e voltar para minhas criaturas monstruosas e bizarras *-*