Adorável Depressão escrita por Cristina Abreu


Capítulo 18
Epílogo: Outono, folhas douradas e um tudo.


Notas iniciais do capítulo

Hey, Apple Pies!!! (nossa, eu vou sentir saudades de chamá-los desse jeito :x) Tudo bom? Estão prontos para o último capítulo dessa fic que encheu o saco?
Nem sei o que mais colocar aqui... Quero expressar muitas coisas, mas nem sei como. Não preciso dizer que estou emocionada, né? Sempre fico assim ao concluir alguma coisa. Dá um orgulho, sabe? Mas é claro, eu não faria nada disso sem vocês! Vocês são minha inspiração. Sem o apoio que recebi, Adorável Depressão não teria sequer passado do primeiro capítulo.
Vou agradecer mais nas notas finais, agora... Aproveitem o último capítulo. Boa leitura.



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Epílogo: Outono, folhas douradas e um tudo


Quando vi as folhas outonais caindo, finalmente pude perceber e um sorriso espalhou-se por meus lábios rubros e gelados.

A felicidade enfim me encontrou… Ou será que fui eu que a encontrei? Não importa… agora estou tomando sua via, largando do passado que um dia tanto me machucou e me fez chorar. Ah… e como é bom! É bom dar um sorriso verdadeiro, ter de volta o brilho no olhar, ver as cores que preenchem o mundo, as quais um dia já foram apenas um borrado de preto misturado com branco para mim.

Tive vontade de gritar a esmo, girar e rir, aproveitar cada instante. Porém fiquei calada, apenas com aquele sorriso tímido… Afinal, a felicidade também não o é? Tão tímida que demorou tanto para se mostrar, que ficou lá, naquele cantinho, quietinha, se escondendo de mim enquanto a infelicidade me preenchia os olhos e o coração.

Mas não agora. Tudo o que posso fazer é senti-la em sua forma mais pura, a de recentes e boas lembranças que cultivo e que passam agora por minha mente.

Notei que todos pararam ao ver meu sorriso, algo raro. Acabam sorrindo também, porque é sincero e felicidade gera felicidade. Todos tímidos, com medo de perdê-la. Sei que não tenho mais esse medo, porque sei que vou achá-la caso isso aconteça.

Levantei-me de onde estava sentada, pegando meu café quentinho, igual me encontrava por dentro nesse momento – acolhida, vívida e alegre –, e saí. O vento lançava meus cabelos para trás enquanto caminhava por essa nova estrada que é a felicidade.

Finalmente estou feliz, posso afirmar isto como afirmo que respiro. E… cai entre nós, mas acho que também encontrei a via para o amor. O meu tudo está, enfim, completo.

E talvez você não tenha gostado dessa história. Talvez tenha odiado cada palavra escrita, cada ponto. Ou talvez, você pôde se reconhecer em alguma passagem dessa minha confusão mental.

Mas a minha história... Bem, ela é o meu tudo. Porque ela é a minha essência, minha alma.

Antes eu teria considerado como azar, mas agora... Agora eu considerava como sorte que esse tudo estava apenas começando. Longe de um fim. Histórias felizes não acabam com um “foram felizes para sempre” e nem com um ponto final.

Elas simplesmente não terminam.

***

O final de outra perspectiva...


Ele olhava a menina distanciar-se com um café na mão e um sorriso no rosto. Katherine estava radiante, Vitor sabia disto. E amava vê-la desse jeito, mesmo que tivesse de ser à distância. Pouco importava. Mesmo que nunca mais tivesse falado com ela por mais do que alguns minutos no telefone, e isso já fazia bastante tempo. Ele podia encontrar-se com ela, dizer que estava de volta, mas de nada adiantaria.

O menino tinha a certeza plena de que ela não se lembrava dele, ou então achava que tudo o que viveram fora apenas uma ilusão. Aquilo era mentira, mas era uma pena que somente Vitor, e apenas ele, pudesse saber do fato. Bem, antes ele do que ninguém.

Quando Katie desapareceu meio à multidão, indo encontrar-se com Alessandro, – seu grande amor desde sempre -, Vitor se virou em direção contrária a ela. Não queria segui-la como um fantasma. Não se não pudesse tê-la.

E não poderia. Katie estava presa a Alessandro desde que aprendera o que era o amor, mesmo sem saber que já havia aprendido. O menino agora de 17 anos completos, rebelde e cheio de piercings nunca conseguiria um lugar no coração dela. E se o tivesse feito, muito provavelmente ela sairia magoada. De jeito algum ele gostaria de fazer isso.

Fechou os olhos e recordou de tudo. De como ouvira sua voz ao telefone quando foi arrastado por um amigo a um encontro, ficando de vela. A menina calhou de ser a melhor amiga de Kate, e numa ligação, ele pôde ouvir sua risada, que não poderia ser comparada a nenhuma outra. Achava que nem uma das duas tivesse descoberto que ele era ele, ou seja, Vitor, naquela ocasião. Usara seu primeiro nome, que tanto detestava: João. Não, elas nem desconfiariam.

Recordou-se também do dia em que lhe tocara os lábios – lábios tão suaves quanto pétalas de uma flor - com os seus, naquela festa à fantasia. Outra coisa da qual ela não desconfiaria jamais que fora ele, uma vez que estava completamente escuro quando o fez.

Deixou-a pensar que fora Alessandro quem o fizera. Não apareceu novamente para desmentir. Para quê? Já dissera: sem tê-la, não teria motivos. Não... Kate nunca teria as memórias que Vitor possuía. Não as verdadeiras, apenas as modificadas, as falsas.

Porém, a lembrança mais especial de todas a garota teria consigo. Pelo menos, Vitor achava que teria. O dia em que os dois se beijaram no parque, em sua despedida. Nesse dia tudo fora real para ambos. E por essa razão fora o dia mais feliz da vida dele, e provavelmente o mais confuso da dela.

Cheirou sua jaqueta, aquela mesma que ele havia dado a Kate, e percebeu que ainda havia resquícios do perfume da garota. Algo tão dela, que não havia uma definição para. Sorriu. De algum modo, ela ainda continuaria com ele, querendo ou não. Pelo menos por algum tempo. Uma hora, aquele perfume iria desaparecer completamente.

Sim... Tudo fora apenas uma ilusão, mesmo não sendo. Mas o amor também não o é? Ele tinha sua resposta. Era diferente da dela, mas não deixava de ser válida. Vitor era um iludido de sua própria forma. Ainda mantinha esperanças.

Esperança de que um dia tudo poderia virar realidade, se não com Katherine, mas com outra. E era isso que o fazia viver. Era por isso que sempre aguentara. E sempre aguentaria.

Até que ele próprio tivesse, enfim, o seu “tudo”.

Avançou mais, jogando seu skate no chão e correndo sobre ele. Afastando-se cada vez mais, rumo a uma via diferente da de Katherine, mas que podia ser tão boa quanto. Ao menos, era isso que desejava e esperava.

As folhas secas voaram a sua volta.

***

E eles foram felizes para sempre... Ou talvez não. Quem é que vai saber?


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Notas finais do capítulo

Depois de tantos bônus com tantos outros Pov's, faltava o do Vitor, né? Bem, eu não me esqueci dele. Agora a pergunta que não quer calar: Vocês gostaram do Epílogo? Por favor, não deixem de comentar! (e se quiserem recomendar também...) Mesmo os leitores fantasmas... Dê sua opinião nesse capítulo, vai. Isso é muito importante para mim.
Antes de tudo... Muito obrigada, Vinicius Kitahara, que está postando o capítulo por mim (a autora de vocês está em Orlando!) e que foi quem me deu a ideia para escrever. Obrigada, meu funkeiro!!! Te amo, você sabe, né? Só cuidado. Não olha pro lado que quem tá passando é o bonde xD
E amo todos vocês também! Todos os que comentaram, que deixaram recomendações, e também os que apenas leram, mesmo sem nunca aparecer. Eu já lhes disse que foi tudo por causa e para vocês! Ah, minhas Apple Pies... Vocês conquistaram um cantinho no meu coração. E espero que vocês continuem comigo, que não me deixem. Quando voltar de viagem, eu já posto a próxima, que eu havia prometido. Vocês vão continuar com essa chata chorona aqui, né?
Sério... Estou muito feliz. Mais do que Katie está agora, nessa nova fase da vida dela. Tomara que vocês também estejam.
E essa história pode não ter sido a mais real de todas. Um garoto pode nunca estar no parque em um dia chuvoso quando você correr para lá em desespero. O seu melhor amigo pode apenas gostar de você desse jeito, sem algo a mais. E o galinha da sua turma não vai mostrar-se apaixonado de uma hora para a outra. Talvez, nunca. Ao menos, não para você.
Mas um final feliz é o que todos esperamos. Você pode não ficar com o garoto ou garota que ama agora, mas um dia irá. Vai descobrir que ele era tudo o que você queria. O seu tudo. Esse tudo poderá acabar ou não. Tenho a certeza de que todos nós queremos a segunda opção, embora a primeira também seja viável.
O que eu quero dizer é que não importa se essa história foi real ou não. Não importa, porque teve um final feliz. Acho que isso é bem mais difícil de se ocorrer na vida real, por isso o fiz aqui, tornando essa história mais "fantasiosa" (e essa palavra existe?) do que qualquer romance sobrenatural.
"Eu sou uma romântica esperançosa que adora romances com finais felizes, porque existem suficientes finais tristes na vida real." Essa frase da Tammara Webber - super indico Easy, um livro dessa diva - que está no meu perfil consegue definir-me bem, e acho que a todos vocês também.
Bem... Agora já me prolonguei demais. E olha que eu estou a quilômetros de distância *risos*
Vejo vocês nos reviews, que vou responder com o maior carinho quando voltar (se eu demorar mais, é porque estou me matando de estudar. Minhas provas se iniciam no dia 18 agora e eu só chego no dia 15. Olha que beleza. Já chego completamente ferrada!).
E vejo vocês também em "A chave do Segredo - Darky Mystery", certo? Por favor! Não me deixem! Vou postá-la na primeira sexta-feira de abril, se não me ferrar na merda das provas. Minha "sorte" é que todas as questões são testes.
Beijos, Apple Pies. E obrigada por tudo!!!



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