P.V.O Harry Prims

Harry estava ao lado de fora de seu prédio e ali realmente, o ar estava bem mais limpo. Definitivamente não deveria ter aceitado fazer aquela festa, nem boa estava. Tinha gente demais e ninguém que ele conhecesse direito, não sabia da onde Travis havia arranjado aqueles convidados. Provavelmente o convite da festa tinha caído na boca das pessoas da região. O único problema é que Harry nunca conheceu ninguém da região. Então sua noite até o momento se resumiu à, procurar alguém conhecido e tomar banho de suco depois de achar Mel. Bela noite. E será que tudo está realmente perdido? Cadê Abby? Pelo que Travis dissera ela viria, mas até ali Harry não vira nem um vestígio da menina. Droga, se Abby ao menos aparecesse... Sua noite poderia melhorar um pouco, mas não.

O clima do momento é quente, um típico início de ano. Afinal o suco em sua blusa serve para algo, lhe refrescar um pouco, diminuindo o calor que ele sente. Poderia voltar à festa e buscar uma bebida, algo gelado e com álcool, isso certamente melhoraria seu humor e diminuir o calor que vinha sentindo. Foi então que lembrou que no fim da rua à um bar. Isso seria muito mais fácil, não precisava entrar no apartamento.

Quase chegando no fim da rua avista o lugar, fechado. Não deu sorte. Resolve voltar para sua casa, tem que buscar uma muda de roupa para dormir em algum hotel. Não aguentaria ficar lá naquela noite. Virando-se para fazer a volta vê um vulto correndo em sua direção. Fica parado observando e já mais próximo pode perceber que o mesmo se derrama em lágrimas. ‘’Quem será? ‘’ Se pergunta o menino. Talvez alguém que acabou de sair do seu apartamento, alguém que bebeu demais ou algo do gênero. Não tem como adivinhar, mas deduz que a pessoa, seja lá quem for não iria parar para uma conversinha com ele. Não naquele momento. Mas o estranho é o simples fato de que a rua de onde a pessoa vem não é a de sua casa, mas sim a de trás, desta forma não é possível que tenha acabado de sair de lá. Não mesmo. Ah... Agora, só o que falta é ele ser assaltado, Harry ficaria realmente feliz com isso! Mas não faz sentido, o que um bandido que está prestes a atacar faz chorando? Não, bandido não pode ser.

Espera por seja lá quem for que esteja se aproximando. A figura começa a ganhar nitidez.
‘’Moça. Loira. Alta. Magra. Bonita. Kelly. ‘’

Kelly, Kelly, Kelly! O que a menina está fazendo ali? O que ela está fazendo ali chorando.
Oh, meu Deus!
Será que Noahl tem algo à ver com isso? Ele não faria... Ou faria? Bom, Harry não tem autonomia pra afirmar algo. Precisa perguntar à ela. E é isso que faz, quando ela passa ao seu lado.

– Kelly? O que houve? – Ignorando plenamente o que o menino diz, ela continua seu trajeto apressada. Harry vai atrás, insistindo. – Kelly, por favor! Eu estou preocupado, Noahl tem algo a ver com o seu choro? Me diga, por que se tem...

A menina vira pra ele e diz.

– Harry, você não tem que se meter nisso o.k? Mas te respondendo, NÃO o desgraçado do Noahl não tem nada com isso. Agora me deixa em paz. – Atravessa a rua rapidamente, entra em um carro e dá partida. Em segundos Harry já não vê mais rastros de sua presença no local.

Esse encontro foi estranho. Isso que o menino conclui. Mas respira aliviado, ao menos Noahl não fez nada e saber disso o deixa mais tranquilo.


Resolve voltar ao apartamento, não ha mais nada para fazer ali. É quando percebe um casal juntos, vindo em sua direção. Com a proximidade, rapidamente percebe, Abby e Noahl.
Abby e Noahl pode ser quase tão estranho quando Kelly com lágrimas nos olhos, correndo desesperadamente pela rua, se não mais. Harry não consegue decidir o que lhe parece pior, nem tem tempo para isso. Precisa falar com aqueles dois, perguntar o que a menina faz grudada em Noahl. Caramba é Noahl, seu melhor amigo! Harry esta com ciúmes dele? Chega a ser cómico. Óbvio que Noahl não tem segundas intenções com a menina, primeiro por que ele sabe do sentimento de Harry por ela e segundo pois não se encontra, digamos que, disponível no momento. Primeira vez que Harry agradece pela maldita aposta, mas logo se arrepende. É cruel demais.

– Abby... – Ele chama. Instantaneamente sente um remorso, provavelmente deveria chamar por seu amigo que vinha procurando toda a noite, e não por Abby. Ah... Mas e daí? Se ele quisesse chamar por Abby quem o impediria?

A menina vira para Noahl e fala algo para ele. Depois de alguns sussurros entre os dois, o menino entra na festa e ela vai até Harry.

– Hey Harry! Estava a sua procura! Eu preciso de ajuda... – Começou ela.

Continua...