Vigaristas escrita por Juh, Amanda, Taís


Capítulo 5
Uchiha


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Tudo bem que a admiração, respeito, interesse, dinheiro, carinho (digamos assim: por puro interesse) morrem, mas não precisavam virar assombração, né?

Sasuke surgiu como um fantasma à minha frente, arrancando-me do palco como um cão bravo... Pensando bem, ele estava mais pra demônio!

Furioso comigo, seus olhos demonstravam uma imensa raiva. Nem no dia em que descobriu minha falência estava tão fulo quanto agora. Ele me arrastava para fora da boate me apertando com força total, já não sentia mais meus bracinhos — estavam dormentes.

Debati-me gritando na tentativa de que ele me soltasse, mas ninguém parecia me dar ouvidos, nem mesmo os seguranças incompetentes do lugar, que olhavam a situação com cara de bunda. Estavam com medo do Sasuke também? Tsc!

Ninguém, sequer, chegou perto de nós, parecia que o Sasuke era alguém bem importante por ali... Argh!

Ele me jogou em seus ombros, deixando-me com o bumbum descoberto pro alto. Não gostei nada daquilo! Debati-me um pouco mais, até que chegamos em seu carro. Ele me jogando porta adentro, sem qualquer remorso ou preocupação se me machucou ou não. Bruto insensível!

— O que diabos você pensa que está fazendo, Sasuke?! — perguntei batendo em sua mão, que tentava por o cinto de segurança em mim. Não vou com ele a lugar nenhum! Chega de me abandonar por esta quebrada desconhecida.

— Estou tentando resgatar alguma dignidade em você, se é que existe uma! — ele disse analisando o que eu vestia, estava fumaçando de raiva. — O que você tem nessa merda de cabeça rosa, sua imbecil?

— E por acaso você se importa? Foi você mesmo que me jogou por aqui como se eu fosse ninguém! — ele tem amnésia é?

— Te dei meu sobrenome! Mulheres Uchiha não se exibem em boates vestidas com isso... — disse rispidamente ao encarar a pouca roupa que  eu vestia.

— Então os bandidos, golpistas e mau-caracteres como você prezam por dignidade? Ah, qual é, Sasuke? Não venha me dar lição de moral! Você queria que eu fosse presa! Dançar em boates não pode, mas ir pra cadeia pode, não é? — ironizei.

— Cala tua boca ou acabo com a sua raça, tá me entendendo? — disse entre dentes levantando sua camisa para mostrar sua arma ali. Rum... Se sua intenção era me amedrontar... Conseguiu! Rapidinho virei o rosto para a janela.

Ele acelerou com o carro para longe da boate. Fiquei me perguntando, para onde ele estaria me levando dessa vez? Será que me abandonaria em outro lugar sinistro ou pior, me mataria? Vindo dele tudo é possível, não queria ver para pagar, ou melhor, fazer dívida pra ver. 

Estava me tremendo toda de medo e de frio também, dentro daquele carro estava mais gelado que lá fora... Aquele ar condicionado estava fazendo meus dentes baterem.

— Vista isso...— percebendo minha tremedeira, Sasuke tirou o paletó e me entregando, também desligou o ar condicionado. Depois fez careta ao olhar novamente para meu corpo. — Não tem vergonha na cara, não? Está praticamente pelada!

— Obrigada. — agradeci o gesto de me dar seu paletó, ignorando seu comentário.

Fiquei mais aliviada quando ele estacionou o lamborghini em sua garagem. Aquele lugarzinho escuro de trevas era inconfundível!

Sasuke desceu do carro e eu fiquei esperando ele abrir a porta do carro pra mim, mas percebendo que viraria um defunto ali dentro esperando por sua bondade, resolvi me mexer. Até ter uma segunda e melhor ideia: me trancar ali dentro do carro dele! Isso me livraria da morte por mais alguns instantes. Talvez se eu ficasse quieta e bem encolhidinha, ele nem daria minha falta... Mas quando ia agir, Sasuke abriu bruscamente a porta. Saco! Ele percebeu meus planos...

— Vai ficar ai parada? Desce logo, Sakura!

— Só estava esperando pela sua gentileza de abrir a porta pra mim... — expliquei e ele revirou os olhos entrando em casa. O cavalheirismo mandou um abraço, rum!

Por dentro daquela muralha, a casa dele era, digamos que... Sem graça!

Por fora parecia ser maior, e por dentro era totalmente sem sal. As paredes eram todas pintadas de branco, nenhuma obra de arte por ali, nem ao menos um retrato pendurado nas paredes. Uma corzinha ali seria bom! Será que ele não sabe que neste verão as cores fortes estão na moda?

Fora que a casa praticamente não tinha móveis, só o necessário do necessário! Os dedinhos do pé que estão comemorando, não têm nenhuma possibilidade deles se chocarem com os móveis — porque não tinha quase nenhum ali. Eu hein, que casa mais chinfrim! Não vou nem narrar o vexame pro mundo fashion, e esse sofá de cor indefinida?! Argh.

Vou ter um troço nesta casa!

— Pode ficar aqui por esta noite. Amanhã vejo o que faço com você... — ele resmungou subindo as escadas, segui atrás dele ignorando a forma fofa de me tratar, como se eu fosse uma mercadoria inútil!

O quarto do Sasuke pegava o segundo andar todo, era grande e... Só. Não havia quase nada de móveis, somente a cama de casal, um criado mudo, uma escrivaninha e um sofá. Tinha uma porta que dava para o banheiro e closet, e... Tcharammm: Mais nada!

O segundo andar era totalmente sem graça como o resto da casa!

Enquanto que eu olhava para o nada do quarto dele, ele foi se desfazendo dos sapatos, aproveitei e fui ao banheiro lavar o rosto. Mamãe sempre dizia que dormir com maquiagem é fazer com que o rosto vire um maracujá murcho antes dos vinte e cinco!

Só de pensar nos meus creminhos de beleza que deixei para trás no quarto da boate, ao ser arrastada pelo Sasuke... Argh! Nunca durmo sem antes passá-los. Droga!

Saí do banheiro soltando uma praga bem baixinho, e me sentei em sua cama para tirar minhas sandálias... Quando minhas coxas sentiram a textura daquele tecido...

— Algodão? Oh, God! Só consigo dormir em lençóis Egípcios, você não tem ai não? — comentei analisando aquele pano de bunda que ele usava pra forrar a cama. Oh, céus, mais uma noite dormindo em lençóis de algodão minha pele sedosa não poderia suportar!

— É este lençol ou dorme no chão. Escolha. — disse entre dentes. Terminei de tirar as sandálias e encostei meus pezinhos no chão, sentindo aquele azulejo frio e feio. De repente, o lençol de algodão me pareceu melhor que a opção de dormir no chão! 

Fiquei de pé me desfazendo de seu paletó, jogando-o no sofá ao lado. Ciente de que seus olhos reprovadores estavam em mim. Quê que é? Antes dormir com estes pedaços de pano que pelada de verdade, ora!

Engatinhei sobre a cama, procurando me aconchegar naquela dureza. Minha coluna já estava implorando por socorro antes mesmo de eu me deitar. Que falta sinto de minhas massagens!

Assim que encontrei um boa posição, percebi que o cheiro másculo de seu paletó, também estava impregnado naquela cama! Automaticamente olhei para o Sasuke que havia acabado de tirar a camisa e agora, desabotoava a calça.

Meu olhar subiu daquela região para seu abdômen definido e exposto bem à minha frente... Ele não tem vergonha de se despir na frente de uma dama não? Me concentrei em desviar os olhos e quando encontrei com os dele, Sasuke sorriu maliciosamente pra mim obviamente percebendo que eu o encarava, virei o rosto.

— Vai dormir na cama também?

— Sim, a cama é minha. — ele respondeu despreocupadamente.

— Me recuso a deitar na mesma cama que você!

— Então durma no chão!

— Não, eu fico com a cama e você dorme naquele sofá ali... — falei apontando para o sofá.

— Hummm... — cruzou o braço apoiando uma mão no queixo, fingindo estar pensativo. — Não! Pensando bem, tenho uma ideia melhor. Eu fico com a cama e você no sofá. — sugeriu abrindo um extenso sorriso maligno.

— Não, não, tudo bem, não tem problema! A gente pode dividir a cama, sem problema... — voltei atrás dando uma risadinha nervosa, enquanto me virava rapidinho pro lado contrário da cama, querendo apagar sua imagem de minha mente, me cobrindo de bom grado e fechando os olhos.

— Não, não, gostei da minha ideia! Brilhante não? Cai fora!

Me enrolei ainda mais nos lençóis, como um tatu bola, pra que ele tivesse piedade, mas antes que eu pudesse supor, as garras do maldito já estavam sobre mim. Pegou-me no colo ainda embrulhada, levando-me com lençol e tudo, atirando-me sem dó no sofá.

Quando me ergui para protestar, levei uma travesseirada na cabeça.

Ah, maldita boca linda que tenho! Tinha que reclamar por me deitar na mesma cama que ele? O que já estava ruim ficou ainda pior! É muito azar, viu. Maldita hora em que esse infeliz cruzou meu caminho!

Depois de resmungar todas as pragas, maldições e palavrões possíveis para o Sasuke — mentalmente, é claro —, pois não correria o risco ser colocada pra dormir no quintal; finalmente peguei no sono.

Tive que dormir com um olho aberto, claro. Ser sufocada pelo Sasuke enquanto durmo, não está em minha lista das melhores maneiras para se morrer!

Consegui sonhar um pouco até. Estava fazendo compras com a mamãe, quando um buraco no chão do shopping se abre me fazendo cair de bunda diretamente para o sofá do Sasuke. Argh...

Acordei alarmada, vendo que realmente estava naquele lugar. Aquela condição sub-humana na qual me encontrava, mal consegui pregar os olhos novamente, e percebi que Sasuke sofria de insônia. Levantou-se diversas vezes durante a madrugada, e na ultima demorou pra voltar.

Pensei em aproveitar a deixa e me deitar na cama, mas fiquei com medo, certamente ele me arrancaria de lá a força. Não queria dever para ver!

Quando acordei toda quebrada por ter dormido naquele sofá excluído pelo mundo fashion, a cama estava vazia e perfeitamente arrumada. Fui até o banheiro, fazer minha higiene — escovei meus dentes com a escova dele. Carie com certeza ele não tinha, pude perceber seus malditos dentes brancos, estampados naquele sorrisinho sarcástico dele.

Desci para procurar o Sasuke ou alguma empregada naquela casa pavorosa; estava morrendo de fome. Como não o encontrei em lugar nenhum, concluí que ele saíra.

Melhor assim.

Aproveitei pra tomar um banhozinho e relaxar meus músculos judiados por aquela dureza de sofá. Pensar nisso me trouxe a má lembrança da noite passada... Sasuke me pegando e jogando como o perfeito brutamonte que é, com aquele seu corpo forte e suas garras afundadas em minha frágil pele, que parecia queimar pelo contato estúpido... Sacudi a cabeça espantando o pensamento.

Peguei uma toalha felpuda e uma camisa branca de mangas compridas de seu armário; me despi e liguei o chuveiro. Assim que entrei embaixo dele, saí no mesmo instante.

Aquela água estava estupidamente gelada!

Procurei em vão por um botão ou um adaptador para esquentar aquele maldito chuveiro, mas acabei tomando banho frio mesmo. Saco!

Enquanto me ensaboava, com o sabonete dele, usando as esponja dele, depois de usar o shampoo dele... Escutei uns barulhos na casa, concluí que Sasuke havia chegado.

Desliguei o chuveiro imediatamente, saí do box e me sequei com sua toalha fofinha, vesti a camisa dele e enrolei a toalha em meus cabelos molhados. Passei pela porta descalça, assim que a encostei percebi que alguma coisa se mexeu na cama, e não era o Sasuke!

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!! — eu e a coisa gritamos em coro.

Encostei-me na parede assustada tentando recuperar o fôlego. A coisa que se mexeu na cama me parecia familiar...

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? — perguntamos em coro novamente, uma apontando para outra.

— Não queridinha, o que você está fazendo aqui na casa do meu Sasuke? — ela perguntou fazendo cara de nojo ao me olhando dos pés a cabeça. Já conhecia essa olhada de megera, e novamente, não gostei nadinha!

Mas quando vi que ela reparava no traje do Sasuke em mim, só então me permiti olhar para ela, e perceber que ela estava nua embaixo dos lençóis!

— Eu que pergunto Karin. O que faz aqui? Como conhece o Sasuke?


       — O conheço de muitos carnavais, querida. Sasuke é exclusivamente meu, então pode me explicando o que faz aqui antes que eu faça alguma coisa com esse seu cabelo rosa ridículo! — disse sorrindo, toda convencida levantando-se da cama e se enrolando na porcaria do lençol de algodão!

— Karin, o seu Sasuke... — comecei a dizer levantando minha mão e mostrando-lhe a maldita aliança que me unia com ele... Rapidinho o sorriso da víbora se desfez. Ela parecia não acreditar no que estava no meu dedo, meu diamante realmente é fenomenal! Segurou minha mão com força para olhar mais de perto. Baba queridinha! Muaaah...

— Karin? O que está fazendo aqui... Nua? — Sasuke apareceu na porta trazendo minhas malas consigo, pareceu-me surpreso e irritado ao ver a ruiva sirigaita.

— O que significa isto, Sasuke?! — furiosa, ela levantou minha mão exibindo a aliança para ele. — É verdade isso aqui? Você se casou com essa coisa de cabelo rosa?!

— Epa, epa, olha como você fala comigo, sua... — tentei dizer alguma coisa, mas Sasuke me interrompeu.

— Cai fora daqui, Karin! Que saco, quantas vezes terei de dizer que não a quero aqui? — perguntou arrastando-a pelo braço para fora do quarto, com lençol e tudo.

Pensei em segui-los para ver o que ele faria com a cobra ruiva, mas bati os olhos em minhas malas que ele havia trazido consigo e me esqueci rapidinho da primeira ideia. Tomara que ele a enforque!

Dentre as malas, estavam até aquelas que eu havia abandonado por não conseguir carregá-las comigo, quando fui parar naquele bairro sinistro.

Emocionadíssima, arrastei todas até a cama e as depositei lá para conferir se minhas coisinhas estavam lá.

Cremes, perfumes, roupas, sapatos...

Todas as minhas coisinhas estavam lá! Chorei né?

Separei uma peça de roupa para vestir, mas antes fui pentear meus cabelos, antes que secassem.

Meu estômago roncou, então antes de me trocar, decidi ir até a cozinha do jeito que estava mesmo. Pra minha surpresa, Sasuke estava com uma xícara em mãos, sentado na mesa concentrado ao ler um jornal... Notícia minha que não era! Ele estava todo calmo... Nem parecia que havia acabado de brigar com a amante!

— Vejo que já despachou a ruiva... Acho que acabei atrapalhando os planos dela, de vocês, sei lá... — comentei me sentando à sua frente. Ele me encarou, mas não disse nada, apenas voltou a concentrar-se em seu jornal. — To morrendo de fome, cadê a empregada? Ou é você quem cozinha?

— Se vira, não tenho empregada... — ele resmungou sem tirar os olhos do jornal.

Tudo bem então... Fui até a bancada, tinha uma garrafa de café e alguns pães numa cesta. Procurei uma xícara no armário, peguei um pão e fui dar uma olhada no que tinha na geladeira.

Procurava por algo doce, talvez uma geleia de damasco, mas nada açucarado tinha naquela geladeira macabra!

Montei meu lanchinho de pobre mesmo, e fui me sentar na mesa.

Assim que tomei um gole daquele café, tive vontade de colocar pra fora de volta. Estava sem açúcar! Horrível! Eca!

Ele riu da minha reação, mas nada disse. Então decidi quebrar o silêncio.

— E agora, o que vai acontecer comigo? — perguntei. Bom, essa pergunta é crucial, certo?

— Você é uma falida que não tem onde cair morta, o único lugar que te aceitam é um antro de vulgaridade. Apesar de te achar um estorvo pra mim, não permitirei que uma Uchiha viva naquele local. Até que você tenha um teto para morar ou dinheiro, você pode ficar por aqui. Mas é temporariamente e sob minhas regras! — disse autoritário.

— E sobre o nosso divórcio? — tive que perguntar, não vejo a hora de voltar a ser uma Haruno. Quero me desligar desse cara o mais rápido possível.

— É o que eu mais quero, mas com a sua situação isso complica ainda mais. Quando você tiver condições de sumir da minha vida, nós nos divorciaremos. Não podemos deixar de lado o fato de que casamos com comunhão de bens e se nos separarmos agora eu vou sair perdendo, já que você é pior que os mendigos da rua... — Fiquei encarando ele, esperando retirar o que disse, mas envelheceria antes que isso pudesse acontecer.

Desci da mesa deixando pra trás aquele café "saboroso", e subi pro quarto.

Não sei se era a falta de glicose no sangue, a água gelada, a mobília de defunto ou a autoritaridade ridícula de Sasuke... Mas eu precisava dar o fora dali. Se tinha algo nessa vida que não gostava era de cabresto!

Estava me sentindo presa, e como ele não dava a mínima pra mim, foi mais fácil que roubar doce de velhinho, digo... Dentadura de criança. Ah, vocês entenderam!

Subi até o quarto colocando uma calça Jeans colada, uma blusa de alcinha cor branca; salto, e fiz uma maquiagem básica.

Como não tinha nem um secador, meu lindo cabelo teve que ficar natural mesmo. Sentei-me um pouco na cama, avaliando o maldito lençol de algodão... Então tudo fez sentido!

Aquela carta que me trouxera até aqui foi escrita por Karin! A mesma da boate que conhece Sasuke "de muitos carnavais". Pombas!

Mas é claro que vou investigar né... Já que estou dormindo com o inimigo, preciso saber um pouquinho sobre ele.

Quando desci novamente, ele já não estava mais por lá. Maravilha! Fui até a garagem, o controle automático do portão estava sobre o carro. Rapidinho dei o fora do castelo dos horrores.

Peguei um táxi e me mandei pra boate. Ino e Hinata me olharam como se tivessem voltado do mundo dos mortos... Apalpei meu rosto pra ver se estava deformada, mas tava tudo em seu devido lugar.

— Sakura! — as duas gritaram juntas.

— Sua maluca, como é que conhece o Sasuke? Por que ele te levou daquela maneira? Não pode se meter com ele! — Hinata disse meio desesperada.

— Ele é meu marido. — disse entediada. Já estava me cansando daquilo, mas mostrei minha super, mega , linda, glamourosa aliança pra elas.

De toda essa basbaquice, aquele diamante era a única coisa da qual eu me orgulhava. A cara delas despencou no chão.

— Impossível!— Ino murmurou. — Sasuke que é o seu marido? — Fiz que sim com a cabeça e coloquei o dedo na goela.

— Por qual motivo não posso me meter com ele? — perguntei fazendo menção a advertência de Hinata, aproveitando pra investigar, é claro.

— Por dois simples motivos. Primeiro porque Sasuke não é flor que se cheire... Ele é envolvido em negócios grandes! Segundo e acredite, o mais assustador motivo... Karin mata e morre por ele. — Hinata explicou e aquilo por algum motivo me divertiu.

— É mesmo? Então deve ser por isso que ela ficou maluquinha quando me viu na casa dele?

— NÃO ACREDITO! Me conta Sakura, teve barraco? — Ino quis saber interessada.

— Ela quis me matar quando soube que sou casada com ele... — dei de ombros.

— Não entendo! Ontem quando você foi arrastada daqui, Ino e eu combinamos que não contaríamos nada a ela. Como ela descobriu isso?

— Simples... Hoje pela manhã ela se enfiou debaixo dos lençóis dele peladona, bem na hora em que saí do banheiro. Fim. — Hinata e Ino quase sufocaram de surpresa e adrenalina. Algo me dizia que se elas estivessem lá, rolaria até pipoca pra assistir a cena.

— Ela deve estar espancando alguém por aí uma hora dessas! Sakura, o grande desejo dela, era sair daqui pra se casar com ele, e você chega do nada, levando consigo o sonho dela! Garota, agora é oficial... Ela te odeia! — Hinata disse.

— Pff... Se ela quiser... Ele é todinho dela!

— O problema é este! Acho que Sasuke gosta dela, mas nunca se casaria como fez com você! — Ino disse.

— Ele é um desgraçado, só fez isso porque pensou que eu fosse milionária!

— E você, não fez o mesmo? — Hinata perguntou e eu me calei. Certamente eu não era nenhuma puritana.

Expliquei que não podia ficar, mas que seus segredos estavam bem guardados comigo, elas nem ligaram... Somente riram de minha preocupação tola. Sem dúvidas Sasuke estava mais que a par de tudo o que acontecia naquela boate.

Tentei novamente arrancar alguma informação, mas elas pareciam estar sob a jura de algum voto secreto. Não era hoje que descobriria no que Sasuke estava realmente envolvido. Claro que coisa boa não era!

Então fui ao quarto em que dormia e peguei minhas coisas que ainda estavam por lá. Antes de ir, surpreendi-me quando as duas vieram me abraçar.

— O que é isso, meninas? — perguntei confusa, certificando-me se aquilo não era uma chave de braço.

— Oras, só estamos nos despedindo de nosso bilhete premiado. A propósito... Todos ficaram malucos por não terem assistido seu número ontem. — Hinata contou.

— Fazer o que? Sou uma mulher casada! Sou uma Uchiha! — disse de má vontade. As duas riram.

— Venha nos visitar, Pantera... — Ino disse me dando um tapinha nas costas. Fiz que sim com a cabeça e fui embora.

Ta aí... Nunca imaginei que fosse fazer amizade com garotas pobres ou sem classe como elas. Eu realmente me senti um pouco estranha saindo de perto daquelas duas que me acolheram e passaram dias me ensinando tudo quanto é coisa.

Isso me fez lembrar de Temari... Mal ela poderia imaginar no que havia me metido desde que voltei de Vegas. Tudo isso que está me acontecendo, é tão distante de nossa realidade um tanto que intocada pelas mazelas da sociedade...

Quando saí da boate, seguindo pelas ruas, a fim de que pudesse chamar um táxi de volta, enfiei a mão no bolso da calça para pegar meu celular.

Pensei em ligar pra Temari e saber como vai a burguesia, às novas fofocas das famosas, as tendências de moda Verão... Mas só pensei mesmo, porque meu celular já não estava mais ali!

Estava certa de que havia enfiado no bolso... Quando comecei a procurar em minha bolsa, uma vozinha familiar soa logo atrás de mim...

— Ei, Sakura... Tem que parar de ser desleixada assim! — Konohamaru disse sorridente, ao chacoalhar meu celular em sua mãozinha maligna.

Como ele faz isso hein?


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Notas finais do capítulo

Konohamaru é uma peste! Aiuahsiuhas...
Qual é o lance entre a Karin e o Sasuke?
Parece que a Sakura vai continuar lá pelo castelo dos horrores mesmo! aiushaiush;Mas e ai???O que acharam do cap?
Comentem!!!